COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

purgAcesse a leitura clicando na imagem.

Veja também: 

SOBRE AS INDULGÊNCIAS PELOS DEFUNTOS EM NOVEMBRO

COMO AJUDAR OS DEFUNTOS

O SEPULTAMENTO, UM RITO DESEJADO POR NOSSO SENHOR

O QUE DIZER DA CREMAÇÃO DOS CORPOS

SEPULTURA CATÓLICA: QUANDO CONCEDÊ-LA OU NEGÁ-LA?

51 ANOS DA FSSPX

Em 1 de Novembro de 1970, o Bispo de Lausana, Genebra e Friburgo, D. Charrière, reconhece oficialmente a Fraternidade São Pio X, que constitui assim um novo e pequeno ramo alimentado pela Igreja.

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[…]

Reconhecida pela Igreja como Sociedade de vida comum sem votos e como Fraternidade Sacerdotal, nossa Fraternidade está enxertada no tronco da Igreja e toma sua seiva de santificação na mais autêntica tradição da Igreja e nas fontes vivas e puras de sua santidade, de modo parecido a tantas sociedades reconhecidas pela Igreja ao longo dos séculos, e que fizeram crescer e florescer novos ramos, e produzido frutos de santidade que são a honra da Igreja militante e triunfante.

A luta selvagem e injusta levada a cabo contra a Fraternidade por aqueles que se esforçam em corromper as fontes de santificação da Igreja, não faz senão confirmar sua autenticidade. São os sucessores de Caim que querem novamente matar Abel, cujas orações são agradáveis a Deus.

Em tempos normais, a fundação e o desenvolvimento de nossa Fraternidade teriam passado despercebidos em meio de inúmeras sociedades florescentes e fecundas com frutos maravilhosos. Continuar lendo

ÚLTIMO DOMINGO DE OUTUBRO: FESTA DE CRISTO REI

Cristo_ReiClique na imagem acima e leia a CARTA ENCÍCLICA QUAS PRIMAS, de Pio XI, que instituiu a Festa de CRISTO REI.

No vídeo abaixo, D. Marcel Lefebvre rezando a Missa da Festa de Cristo Rei na igreja Saint Nicolas du Chardonnet (FSSPX), em Paris, França, em 28/10/1990

Clique aqui e assista um Sermão do Pe. Phillipe Brunet, FSSPX sobre a importância da festa de Cristo Rei, comemorada hoje.

COMO DEVEMOS NOS ABANDONAR À PROVIDÊNCIA

Resultado de imagem para ajoelhado igreja"Reginald Garrigou-Lagrange, O. P.

Em outro momento, disséramos porque devíamos nos confiar e abandonar à Providência: por causa de sua sabedoria e bondade, temos de sempre nos dirigir a ela, de corpo e alma, sob a condição do cumprimento do deveres cotidianos e da lembrança de que, se permanecermos fiéis nas pequenas coisas, obteremos a graça para o sermos nas grandes.

Vejamos agora como devemos nos confiar e abandonar à Providência, segundo a natureza dos acontecimentos que dependem ou não da vontade humana, do espírito desse abandono e das virtudes em que se deve inspirar.

DOS DIFERENTES MODOS DE SE ABANDONAR À PROVIDÊNCIA SEGUNDO A NATUREZA DOS ACONTECIMENTOS(1)

Para entender esta doutrina da santa indiferença, convém notar, como amiúde o fazem os autores espirituais2, que o abandono não se deve exercer do mesmo modo em face dos acontecimentos que não dependem da vontade humana, das injustiças dos homens e das faltas e suas conseqüências.

Caso sejam fatos que não dependam da vontade humana, como acidentes de impossível previsão, doenças incuráveis, o abandono nunca seria demais. Seria inútil a resistência, e só serviria para nos infelicitar; por sua vez, a aceitação em espírito de fé, confiança e amor conferirá grandes méritos a esses sofrimentos inevitáveis3

Em circunstâncias dolorosas, cada vez que se diga fiat, haverá novos méritos; a verdadeira provação tornar-se-á santificante. Mais ainda, no abandono lucraremos as provações possíveis, que talvez não se abatam sobre nós, como lucrou Abraão ao se preparar com perfeito abandono para a imolação do filho, a qual o Senhor depois não mais exigiu. A prática do abandono modifica as provações atuais ou futuras em meios de santificação, e tanto mais quanto for tal prática inspirada por um imenso amor a Deus. Continuar lendo

A QUE, PRECISAMENTE, O PRECEITO DE AMAR NOSSOS INIMIGOS NOS OBRIGA?

Por que devemos amar nossos inimigos?

“Inimigos” são aqueles que nos odeiam, ou que nos fizeram algum mal sem uma justa compensação ou a quem sentimos aversão por algum motivo (desgosto natural, inveja, etc).

Há um preceito divino especial de amar esses inimigos, não enquanto inimigos, mas na medida em que são capazes da bem-aventurança eterna e, de fato, estão destinados a ela. A inimizade deles é um mal e, como tal, deve ser rejeitada, mas as pessoas que são nossas inimigas devem ser amadas pelos dons que Deus lhes deu – elas devem ser amadas por Deus. O preceito é “especial” no sentido de ter sido promulgado por Nosso Senhor em pessoa (Mt 5, 4) e em razão da dificuldade de colocá-lo em prática. Na verdade, ele não é diferente do preceito de amar ao próximo.

Portanto não devemos odiá-los, isto é, não devemos desejar-lhes mal algum, nem nos alegrarmos com algum mal que lhes suceda. Mesmo sendo nossos inimigos, não deixam de ser filhos de Deus e de terem sido chamados à bem-aventurança; odiá-los seria um pecado, é  incompatível com o amor de Deus.

Não podemos vingar-nos deles, isto é, não podemos retribuir o mal com o mal, pois essa intenção deriva do ódio ou de outro motivo desordenado. Em teoria, é permitido desejar algum mal, algum tipo de punição ou sofrimento a eles, mas apenas se formos motivados por motivos de justiça ou de caridade genuína – isto é, para por um freio ao malfeitor e restaurar a ordem da justiça, ou para ajudá-lo a corrigir-se e a voltar-se para Deus. Mas, na prática, em razão da nossa fraqueza, é muito difícil agir baseado puramente nesses motivos. Portanto, é melhor abster-se de desejar mal a qualquer um. Continuar lendo

ALGUMAS PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Dom Marcel Lefebvre (33) | Permanência

A MAÇONARIA ASSUME A EDUCAÇÃO DOS JOVENS

A MISSA NOVA LEVA AO PECADO CONTRA A FÉ

VALIDADE NÃO É SUFICIENTE PARA FAZER QUE UMA MISSA SEJA BOA

A DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE MISSAS

FIDELIDADE NA TEMPESTADE

A MISSA EM VERNÁCULO: FRUTO DO RACIONALISMO

OTIMISMO NA JUVENTUDE

O QUE DIZER A PESSOAS DE OUTRAS RELIGIÕES?

AS FALSAS RELIGIÕES FORAM INVENTADAS PELO DEMÔNIO

A PERDA DO ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO

SACERDOTE, MÉDICO DAS ALMAS

A ESSÊNCIA DA ORAÇÃO É A ELEVAÇÃO DA ALMA PARA DEUS

A VERDADEIRA HUMILDADE

A PREPARAÇÃO DOS NOIVOS PARA O MATRIMÔNIO

VERDADEIRO SACERDÓCIO

O BOM PASTOR

A CAPACIDADE DE FAZER O MAL É UM DEFEITO DA VONTADE

A MISSÃO DO VERBO ENVIADO PELA CARIDADE DO PAI

PALAVRAS DE MONS. LEFEBVRE AO CARDEAL RATZINGER: VÓS TRABALHAIS EM PROL DA DESCRISTIANIZAÇÃO DA SOCIEDADE, DA PESSOA HUMANA E DA IGREJA, E NÓS TRABALHAMOS PARA A CRISTIANIZAÇÃO

SINAIS CERTÍSSIMOS: SOBRE OS MILAGRES E A CANONIZAÇÃO DO PAPA PAULO VI

Papa Paulo VI – Wikipédia, a enciclopédia livre

Courrier de Rome n.º 608, Março de 2018 – Tradução: Dominus Est

Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX

[Nota do blog: texto escrito antes da canonização do Papa Paulo VI]

«Signis certissimis»: tal é a expressão destacada pelo Concílio Vaticano I na constituição dogmática Dei Filius, sobre a fé católica. «Ora, para que, não obstante, o obséquio de nossa fé estivesse em conformidade com a razão [cf. Rm 12,1], quis Deus ajuntar ao auxílio interno do Espírito Santo os argumentos externos de sua revelação, isto é, os fatos divinos, e sobretudo os milagres e as profecias, que, por demonstrarem luminosamente a onipotência e a ciência infinita de Deus, são da revelação divina sinais certíssimos e adaptados à inteligência de todos»[1]. Este ensinamento do Concílio Vaticano I é confirmado pelo ensinamento do Papa São Pio X no Juramento antimodernista: «Segundo: admito e reconheço como sinais certíssimos da origem divina da religião cristã as provas externas da Revelação, isto é, os feitos divinos, em primeiro lugar os milagres e as profecias, e afirmo que são perfeitamente adaptadas à inteligência de todos as idades e [de todos os] homens, inclusive os da época presente»[2].

Os sinais certíssimos são, portanto, os milagres. Em sua etimologia, a palavra «milagre» vem do substantivo latino miraculum, que por sua vez deriva do verbo mirari, que não significa «admirar»[3], mas «considerar com espanto». Ora, espantar-se é considerar um efeito cuja causa é desconhecida. Portanto, o milagre é um efeito cuja causa mantém-se oculta, porquanto é incognoscível. Especificando ainda mais esse vínculo que relaciona a noção de milagre (e portanto de espanto) à ignorância de uma causa, Santo Tomás [4] mostra que o espanto sobrevém diante não de um efeito raro, mas de um novo e inabitual[5]. Ora, esse gênero de efeitos é aquele que não procede de causas já conhecidas.

Vamos mais longe distinguindo o que diz respeito ao espanto: Ele procede da ignorância de uma causa, e ela pode ser ignorada de duas maneiras. Ela pode estar oculta para uma categoria de observadores, mas não para todos: ela provoca então o espanto do vulgo diante daquilo que se convém chamar de maravilhoso (mirum). Por exemplo, o eclipse causa espanto no vulgo, mas não causa espanto no astrônomo. Em seguida, a causa pode estar oculta para qualquer que seja o observador: é o miraculum propriamente dito, aquele que provoca o espanto de todos, mesmo dentre estudiosos e sábios. A definição sintética e científica do milagre é formulada pelo doutor angélico[6] em termos já tornados clássicos: um fenômeno constatável pelo homem (e portanto sensível), mas cuja produção lhe escapa, dado que é sobrenatural, tem Deus como seu autor único e está além das capacidades de todas as naturezas criadas, inclusive a dos anjos. Continuar lendo

OS FILHOS DO VATICANO II JÁ NÃO CRÊEM MAIS

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Essa é a conclusão do jornal La Croix à leitura de uma pesquisa sobre a relação dos franceses com a religião.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Pela primeira vez, aqueles que respondem positivamente à questão “Você acredita em Deus?” são a minoria. Somente os maiores de 65 anos afirmam, em sua maioria, acreditar em Deus (58%). Nas faixas etárias mais jovens, formadas após a década de 1960, a resposta negativa é que domina. Contudo, a questão era mais ampla, e incluía todas as religiões (54% dos entrevistados acreditam que todas as religiões são iguais).

Não somente a prática, mas o pequeno interesse religioso ainda existente tende a desaparecer: enquanto 38% dos entrevistados mencionam Deus na família, 30% nunca o fazem.

Embora a pesquisa não faça distinção entre religiões, esses números revelam, no entanto, uma profunda tendência que confirma o título dado ao último livro do acadêmico Guillaume Cuchet: O catolicismo ainda tem futuro na França? Esta coleção de artigos fornece outros elementos de análise muito interessantes. Continuar lendo

O NOVO ORDO MISSÆ DE PAULO VI É MAU EM SI MESMO?

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O Missal de Paulo VI tornou obscuro e ambíguo o que o Missal de São Pio V havia tornado explícito e esclarecido.

Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX

Fonte: Courrier de Rome n ° 645 – Tradução: Dominus Est

Estado da questão

1 – A avaliação do Novus Ordo Missae feita pela Fraternidade São Pio X retoma as bases do Breve Exame Crítico apresentado ao Papa Paulo VI pelos Cardeais Ottaviani e Bacci. No Prefácio que precede e introduz este Breve Exame, os dois cardeais observam que o novo rito reformado por Paulo VI “representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um surpreendente afastamento da teologia católica da Missa tal qual formulada na sessão 22 do Concílio de Trento. Os “cânones” do rito definitivamente fixado naquele tempo constituíam uma barreira intransponível contra qualquer tipo de heresia que pudesse atacar a integridade do Mistério.” (1).

Breve Exame Crítico observa esse afastamento do ponto de vista das quatro causas:

  • Causa material (a Presença real),
  • Causa formal (a natureza sacrificial),
  • Causa final (o fim propiciatório)
  • Causa eficiente (o sacerdócio do padre). 

Esta grave falha obriga-nos a concluir que o novo rito é “mau em si mesmo” e proíbe-nos considerá-lo legítimo e até permite duvidar da validade das celebrações em vários casos.

Objeções em sentido oposto

2 – Esta constatação é negada por todos aqueles que afirmam que o Missal de Paulo VI contém, suficientemente, a expressão da fé católica no que se refere ao mistério da Eucaristia e que o celebrante e os fiéis podem, portanto, adotá-lo não somente de maneira válida, mas também com piedade e proveito espiritual. Continuar lendo

ESPECIAIS DO BLOG: JOÃO PAULO II, UM NOVO SANTO PARA A IGREJA?

A apostasia de João Paulo II com os muçulmanos - Igreja Católica

Estudo realizado pelo Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX(*) para o periódico Courrier de Rome, de janeiro de 2014, antes da canonização do Papa João Paulo II.

(*) Pe. Gleize é professor de apologética, eclesiologia e dogma no Seminário São Pio X de Écône, um dos maiores teólogos e filósofos tomistas da atualidade, participou das discussões doutrinárias entre Roma e a FSSPX entre 2009 e 2011.

17 DE OUTUBRO: FESTA DE SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE

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Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Nascida em 22 de julho de 1647 em Verosvres, na diocese de Autun (França), Marguerite-Marie Alacoque (Margarida Maria Alacoque) se dedicou a Cristo desde muito jovem. Na verdade, tinha apenas 5 anos quando, ao ouvir falar dos votos religiosos de sua madrinha, ofereceu-se pronunciando estas palavras que ficarão gravadas na sua memória e que ela repetirá posteriormente: “Ó meu Deus, eu Vos consagro a minha pureza e Vos faço voto de castidade perpétua ”.

Aos 13 anos, acamada por vários anos devido a uma paralisia, foi milagrosamente curada pela Virgem logo após a promessa de consagrar-se a Deus pela vida religiosa. Depois de muitas vicissitudes e assédios sofridos por parte de familiares, ela entrou em 25 de maio de 1671, aos 23 anos, na Ordem das Visitandinas de Paray-le-Monial, na Borgonha.
 
Escolhida por Nosso Senhor para ser a mensageira do Seu amor misericordioso, ela recebeu 3 grandes revelações que estão na origem da devoção ao Sagrado Coração.
 
A mais importante é o de junho de 1675, onde Cristo lhe mostrou o seu Coração, dizendo: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia.”
 

Cristo pede o estabelecimento de uma festa particular para honrar o Seu Coração, comungando e fazendo reparações através de pedidos de perdão. Em troca, explica à sua confidente: “Prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino amor sobre os que tributem essa divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada.”
 
Tornada mestra de noviças, Santa Margarida-Maria se esforça para difundir o amor do Sagrado Coração nas almas que lhe foram confiadas. Ela morreu piedosamente em 17 de outubro de 1690, aos 43 anos, pronunciando o nome de Jesus.
 
Levará mais de um século até que, em 1824, a Igreja a declare venerável, e mais quarenta anos até que seja beatificada pelo Papa Pio IX, em 1864, ano do Syllabus . Ela foi canonizada em 13 de maio de 1920 pelo Papa Bento XV.
 
Oração após a comunhão: “Tendo participado dos mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, possamos nós, Senhor Jesus, pela intercessão da bem-aventurada virgem Margarida Maria, despojar-nos das soberbas vaidades do mundo e revestir-nos da mansidão e da humildade do vosso Coração.”

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Abaixo alguns links sobre o Sagrado Coração:

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Na Igreja da FSSPX em Oensingen (Suiça) está o altar original de Paray-le-Monial, construído após a morte de Sta. Margarita Maria Alacoque, e sob o qual seu corpo foi mantido até que o altar fosse substituído pelo atual.

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NOSSOS DEVERES PARA COM OS MORIBUNDOS

MORI

“Cumprir nossos deveres para com nossos pais e mães é, para nós, uma obrigação constante, mas principalmente em suas doenças graves e perigosas. É então que devemos fazer tudo quanto necessário para que não sejam privados da confissão e dos outros sacramentos que os cristãos são obrigados a receber na aproximação da morte” (Catecismo de Trento, sobre o 4 e  mandamento).

Fonte: Le Carillon n° 200 – Tradução: Dominus Est 

É, portanto, natural para um cristão se preocupar em garantir a seus próximos a assistência dos sacramentos durante toda a vida, especialmente na proximidade da morte. Infelizmente, em nossa sociedade dominada pela onda da secularização, não há família que não se preocupe com um de seus membros, ou mesmo com um amigo, que persiste na descrença. Mas, felizmente, quantos sacerdotes puderam testemunhar que, chamados à cabeceira de um moribundo por familiares preocupados, conseguiram reconciliar o pecador com Deus e ver o bom ladrão adormecer no Senhor!

Contudo, não se deve permitir que uma má compreensão do modo como agem os sacramentos prive dos seus frutos esta considerável boa vontade. O catecismo nos ensina isso: os sacramentos sempre concedem a graça,  conquanto que os recebamos com as disposições necessárias. Não digamos a nós mesmos: Padre pode tudo, uma vez que se encontre ao lado do irmão que sofre, tudo está garantido! Não, ele só poderá administrar os sacramentos se se apresentar as disposições necessárias, que o padre pode tentar suscitar com a sua palavra, com sua oração, mas que não pode suprir se aquele a quem foi chamado não as quiser. Continuar lendo

O QUE É A VERDADEIRA TRADIÇÃO? A VISÃO DE SÃO VICENTE DE LERINS

São Vicente de Lérins, um grande pensador, teólogo e místico

Fonte: Courrier de Rome  n.º 308, Fevereiro de 2008 – Tradução: Dominus Est

Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX

Em obra recentemente publicada em março de 2007, o Padre Bernard Lucien dedica seis estudos à questão da autoridade do Magistério e da infalibilidade. O último desses estudos é o assunto de um capítulo 6 até então inédito, visto que os cinco estudos anteriores são uma reapresentação de artigos já publicados na revista Sedes sapientiae. Entre outras coisas, ele diz: «O que sustentamos aqui, e que diversos autores “tradicionalistas” negam, é que a infalibilidade do Magistério ordinário universal respalda a afirmação central de Dignitatis humanae, afirmação essa contida no primeiro parágrafo de DH, 2 e que aqui lembramos: “Este Concílio Vaticano declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte: todos os homens devem estar livres de coação, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites. Declara, além disso, que o direito à liberdade religiosa se funda realmente na própria dignidade da pessoa humana, como a palavra revelada de Deus e a própria razão a dão a conhecer”»[1].

1) Liberdade religiosa: um ensinamento infalível do Magistério ordinário universal?

O Pe. Lucien afirma ali que o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre a liberdade religiosa é um ensinamento infalível porque equivale a um ensinamento do Magistério ordinário universal.

Sabemos que o Papa pode exercer o Magistério de maneira infalível e que o faz ora sozinho ora junto dos bispos. Essa infalibilidade é uma propriedade que diz respeito precisamente a um certo exercício da autoridade. Pode-se assim distinguir três circunstâncias únicas nas quais a autoridade suprema goza de infalibilidade. Há o ato da pessoa física do Papa que fala sozinho ex cathedra; há o ato da pessoa moral do Concílio ecumênico, que é a reunião física do Papa e dos bispos; há o conjunto dos atos, unânimes e simultâneos, que emanam de todos os pastores da Igreja, o Papa e os bispos, porém dispersos e não mais reunidos. O ensinamento do Papa falando ex cathedra e aquele do Concílio ecumênico correspondem à infalibilidade do Magistério solene ou extraordinário, enquanto que o ensinamento unânime de todos os bispos dispersos, sob a autoridade do Papa, é o ensinamento do Magistério ordinário universal.

A questão do Magistério ordinário universal é abordada na constituição dogmática Dei Filius, do Concílio Vaticano I. Lá é dito que «deve-se crer com fé divina e católica todas aquelas coisas que estão contidas na Palavra de Deus, escrita ou transmitida por Tradição, e que a Igreja nos propõe, ou por definição solene, ou pelo magistério ordinário universal, a serem cridas como divinamente reveladas» (DS 3011). E na Encíclica Tuas libenter, de 21 de dezembro de 1862, o Papa Pio IX fala do «Magistério ordinário de toda a Igreja disseminada pelo orbe terrestre» (DS 2879). Na ocasião do Concílio Vaticano I, em um discurso proferido no dia 6 de abril de 1870[2], o representante oficial do Papa, Mons. Martin, dá a seguinte precisão acerca do texto de Dei Filius: «A palavra “universal” significa geralmente a mesma coisa que a palavra usada pelo Santo Padre na Encíclica Tuas libenter, a saber, o Magistério de toda a Igreja disseminada sobre a terra». Está claro, portanto, que o Magistério ordinário universal está em contraste com o Magistério do Concílio ecumênico assim como o Magistério do Papa e dos bispos dispersos está em contraste com o Magistério do Papa e dos bispos reunidos. Continuar lendo

OS “GUARDIÕES DA TRADIÇÃO” E A “ALEGRIA DO AMOR”

Em 2016, o Papa Francisco publicou a Exortação pós-sinodal Amoris lætitia na qual concedeu – caso a caso – o acesso à comunhão eucarística aos divorciados “recasados”, que não têm direito a ela segundo a imutável moral  da Igreja Católica.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Em 2021, ele [Papa Francisco] publicou o Motu proprio Traditionis custodes, cujas condições draconianas visam restringir, ao máximo, o direito dos fiéis à Missa de sempre, na esperança de que um dia esse direito seja extinto por completo.

De um lado, existe um pseudo-direito à comunhão garantido pela “misericórdia pastoral”; de outro, um verdadeiro direito à Missa de sempre, reduzida e praticamente negada em nome da “unidade da Igreja“, comprometida pela falta de submissão ao magistério conciliar cuja Nova Missa afirma pertencer.

De um lado, uma extrema solicitude para com as “periferias da Igreja”; de outro, uma severidade absoluta em relação aos que estão ligados ao Santo Sacrifício da Missa, e que, seguindo os cardeais Ottaviani e Bacci – em seu Breve exame crítico do Novus Ordo Missæ (1969) – afirmam que a Missa de Paulo VI “representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um impressionante afastamento da teologia católica da santa missa, conforme formulada na Sessão XXII do Concílio de Trento. Os “Canones” do rito, definitivamente fixados naquele tempo, proporcionavam uma intransponível barreira contra qualquer heresia dirigida contra a integridade do Mistério”. Continuar lendo

13 DE OUTUBRO: O MILAGRE DO SOL EM FÁTIMA

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Há 104 anos, a 13 de outubro de 1917, dezenas de milhares de pessoas assistiram, à hora prevista, ao chamado “Milagre do Sol” — um sinal pedido a Nossa Senhora por irmã Lúcia, três meses antes, para que todos acreditassem nas aparições de Fátima.

O Sr. Bernardo Motta recolheu cerca de centena e meia de depoimentos de testemunhas oculares, que transcreveu e reuniu num livro: O Milagre do Sol segundo testemunhas oculares.

Sr. Bernardo é católico, casado, pai de 3 filhos e Engenheiro de profissão, dedica o seu tempo livre ao estudo de Fátima, tanto do milagre, como mais recentemente do segredo “em três partes”.

Para ler uma reportagem sobre esse Livro e alguns depoimentos sobre o milagre do sol, clique aqui.

Para ouvir uma entrevista com o autor, sobre esse milagre, clique aqui.

JOÃO PAULO II: UM NOVO SANTO PARA A IGREJA? – ARTIGO 3/3: JOÃO PAULO II PODE SER CANONIZADO?

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Padre Jean-Michel Gleize, FSSPX

Fonte: Courrier de Rome, Janeiro de 2014 – Tradução: Dominus Est

[Nota do blog: Texto publicado originalmente antes da canonização do Papa João Paulo II]

ARGUMENTOS A FAVOR E CONTRA

Parece que sim

Primeiramente, a canonização de João Paulo II foi oficialmente anunciada pela Santa Sé. Ela está prevista para o domingo, 27 de abril de 2014. Sendo a canonização um ato reservado ao sumo pontífice, somente ele pode decidir propor um santo como exemplo a toda a Igreja e, se ele o fez, deve-se concluir que a canonização desse santo é possível. Visto que o Papa Francisco decidiu canonizar João Paulo II, ele é portanto canonizado.

Em segundo lugar, para poder ser canonizado, um fiel defunto deve primeiro ser beatificado. Ora, João Paulo II foi beatificado por Bento XVI. Portanto, João Paulo II pode ser canonizado.

Parece que não

Em terceiro lugar, João Paulo II não foi santo. Ora, nenhum ato poderia reconhecer como santo aquele que não o foi. Portanto, nenhum ato poderia reconhecer como santo João Paulo II e, visto que a canonização é o ato pelo qual o papa reconhece oficialmente a santidade de um fiel defunto, João Paulo II não poderia ser canonizado. Prova da primeira premissa: em suas palavras e atos públicos, João Paulo II foi frequentemente ocasião de ruína para a fé e para a religião dos fiéis.

Em quarto lugar, os milagres atribuídos a João Paulo II são duvidosos. Ora, nenhum ato poderia reconhecer como desfrutando da glória celeste aquele cuja intercessão é duvidosa que os milagres sejam realizados. Portanto, nenhum ato poderia reconhecer João Paulo II como desfrutando da glória celeste e, visto que a canonização é o ato pelo qual o papa reconhece oficialmente a glória celeste de um fiel defunto, João Paulo II não poderia ser canonizado. Continuar lendo

11 DE OUTUBRO: FESTA DA MATERNIDADE DE NOSSA SENHORA

Ao exaltar a maternidade divina da Santíssima Virgem, a Igreja celebra a Mãe por excelência e o modelo de todas as mães.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Esta festa foi instituída em 1931 pelo Papa Pio XI por ocasião do 15° centenário do Concílio de Éfeso, onde foi proclamado o dogma da maternidade divina de Maria.
 
Nos textos da liturgia, a Igreja expressa como Maria é Mãe de Jesus, mas também nossa Mãe, uma vez que é por sua intercessão que ela obtém para nós a graça que nos une sobrenaturalmente ao seu Filho divino. A maternidade virginal de Maria estende-se desde Cristo, que ela realmente gerou na sua carne, a todos os membros do Corpo místico do Filho de Deus.
 
Este ensinamento é exposto por São Pio X na encíclica Ad diem illum (1904):
 
“Não é Maria a Mãe de Deus? Portanto é Mãe nossa também. Todos, portanto, que, unidos a Cristo, somos, consoante as palavras do Apóstolo, “membros do seu corpo, de sua carne e de seus ossos” (Ef 5, 30), devemos crer-nos nascidos do seio da Virgem, donde um dia saímos qual um corpo unido à sua cabeça. É por isso que somos chamados, num sentido espiritual e místico, filhos de Maria, e ela é, por sua vez, nossa Mãe comum. Mãe espiritual, contudo verdadeira mãe dos membros de Jesus Cristo…”

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O Ano Cristão não é uma simples obra de espiritualidade ou um rápido informativo sobre a vida dos santos. Essa obra magnífica é um roteiro seguro para todas as práticas espirituais que um católico deve desenvolver durante todo o ano, baseando-se no calendário tradicional da Igreja Católica. Os textos resultam de intensas pesquisas e reflexões do padre jesuíta Jean Croiset, que buscou na santa doutrina o remédio para os tempos conturbados em que viveu. Contra as liberalidades e revoluções do século XVIII, o padre empregou a pena na tarefa da salvação das almas através do incentivo à bela prática da leitura cotidiana. 

Os primeiros três tomos são apenas o início do caminho. Garanta essa obra riquíssima e colha todos os frutos espirituais das leituras e meditações que constituem essa obra.

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