TRÊS GRAÇAS ESPECIAIS QUE NOS ALCANÇA A INTERCESSÃO DE SÃO JOSÉ

O que é o Manto Sagrado de São José

Fonte: Hojitas de Fe n° 238 – Tradução: Dominus Est

Toda a grandeza de São José provém das estreitíssimas relações que teve, pela própria Providência de Deus, com a Santíssima Virgem e o Verbo Encarnado: escolhido para ser esposo da Mãe de Deus, guarda de sua virgindade e de sua reputação, o solícito guardião do Filho de Deus feito homem, o representante do Pai eterno aos olhos do divino Jesus. E esta mesma glória e grandeza que fez a Igreja reconhecê-lo como seu Patrono universal: tendo essas duas vestes preciosíssimas sob seu cuidado e tutela, coube-lhe agora ter a santa Igreja de Deus sob sua tutela; tendo sido o protetor de Jesus em sua pessoa, ele teve que zelar por Jesus em seu corpo místico.

A Igreja se dirige especialmente a São José e ao seu Patrocínio nos momentos calamitosos que tem que viver, e isto é muito compreensível: a ação de São José foi mais evidente quando teve que salvar a vida ameaçada do Menino Jesus, quando teve que libertá-Lo daqueles que procuravam matá-lo. Por isso, o Papa Leão XIII pediu que a devoção a São José se difundisse cada vez mais entre os fiéis e, por isso, o proclamou solenemente Patrono da Igreja Universal, em 1870, quando a Igreja entrava em uma desencadeada perseguição contra ela por todos os inimigos de Deus, e que ainda continua a ocorrer.

Há muitas coisas que San José deve proteger, muitas coisas que devemos lhe pedir. Mas há três graças que lhe são especialmente confiadas, por ter uma relação especial com a missão que recebeu na Sagrada Família; três graças que correspondem a três bens seriamente ameaçados hoje, especialmente na juventude: 1º – a castidade perfeita; 2º – a vida interior; 3º – a perseverança final. Vejamos. Continuar lendo

DEVOÇÃO DAS 7 DORES E 7 ALEGRIAS DE SÃO JOSÉ

Quais são as 7 alegrias de São José?

Fonte: Hojitas de Fe n° 134 – Tradução: Dominus Est

Já é costume da Igreja, e profundamente enraizado no povo cristão, dedicar o mês de março a São José e promover a devoção a este grande Santo, que a Igreja estabeleceu como seu Padroeiro universal. Testemunha conhecida dessa devoção é Santa Teresa de Jesus, que expõe, no capítulo 6 de seu Livro da Vida, como escolheu este Santo como seu advogado especialíssimo, e recomenda a todos que façam o mesmo, garantindo os muitos frutos e benefícios que dele obterão.

Tomei por meu advogado e senhor o glorioso São José, encomendando-me muito a ele… Eu procurava festejá-lo com toda a solenidade … Não me lembro até hoje de ter-lhe suplicado algo que ele não tenha feito. Espantam-me muito os grandes favores que Deus me concedeu através desse bem-aventurado Santo, e os perigos, tanto do corpo como da alma, de que me livrou. Se a outros santos o Senhor parece ter concedido a graça de socorrer numa dada necessidade, a esse Santo glorioso, a minha experiência mostra que Deus permite socorrer em todas, querendo dar a entender, que São José, por ter-Lhe sido submisso na terra, na qualidade de pai adotivo, tem no céu todos os seus pedidos atendidos. O mesmo viram, por experiência própria, outras pessoas a quem aconselhei que se encomendassem a ele, também por experiência…Eu queria persuadir todos a serem devotos desse glorioso Santo, pela minha grande experiência de quantos bens ele alcança de Deus. Não conheço nenhuma pessoa que realmente lhe seja devota e a ele se dedique particularmente, que não progrida na virtude; porque ele ajuda muito as almas que a ele se encomendam. Há alguns anos, sempre lhe peço, em seu dia, alguma coisa, nunca deixando de ser atendida. Se a petição vai algo torcida, ele a endireita para maior bem meu… Só peço, pelo amor de Deus, que quem não me crê o experimente, vendo por experiência o grande bem que é encomendar-se a esse glorioso patriarca e ter-lhe devoção As pessoas de oração, em especial, deveriam ser-lhe afeiçoadas; não sei como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que tanta angústia passou com o Menino Jesus, sem se dar graças a São José pela ajuda que lhes prestou. Quem não encontrar mestre que ensine a rezar tome por mestre esse glorioso Santo, e não errará no caminho.”

Para encorajar esta mesma devoção ao Santo Patriarca, não há nada mais conveniente do que oferecer aos fiéis a bela devoção das Sete Dores e Alegrias de São José, que são normalmente recitadas nos sete domingos que precedem a sua festa, mas também podem ser oferecidas ao Santo para lhe implorar alguma graça, ou para o honrar no dia da sua festa. Continuar lendo

TONSURAS E PRIMEIRAS ORDENS MENORES NO SEMINÁRIO SÃO PIO X DE ÉCÔNE – 2022

Fonte: Séminaire Saint-Pie X

Em 12 de março de 2022,  sábado das Têmporas da Quaresma, em nosso Seminário São Pio X em Ecône, D. Tissier de Mallerais conferiu a tonsura clerical a 16 levitas: 1 belga, 11 franceses, 1 espanhol e 1 suíço, além de 2 capuchinhos de Morgon, e as Ordens Menores de Hostiário e Leitor para outros 4, todos franceses.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 693 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos prioradose em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

AS 7 DORES DE SANTO TOMÁS DE AQUINO

Por vezes, acredita-se que a vida de Santo Tomás de Aquino foi de uma doce contemplação. Mas fora exatamente o oposto.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Por vezes, acredita-se que a vida de Santo Tomás foi de uma contínua e doce contemplação, que ele conheceu apenas alegrias espirituais e consolações intelectuais e que morreu cercado pelo afeto dos seus. Mas a verdade é exatamente oposta.

1 – Aos 20 anos, em 1244, quando era noviço dominicano, foi sequestrado por seus irmãos. Sua família queria que ele se tornasse um beneditino, a fim de que pudesse se tornar abade de Monte Cassino, uma posição de prestígio. Mas ele foi chamado a servir a Deus em uma Ordem mendicante. Teve, por conseguinte, que enfrentar a oposição de sua mãe e de seus irmãos. Levado de volta manu militari ao castelo da família, ficou trancado lá por cerca de um ano. Um ano preenchido pela oração e leitura dos Padres da Igreja, mas um ano vivido no sofrimento de não poder continuar seu noviciado em condições normais.

2 – Em 1252, Frei Tomás foi nomeado em Paris para ensinar como bacharel sentenciado. Tinha 27 anos. Foi nessa época que surgiu uma animada disputa entre os seculares e os regulares. Guillaume de Saint-Amour perseguiu os mendicantes para impedi-los de ensinar. Os dominicanos e os franciscanos são expulsos da corporação universitária. O Papa Inocêncio IV pronunciou-se a favor dos seculares. Do ponto de vista acadêmico, a situação dos mendicantes era desesperadora. A perseguição foi até mesmo física, de tal modo que, em janeiro de 1256, o rei São Luís teve que enviar guardas para proteger os conventos parisienses contra ataques. Os frades pregadores estavam dispostos a sofrer o martírio nas mãos dos infiéis, mas não esperavam suportá-lo da parte de seus irmãos católicos.

Finalmente, o novo papa, Alexandre IV, anulou as disposições de seu antecessor. O Frei Tomas, portanto, sofreu perseguição desde o início de sua vida religiosa. Como disse São Paulo, quem quiser viver piedosamente em Cristo Jesus sofrerá perseguição(1).

Por vezes imaginamos Santo Tomás estimado por todos os teólogos, ouvido pelos intelectuais de seu tempo, admirado por seus alunos, louvado pelos papas, honrado pelos cardeais, consultado por todos os grandes deste mundo. Esta visão é parcial e muito incompleta. Como Nosso Senhor durante sua vida pública, Frei Tomas foi odiado por muitos de seus contemporâneos, e sua sensibilidade aguçada sofria com isso. Alguns pequenos intelectuais católicos viram em sua doutrina um perigo mortal para a fé católica. Continuar lendo

“…RECONHECER POR DETRÁS DA MÃO QUE NOS ATINGE O PAI ETERNO QUE NOS PURIFICA…”

La Tradizione Cattolica, n° 119 (2021 n. 4) - Distretto d'Italia

Fonte: FSSPX Italia – Tradução: Dominus Est

Editorial

Há muitos anos, os católicos vivem em relativa paz em nossos países europeus. Ainda assim, devemos reduzir essa afirmação à Europa Ocidental, como era chamada até a queda do Muro de Berlim no “distante” 1989. A perseguição é sutil: é a atratividade do mundo. No entanto, quantos fez cair ao nosso redor, ou quantas vezes adormecemos nos “doces braços” da morte do pecado?

Quando lemos os testemunhos dos católicos chineses ou, mais perto de nós, há alguns anos, o perdão, a coragem e a fé viva dos perseguidos pelo ISIS no Oriente Médio, podemos nos perguntar se a perseguição não é um bem que Deus envia para aqueles que ama.

Já no Antigo Testamento, quando Deus havia prometido bênçãos materiais como recompensa pela fidelidade do povo, o Deus Trino ensinou aos seus justos o caminho da cruz: “E, porque tu eras aceito a Deus, por isso foi necessário que a tentação te provasse.” (Tob 12, 13), disse o Arcanjo Rafael ao velho Tobias. E Yahweh disse ao seu povo: “Eis que te acrisolei (no fogo da tribulação), mas não (com tanta intensidade) como a prata” (Is 48,10). No livro dos Macabeus encontramos esta bela proclamação de fé e esperança na boca do penúltimo dos sete irmãos mártires: “Não te enganes vãmente, porque, se nós padecemos isto, é porque o merecemos, tendo pecado contra o nosso Deus, e assim atraímos sobre nós estes tão espantosos fia gelos. Mas não imagines que hás-de ficar sem castigo, depois de teres empreendido combater contra Deus.” (II Mac 7,18-19). E o último acrescenta: “E, se o Senhor nosso Deus se irou um pouco contra nós para nos castigar, e para nos corrigir, ele se tornará a reconciliar outra vez com os seus servos… Quanto a meus irmãos, depois de terem suportado agora uma dor transitória, entraram já na aliança da vida eterna” (Ibidem, 33 e 36). Continuar lendo

O UNIVERSO EM EXPANSÃO

Ite Missa Est

Fonte: SSPX Great Britain and Scandinavia – Tradução: Dominus Est

Caros fiéis,

Os recentes editoriais do Ite Missa Est lamentaram a existência, cada vez mais restrita, de uma monocultura tecnológica, racionalista, ateísta, materialista e cada vez mais autoritária em que nos encontramos (The Shrinking Universe Nov-Dez 2021 e Going Chinese Jan-Fev 2021), e apontaram para a adesão viva ao Corpo Místico de Cristo como o único caminho para a verdadeira liberdade. Este editorial expande o significado dessa participação viva ao Corpo Místico de Cristo como objetivo da vida cristã, como pode ser adquirida, seus graus de perfeição e como ela nos liberta.

Doutrina do Corpo Místico de Cristo

A doutrina do Corpo Místico de Cristo é desenvolvida com grande clareza e beleza na encíclica Mystici Corporis (1943) do Papa Pio XII. O termo Corpo Místico de Cristo é uma analogia que serve tanto como definição como descrição da Igreja Católica Romana:

Ora, para definir e descrever esta verdadeira Igreja de Cristo – que é a santa, católica, apostólica Igreja romana – nada há mais nobre, nem mais excelente, nem mais divino do que o conceito expresso na denominação “corpo místico de Jesus Cristo”; conceito que imediatamente resulta de quanto nas Sagradas Escrituras e dos santos Padres freqüentemente se ensina.” Continuar lendo

ISTO É O MEU CORPO

O novo Missal de Paulo VI é imperfeito a ponto de tornar-se equívoco na expressão da Lei da fé e incorrer no risco de invalidade quanto à eficácia do sacramento.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

1. Em sua 22ª sessão, realizada em 17 de setembro de 1562, o Concílio de Trento afirmou que “neste sacrifício divino que se realiza na Missa, Cristo está contido e imolado de forma incruenta, Ele que se ofereceu de uma vez por todas de forma cruenta no altar da cruz (Hb 9, 14; 27)[1]. E para insistir no valor propiciatório deste sacrifício, o Concílio especifica ainda que “é, com efeito, uma única e a mesma vítima, a mesma que, oferecendo-se agora pelo ministério dos sacerdotes, ofereceu-se então na Cruz, sendo apenas diferente a forma de oferecer a si mesmo. Os frutos desta oblação – que é cruenta – são recebidos abundantemente através desta oblação incruenta; de tal modo que a última não diminui de modo algum a primeira”[2]. A Missa, portanto, não é outro sacrifício senão o sacrifício do Calvário. Ela é esse mesmo sacrifício, realizado de outra forma, já não mais físico, mas sacramental. Isso significa que ela é seu sinal eficaz: a Missa realmente realiza o próprio sacrifício do Calvário na exata medida em que o significa, através de um conjunto de palavras e gestos que constituem precisamente o rito. O missal é a expressão literal (ou a escrita) deste rito. O Missal tradicional dito “de São Pio V” é a expressão mais exata que a Igreja pôde dar aos seus fiéis até hoje, com todo o significado necessário para esta realização sacramental do sacrifício incruento.

2. O novo Missal de Paulo VI, por sua vez, “representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um surpreendente afastamento da teologia católica da Missa tal qual formulada na sessão 22 do Concílio de Trento”. Tal é o veredicto do  Breve Exame Crítico, apresentado ao Papa Paulo VI pelos Cardeais Ottaviani e Bacci. Para ilustrar seu fundamento, demos como exemplo a impressionante redução dos sinais da cruz neste Novus Ordo Missaede Paulo VI. A Institutio Generalis, em sua última versão revisada de 2002, prevê apenas dois fora do Cânon: um primeiro no início da Missa (n.º 124) como rito de entrada quando o celebrante se assinala ao mesmo tempo que os fiéis, e um segundo no final (n.º 167) como rito de conclusão, quando o celebrante dá a bênção aos fiéis. No Cânon (isto é, naquilo que o Missal de Paulo VI doravante designa por “Oração Eucarística”) resta apenas um, logo no início, quando o sacerdote faz o sinal da cruz tanto no pão como no cálice (“Ut benedicas +  haec dona” na Oração Eucarística I; “ut nobis Corpus et  +  Sanguis fiant Domini nostri Jesu Christi” na Oração Eucarística II; “ut Corpus et  +  Sanguis fiant Filii tui Domini nostri Jesu Christi” na Oração Eucarística III; “ut Corpus et  +  Sanguis fiant Domini nostri Jesu Christi” na Oração Eucarística IV).

3. Só no Cânon do Missal dito “de São Pio V”, havia 26 sinais da cruz. A razão destes sinais da cruz é única e representativa: “O sacerdote”, explica São Tomás, “durante a celebração da Missa, faz os sinais da cruz para evocar a Paixão de Cristo, que o levou à Cruz”[3]. Segundo a explicação dada pelo Doutor Comum da Igreja, os vários sinais da cruz feitos pelo celebrante durante a Missa correspondem a uma progressão lógica de significado, para representar as nove etapas da Paixão, ou seja, deixando evidente que a Missa é idêntica ao sacrifício do Calvário. Continuar lendo

COMUNICADO DA CASA GERAL DA FSSPX PEDINDO ORAÇÕES PELA UCRÂNIA

A pedido do Pe. Basile, Superior da Fraternidade São Josafá, de seus sacerdotes e fiéis, o Pe. Davide Pagliarani, Superior Geral da FSSPX, convida todos os membros da Fraternidade, bem como seus fiéis, a rezar pela Ucrânia.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Peçamos a Deus, por intercessão da Virgem Maria, venerada na Ucrânia especialmente a título de sua gloriosa Assunção, um socorro espiritual aos fiéis ucranianos, bem como a proteção dos locais de culto, igrejas e capelas, sobretudo as localizadas no leste do país.

O Pe. Basile e os sacerdotes da Fraternidade São Josafá agradecem antecipadamente a caridade que demonstrarão, rezando por aqueles que estão angustiados pela guerra e por um futuro incerto.

A Fraternidade São Josafá

A Santa Fraternidade do Hieromártir São Josafá Koncévitch, mais conhecida como Fraternidade São Josafá, é uma sociedade de sacerdotes católicos ucranianos de rito oriental eslavo. Está unida à FSSPX desde sua fundação, em 2000.

Colocada sob o patrocínio de São Josafá Koncévitch (1584-1623), a Fraternidade foi fundada pelo Pe. Basílio Kovpak. Tem como finalidade a formação dos sacerdotes e o apostolado paroquial. A comunidade tem um seminário e um ramo religioso feminino. Os sacerdotes da FSSJK alcançam milhares de fiéis.

AS COMUNIDADES ECCLESIA DEI, 30 ANOS DEPOIS

Um dos efeitos do motu proprio Traditionis custodes foi produzir, por parte das comunidades Ecclesia Dei, um acordo de adesão ao Concílio Vaticano II e o reconhecimento da benignidade do Novus Ordo. Essa aprovação enfraquece ainda mais a situação dessas comunidades.

Fonte: La Couronne de Marie n°103 – Tradução: Dominus Est

Criada em 1988 pelo Papa João Paulo II na sequencia da sagração de quatro bispos por D. Lefebvre, a Comissão Ecclesia Dei tinha como missão oficial de “facilitar a plena comunhão eclesial” daqueles que então se separaram da Fraternidade fundada por Dom Lefebvre, ao mesmo tempo que ” preservavam suas tradições espirituais e litúrgicas “.

Sua missão “oficiosa”, havia sido revelada por D. Lefebvre: a Comissão Ecclesia Dei, explicou ele com clarividência, “é responsável pela recuperação dos tradicionalistas a fim de submetê-los ao Concílio” (1). O tempo provou que ele verdadeiramente tinha razão.

A fim de obter o reconhecimento canônico da Igreja Conciliar, as comunidades Ecclesia Dei concordaram em se calar sobre os erros e escândalos doutrinários da hierarquia eclesiástica, ou mesmo em justificá-los. Não denunciam a nocividade da missa nova, do novo código de direito canônico, do diálogo inter-religioso, da liberdade religiosa etc., e sua contradição com o ensinamento tradicional da Igreja. Este silêncio é o preço a pagar para ser oficialmente reconhecido e poder exercer um ministério nas dioceses.

De forma privada, alguns membros dessas comunidades reconhecem os estragos do modernismo triunfante na Igreja. Mas, em público, silenciam-se sobre as causas da destruição da fé nas almas, que eles, como qualquer sacerdote, têm o dever de denunciar e combater. Continuar lendo

A AÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA COMUNHÃO

Jesus fala apenas com aqueles que O ouvem. Não negligenciemos o dever de ação de graças. Que frutos podem dar comunhões feitas com tanto descuido?

Fonte: Le Seigndou – Tradução: Dominus Est

Este artigo é inspirado nas notas de direção espiritual do Pe. Garrigou-Lagrange, A Vida espiritual, de setembro de 1935: As Comunhões sem ação de graças.

Se há um dom que exige uma ação de graças especial, é a instituição da Eucaristia e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo à nossa alma a fim de nela habitar, de a tomar posse e a conduzir ao paraíso. Recebemos, neste sacramento, o próprio Autor da salvação e um crescimento na vida da graça, que é a semente da glória, ou o princípio da vida eterna; recebemos uma elevação na caridade, a mais alta das virtudes, que vivifica e anima todas as outras. É, certamente, o maior dom que podemos receber.

Então, quão dolorosa é, para Nosso Senhor Jesus Cristo, a ingratidão daqueles que não sabem conversar com Ele e agradecer-Lhe por Sua vinda depois da Comunhão! Nosso Senhor já havia expressado Sua surpresa quando apenas um dos dez leprosos curados veio agradecer-Lhe. Quão indignado Ele fica diante de todas aquelas almas que não Lhe prestam a devida atenção e não Lhe agradecem quando as enche com Sua presença divina!

Os fiéis que deixam a igreja quase imediatamente após a comunhão, então, esquecem que a Presença Real permanece neles, bem como as espécies sacramentais, durante cerca de um quarto de hora após a comunhão, e não podem fazer companhia à Hóstia Divina durante este curto período de tempo? Como podem não compreender sua irreverência? Nosso Senhor nos chama, Ele se entrega a nós com tanto amor, e nós, não temos nada a Lhe dizer e não queremos ouvi-lo por alguns instantes. Continuar lendo

D. LEFEBVRE: A BENÉFICA INDEPENDÊNCIA DA FSSPX DAS DIOCESES

Mgr Lefebvre : l'indépendance bénéfique de la FSSPX de tout diocèse • La  Porte Latine

A Providência preparou esta situação única na Igreja que permite que a doutrina e a liturgia sejam protegidas das ameaças modernistas.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Excerto de uma conferência proferida em um retiro para os seminaristas de Ecône, em 10 de abril de 1990. D. Lefebvre agradece à Providência por ter proporcionado à Fraternidade São Pio X uma situação viável que lhe permite continuar a viver de acordo com a Tradição Católica.

Texto

O Bom Deus assim o quis, não o posso negar pois os fatos estão aí, eles existem. Penso que a Fraternidade teve essa graça particular de, praticamente, não depender de nenhum Bispo diocesano. Os senhores me dirão: “existem as congregações religiosas”, mas as congregações religiosas ainda dependem, em certa medida, dos Bispos diocesanos.

A ideia inicial: colaborar com as dioceses

E não é por culpa nossa porque minha primeira ideia era formar seminaristas como o Pe. Aulagnier: ele, simplesmente, havia sido incardinado na diocese de Clermont-Ferrant para retornar à sua diocese. 

Fui visitar D. de La Chanonie, que eu conhecia bem, ex-membro do Seminário Francês de Roma, e disse-lhe: “Tenho aqui um seminarista que veio me procurar, estuda na ‘Universidade de Friburgo, está aqui comigo, tenho vários como ele, mas uma vez que é de vossa diocese, peço a gentileza de incardiná-lo e, assim que terminar, espero que o aceitem de volta para lhe conferir uma função em vossa diocese.” Continuar lendo

LEI DA ORAÇÃO OU LEI DA FÉ/CRENÇA? O MOVIMENTO ECCLESIA DEI

Loi de la prière ou loi de la croyance ? • La Porte Latine

A ilusão do Movimento Ecclesia Dei foi pretender separar os dois em nome da causa tradicional.

Fonte: Courrier de Rome n°649 – Tradução: Dominus Est

A Missa em Lille, celebrada há quase 50 anos por D. Lefebvre em 29 de agosto de 1976(1), ficou marcada, sem dúvidas, aos olhos do grande público e da mídia, como o ponto culminante da reação dos fiéis católicos à reforma litúrgica inaugurada pelo Papa Paulo VI sete anos antes, em 3 de abril de 1969, com a promulgação do Novus Ordo Missae. Durante esses anos, vozes foram ouvidas e as colunas do Courrier de Rome foram amplamente abertas a todos os experientes teólogos e canonistas da época, que se tornaram os intrépidos defensores do Missal dito “de São Pio V”. Isso foi particularmente evidenciado nas edições de 1973-1974, onde o Pe. Raymond Dulac (1903-1987)(2), Pe. Jacques-Emmanuel des Graviers(3), o professor Louis Salleron (1905-1992)(4) e seu filho Pe. Joseph de Sainte-Marie (1932-1984)(5) tentaram justificar o vínculo dos católicos ao seu rito, ao rito católico e romano da Missa, até agora expresso no Missal dito “de São Pio V”, na versão dada pouco antes do Concílio Vaticano II pelo Papa João XXIII. Todos aqueles que contribuíram para o Courrier de Rome naqueles anos fizeram-no, em grande parte, para defender o direito, o bom direito dos católicos de receber da Igreja a Missa de sempre, a Missa celebrada segundo o Missal dito “de São Pio V”.

2. Essas reflexões chamaram a atenção de D. Aimé-Georges Martimort (1911-2000), co-fundador do Centro Nacional de Pastoral Litúrgica (1943), perito no Concílio Vaticano II (1962-1965), professor do Instituto Católico de Toulouse e consultor da Congregação para o Culto Divino. Em um estudo intitulado “Mas o que é a Missa de São Pio V?” publicado no jornal La Croix de 26 de agosto de 1976(6), ele procurou identificar mais de perto “as razões de uma oposição”. Pois é disso que se trata: o vínculo ao Missal conhecido dito “de São Pio V” é apenas a consequência de uma recusa: a recusa do novo Missal de Paulo VI. Por que essa recusa?

3. É necessário reconhecer em D. Martimort o mérito de ter rejeitado as explicações insuficientes ou incompletas, recordadas demasiadamente pelos meios de comunicação. A recusa do Novus Ordo Missae de Paulo VI não se justifica fundamentalmente apenas em razão dos abusos que se pode ocasionar durante esta ou aquela celebração, tampouco pela introdução de certas práticas, como o fato de celebrar de frente do povo, ou pelo uso da língua vernácula, ou ainda pelo abandono de algumas outras práticas, como o uso do latim e do canto gregoriano. Também não seria, ainda fundamentalmente, a notável modificação das orações do ofertório, das palavras da consagração, nem a introdução de novas orações eucarísticas. Continuar lendo

GUARDAR E TRANSMITIR A TRADIÇÃO – CONFERÊNCIA DO PADRE DAVIDE PAGLIARANI, SUPERIOR DA FSSPX

Transcrição integral da conferência dada pelo padre Davide Pagliarani, superior-geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, no final do XVIº Congresso de Teologia do Courrier de Rome, em parceria com o DICI, no dia 15 de janeiro de 2022, em Paris. 

Fonte: FSSPX

Não podemos desejar, ao mesmo tempo, o bem das almas pela Tradição e uma nova Igreja sem a Tradição.

É certo que estamos num momento crucial, num momento ao mesmo tempo triste, mas também numa situação lógica. Chegamos a um ponto que era previsível. É verdade que a Fraternidade São Pio X não foi diretamente atingida pelo motu proprio Traditionis Custodes, pelas razões que os senhores já conhecem. Mas, de fato, por causa da nova situação que se criou, hoje mais do que nunca, a posição da Fraternidade São Pio X se mostrou como a única viável, a única que mostra o caminho.

Não sou a pessoa mais indicada para afirmar isso, mas há fatos que são objetivos, e mesmo evidentes.

Por que isso? Porque os institutos Ecclesia Dei, que foram tocados diretamente por esse motu proprio, não são a Fraternidade São Pio X, é verdade; mas eles existem porque a Fraternidade São Pio X existe. Sua origem, de um ponto de vista geral, está ligada de algum modo à história da Fraternidade; dela dependem, ao menos indiretamente. E, hoje em dia, essa nova situação enfatiza grandemente o alcance do papel da Fraternidade, e de sua missão. E também, inevitavelmente, a necessidade da tradição integral.

A tradição é um todo, porque a fé é um todo. Hoje é preciso, mais do que nunca, a profissão livre dessa fé. A verdadeira liberdade dos filhos de Deus é a liberdade, em primeiro lugar, de professar a fé.

A oposição do Papa Francisco

Aqui abro um parênteses. Falaremos, inevitavelmente, dos institutos Ecclesia Dei, e quero esclarecer que no âmbito pessoal, não tenho nada contra aqueles que pertencem a tais institutos: nem contra os fiéis, nem contra os membros. Estamos completamente fora dessa perspectiva de oposição pessoal. Nas coisas humanas, em todo lugar há pessoas simpáticas e pessoas antipáticas. Isso vale para a humanidade inteira, isso vale também para nós de algum modo. Preciso colocar essa nota porque ela permitirá falar mais livremente durante minha exposição.

O problema não é que a Fraternidade São Pio X possa “criticar os institutos Ecclesia Dei”. No momento atual, é o próprio Papa Francisco quem parece estar cansado dos institutos Ecclesia Dei e, em geral, de todos os padres ligados à missa tridentina. Isto nos brinda a oportunidade de retornarmos aos começos da Ecclesia Dei: O texto de 2 de julho de 1988 contém a condenação da Fraternidade São Pio X, a condenação de Dom Lefebvre – e estende a mão aos institutos Ecclesia Dei. Continuar lendo

TOMADA DE BATINA, TONSURA E ORDENAÇÕES NAS ORDENS MENORES NOS SEMINÁRIOS DA FSSPX NO HEMISFÉRIO NORTE – 2022

Os dias 2 e 3 de fevereiro de 2022 foram de grande alegria para a FSSPX.

Nessas datas, nos Seminários do Hemisfério Norte, tivemos a Tomada de Batina, recebimento da Tonsura e conferência das Ordens Menores.

SEMINÁRIO DE FLAVIGNY (FRA)

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Na França, 11 seminaristas receberam a batina das mãos de D. Tissier de Mallerais: 1 suíço, 1 luxemburguês, 1 queniano, 2 italianos e 6 franceses.

SEMINÁRIO SANTO TOMÁS DE AQUINO (EUA)

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Nos Estados Unidos D. Fellay entregou a batina a 23 seminaristas: 20 americanos, 1 chinês, 1 nigeriano e 1 cingapuriano.

Em seguida, 8 seminaristas receberam a tonsura clerical: 6 americanos, 1 australiano e 1 irlandês.

SEMINÁRIO DE ZAITZOFEN (ALE)

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Na Alemanha, no dia 2, D. de Galarreta entregou a batina a 9 seminaristas do primeiro ano: 2 alemães, 1 argentino, 1 holandês e 5 poloneses.

Em seguida, 8 seminaristas do segundo ano receberam a tonsura: 3 alemães, 1 australiano, 1 libanês, 2 poloneses e 1 suíço.

No dia 3, quatro seminaristas receberam as primeiras Ordens Menores (Porteiro e Leitor): 1 alemão, 1 austríaco e 2 suíços. E outros dois receberam as segundas Ordens Menores (Exorcista e Acólito): 1 alemão e 1 austríaco.

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A FSSPX conta atualmente com (números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 693 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos prioradose em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

ATUALIZAÇÃO DO PROJETO DA MAIOR IGREJA CONSTRUÍDA PELA FSSPX NO MUNDO

Atualização de 01/02/22 da construção da maior igreja construída pela FSSPX no mundo, em St. Mary’s, no estado do Kansas (EUA), com capacidade para comportar mais de 1.500 pessoas.

Para saber um pouco sobre esse projeto, clique aqui.

Para acessar o site americano do PROJETO e saber mais a história, os meios de ajudar, para assistir mais vídeos, etc…clique aqui