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Andrea Oddone, S.J., La Civiltà Cattolica
Tradução de Gederson Falcometa
O homem é imperiosamente atraído pelo desejo de conhecer o futuro e de levantar algumas pontas do véu que lhe esconde o mistério. As artes mágicas, o estudo das ciências ocultas, as diversas formas de adivinhação nada mais são do que manifestações desse desejo e, ao mesmo tempo, tentativas de satisfazê-lo. Em todas as épocas da história humana surgem profetas e adivinhos, aos quais o povo se abandona com vivo ardor e muitas vezes com entusiasmo fanático; aparições, predições e revelações são fenômenos mais ou menos comuns a todas as civilizações.
Mas em tempos de convulsão social e de calamidades públicas, a avidez pelo maravilhoso e a curiosidade de explorar o futuro tornam-se mais aguçadas, as predições multiplicam-se e encontram maior ressonância nas almas. Fertilíssimo nesta matéria é sobretudo o tempo de guerra. Em 1870, foram colocadas em circulação “profecias” de todos os tipos, tão numerosas que perfaziam dois volumes de mais de seiscentas(1). O mesmo fenômeno repetiu-se durante a guerra que eclodiu em 1914 (2). Ainda hoje, enquanto enfurece a presente tragédia bélica, se faz audível a voz dos profetas de ocasião, que, poder-se-ia dizer, competem em anunciar misteriosamente a sorte futura da humanidade e em predizer os vários acontecimentos, dos quais nós mesmos seremos espectadores.
Do ponto de vista psicológico este florescimento extraordinário de predições é facilmente explicável. O tempo de guerra produz na alma o tormento e a angústia do que será o amanhã. Nos acontecimentos alternados das hostilidades, confrontados com a dura realidade do sofrimento e da privação, sentimos a necessidade de descansar nas perspectivas de um futuro mais favorável. Um tal estado de espírito é mais favorável do que nunca para acolher tudo o que possa alimentar a nossa curiosidade, incutir alguns raios de esperança e preencher de alguma forma as nossas inquietudes e angústias. Continuar lendo
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Clique aqui para ler a Meditação de Santo Afonso sobre os Anjos da Guarda.
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Para um bom entendimento sobre questões referentes aos anjos colocamos abaixo alguns links sobre o assunto:
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Clique na imagem para ler a Meditação de Santo Afonso sobre essa data e clique aqui para ler um texto do Pe. Xavier Beauvais, FSSPX sobre as Glórias de São Miguel.
Nasceu S. Dominguinho em Saragoça (Espanha), pelo ano de 1240. Quando sua mãe lhe deu o primeiro abraço, descobriu-lhe no ombro a marca de uma cruz e, sob os cabelos louros, um círculo encarnado, como de uma coroa de espinhos.
O brasão da família, descendente dum cruzado francês, ostentava uma grande cruz sobre fundo encarnado com quatro estrelas nos ângulos.
“Isto significa (dizia-lhe o pai) que nós estamos sempre dispostos a derramar o sangue por Jesus Cristo e procuramos exercitar-nos nas virtudes“.
O menino foi educado no colégio da catedral. Era de ver a piedade com que servia ao altar e a voz angélica com que entoava os cantos sacros. Os mestres elogiavam-lhe mormente a aplicação e docilidade.
Os Judeus de Saragoça resolveram assassinar um menino cristão para regar com seu sangue os pães ázimos da ceia pascal. Encarregado pela sinagoga, um deles sequestrou o inocente Dominguinho, quando regressava da catedral e, à noite, levou-o aos judeus. Continuar lendo
Para acessar a Meditação de Santo Afonso para essa Festa, clique na imagem acima. E para acessar um Sermão do Pe. Emmanuel André, clique aqui
Jesus: Filho, não podes gozar perfeita liberdade, enquanto não renunciares inteiramente a ti mesmo. Em escravidão vivem todos os ricos e egoístas, os cobiçosos, curiosos, que gostam de vaguear, buscando sempre as delícias dos sentidos e não as de Jesus Cristo, mas só imaginam o que não pode permanecer e só disso cogitam. Pois tudo que não vem de Deus perecerá. Conserva em teu coração esta breve e profunda sentença: Deixa tudo, e terás sossego. Pondera isto, e, quando o praticares, tudo entenderás.
A alma: Senhor, isto não é obra de um dia, nem brincadeira de criança, antes nesta breve palavra se compendia toda a perfeição religiosa.
Jesus: Filho, não deves recear, nem logo desanimar, ouvindo falar do caminho dos perfeitos, mas antes esforça-te por um estado mais perfeito, ou pelo menos almeja-o ardentemente. Oxalá fosses assim e tivesses chegado a tanto, que não te amasses a ti mesmo, mas estivesses inteiramente resignado à minha vontade e à daquele que te dei por diretor. Muito me agradarias, então, e toda a tua vida passaria em paz e alegria. Ainda tens que desprender-te de muitas coisas, e se não mas entregares inteiramente, não alcançarás o que me pedes. “Aconselho-te que me compres o ouro acrisolado, para te tornares rico” (Apc 3,18), isto é, a sabedoria celestial, que pisa aos pés todas as coisas terrenas. Despreza a sabedoria terrena, todo o humano contentamento e própria complacência.
Eu disse que deves buscar, em lugar das coisas nobres e preciosas, aquilo que, aos olhos do mundo, é vil e desprezível. Porque mui vil e desprezível, até quase esquecida, parece a verdadeira e celestial sabedoria, que não se tem em grande conta, nem trata de se engrandecer na terra. Muitos a louvam com a boca, mas afastam-se dela na vida; contudo é esta a pérola preciosa, conhecida de poucos.
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis
Extraído do livro La Cappa, de Marcelo Veneziani – Tradução de Gederson Falcometa
Deixemos a arte e a literatura e voltemos ao mundo atual que se pretende corrigir. O que leva as pessoas dotadas de razão, algumas das vezes eruditas, a se tornarem intolerantes, teimosas, incivilizadas, rudes; qual é o dispositivo mental, a mácula, que gera preconceitos e legitima novas obtusidades? O primeiro vício decorre da rejeição da realidade em prol da representação ideológica e moralista: mascarar a realidade para esconder, corrigir, padronizar, negar as diversidades, a dura verdade. Se algo não agrada ou contrasta com o esquema, as conotações são alteradas. Moralismo corretivo.
O segundo é inverter a causa e o efeito. Denunciar a repressão mas esquecer a violência ou o abuso a que reage; aliás, inverte a sequência, a violência reage à repressão, é um protesto contra ela.
O terceiro é usar o caso para quebrar a regra. Se houver um abuso na família ou se um policial cometer um crime, inicia o processo a família ou as forças de ordem, se invocam leis especiais contra eles, se deslegitimizam. Mas um em cada cem casos de abuso mostra que a regra geral vale para todos os outros. Perde-se o senso das proporções entre a realidade e as suas degenerações, destroem-se as instituições e derrubam-se as regras em nome da exceção para refazer a norma. Continuar lendo
Jesus: Filho, convém fazeres-te ignorante em muitas coisas, e reputares-te como que morto sobre a terra, para que todo o mundo te esteja crucificado. Importa também que te faças surdo a muitas coisas, cuidando antes do que serve à tua paz. Mais útil é desviares os olhos do que não te agrada e deixares a cada um seu parecer, do que entrares em discussões. Se estiveres bem com Deus e considerares seus juízos, não te será custoso dares-te por vencido.
A alma: Ah! Senhor, a que chegamos? Eis que choramos uma perda temporal, trabalhamos e corremos para ganhar mesquinho lucro, mas do dano espiritual nos esquecemos e mal nos lembramos, ou tarde. Olha-se muito pelo que pouco ou nada vale, e não se faz caso do que é sumamente necessário, porque o homem inteiramente se entrega às coisas exteriores, e, se prontamente não se recolher, nela descansa com prazer.
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis
Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! Quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! Quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos. Bendito sejais, Senhor meu Deus, em tudo que nos sucede. Nós somos fracos e inconstantes, facilmente nos enganamos e mudamos.
Que haverá tão cauteloso e vigilante em todas as coisas, que alguma vez não caia em perturbação ou engano? Mas aquele que em vós, Senhor, confia, e vos procura de coração sincero, não cai tão facilmente. E se vier a cair em alguma tribulação, de qualquer sorte que esteja embaraçado nela, prontamente será por vós libertado ou consolado, porquanto não desamparais para sempre a quem em vós espera. Raro é o amigo fiel que persevera em todas as tribulações de seu amigo. Vós, Senhor, sois o único amigo fidelíssimo e não se acha outro igual.
Oh! bem o soube aquela alma santa (Santa Águeda) que disse: “Meu coração está firmado e fundado em Cristo!” Se assim fora comigo, não me perturbaria tão facilmente o temor humano, nem me abalariam as flechas das más palavras. Quem pode prever tudo e precaver-se contra os males futuros? Se os males previstos já ferem tanto, quanto mais os imprevistos causarão feridas dolorosas! Mas por que motivo, sendo eu tão miserável, não me acautelei melhor? Por que tão facilmente dei créditos aos outros? Entretanto – somos homens e nada mais que homens fracos, ainda que muitos se julguem e chamem anjos. A quem hei de crer, Senhor? a quem senão a vós? Vós sois a verdade que não engana nem pode ser enganada. Ao passo que está escrito: “Todo homem é mentiroso (Sl 115,2), fraco, inconstante, inclinado a pecar, mormente em palavras, de sorte que mal se deve logo acreditar o que, à primeira vista, parece verdadeiro”. Continuar lendo
Vicente de Bauvais narra que um jovem fidalgo inglês, chamado Ernesto, dera todos os seus bens aos pobres e entrara em um convento. Ali levara vida tão perfeita que os superiores tinham em alta conta, sobretudo por sua devoção especial à Santíssima Virgem.
Tendo aparecido na cidade terrível peste, recorreram os cidadãos aos religiosos, pedindo-lhes que os auxiliassem com suas orações. O superior deu ordem a Ernesto que se fosse pôr em oração diante do altar de Maria Santíssima; e que não se retirasse, enquanto não desse resposta. No fim de três dias Nossa Senhora respondeu que se fizessem certas preces. Apenas lhe obedeceram, cessou o flagelo.
Ora, aconteceu que, pouco a pouco, o jovem monge foi esfriando na devoção de Maria. O demônio assaltou-o com freqüentes tentações, principalmente contra a pureza e a perseverança na vocação.
O infeliz, esquecendo-se de invocar a Mãe de Deus, resolveu fugir, saltando o muro do mosteiro.
Passando por uma imagem da Virgem, que estava no corredor, ouviu as palavras:
– Meu filho, por que me abandonas?
Atordoado e confuso, Ernesto caiu por terra e respondeu:
– Mas não vedes, Senhora minha, que não posso mais resistir? Por que não vindes socorrer-me?
A Virgem replicou:
– E Tu, por que não me invocastes? Se te tivesse recomendado a mim, não terias chegado a esse ponto. De hoje em diante recorre a mim, e nada tens a temer!
O religioso assim fez e viveu sempre feliz, e conquistou o belo Céu.
Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri
Nascido em meados do século XIV, na formosa Valença, S. Vicente Ferrer, já na infância, deu claros indícios de extraordinária missão que Deus lhe reservara.
Gostava de ouvir sermões, para, depois, reunidos os seus colegas, repetir-lhes com grande ardor os trechos mais impressionantes.
Apareceram, no pescoço de um seu amiguinho de cinco anos, umas chagas malignas. Vicente foi visitá-lo e, para mortificar-se e aliviar o doente, labeu-lhe as chagas, que, imediatamente, desapareceram. Êste foi o primeiro milagre que operou.
Aos dezoito anos entrou na Ordem Dominicana, tornando-se professor famoso em várias universidades. Mas o fruto obtido por seus sermões fê-lo abandonar a cátedra e dedicar-se exclusivamente à pregação.
Percorreu, como pregador, grande parte da Europa, não faltando em nenhuma de suas missões o famoso sermão sôbre o Fim do mundo e o Juízo universal. Certa vez, ao pregá-lo numa praça diante de milhares de ouvintes, quando pronunciou com voz terrível aquelas palavras dos anjos: “Levantai-vos, mortos, vinde ao Juízo!”, todo auditório caiu por terra, como morto; e, todos, ao se erguerem, estavam pálidos e a tremer, como se surgissem dos sepulcros.
Outra vez, pregando o mesmo sermão, disse ser êle o anjo, do qual S. João diz, no Apocalipse, que cruzará pelos ares, clamando: “Temei a Deus e honrai-o, porque está chegando a hora do Juízo”.
Escandalizaram-se alguns, ao ouvirem tais palavras; mais o Santo, para provar-lhes que tinha razão, mandou que trouxessem uma defunta que era levada ao cemitério. Continuar lendo
É sempre fácil começar a ação e meter-se ao caminho?
Eis um ponto que, segundo parece, só um ato positivo e enérgico da vontade poderá realizar.
Será preciso que a vontade se converta numa mola, impulsionada pela indicação do dever e que salte num ímpeto até ao seu pleno desenvolvimento, isto é, até ao cumprimento do que é preciso fazer. Que a vontade seja como que um chefe de serviço bem adestrado, que recebe as ordens e as faz executar sem discussão, sem hesitação, sem demora.
Qual é a virtude que esta energia supõe necessariamente?
É o dominio de si mesmo, isto é, a autoridade própria da inteligência e da vontade sobre as faculdades inferiores, a imaginação, a sensibilidade, a memória e, por elas, sobre os próprios sentidos.
Qual é o primeiro meio de desenvolver esta energia nas crianças?
É o de evitar tudo o que conduz ao sensualismo e à preguiça.
“Esta preguiça, a que se liga pouca importância é, contudo cheia de perigos; torna incapaz de todas as virtudes, abre a porta a todos os vícios, rouba todas as energias ao caráter, impede a formação da vontade, deixando a alma sofrer o jogo do corpo, e este mesmo fica sem força e sem vigor.”
(Renovamento da vida cristã)
Tem-se notado que aqueles que foram submetidos a uma disciplina severa mostram uma energia moral mais intensa do que outros que foram tratados com doçura execessiva.
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Jesus: Filho se puseres tua paz em alguma pessoa, por conviver contigo e ser de teu parecer, achar-te-ás inconstante e embaraçado. Mas, se recorreres à verdade sempre viva e permanente, não te entristecerás pela ausência e morte de um amigo. Em mim se há de fundar o amor do amigo, e por mim se há de amar todo aquele que nesta vida te parecer bom e amável. Sem mim não vale nada, nem durará a amizade; nem é puro e verdadeiro o amor cujos laços eu não tenha dado. De tal modo deves estar morto para semelhantes afeições dos amigos que, quanto depender de ti, desejes viver sem relações humanas. Quanto mais se chegar o homem para Deus, tanto mais se afastará de todo alívio terreno. E tanto mais alto sobe para Deus, quanto mais baixo desce na sua estimação, e mais vil se reputa.
Mas quem a si mesmo se atribui algum bem impede que a graça venha à sua alma; porque a graça do Espírito Santo sempre busca o coração humilde. Se te souberas perfeitamente aniquilar e desprender de todo amor criado, então viria a ti com a abundância de minhas graças. Quando olhas para as criaturas, perdes a contemplação do Criador. Aprende a vencer-te em tudo por teu Criador, e então poderás chegar ao conhecimento divino. Qualquer coisa, por pequena que seja, se a amas e aprecias desordenadamente, mancha a alma e te separa do sumo bem.
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis
Que é o ideal?
O ideal é a flama do nosso pensamento, que brilha e ilumina toda a nossa vida; é farol que devemos sempre manter e tornar cada vez mais luminoso, a fim de que a sua simples presença baste para nos conduzir ou nos reconduzir pelo reto caminho.
O ideal é uma força, a grande força; é uma paixão, e por conseguinte uma potência. Já o teremos sentido muitas vezes em seguida a um contato mais intimo com Deus, num retiro, após uma grande emoção. Tem-se ele posto a brilhar vasto e profundo, no céu de nossa alma, condensando todas as idéias numa só, e encarnando-se numa resolução mais enérgica e mais firme.
O ideal é como um sol que ilumina e aquece toda uma vida, que faz ver claro e belo na existência, e que a transforma. Apagai esse sol, todo o vosso ser recairá na sombra, ficareis triste, sentireis frio. Pelo contrário, deixai-vos empolgar, deixai-vos hipnotizar por ele: sua influência ser-vos-á preciosa, pois ele vos fará andar na luz e num vida intensa.
O ideal é a isca de que Deus se serve para atrair a Si! É alguma coisa que os olhos não vêem, que os sentidos não tocam, mas que brilha, alumia e guia. É como que um reflexo escapado ao sol divino. Sem ele, a alma não vive, vegeta; não anda, arrasta-se; não sobe, hesita, escorrega e cai. Mas com ele, e sempre mais bem excitada pela sua claridade, eleva-se, arroja-se e atinge até à beleza suprema. Continuar lendo
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Jesus: Não te deixes cativar pela elegância e sutileza dos dizeres humanos, porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas na virtude (1 Cor 2,4). Atende às minhas palavras, que inflamam o coração, iluminam o espírito, levam à compunção e produzem muitas consolações. Nunca leias minha palavra com o fim de pareceres mais douto ou sábio. Aplica-te a mortificar teus vícios, porque isso te traz mais proveito que o conhecimento das mais difíceis questões.
Por muito que estudes e aprendas, terás que referir tudo sempre ao único princípio. Sou eu que ensino ao homem a ciência, e dou aos pequeninos mais clara compreensão, do que os homens são capazes de ensinar. Aquele a quem eu ensinar, depressa será sábio e muito aproveitará espiritualmente. Ai daqueles que indagam dos homens muitas coisas curiosas, e tratam pouco dos meios de me servir. Tempo virá em que aparecerá o Mestre dos mestres, Cristo, Senhor dos anjos, para tomar lições de todos, isto é, para examinar a consciência de cada um. E com a lâmpada na mão perscrutará então Jerusalém, e revelará o segredo das trevas, fazendo calar as objeções das línguas humanas.
Eu sou o que levanta num instante o espírito humilde, de maneira que compreenda melhor as razões das verdades eternas, do que se houvera estudado dez anos nas escolas. Eu ensino sem ruído de palavras, sem confusão de opiniões, sem espalhafato, sem contenda de argumentos. Eu sou o que ensina a desprezar as coisas terrenas, a aborrecer as coisas presentes, a buscar e apreciar as eternas, a fugir às honras, sofrer as injúrias, pôr em mim toda esperança, a não desejar coisa alguma fora de mim e amar só a mim, com todo fervor, acima de tudo.
Alguns, amando-me inteiramente, aprenderam com isso coisas divinas e falavam coisas maravilhosas. Mais aproveitaram em deixar tudo, do que em estudar questões sutis. A uns, porém, falo coisas comuns, a outros, mais particulares; a alguns revelo-me docemente em sinais e figuras, a outros descubro os meus mistérios com muita luz. A mesma voz fala em todos os livros, mas não ensina a todos da mesma maneira; pois eu sou o que interiormente ensina a verdade, perscruta o coração, penetra os pensamentos. Inspira as ações, distribuindo a cada um segundo me apraz.
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis
Podemos considerar a sinceridade:
1º – Nas nossas relações conosco: é a sinceridade propriamente dita, a sinceridade ou a retidão pessoal;
2º – Nas relações com outrem: é a franqueza.
As vantagens da sinceridade
“Em educação, como nas muitas outras coisas, a melhor maneira de ser hábil é ser reto“
(F.Kiefer- A autoridade, p.103)
As vantagens:
– A sinceridade embeleza a criança, enobrece o jovem, glorifica o homem maduro.
– A sinceridade constitui a maior honra e o maior prazer dos pais.
– A sinceridade facilita o trabalho da educação. Em certos casos, ela está intimamente ligada à confiança, que é absolutamente necessária aos pais para educarem os seus filhos na pratica da virtude.
– A sinceridade é a pedra de toque das verdadeiras amizades.
A sinceridade obriga a fazer boas confissões, e assegura, por conseqüência, a salvação e a saúde da alma.
Os meios de desenvolver a sinceridade
Que se deve fazer para desenvolver a sinceridade nas crianças?
– Dar o exemplo da sinceridade.
– Inspirar uma profunda estima pela sinceridade.
– Animar todo ato de sinceridade.
Que fará o educador para dar o exemplo da sinceridade?
Seguirá as duas regras seguintes:
– Nunca se deve enganar a criança.
– Nunca se deve mentir diante dela.
É tal a importância de não enganar a criança, que se o educador a não observar, torna-se praticamente professor de mentira. Com efeito, as promessas não efetuadas, as ameaças sem execução, as palavras irrefletidas, por pouco que se repitam, ensinam à criança, desde a mais tenra idade, que as palavras diferem sensivelmente dos atos. A criança a quem se fez tomar algum medicamento, um emético, por exemplo, garantindo-lhe que é excelente, nunca o há de esquecer. E, por seu turno, quando a mentira lhe for útil, quer para chegar aos seus fins, quer para evitar algum castigo, será levada a dissimular.
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