
Padre Augustin Lémann | Fonte: Verbum Fidelis
Santo Agostinho expressou, neste grito de admiração, quem serão, do ponto de vista da força da fé, os heróis da verdade cristã nos tempos do Anticristo: “O que somos nós em comparação com os santos e os fiéis dos últimos tempos, já que, para prová-los, Deus soltará um inimigo[1] contra o qual, ainda que acorrentado, nós não podemos lutar senão às custas de grandes perigos?”[2]. Santo Hipólito também disse: “Ó, felizes aqueles que derrotam tal tirano! Temos que admitir que serão mais ilustres e mais heroicos que os seus antecessores”[3].
Então, quem serão esses heróis do futuro?
Em primeiro lugar, a própria Igreja, a Igreja militante, compacta na sua hierarquia, com a augusta pessoa do seu Chefe, com os seus bispos, os seus sacerdotes, os seus religiosos e com todos os seus ministros. Nenhuma medida, por mais erudita e opressiva que seja, terá o poder de calar-lhes a boca. Quando o peregrino, na Cidade dos Papas, visita a igreja subterrânea da basílica de Santa Maria na Via Lata, que outrora fora uma prisão, lê, não sem emoção, cinco palavras gravadas nas paredes, que são uma reprodução daquelas que, precisamente neste lugar, o Apóstolo São Paulo escreveu ao seu discípulo Timóteo: “a palavra de Deus não está presa, Verbum Dei non est alligatum”[4]. Ele mesmo, o Apóstolo São Paulo, foi a demonstração viva desse novo axioma. Livre, pregou em quase todas as plagas do mundo então conhecido; prisioneiro, ele nunca parou de pregar.
A palavra de Deus não pode ser presa! Dos lábios do Apóstolo, essas palavras foram desde então colocadas nos lábios de todos os membros da hierarquia católica. Ainda vibravam, há alguns anos, nos lábios deste velho arcebispo de Paris, de tão doce e grande memória, o Cardeal Guibert, quando, em resposta a uma circular ministerial que tinha a pretensão de regulamentar as ordens dos bispos, redigiu esta resposta calma e sublime: “Senhor Ministro, não se acorrenta a palavra de um bispo, assim como não se prende um raio de sol”. Continuar lendo



Conheço sete espécies de falsos devotos e falsas devoções, a saber:














Nasceu S. Dominguinho em Saragoça (Espanha), pelo ano de 1240. Quando sua mãe lhe deu o primeiro abraço, descobriu-lhe no ombro a marca de uma cruz e, sob os cabelos louros, um círculo encarnado, como de uma coroa de espinhos.

Jesus: