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Extrato do discurso de Pio XII aos esposos, de 19 de julho de 1939.
Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est
A paz, fonte da verdadeira felicidade, não pode vir senão de Deus, não pode ser encontrada senão em Deus: “Ó Senhor, Vós nos fizestes para Vós e nosso coração está inquieto até que repouse em Vós“. Por isso a quietude absoluta, a felicidade completa e perfeita só será encontrada no Céu, na visão da essência divina. Mas mesmo durante a vida terrena, a condição fundamental da verdadeira paz e da sã alegria é a dependência amorosa e filial da vontade de Deus: tudo o que enfraquece, que rompe, que quebra esta conformidade e esta união de vontades está em oposição à paz: antes de tudo e sobretudo, o pecado.
O pecado é ruptura e desunião, desordem e perturbação, remorso e medo, e aqueles que resitem à vontade de Deus não tem, não podem ter paz: “Quis resistit Ei et pacem habuit?” (Jó 9, 4), enquanto a paz é a feliz herança daqueles que observam a lei de Deus: “Pax multa diligentibus legem Tuam” (Sl 118, 165). Sobre esta base solidamente estabelecida, os esposos e pais cristãos encontram, na família, o princípio gerador da felicidade e o sustento da paz.
Com efeito, a família cristã, afastando-se do egoísmo e da busca da satisfação própria, está completamente imbuída de amor e de caridade; e assim, deixa que desapareçam as fugazes atrações dos sentidos, deixa que as flores da beleza juvenil caiam uma após a outra, deixa que os fantasmas falaciosos da imaginação desapareçam: permanecerá sempre nos esposos, entre si, nos filhos em relação aos pais, um forte vínculo de corações, o amor permanecerá inalterado, o grande animador de toda a vida doméstica e, com ele, a felicidade e a paz. Continuar lendo

“Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra não morrer, fica infecundo; mas, se morrer, produz muito fruto. O que ama a sua vida perdê-la-á; e quem aborrece a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.” (Jo 12, 24-25)
Artigo publicado no Boletim Domqueur, em outubro de 1992.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
O grande humanista renascentista Erasmo escreveu um Elogio da loucura, que ficou imediatamente conhecido e continua a fazer parte da literatura clássica. Uma vez que, ao lidar com o paradoxo, um autor consegue fazer as pessoas lerem princípios de sabedoria austera, algum outro deveria escrever um Elogio da dor .
Não conseguimos medir o quanto custaria a um homem não sentir dor alguma. A mão que se aproximasse do fogo sem sentir o menor dano arrastaria o corpo inteiro para as chamas. A experiência, aqui, é necessária, e não apenas uma advertência gratuita. Com efeito, vemos pecadores realmente temerem o inferno antes de terem experimentado sua ferida na forma de remorso e as consequências dolorosas e até trágicas da má conduta?
Se o doloroso aguilhão das abelhas não existisse, ninguém poderia provar a doçura do mel pois as colmeias indefesas logo seriam saqueadas, abandonadas e vazias. Sem os sofrimentos de homens e mulheres, desapareceria toda a poesia lírica, todos os dramas, tragédias, toda a literatura (clássica, romântica, francesa ou estrangeira).
A dor é útil para localizar o mal. Vejam este homem na mesa de cirurgia – em Lugdunum. Ele estava completamente anestesiado. Assim, ele não pôde reportar que, por engano, sua perna direita foi cortada ao invés da esquerda.
Sim, as dores são úteis e isso não é de hoje: Hipócrates, quatro séculos antes de Jesus Cristo, observou que uma grande dor permitia esquecer as menores.
Mas há algo ainda mais útil: a dor oferecida a Deus para o alívio de outros sofredores. Essa dor poderá, muito bem, aliviar outras maiores.
Pe. Philippe Sulmont
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no IV Domingo depois da Páscoa, com uma reflexão sobre a forma de viver dos católicos nos dias de hoje.
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A TRADIÇÃO VAI A APARECIDA
Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pela graça de Deus está confirmada a tradicional Peregrinação da FSSPX à Aparecida desse ano: 20/05.
Fiéis de vários Priorados e Missões se encontrarão em Pindamonhangaba e, de lá, partirão a pé para visitar nossa Mãe Santíssima.
Serão cerca de 20 quilômetros de percurso de uma cidade à outra, completados em 6 horas de caminhada, mais ou menos.
No trajeto iremos cantando músicas tradicionais, rezando rosários e os padres ficarão à disposição para ouvir confissões.
No meio da tarde teremos uma Missa solene e faremos a visita à nossa Mãe Santíssima na Basílica.
As fotos de nossa última Peregrinação, em 2022, podem ser vistas aqui: “FOTOS DA PEREGRINAÇÃO DA FSSPX A APARECIDA – 2022”, e também aqui: MAIS FOTOS DA PEREGRINAÇÃO DA FSSPX A APARECIDA – 21/05/22
A FSSPX criou um site próprio para o evento e está disponibilizando nele outras informações sobre essa Peregrinação, os procedimentos para inscrição, a taxa obrigatória a ser paga, as cidades que partirão os ônibus, os locais de encontro e todos os contatos nas diversas Missões, Capelas e Priorados (clique aqui para acessá-lo e saber mais).

Aos que quiserem participar conosco e/ou ter mais informações, partindo de Ribeirão Preto, favor entrar em contato pelo gespiox@yahoo.com.br ou (16) 98135-1720 (Rodrigo).
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OBS: Às pessoas idosas, com problemas físicos, crianças, etc… algumas vans e carros seguem a Peregrinação, para que possam fazer algum tipo de descanso, se necessário. Outros veículos ainda estarão durante o trajeto para distribuírem água.
Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Uma excelente notícia, uma excelente novidade!!!
Os “Cursos das Quartas-feiras” do Priorado Imaculado Coração de Maria, de Santa Maria/RS, antes disponíveis apenas em DVD, estão sendo agora disponibilizados para compra através da plataforma Hotmart.
Aos poucos, os responsáveis subirão todos os títulos.
Acessem a plataforma através desse link: https://hotmart.com/pt-br/club/public/curso4afeira/products e aproveitem essas excelente formações para aprendizado, crescimento na espiritualidade, na fé, nutrindo-se da verdadeira Doutrina católica.
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O Curso das Quartas-feiras é uma instituição herdada de uma longa tradição, e consiste num esforço de olhar para as diversas áreas do conhecimento (como a História, a Arte, a Política…) à luz da Verdade revelada à Igreja Católica.
A Religião não é, por um lado, uma atividade humana a mais, paralela às outras. Mas tampouco é uma substituição e aniquilação das diversas disciplinas do conhecimento humano.
O objetivo destes cursos é iluminar com a Fé essas muitas disciplinas, a fim de que possam brilhar no lugar próprio para o qual foram criadas por Nosso Senhor. Se o objetivo é tão universal, o ambiente não poderia ser mais “paroquial”: é o exercício da autoridade e governo intelectual e espiritual dos Padres sobre estes fiéis concretos.
A distribuição virtual dos cursos é feita em primeiro lugar para atender aos paroquianos de Santa Maria que queiram recapitular alguma aula, e não deve ser entendida pelos visitantes (que são bem-vindos!) como a abertura de uma banquinha no livre mercado de ideias da internet, erro tipicamente moderno que destrói completamente o sentido do Magistério de Cristo e de Sua Igreja. É um convite a entrar no nosso salão paroquial (e até a eventual crueza técnica da imagem e do som, o barulho das crianças ou dos grilos têm, pelo menos, a virtude de ajudar a lembrar disso) e compartilhar, filialmente, do bem difundido por essa autoridade paterna, real e concreta. “Pega um pedaço de bolo, enche o copo de quentão ou limonada e vamos rezar para começar.”

Ao iniciarmos o mês de maio, tradicionalmente consagrado à devoção à Santíssima Virgem Maria, convém meditar um pouco nos exemplos que nossa Mãe Celestial nos dá. Contentemo-nos, hoje, em analisar suas palavras.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Poucas palavras
Raras são as palavras que a Sagrada Escritura nos apresenta em relação à Santíssima Virgem Maria. Já encontramos aqui uma lição para nós que, frequentemente, abusamos da língua para falar a torto e a direito. Ninguém fala muito sem acabar falando mal.
As circunstâncias da Anunciação e da Visitação são, particularmente, eloquentes a este respeito. Enquanto a Santíssima Virgem acabava de receber do anjo Gabriel a notícia mais extraordinária que uma criatura poderia ouvir, ou seja, que ela seria a Mãe do Salvador, o que a Virgem fez? O que teríamos feito em seu lugar?
Sem dúvida teríamos ido de casa em casa, de família em família, às comadres e compadres para dar a notícia. Notícia ainda mais importante porque teríamos sido favorecidos com uma graça maior. Continuar lendo

Caríssimos fiéis,
Neste mês, iremos em peregrinação a Aparecida.
Uma peregrinação é uma espécie de resumo de nossa vida. Há um começo e um fim. No meio, há alegrias e penas que oferecemos por nossa santificação.
O famoso Beneditino, Dom Columba Marmion, expressou esta realidade da seguinte forma: “Quanto mais passa a vida, mais vejo que esta vida é apenas uma breve aparição enquadrada por duas eternidades, uma que precede e a outra que se segue. Esta vida é uma prova que precede a eternidade, uma expiação, uma participação na paixão de Jesus Cristo. Deus é tão bom que derrama neste copo algumas gotas de prazer (bastante efêmeras) para tornar a vida suportável, mas não é de forma alguma sua intenção que devemos nos fixar nestes prazeres. São Bento tem uma expressão que nos mostra a verdadeira atitude em relação ao gozo que Deus nos dá: Delicias non amplecti: Não o abrace, não se deixe levar por ele. Ele não diz para não desfrutar. O próprio Deus nos envia prazeres e Ele permite, Ele até mesmo quer que nós os aceitemos às vezes, mas Ele não quer que nos afundemos no prazer, porque então corremos o risco de deixar a Deus e nos entregarmos à criatura. As várias provas, tão duras, pelas quais passamos são lições de nosso Pai celestial para nos afastar das criaturas” (Vinde a Cristo todos vós que trabalhais; Maredsous, 1946, p.241).
Ao participar desta peregrinação, iremos para afastarnos da terra e aproximarmo-nos do céu. Desejamos compreender melhor o significado de nossas provas e receber o consolo espiritual. Quem melhor que a Santíssima Virgem Maria para nos ajudar? Tendo se tornado nossa mãe aos pés da cruz, ela compreende todos os nossos sofrimentos e assume todas as nossas dores.
Como uma boa mãe faz com seus filhos, ela leva-nos pela mão para ensinar-nos como caminhar para o céu sem ser desencorajados por quedas e dificuldades. Esta peregrinação contém um caráter especial daquele consolo que todos os povos católicos da terra vêm buscar nos santuários que levantaram para a glória de sua mãe celestial. Este consolo é especialmente perceptível em Aparecida. Continuar lendo
Em 1º de maio, a Igreja celebra a festa de São José Artesão, padroeiro dos trabalhadores, coincidindo com o Dia Mundial do Trabalho. Esta celebração litúrgica foi instituída em 1955 pelo Papa Pio XII, diante de um grupo de trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Naquela ocasião, o Santo Padre pediu que “o humilde operário de Nazaré, além de encarnar diante de Deus e da Igreja a dignidade do trabalho manual, seja também o providente guardião de vocês e suas famílias”.
Pio XII desejou que o Santo Custódio da Sagrada Família, “seja para todos os trabalhadores do mundo, especial protetor diante de Deus e escudo para proteger e defender nas penalidades e nos riscos de trabalho”.
Nessa Festa de São José, seguem alguns textos para leitura:
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Para acessar todos os posts publicados relacionados ao glorioso São José, clique aqui.

Fonte: FSSPX
SOMENTE A PUREZA DE CORAÇÃO MANTERÁ EM NÓS A PUREZA DA FÉ.
Caros fiéis, amigos e benfeitores,
Em nossas circunstâncias históricas, Deus chamou a Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) a um combate muito especial pela fé. Trata-se de guardá-la, professá-la, amá-la e transmiti-la. É preciso compreender bem as razões profundas deste combate, suas exigências e a que deve nos conduzir a fim de podermos tirar todas as consequências para as nossas almas.
A Fé, pedra angular intocável
A fé é, aqui na terra, a antecipação da visão de Deus que teremos na eternidade, e à qual cederá o lugar. É o conhecimento sobrenatural de Deus e de tudo que Lhe diz respeito, sem possibilidade de erro. Por essa razão, é um todo integral que recebemos da bondade de Deus, que nos comunica o conhecimento que tem de Si mesmo. Nesta perspectiva, compreende-se que a fé é, por excelência, a expressão da verdade: a verdade sobrenatural concedida às almas sem a menor possibilidade de erro.
É muito diferente da opinião ou apreciação pessoal de alguém que escolhe a sua “verdade” em detrimento de outra, segundo o seu próprio juízo ou experiência. Tal verdade corresponde antes à “fé” de um espírito liberal, desprovido de qualquer elemento sobrenatural e reduzido ao nível de uma opção política e fundamentalmente discutível. A fé é um conhecimento de outra ordem, essencialmente sobrenatural, no qual temos a garantia absoluta de não errar, pois o menor erro seria incompatível com a verdade divina. Com efeito, uma verdade que contivesse uma única sombra de erro simplesmente deixaria de ser divina e de ser verdade. Por exemplo, um Cristo que fosse, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Rei e Profeta, não sendo Redentor, não seria o verdadeiro Cristo de nossa fé. Muito menos seria um “Cristo diminuído” – o que não pode existir – mas simplesmente outra coisa. Um único erro corrompe, irremediavelmente, todo o edifício da fé e do dogma, assim como algumas gotas de veneno são suficientes para tornar uma grande quantidade de água imprópria para consumo. Continuar lendo
Fonte: FSSPX – Distrito do México – Tradução: Dominus Est
Eis algumas palavras de Mons. Marcel Lefebvre, fundador da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, sobre o evangelho de hoje, domingo – Jesus, o Bom Pastor.
Nosso Senhor disse no Evangelho do Bom Pastor: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco e é preciso que Eu as traga, e elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor “(Jo. 10, 16).
Esta exortação é completamente contrária ao ecumenismo moderno. Nosso Senhor pede que tragamos as ovelhas. Ele não diz que devemos deixa-las no rebanho onde estão, mas que as conduzamos a Ele. É o que faz o bom padre. Vai buscar as ovelhas perdidas e desviadas no erro, pelo pecado, neste mundo de pecado e sob a influência do demônio; vai busca-las corajosa e zelosamente, imitando desta maneira, o Bom Pastor.
Há de ter um coração de pastor, que vai buscar suas ovelhas uma a uma.
Abrace os interesses de nosso Senhor Jesus Cristo. Durante toda nossa vida não fareis nada senão multiplicar os membros do Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os que neste mundo fazem parte da Igreja militante, – possam um dia tomar parte da Igreja triunfante, porque, definitivamente, Deus não nos criou senão para nos salvarmos.
Devemos desejar que haja muitas famílias cristãs que favoreçam o desenvolvimento de boas e santas vocações.
O jovem não pode ouvir o chamado de Deus, senão mediante uma graça sobrenatural. Por isso que o mundo não pode compreendê-lo. Os jovens do mundo dizem: Eu não entendo o que passa em sua cabeça para vestir uma batina, fechar-se em um seminário; rejeitar os prazeres dos sentidos e da riqueza, querer viver na pobreza e viver unicamente para os outros e não para si mesmo, parece incrível, incrível! Ele perdeu a cabeça! As pessoas que têm o espírito do mundo não podem entender sua vocação; acham um grande mistério.
No entanto, com este exemplo, talvez poderemos abrir os olhos daqueles que vivem de forma egoísta e levá-los a perguntar: Se há jovens sérios a tal ponto que abandonam tudo para se entregar à Nosso Senhor, devemos crer que Ele sim existe! “
+ Dom Marcel Lefebvre

Não é decepcionante ver, por vezes, pessoas tão bem-dotadas no plano humano colocarem seus talentos a serviço de causas maléficas?
Fonte: Nouvelles de Saint-Martin-des-Gaules n° 47 – Tradução: Dominus Est
Tal pessoa é uma boa oradora, outra é intelectualmente brilhante, outra ainda é extraordinariamente hábil com as mãos, outra tem uma sutileza psicológica apreciável… e, infelizmente, muitas vezes, esses talentos não são aproveitados na prática do bem.
No entanto, se há, de fato, um elemento fundamental para o cristão do século XXI, é saber empregar bem os recursos que Deus lhe deu: Recursos naturais de inteligência, do senso prático, de qualquer outra qualidade humana; e Recursos sobrenaturais da graça, das virtudes infusas e dons do Espírito Santo. Recordamos a famosa parábola dos talentos: Deus pedirá contas de cada um dos talentos que recebemos, e ai do servo mau que guardou para si os seus talentos, sem frutificá-los para o seu senhor.
O problema, no entanto, em nosso século, é que é não é nada fácil empregar bem os seus talentos. O Pe. Hyacinthe-Marie Cormier, eleito mestre geral dos dominicanos em 1904, e de quem São Pio X declarou santo, quando foi eleito para o generalato, escreveu estas linhas que ainda são bem atuais: Continuar lendo
Pe. Juan Carlos Iscara – FSSPX
O homem tem direito a sua boa reputação. Um “direito” é aquilo que é devido a alguém e que não pode ser negado sem uma injustiça. “Reputação” é a opinião tida por muitos sobre a vida e o comportamento de uma pessoa. É a consequência das qualidades físicas, intelectuais e morais daquela pessoa e de suas realizações e, como tal, pertence a ela, é sua propriedade. É, como Santo Tomás diz, uma das propriedades temporais mais preciosas do homem. Sem a boa estima de seu próximo, a vida de um indivíduo na sociedade torna-se muito difícil e mesmo quase impossível.
Detração é a violação injusta da boa estima na qual uma pessoa é tida através de revelar aos outros alguma falta verdadeira, porém oculta, daquela pessoa. Santo Tomás diz que é um pecado mais grave que o roubo, pois a boa reputação é melhor que o patrimônio. A calúnia difere da detração apenas pois, nela, o que é dito ou imputado ao outro é falso, e sabe-se que é falso; nesse caso, ela acrescenta a malícia da mentira.
Despojar alguém dessa boa estima sem uma causa proporcional constitui uma injustiça, o que é mais ou menos grave de acordo com o dano provocado e que impõe ao praticante a obrigação de restituição. Continuar lendo
“…Crucifixus etiam pro nobis sub Pontio Pilato: passus et sepultus est…””

Lembrando que qualquer outro tipo de jejum mais rigoroso deve ter sempre a orientação e acompanhamento de um padre prudente.
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, na Quarta-Feira Santa, sobre algumas considerações de Santo Tomás de Aquino acerca da Paixão de Jesus Cristo.
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, na Terça-Feira Santa sobre as dores que Nosso Senhor sofreu na sua Paixão.

Meditemos um pouco sobre a agonia de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras onde, “triste até a morte”, aceitou o cálice de sua Paixão para a salvação de nossas almas.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
A nossa redenção dependeu de dois fiat: o de Maria, na Anunciação, quando aceitou tornar-se mãe do Salvador, e o de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras, quando a sua vontade humana se submeteu à vontade do Pai. “Não a minha vontade, mas a sua (1)”. Por três vezes repetiu esta oração em um lugar que nunca mereceu tanto o nome de Getsêmani”, o “lagar” de olivas. Alí, a alma do Salvador sofreu uma agonia (αγωνία, combate em grego), uma tristeza, uma angústia tão extrema que, segundo suas próprias palavras, poderia ter causado sua morte. São Lucas nos dá uma ideia da violência desta luta, dessa luta, ao descrever o suor de sangue que provocou(2). O Coração de Jesus foi prensado, esmagado como uma oliva para que nossas almas pudessem ser ungidas com o óleo da graça.
Nunca Nosso Senhor pareceu tão humano, pedindo a Pedro para vigiar, mesmo que por apenas uma hora, com Ele(3) e implorando a seu Pai que removesse este cálice de tão horrível amargura. Qual é a natureza deste cálice? Quais são os sofrimentos apresentados a Jesus? Continuar lendo
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre no Piorado S. Pio X Lisboa, na Segunda-Feira Santa, com uma reflexão de S. Tomás de Aquino sobre a necessidade da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no Domingo de Ramos, com alguns conselhos práticos para viver santamente a Semana Santa.

Domingo de Ramos
Jesus faz a sua entrada triunfal em Jerusalém
Segunda-feira
Meditação para a manhã: Jesus é levado a Pilatos e a Herodes, e posposto a Barrabás
Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus preso à coluna e flagelado
Terça-feira
Meditação para a manhã: Jesus é coroado de espinhos e apresentado ao povo
Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus é condenado e vai ao Calvário
Quarta-feira
Meditação para a manhã: Quarta Dor de Maria Santíssima – Encontro com Jesus, que carrega a cruz
Meditação para a tarde do mesmo dia: Jesus é crucificado entre dois ladrões
Quinta-feira
Meditação para a manhã: O dia do Amor
Meditação para a tarde do mesmo dia: Quinta Dor de Maria Santíssima – Morte de Jesus
Sexta-feira
Meditação para a manhã: Morte de Jesus
Meditação para a tarde do mesmo dia: Sexta Dor de Maria Santíssima – Jesus é descido da cruz
Sábado Santo
Meditação para a manhã: Sétima Dor de Maria Santíssima – Sepultura de Jesus
Meditação para a tarde do mesmo dia: Soledade de Maria Santíssima depois da sepultura de Jesus
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Caríssimos fiéis,
“Jesus autem tacebat”, “Mas Jesus se calava” (Mt 26,63). Nosso Senhor não respondeu às acusações caluniosas de pessoas mal-intencionadas.
“Jesus autem tacebat”. Esta foi a resposta de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira (1844-1878), bispo capuchinho da diocese de Olinda (atual diocese de Recife), por ocasião de sua prisão no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro. Logo após sua entronização em sua cidade episcopal (24 de maio de 1872), ele foi confrontado com a hostilidade dos maçons. Sem se retrair das exigências de seu dever, ele empreendeu a conversão, primeiramente, e depois a condenação dos clérigos e leigos católicos pertencentes à seita. A pertinácia de alguns o obrigou a agir. Ele impôs um interdito (suspensão da administração dos sacramentos) em vários lugares de culto.
No final do século XIX, a maçonaria estava conduzindo uma virulenta campanha de perseguição contra a Igreja em todo o mundo. O Brasil não era exceção. A reação de Dom Vital foi insuportável para o governo imperial, sob influência maçônica. Preso em 2 de janeiro de 1874, Dom Vital foi levado à prisão no Rio em 13 de janeiro. Em 2 de fevereiro, ele recebeu seu mandado de acusação, deu-lhe uma resposta dentro de 8 dias. Nós sabemos a resposta: “Jesus autem tacebat”. No final de um julgamento tão iníquo quanto retumbante, Dom Vital foi condenado a quatro anos de prisão com trabalhos forçados. O Imperador Pedro II comutou a sentença para a prisão simples. E finalmente, após pressão de Roma, o “Atanásio brasileiro” foi amnistiado em setembro de 1875. Há um tempo para falar e um tempo para permanecer em silêncio! Continuar lendo
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no Domingo Laetare, com uma reflexão sobre as razões pelas quais os nossos sacrifícios e boas ações não produzem os frutos que queremos.

Sem Jesus como Mestre, nenhum homem pode ser salvo.
Fonte: Apostol nº 160 – Tradução: Dominus Est
Jesus não é apenas um profeta, mas é o “único profeta”. Para compreender esta expressão, ensinada pelo Concílio Vaticano I, é necessário definir o que é um profeta. Profeta: “Aquele que fala em nome de Deus” ou “Aquele por quem Deus fala”. Jesus é o Verbo de Deus. Por conseguinte, é a “Profecia” por excelência, e a fonte de todo poder para ensinar em nome de Deus.
Claro que houve profetas, pois acreditamos no Espírito Santo “que falou pelos profetas”. Mas São Paulo é claro: “Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos a nossos pais pelos profetas, nestes dias, que são os últimos, falou-nos por meio de seu Filho” (Heb 1,1). São Paulo subentende que Deus ensinou imperfeitamente os homens até enviar seu Filho, que ensina perfeitamente. Deus diz isso explicitamente a Moisés: “Eu lhes suscitarei do meio de seus irmãos um profeta semelhante a ti, e porei na sua boca as minhas palavras, e ele lhes dirá tudo o que eu lhes mandar” (Deut 18,18). Os judeus sabiam que esta passagem falava do Messias, como testemunhado pela samaritana, quando ela encontra Jesus. “Quando, pois, ele [o Messias] vier, nos anunciará todas as coisas. Jesus disse-lhe: Sou eu, que falo contigo” (Jo 4, 26).
Na noite da Última Ceia, Jesus, depois de lavar os pés dos discípulos, disse-lhes: “Chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem, porque o sou ” (Jo 13,13). Ele já lhes havia dito, como assinala Santo Agostinho: “Nem façais que vos chamem mestres, porque um só é vosso Mestre, o Cristo ” (Mt 23,10). Cristo, portanto, não é um mestre entre outros, senão o mais perfeito: ele é, por direito, o único Mestre supremo e universal que todos devem ouvir e de quem todos os outros doutores devem haurir. Não só ninguém tem o direito de ensinar depois de Jesus, mas Ele pode até mesmo julgar o que outros profetas disseram antes Dele. “Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás… Pois eu digo-vos que todo aquele que se irar contra teu irmão será submetido ao juízo do tribunal” (Mt 5, 21-22). Continuar lendo