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OUTRA MEDITAÇÃO PARA O XVI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O HOMEM HIDRÓPICO E O VÍCIO DE IMPUREZA
XVI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O HOMEM HIDRÓPICO E O CRISTÃO AMBICIOSO
MARIA SANTÍSSIMA, MODELO DE MORTIFICAÇÃO
SERMÃO DE D. ALFONSO DE GALARRETA SOBRE A CRISE NA IGREJA
Sermão durante a Missa Pontifical no XI domingo depois de Pentecostes
Capela Nossa Senhora da Conceição, Niterói – RJ
Fonte: Permanencia
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém.
Queridos Padres, queridos fiéis, infelizmente não sou capaz de pregar-lhes em português, de maneira que o farei em espanhol, com o cuidado de falar lentamente, e exercitando a paciência dos senhores.
A epístola deste domingo é tirada da primeira carta do Apóstolo São Paulo aos Coríntios, e contém admiravelmente o sentido e a definição do que é a Tradição. São Paulo diz aos Coríntios: “Lembro-vos o Evangelho que vos preguei, que vós recebestes, no qual estais firmes, e através do qual vos haveis de salvar, se o guardardes tal como vos preguei.” E imediatamente acrescenta: “Transmiti-vos o que recebi, que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, que foi sepultado e ressuscitou segundo as Escrituras, que foi visto pelos Apóstolos”, que são as testemunhas que nos transmitem a fé e a Tradição.
E nessa mesma epístola, alguns capítulos antes, o apóstolo usa a mesma expressão, referindo-se à instituição do Santo Sacrifício da Missa. Ele diz aos Coríntios: “Recebi do Senhor Jesus o que vos transmiti.” E lhes dá então o relato da Santíssima Eucaristia, na Quinta-Feira Santa. Isto é precisamente a Tradição, é a transmissão e a recepção da verdadeira Fé, do verdadeiro culto, que temos de guardar se quisermos ser salvos.
E aí está esclarecido todo o problema da crise da Fé, e da crise da Igreja, porque o problema é que vivemos um processo profundo de ruptura com essa Tradição, de Fé, de culto, que nos vem do Senhor Jesus, de Nosso Senhor Jesus Cristo, através do Magistério constante a ininterrupto da Santa Igreja, dos Doutores, dos Santos, dos Santos Padres da Igreja, de toda uma plêiade de santos e de bispos, e de nossos ancestrais, de pais para filhos. Continuar lendo
DO SAGRADO VIÁTICO
FOTOS DAS CRISMAS E PONTIFICAL – 2022
Em 27 de Agosto de 2022, Sua Excelência Reverendíssima Dom Alfonso de Galarreta, ministrou o sacramento da Confirmação a 140 pessoas das Capelas e Missões atendidas pelo Priorado de São Paulo/SP e, em seguida, celebrou Solene Pontifical no trono (Missa Votiva do Espírito Santo), assistida por cerca de 450 fiéis.
FELICIDADE ETERNA DO CÉU
O BREVE DE SÃO PIO X PELA BEATIFICAÇÃO DAS CARMELITAS MÁRTIRES DE COMPIÈGNE
As dezesseis Carmelitas Descalças de Compiègne fazem parte daquele seleto grupo de católicos massacrados pelos revolucionários franceses em nome da liberdade, igualdade e fraternidade. O processo de beatificação dessas freiras foi iniciado sob Leão XIII e concluído sob Pio X, enquanto a maçônica Terceira República Francesa novamente travava uma amarga luta contra a Igreja. A beatificação foi celebrada em 27 de maio de 1906. Abaixo está a tradução de alguns trechos do Breve que foi lido por um cônego da Basílica Patriarcal do Vaticano durante a solene função.
Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est
Em algum momento faltaram heróis na Igreja e estes não eram apenas homens no auge de suas vidas, mas também mulheres, idosas e até mesmo tenras crianças, que em meio a atrozes tormentos encontraram a morte e deram testemunho da fé cristã. E isso não apenas nas regiões bárbaras, onde os pregadores do Evangelho se esforçam para atrair à verdade os homens que estão trevas e na sombra da morte, mas também entre os povos civilizados e civilizações opulentas. De fato, o odioso inimigo da humanidade, excita e move, em toda parte o ódio do povo contra os discípulos de Cristo. Assim, no final do século XVIII, Paris, na perturbanção geral dos assuntos divinos e humanos, tingiu-se com o fecundo sangue dos mártires. De fato, cresciam cada vez mais os insultos lançados contra a Igreja em nome da liberdade, e sob um regime de terror, toda dignidade pública da religião católica foi removida, os altares foram profanados, sacerdotes e piedosas virgens enclausurados, cidadãos de todas as ordens foram colocados em perigo de vida e miseravelmente assassinados.
Entre as vítimas desta extraordinária crueldade destacaram-se pelo admirável exemplo dado, dezesseis freiras da Ordem das Carmelitas Descalças, que já haviam sido arrancadas à força do convento de Compiègne, e sofreram uma morte sangrenta por sua constância na fé e nos votos religiosos. As veneráveis servas de Deus, cujo último suplício aumentou o esplendor da Igreja e imprimiu uma mancha indelével aos juízes, foram: Teresa de Santo Agostinho, Maria Francisca de São Luís, Maria de Jesus Crucificado, Maria da Ressurreição, Eufrásia da Imaculada Conceição, Gabriella Enrica de Jesus, Teresa do Santíssimo Coração de Maria, Maria Gabriella de Santo Ignácio, Julia Luisa de Jesus, Maria Enrica da Providência, Maria do Espírito Santo, Maria de Santa Marta, Stefania Giovanna de São Francisco Xavier, Costanza Meunier, Caterina e Teresa Soiron, irmãs alemãs… Continuar lendo
XV DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O MOÇO DE NAIM E A LEMBRANÇA DA MORTE
NOSSA SENHORA: MEDIANEIRA JUNTO AO MEDIADOR
Pe. Eamon R. Carroll, O.Carm., S.T.D.
Tradução: Dominus Est
A. Mediação em geral
O Cardeal Mercier da Bélgica começou o movimento para peticionar junto à Santa Sé a definição da doutrina de Nossa Senhora Medianeira de todas as graças. Em 12 de janeiro de 1921, o Papa Bento XV[1] permitiu Ofício e Missa especiais em honra de Maria Mediadora em 31 de maio. Em 1922, Pio XI organizou três comissões de teólogos (em Roma, Espanha e Bélgica) para estudar seriamente a questão. Há nos escritos recentes dos papas, especialmente nas encíclicas a partir do Papa Pio IX, uma mina de material sobre o papel de Maria no ganho e distribuição das graças divinas.
Hoje[2], muitos escritores teólogos defendem que esta crença está contida implicitamente na Revelação divina e poderia ser definida como dogma. Não há um teólogo católico hoje que negue à Nossa Senhora o título de Medianeira de todas as graças. Mas como o termo “mediação” tem muitas nuances, é preciso primeiro explicar em que sentido a Mãe de Deus é chamada de Mediadora.
O mediador é uma pessoa que se coloca no meio e une indivíduos ou grupos que estão em lados opostos. Nosso Senhor, Deus-Homem, foi colocado como único Mediador entre Deus e o homem. São Paulo diz: “Com efeito, há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo para redenção de todos…” (1Tim 2, 5-6). Ao oferecer a Si mesmo, ao longo de toda sua vida e no sacrifício na cruz, Cristo, nosso Mediador, destruiu o muro que se colocava entre Deus e nós, e apagou o que estava escrito contra nós e trouxe seus irmãos humanos de volta à plena amizade com Deus Pai. Nosso Senhor cumpriu sua missão de mediação ao se tornar nosso Redentor ou “Resgatador”. Continuar lendo
MARTÍRIO DE MARIA SANTÍSSIMA AO PÉ DA CRUZ
COMEMORAÇÃO DAS SETE DORES DE MARIA SANTÍSSIMA
JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DÁ AUDIÊNCIA A TODOS E A QUALQUER HORA
14 DE SETEMBRO – EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
Está página é extraída do Boletim de Nossa Senhora da santa Esperança, de Março de 1903 (reeditada em Le Sel de la Terre, no. 44, consagrado ao Pe. Emmanuel-André). O Padre Emmanuel pronunciou o seu último sermão na festa da Exaltação da Santa Cruz, no Domingo, 14 de Setembro de 1902, seis meses antes de morrer. Trata do espírito da Cruz, que é “a participação do próprio espírito de Nosso Senhor, levando a Cruz, pregado à Cruz e morrendo na Cruz”.
O ESPÍRITO DA CRUZ
O último sermão do Padre Emmanuel
Irmãos, há muito tempo que não me vedes aqui; não venho aqui com frequência.
Vou falar-vos de uma coisa da qual nunca falei, nem aqui, nem algures. E essa coisa desejo-a a todos; sei bem que o meu desejo não chegará a todos. Vou falar-vos do espírito da Cruz.
Quando o Bom Deus cria um corpo humano, dá-lhe uma alma, é um espírito humano; quando o Bom Deus dá a uma alma a graça do batismo, ela tem o espírito Cristão.
O espírito da Cruz é uma graça de Deus. Há a graça que faz apóstolos, e assim por diante. O que é o espírito da Cruz?
O espírito da Cruz é uma participação do próprio espírito de Nosso Senhor levando a Sua Cruz, pregado à Cruz, morrendo na Cruz. Nosso Senhor amava a Sua Cruz, desejava-a. Que pensava Ele levando a Sua Cruz, morrendo na Cruz? Há aí grandes mistérios: quando se tem o espírito da Cruz, entra-se na inteligência destes mistérios. Existem poucos Cristãos com o espírito da Cruz, vêm-se as coisas de modo diferente do comum dos homens. Continuar lendo
DA ETERNIDADE DO INFERNO
14 DE SETEMBRO – FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
FORMAÇÃO MJCB/FSSPX 2022 – A EDUCAÇÃO CATÓLICA
ACESSE A PÁGINA DA PRÉ-INSCRIÇÃO CLICANDO AQUI
A VOCAÇÃO RELIGIOSA FEMININA
Fonte: Boletim Ite Missa Est – SSPX Great Britain and Scandinavia – Tradução: Dominus Est
VENI SPONSA CHRISTI
Meus queridos fiéis,
O grande dia
Para uma jovem noiva, o maior e mais memorável dia de sua vida é o dia de seu casamento. Quantos sonhos e vãs imaginações antecipam o dia, quanto planejamento e preparação precedem o dia e, esperançosamente, quanta felicidade enche seu coração no dia em que ela se oferece ao seu esposo.
Essa verdade é recíproca a uma irmã religiosa. O maior dia de sua vida é o dia de seu casamento – o dia em que ela entrega seu coração ao seu Divino Esposo. Ao contrário de um casamento sacramental, no entanto, uma religiosa se une ao seu Esposo em etapas: primeiro como postulante, depois como noviça, depois pelos votos temporários e, finalmente, pelos votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Seu casamento é tão importante que deve ser preparado ao longo de muitos anos.
De todos os dias de preparação, o mais comovente – certamente para quem observa – é o dia do início do noviciado, quando a jovem recebe seu hábito religioso e faz suas primeiras promessas diante do Santíssimo Sacramento. Este dia tem maior semelhança com um casamento sacramental. Continuar lendo
PROCURAI O REINO DE DEUS- PELO PE. JOSÉ MARIA, FSSPX
Sermão proferido por ocasião do XIV Domingo depois de Pentecostes, no Piorado São Pio X de Lisboa, sobre o nosso dever, como católicos, de difundir o Reinado Social de Nosso Senhor.
DA MORTIFICAÇÃO INTERIOR
FESTA DO SANTÍSSIMO NOME DE MARIA
XIV DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: OS DOIS SENHORES E AS ALMAS TÍBIAS
O FARISEU E O PUBLICANO – PELO PE. JOSÉ MARIA, FSSPX
Sermão proferido por ocasião do X Domingo depois de Pentecostes, na Capela do Imaculado Coração, em Fátima (14/08/22)
MARIA SANTÍSSIMA ALCANÇA A PERSEVERANÇA PARA SEUS DEVOTOS
A NOVA ORDEM MUNDIAL É “NOVA”?
Se por um lado os meios tecnológicos tornam cada vez mais possível um governo mundial de homens “amantes de si mesmos, avarentos, altivos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, malvados, sem afeição, sem paz, caluniadores de nenhuma temperança, desumanos, inimigos dos bons, traidores, protervos, orgulhosos e mais amigos de deleites do que de Deus” (2Tim. 3, 2-4), tais como aqueles que o Apóstolo disse que viriam no fim dos tempos, pelo outro não é novo esse impulso na alma humana. Diz o Padre Álvaro Calderón, FSSPX:
“O impulso imperial – nesta linha de impérios providenciais – provém da forte tendência que têm os bens universais a serem difundidos. É o desejo de Adão em ter a quem comunicar as riquezas de sua alma, pelo que lhe foi dado a mulher, ou seja, a família, ou seja, a sociedade. Aquele que tem ciência tem o desejo de ensinar, e aquele que sabe organizar sofre a desordem nos demais. Aquele que por sua vez ama o dinheiro, que é puramente material, só pensa em despojar os demais, pois este se gasta ao comunicá-lo, enquanto que os bens universais quanto mais se distribuem, mais se tem. Os impérios de Daniel eram impérios de cultura e não de dinheiro[1], eram impérios fundados em um bem comum espiritual e não carnal, em um bem universal e não particular.“
“Mas a obscura realidade do pecado original continua com suas consequências, por isso que a ideia do império sofre conflito, conflito esse que desencadeou-se justamente em Babel. Até então era a “terra de uma só língua e um mesmo modo de falar”[2], mas o esforço cultural desse povo unido foi empregado para construir um altar para a glória do homem e não para a de Deus: “Disseram ainda: vinde, façamos para nós uma cidade e uma torre, cujo cimo chegue até ao céu, e tornemos célebre o nosso nome”[3]. Por isso que Deus se viu obrigado a confundi-los e dividi-los: “Eis que são um só povo e têm todos a mesma língua: começaram a fazer esta obra, e não desistirão do seu intento, até que a tenham de todo executado. Vamos, pois, desçamos e confundamos de tal sorte a sua linguagem, que um não compreenda a palavra do outro”[4]. Babilônia permanece em seu projeto de unificação e glória, mas Deus se mostrou contrário à ideia imperial – «Ecce unus est populus», e dividiu-a –, pois um poder político tão grande em corações soberbos não deixaria de produzir um grande mal. Continuar lendo