Arquivos da Categoria: Familia
CARTA A UM JUIZ
(“Vós sois deuses… contudo, morrereis como um homem qualquer” – Sl 81,6-7)
Pelo Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Prezado juiz Jesseir Coelho de Alcântara.
Permite-me tratar-te por “tu” em vez de “Vossa Excelência”, sem que isso queira significar nenhuma falta de respeito.
Tu deves ter-te emocionado pelo recém-nascido encontrado no centro de Goiânia em 22 de dezembro de 2015, dentro de dois sacos de lixo, debaixo de uma árvore da Rua 01. A criança foi encontrada por um casal, socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada até o Hospital Materno Infantil, onde os servidores, emocionados, deram-lhe o nome de Manoel, “Deus conosco”. O bebê teve alta no dia de Natal, 25 de dezembro, com uma lista extensa de pessoas querendo adotá-lo[1]. Que alegria, para um juiz como tu, da 1ª vara de crime dolosos contra a vida, ver que uma pessoa foi salva de uma tentativa de homicídio!
No entanto, há três anos, também em época natalina, em 21 de dezembro de 2012, o mesmo Hospital Materno Infantil terminava de executar um aborto em um bebê com mais de 20 semanas (cinco meses) de vida, filho de uma adolescente de 15 anos [2]. Que fizera ele para merecer a pena capital? Nada. Mas, segundo informações de sua mãe, ele teria sido fruto de um estupro. No dia 12 de dezembro, tu havias mandado expedir um alvará judicial para o aborto, com a seguinte justificativa: “Se for permitido que a criança nasça, um dia ela saberá que foi fruto de um ato criminoso, o que acarretará enormes problemas em sua formação”[3]. A solução para a violência sofrida (o estupro) seria, segundo teu parecer, uma violência ainda maior: o aborto. O estuprador, após um julgamento com amplo direito de defesa, se fosse condenado, não receberia pena de morte. Sofreria alguns anos de reclusão, começando em regime fechado, mas com direito a progredir para os regimes semiaberto e aberto. A criança, porém, inocente e indefesa, deveria pagar com a morte pelo crime de seu pai. Como magistrado, tu sabes que isso contradiz o princípio fundamental esculpido em nossa Constituição de que “nenhuma pena não passará da pessoa do condenado” (art. 5º, XLV, CF). Continuar lendo
FORMAÇÃO PARA FAMÍLIAS – 2016
NOBREZA E SERVIDÃO DA FAMÍLIA
Quem não receia os berços tem de amar o trabalho. Enfrentar com alegria o dever conjugal é sujeitar-se a múltiplos cuidados, aos longos dias de labor, numa época em que todas as condições da vida social estão concebidas e estão adaptadas à medida mesquinha do indivíduo. Com uma leviandade aterradora para que quer refletir um pouco, a França do século dezenove, a “França eterna” dos poetas e dos discursos oficiais instalava-se comodamente numa política de desnatalidade como se tivesse renunciado a perpetuar-se. Aceitar a família numerosa num ambiente destes, correspondia a uma vocação ao heroísmo.
O senhor Martin e a esposa não recuaram diante da perspectiva. Para dizer a verdade, a dificuldade, se existia, não os colocava ante um problema. Nunca leram Malthus. Ainda não se ouvira falar de Ogino (1). Por um certo tempo puderam “realizar” o esplendor de uma união santificada pela continência voluntária. Nem mesmo lhes ocorreu a idéia de frustrarem a natureza ou de atentarem contra o plano divino. Os filhos nasciam: eram acolhidos como uma benção do Céu, e, em razão do mandato confiado, lá se arranjavam para os alimentar, para os vestir, para os educar, para os dotar. Deus, que impunha a tarefa, daria os meios …
Entretanto lidavam sem descanso. O estabelecimento de ourivessaria tinha cada vez mais fregueses. Os clientes sérios preferiam aquele comerciante afável, de probidade legendária, que, nem por uma fortuna, violaria o descanso dominical. Nas outras joalharias era ao Domingo que a animação redobrava, que as vendas atingiam o auge.
Os camponeses iam a Alençon fazer compras, fornecer-se para casamentos e para fazer presentes. Dirigiam-se habitualmente ao grande armazém do Barateiro, na rua da Ponte Nova e depois encaminhava-se, instintivamente para a relojoaria situada mesmo na frente. Mas encontravam a porta fechada. Impacientavam-se, mas em vão. A ordem era inviolável: se queriam comprar bugigangas, relógios, jóias, que fossem a outro lado. Ali respondiam-lhes com as palavras de Joana d’Arc ligeiramente modificdas: Continuar lendo
ENTRE OS SANTOS DE DEUS
Quem percorre a vida dos santos encontra verdadeiras glórias da vida doméstica e conjugal. Ora a mulher, ora o marido, ora ambos são santos.
… Sueva, mais tarde conhecida por Santa Serafina, teve um marido infame. Maltratava-a, ostensivamente gabava-se de ter amante, e por fim tocou a esposa para fora de casa. Nossa santa apegou-se com Deus e do seu sofrimento fez uma ascensão ao céu. – Realmente, há muitos casamentos infelizes e não é pouco viver amarrado pelos laços matrimoniais a um homem que em vez de ser auxílio é tormento para sua consorte.
Só um dia a infeliz esposa padeceu mais com o marido, do que num ano inteiro por causa de outras pessoas.
Há esposas que logo falam em divórcio, correm atrás de desquites, etc. Sueva mostrou o melhor meio: apegar-se a Deus e à religião. Em Deus há força e consolo. E quantas vezes o sofrimento da esposa converte o marido!
Dois casais mártires: Nicander e Daria, Marciano e esposa. O procedimento da duas mulheres foi tão diferente, leitora, que logo te pões a censurar a mulher de Marciano.
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AS MISSAS PELO PAPAI
Refere o Pe. Mateo, apóstolo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que estando na Inglaterra em tempo de muito frio, preparava para a primeira comunhão um grupo de crianças de seis a nove anos.
– Dizei a vossas mamães que estou pregando o reino do Sagrado Coração e que vós haveis de ser seus missionários.
Depois que acabei de pregar, veio uma menininha e disse-me:
– Padre, meu pai nunca vem à Igreja. Vou contar à minha mamãe o que o Sr. nos disse e eu nunca perderei a missa.
Eu lhes havia pregado sobre o Coração de Jesus e pedido que me ajudassem a salvar almas ouvindo uma ou mais missas.
A menina, chegando a casa, disse à mamãe que todos os dias iria ouvir missas por seu pai.
– De manhã faz muito frio, filhinha.
– Não faz mal, mamãe, preciso fazer algum sacrificio para salvar a alma de meu papai.
– Bem, faça como quiser.
Três meses depois encontrei-me com a mesma menina.
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LEMBRETES ÀS FILHAS DE MARIA – MODÉSTIA E PUDOR FEMININO
“A beleza se não for temperada pela Modéstia é uma provocadora dos apetites animais, que mui facilmente atacam a fortaleza da alma e a derribam em pouco tempo”(“O Decênio Crítico”, por um Assistente da Ação Católica, Cap. IV, Art. II, a).
Santo Agostinho diz às virgens cristãs: “Fugi da companhia e da palavra das mulheres, cuja doutrina não é conforme ao Evangelho e cuja vida é por qualquer forma digna de censura”.
“Comporta-te com a Modéstia e a reserva que terias se contigo estivessem Jesus e Maria!”(“Imitação de Maria”, por um religioso anônimo, Liv. II, Cap. XXVIII).
“Uma recomendação particular a vós, meninas. Sede sempre modestas no vestir, no porte e no falar; modestas em tudo, para não serdes nunca motivo de escândalo para ninguém. Não imiteis certas jovens descaradas, que, talvez mesmo sem pensar, levam uma vida que, por leviandade de trato, é inteiramente escandalosa e causa de tantos pecados”(Teólogo Giuseppe Perardi, “Novo Manual do Catequista”, Part. II, n. 199). Continuar lendo
O MANIFESTO DE UMA MÃE PELA MODÉSTIA
Por Barbara Curtis
Traduzido por Andrea Patricia
O verão está aí, o que significa fazer compras com as filhas, o que significa andar na ponta dos pés em torno de minas de roupas para evitar explosões na loja de departamentos.
“Sim, parece bonito em você, mas…”
Muito decotado, umbigo aparecendo, coxa demais. Não apropriado. Muito imodesto. Envia a mensagem errada.
“Querida, eu sei que suas amigas usam biquínis. Mas as “meninas Curtis” não. “
Era uma vez, não era tão difícil. Minha filha mais velha, Samantha – mãe agora de seis – terá em breve 42 anos de idade. Minha filha mais nova, Maddy, tem 18. O que isto significa – além de cansaço crônico – é que eu realmente criei duas gerações de crianças.
E deixe-me dizer-lhe, é muito mais difícil agora do que era nos anos 80. Lembro-me do sapo proverbial: Quando jogado em uma panela de água fervente, ele vai saltar para fora – mas quando a sua água fria é aquecida gradualmente ele pode ser fervido até a morte.
Nos últimos 25 anos, juntamente com o enbrutecimento de nossa cultura, houve um colapso completo na modéstia feminina natural. Sim, eu disse natural, porque, como Wendy Shalit, uma jovem estudante universitária judia e autora do best-seller A Return to Modesty, eu acredito que é parte da natureza da mulher ser modesta. Continuar lendo
MODÉSTIA, PUDOR E LÓGICA – SOBRE O USO DE “ROUPAS DE BANHO”
É uma incoerência gigantesca uma mulher se dizer “devota” e usar um biquíni. Esta “vestimenta” deixa a mostra pernas, barriga, costas, parte dos seios e das nádegas, ou seja, a mulher está praticamente nua, sendo assim objeto explícito de tentação para o olhar masculino. Serve-se a Deus ou a seus caprichos próprios e é nessas horas que vemos a quem a pessoa serve.
“O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição.” [1]
Tanto é imoral que quando foi lançado as únicas mulheres que aceitaram ser modelos para tal foram strippers, e mesmo assim hoje vemos tantas mulheres ditas devotas de Nosso Senhor e de sua Santa Mãe o usando: “somente as strippers (!!) aceitaram fazer a divulgação desta peça na ocasião do seu lançamento, numa época em que mesmo as modelos liberadas se recusaram a fazer a publicidade dele. E hoje, uma mãe de família, uma católica, uma devota de Nossa Senhora, faz pior do que a stripper Micheline Bernardini e usa-o tranquilamente nas praias e piscinas, entre amigos e estranhos.” [2]
Dizer que o biquíni é um traje compatível com uma mulher que quer viver os valores cristãos é tanta falta de bom senso que nem seria necessário comentar, mas esqueçamos por um minuto nossos caprichos vaidosos e pensemos: Uma mulher não sairia na rua usando calcinha e sutiã, não ficaria nestes trajes na frente de qualquer pessoa. Pois é, a única diferença que há da sua roupa intima normal do dia-a-dia para um biquíni é o material do qual é feito, as partes expostas do seu corpo são as mesmas, a mulher está quase nua. Então, se é anormal mostrar certas partes do corpo em outros locais porque numa praia seria normal? Lá no fundo da consciência qualquer um percebe isso, mas muitos tentam enganar a si mesmos com desculpas esfarrapadas mas esquecem-se – ou fazem de desentendidos – que Deus vê a sua consciência e pedirá conta dos seus atos. Continuar lendo
A RIQUEZA E A IMORALIDADE
A riqueza iníqua, o dinheiro ganho ilicitamente, arrasta para toda a baixeza.
Mulheres sem consciência se esquecem da sua dignidade, e pelo avultado lucro se prestam a se apresentarem através da tela da televisão ou do cinema de modo incorreto.
São milhões e dezenas de milhões de olhos imodestos que se colocam sobre tais mulheres.
Eu, que sou o Criador, dei uma Lei Moral. Quem na terra está autorizado a anulá-la? Ninguém!… Apesar disto esta Lei é zombada, pisada. E Eu, Justiça eterna, ficarei indiferente a isto?
No Divino Tribunal Me darão contas os diretores, os artistas e os que assistem às cenas despudoradas. A responsabilidade pesa, além disso, sobre a consciência dos pais, que permitem aos filhos assistirem às indecências da televisão.
Almas que viveis no lodo moral e disseminais ruínas e mortes, olhai-me crucificado, refleti em vosso caso e meditai no Inferno, onde eternamente cumprem e cumprirão grandes penas multidões de almas as quais um dia também viveram sobre a terra como vós, na libertinagem!… Continuar lendo
BELEZAS CANINAS
Se em tua família há muita vida repartida e acusada pela presença dos filhos, estarás livre, prezada leitora, de erros como o seguinte. Em certa cidade há um salão para embelezamento de cães. Penteados à escolha da dona dos cachorros de estimação. E também pintura para as unhas dos bichanos, em cores da moda. Até agora há escolha para cinco penteados diferentes. Dizem que uma dona de certo macaco é boa freguesa do instituto…
Tais provocantes aberrações só podem vingar em casas onde faltam filhos, ou existe apenas um só, que veio ao mundo controlado ou também descontrolado. Não é em vão que São Paulo avisa uma verdade. Qual? Salva-se a mulher pelos filhos. São eles uma defesa legítima contra criminosos desvios do coração e provocantes gastos desnecessários. Tivessem tais donas, de cachorros e macacos, filhos para pentear e não viveriam rodeadas de tais ridículos, culpadas de tais pecados.
Tremendo desvio do coração mostram certas famílias onde os animais domésticos vivem mais cuidados e assistidos do que os filhos. De um rei cruel, a quem a lei proibia matar suínos, diziam os vassalos:
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CONVÉM FALAR?
Se a formação da inteligência do adolescente exige sérios estudos e o hábito da reflexão, a do coração e da vontade impõe a concepção de um ideal moral, que ajudará o jovem a expulsar de seu pensamento tudo aquilo que poderia deturpá-lo.
É evidente que se a pureza requer educação específica, esta só produzirá efeitos se for precedida de uma formação de consciência.
Ensinar a criança a amar o bem sob todas as suas formas, a detestar o mal mesmo quando se apresente sob aspectos agradáveis, a agir de modo que todas as suas disposições morais resumam-se no temor de desagradar a Deus e na vontade de agradá-lo, tais devem ser as preocupações constantes do educador.
É lógico que a consciência da criança discernirá tanto mais facilmente o mal no terreno da pureza, quanto maior for a sua formação nos outros setores. Mas daí não se deve concluir que seja suficiente uma formação geral, e, por conseguinte, desnecessário prevenir a criança contra os perigos que, um dia, poderão ameaçar a sua pureza.
Ao contrário, julgamos que o maior dano que se possa fazer à juventude é recusar-lhe as explicações que devem guiá-la e esclarecê-la, quando surgem as primeiras curiosidades do espírito e os sintomas da puberdade. Continuar lendo
PAIS E MÃES DE FAMÍLIA, ESCUTAI!
Eu tinha posto um olhar amoroso sobre um homem, um certo Eli. Abençoei-o até quando se manteve fiel.
Tinha ele dois filhos, Ofni e Finéias; amava-os muito e, para não contristá-los, não os corrigia quando cometiam culpas, mesmo graves.
Em vão esperei que o pai abrisse os olhos. Depois de algum tempo enviei-lhes o jovem Profeta Samuel para dizer-lhes: Eis o que acontecerá aos teus dois filhos, Ofni e Finéias: morrerão ambos no mesmo dia! − E assim foi. Sou Eu, Jesus, o Criador da Família! Eu abençoo o convívio do homem com a mulher! Sou Eu que alegro a Família com o sorriso dos inocentes!
Toda a criança é um dom da Minha liberalidade, um tesouro que confio aos genitores, tesouro que constitui para eles uma responsabilidade muito grande.
Pais e mães, deveis ter cuidado antes de tudo da alma e depois do corpo dos filhos, educando-os segundo a Minha Lei. Deveis guiá-los especialmente na adolescência e na juventude com o exemplo e a palavra, com a vigilância e a prece, com o amor e às vezes com a vara.
Ai daquele que dá escândalo aos filhos! E ai de vós genitores, se permitis aos filhos dar escândalo em presença da sociedade!
A responsabilidade maior da moda indecente pesa sobre vós, ó pais, ou porque dás o triste exemplo dela, ou porque a permitis sem remorso, ou porque sois demasiado débeis na educação dos vossos filhinhos. Continuar lendo
OUVE, Ó FILHA, O QUE EU TENHO PARA TE DIZER
Ó mulher, lança um olhar para Mim, flagelado até o sangue e coroado de espinhos! Contempla as Minhas contusões e chagas!… Depois escuta e reflete!
Na vida terrena Eu me mostrei um manso cordeiro. Subi ao Calvário sem abrir à boa. Tratei com doçura a Samaritana e a converti.
Toquei o coração da pecadora de Magdala e fiz dela uma predileta Minha. Ao longo das estradas da Palestina saiam da Minha boca palavras de luz, de paz e de amor. Os Meus ensinamentos eram doces como o favo de mel. Um dia, porém, lançando um olhar Divino sobre todos os séculos, à vista do mal que inundava o mundo, pronunciei palavras de fogo: “Ai do mundo por causa dos escândalos!…” Ai de quem escandaliza um destes pequeninos que crêem em Mim! Melhor seria que se pendurasse ao pescoço de quem dá escândalo uma mó de moinho e fosse precipitado no mar!
Quem pronuncia este “ai” é um Deus; sou Eu, Jesus, o Redentor, que tanto sofri para salvar as almas; sou Eu, o Juiz Supremo da Humanidade, Eu, que deverei pronunciar a sentença eterna para todas as almas: ou o Paraíso ou o Inferno!
Reflete, ó mulher, que segues a moda livre, reflete sobre o escândalo que dais a quem te olhar e sobre a tremenda responsabilidade de que te carregas!… Podes iludir-te a ti mesma dizendo: Que mal há em seguir esta moda?… De resto, as outras mulheres fazem exatamente o mesmo!… − Esta ilusão vale para ti; mas a realidade é bem diferente! Não podes enganar-me, que sou Bom, mas também sou Justo! Continuar lendo
CONSEQUÊNCIAS MORAIS DA FORMAÇÃO DA INTELIGÊNCIA
Para ensinar à criança a mostrar-se íntegra e respeitosa para consigo mesma e para com o próximo, é preciso que a mãe se proíba qualquer expressão indelicada em suas relações de intimidade com o bebê. Como poderá ele, comumente tratado de “molequinho”, “amolantezinho” ou até de algum nome de animal mais ou menos repugnante, aprender a respeitar-se a si mesmo?
Logo que chegar ao período de seu desenvolvimento, que o leva a procurar reproduzir os termos e palavras dos adultos, ele empregará as mesmas expressões, tanto para se designar a si próprio como para qualificar os outros. Isto representa terreno perdido relativamente à formação da delicadeza dos sentimentos.
Embora outras expressões tais como “meu Jesus” ou “meu Tesouro” não tenham caráter algum grosseiro, devem, igualmente, ser banidas da linguagem das mães. Tendem a diminuir, no espírito infantil, o sentimento dos valores morais ou religiosos. Se o bebê é um “Jesus”, não virá ele a considerar o verdadeiro Jesus como um simples companheiro? E se for qualificado de “tesouro”, como não haverá de se revoltar diante das severidades necessárias? Continuar lendo
“A MODA FEMININA” – D. GIUSEPPE TOMASELLI (INTRODUÇÃO)
ESCUTA E REFLETE! BREVES PENSAMENTOS MORAIS
“Ó mulher mundana, que perdeste o pudor e te apresentas ao público sem te envergonhar, por que ages assim?” (D. Giuseppe Tomaselli).
1º Ponto: Antes não existias. Dentro de 100 anos onde estarás… Ou no Paraíso ou no Inferno! Qual é o fim da tua vida?… Dar ao Criador a prova de amor, com a observância de sua Lei. A vida não é prazer; é luta contra as paixões, contra Satanás e as máximas perversas do Mundo. Para vencê-los precisamos da ajuda de Deus, que se obtêm com a Oração e com os Sacramentos. O fruto da vida cristã é a paz do coração, a resignação na dor, e depois, o Paraíso.
2º Ponto: No toca disco ficam impressas as ondas sonoras… cantos delicados ou grosseiros… palavras santas ou inconvenientes… Assim, no livro da tua vida permanecem escritos: os bons pensamentos ou os maus, as conversas morais ou imorais, as obras boas ou as más. Depende de ti escrever somente o bem. Continuar lendo
AS OITO BEM-AVENTURANÇAS DE UMA CASA
As oito bem-aventuranças de uma casa
1 – Bem-aventurados a casa onde se reza, porque Deus habitará dentro dela.
2 – Bem-aventurada a casa onde se guardam as festas, porque seus moradores tomarão parte nas festas do céu.
3- Bem-aventurada a casa onde se não sai para freqüentar diversões mundanas, porque nela reinará a alegria cristã.
4 – Bem-aventurada a casa cujos filhos são logo batizados, porque nela se criarão bem-aventurados para o céu. Continuar lendo
RESTAURAÇÃO DO MATRIMÔNIO CRISTÃO – PARTE 3
Em primeiro lugar deverá, com todo o esforço, realizar-se o que foi já sapientemente decretado pelo Nosso predecessor Leão XIII (Enc. Rerum Novarum, 15 de maio de 1891), isto é, que na sociedade civil as condições econômicas e sociais estejam ordenadas de tal forma, que qualquer pai de família possa merecer e ganhar o necessário ao sustento próprio, da mulher e dos filhos, e conforme às diversas condições sociais e locais, “pois que ao operário é devida a sua recompensa” (Lc 10, 7) e negar-lha ou não lha dar na justa medida é grave injustiça, que pela Sagrada Escritura se enumera entre os maiores pecados (cf. Deut 24, 14-15), assim como não é lícito ajustar salários a tal ponto diminutos que sejam insuficientes, segundo as circunstâncias, para alimentar a família.
Será bom, todavia, que os próprios cônjuges, muito antes de contraírem matrimônio, removam os obstáculos materiais, ou procurem, pelo menos, diminuí-los, deixando-se instruir por pessoas entendidas acerca do modo de o conseguir eficaz e honestamente. E, se por si o não puderem alcançar, proveja-se com a união dos esforços das pessoas de idênticas condições e mediante associações privadas e públicas às formas de ocorrer às necessidades da vida (Cf. Leão XIII, Enc. Rerum Novarum, 15 de maio de 1891).
O dever dos ricos
Quando, porém, os meios até aqui indicados não cheguem para fazer face às despesas, especialmente se a família é numerosa ou pobre, o amor cristão do próximo exige absolutamente que a caridade cristã supra aquilo que falta aos indigentes, que os ricos auxiliem os mais pobres, e que os que têm bens supérfluos, em vez de os empregarem em vãs despesas, ou, para melhor dizer, em vez de os dissiparem, os empreguem na sustentação da vida e da saúde daqueles a quem falta o necessário. Os que dos próprios bens derem a Cristo nos seus pobres receberão abundantíssima recompensa do Senhor quando vier a julgar o mundo. Os que assim não procederem serão castigados (Mt 24, 34, segs.), visto que não é em vão que o Apóstolo adverte: “Como poderá amar a Deus aquele que tendo bens deste mundo, e vendo o seu irmão em necessidade, ficar insensível perante ele?” (1 Jo 3, 17). Continuar lendo
RESTAURAÇÃO DO MATRIMÔNIO CRISTÃO – PARTE 2
A exagerada educação fisiológica
Mas esta sã instrução e educação religiosa acerca do matrimônio cristão estará bem longe daquela exagerada educação fisiológica com que em nossos dias certos reformadores da vida conjugal dizem vir em auxílio dos esposos, gastando com essas coisas fisiológicas muitas palavras, com as quais, no entanto, se aprende mais a arte de pecar habilmente do que a virtude de viver castamente.
Pelo que, com todo o coração, tornamos Nossas, Veneráveis Irmãos, as palavras que o Nosso Predecessor, de feliz memória, Leão XIII dirigiu aos Bispos de todo o mundo na Encíclica acerca do matrimônio cristão: “Na medida em que possais fazer sentir os vossos esforços e a vossa autoridade, empenhai-vos por que nos povos entregues aos vossos cuidados se mantenha íntegra e incorrupta a doutrina que Cristo Senhor e os Apóstolos, intérpretes da vontade do Céu, ensinaram, e que a Igreja Católica conservou religiosamente e ordenou que fosse guardada pelos cristãos de todos os tempos” (Enc. Arcanum, 10 de fevereiro de 1880).
Vontade Decidida
Mas ainda a melhor educação ministrada por meio da Igreja não basta, por si só, para conseguir novamente a conformidade do matrimônio com a lei de Deus; é necessário que ao esclarecimento da inteligência nos esposos ande anexa a vontade firme de observar as santas leis de Deus e da natureza acerca do matrimônio. Por mais teorias que outros queiram defender e espalhar mediante discursos ou por escrito, devem os cônjuges propor-se com firmeza e constância de vontade e sem hesitação alguma a cumprir os mandamentos de Deus no que respeita ao matrimônio, isto é, prestar-se mutuamente o auxílio da caridade, mantendo a fidelidade da castidade, não tentando jamais contra a estabilidade do vínculo, usando sempre dos direitos matrimoniais de harmonia com o senso e a piedade cristã, particularmente no primeiro período da união, de forma que, se em seguida as circunstâncias devidas ao hábito impuserem a continência, a ambos se torne mais fácil observá-la. Continuar lendo
RESTAURAÇÃO DO MATRIMÔNIO CRISTÃO – PARTE 1
Até agora, Veneráveis Irmãos, temos admirado com veneração as disposições estabelecidas pelo sapientíssimo Criador e Redentor do gênero humano acerca do matrimônio, magoados simultaneamente por ver os santos objetivos da divina Bondade tantas vezes tornados vãos e vilipendiados pelas paixões, erros e vícios dos homens. É, pois, natural, que empreguemos a solicitude paterna do Nosso espírito em buscar remediar oportunamente e extirpar completamente os perniciosos abusos já mencionados, e em restituir por toda a parte ao matrimônio a devido respeito.
Para isto servirá principalmente recordar aquela máxima certíssima, que é geralmente admitida pela sã filosofia e pela sagrada teologia: para reconduzir ao antigo estado, de harmonia com sua natureza, as coisas que se desviaram da reta ordem, não existe outro caminho senão conformá-las com a razão divina, que, como ensina o Doutor Angélico (Summ. Theolog. 1ae. 2ae. q. 91, a 1-2), é o exemplar da perfeita retidão. Foi por isto que o Nosso Predecessor, de feliz memória, Leão XIII com razão atacava os naturalistas com estas gravíssimas palavras: “É lei divinamente sancionada que as coisas instituídas pela natureza e por Deus se nos apresentem tanto mais úteis e salutares quanto mais inteira e imutavelmente permaneçam em seu estado natural, uma vez que o Deus Criador de todas elas bem soube o que é necessário à sua instituição e manutenção e a todos ordenou, por vontade e inteligência sua, de modo que cada uma possa convenientemente alcançar seu fim. Mas, se a temeridade e a maldade dos homens quiser mudar e transformar a ordem das coisas providentissimamente estabelecida, então as próprias coisas instituídas com suma sapiência e igual utilidade ou começam a prejudicar, ou deixam de beneficiar, quer porque, com a mudança, tenham perdido a virtude de fazer bem, quer porque o próprio Deus resolvesse assim castigar o orgulho e audácia dos mortais” (Enc. Arcanum, 10 fevereiro de 1880).
O desígnio divino
É pois necessário, para pôr em sua devida ordem a matéria matrimonial, que todos considerem o desígnio divino acerca do matrimônio e procurem conformar-se com ele. Continuar lendo
PEQUENO CATECISMO DO NOIVADO CATÓLICO
Todo jovem, num determinado momento da vida, coloca-se a questão do caminho a escolher para o futuro. Há perguntas que a natureza e o próprio Deus impõem à alma e esta deve responder: Que rumo tomará minha vida amanhã? De que maneira concreta vou servir a Deus? Qual será de fato o caminho pelo qual vou me salvar?
Perguntas obrigatórias, às quais cada um – homem ou mulher – deve responder sozinho, diante de Deus, em certo momento da vida. Decisão muito pessoal em que está em jogo sua vida, sua salvação.
Ninguém pode substituí-lo nessa tarefa, nem pais, nem irmãos, nem amigos, nem psicólogos ou psiquiatras, nem sequer seu confessor.
Claro que ele pode e deve pedir conselhos. Mas a decisão é pessoal, perante Deus. Por isso é bom fazer um retiro, para descobrir o estado de vida ao qual Deus nos chama.
Não se trata de escolher uma profissão: advogado, médico, comerciante, empresário, desportista ou costureira…
O estado de vida é algo muito maior, mais delicado, porque implica uma certa imobilidade, é algo permanente, dificilmente passível de mudança, que implica um modo determinado de viver as coisas que são fundamentais na vida. E de certo modo algo definitivo em termos pessoais, diante da sociedade e perante Deus.
Por isso, a decisão precisa ser sincera, generosa, tomada com seriedade. Continuar lendo
A BOA E A MÁ ESPOSA
Feliz o marido que tem uma boa esposa: o número de seus dias será duplicado.
A mulher virtuosa é a alegria do marido, que passará em paz os anos de sua vida.
Boa esposa é herança excelente, reservada aos que temem o Senhor: ela será dada ao marido em recompensa pelas boas obras.
Rico ou pobre, seu marido tem alegria no coração, e em qualquer circunstância mostra um rosto prazenteiro.
De três coisas meu coração tem medo, e com a quarta meu rosto esmoreceu: a acusação de uma cidade, o ajuntamento do povo e a calúnia mentirosa, coisas todas piores do que a morte; mas dor profunda e aflição é mulher ciumenta de outra, pois o flagelo da língua a todos atinge.
Como a canga dos bois mal ajustada, assim é a mulher má: quem a tem é como se tivesse pegado um escorpião. Continuar lendo
PEQUENO CATECISMO DO NAMORO CATÓLICO
Namoro é o período em que o rapaz e a moça procuram conhecer-se em preparação para o matrimônio.
Em que consiste o matrimônio?
No matrimônio, homem e mulher doam seus corpos, constituem uma só carne e tornam-se instrumentos de Deus na geração de novas vidas humanas.
Então, em que deve consistir a preparação ao matrimônio?
Antes de doar os corpos é preciso doar as almas. No namoro, os jovens procuram conhecer não o corpo do outro, mas sua alma.
Que conclusão podemos tirar daí?
Os namorados não podem ter relações sexuais (fornicação), nem atitudes contrarias à castidade.
Por que?
Porque o corpo do outro ainda não lhes pertence, pelo sacramento do matrimônio religioso. Unir-se ao corpo alheio antes do casamento na Igreja é um pecado contra a castidade e contra a justiça, pois como nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Cor. 6, 19), a profanação de nosso corpo é algo semelhante a um sacrilégio. Continuar lendo
NOSSA SENHORA E A MODÉSTIA
Por Pe. Jacques Emily
Traduzido por Andrea Patrícia
Nossa Senhora: Fátima, Quito (Bom Sucesso), La Salette.
Será que estamos nos últimos tempos? A nossa alma está em maior perigo de se perder para sempre nestes tempos do que nos séculos passados? São as palavras de São Paulo a Timóteo para o nosso tempo:
… Haverá um tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas de acordo com seus próprios desejos, ajustarão mestres para si, tendo comichão nos ouvidos, e darão as costas à verdade, voltando-se às fábulas. (II Tm. 4,3-4)?
Últimos tempos
Para responder a estas perguntas Nossa Senhora veio à montanha de La Salette e advertiu-nos:
“No ano de 1864, Lúcifer, juntamente com um grande número de demônios, será solto do inferno. Eles vão pôr fim à fé pouco a pouco, mesmo naqueles que se dedicam a Deus. Eles irão cegá-los de tal maneira que, a menos que recebam uma graça especial, essas pessoas irão assumir o espírito desses anjos do inferno; várias instituições religiosas perderão toda a fé e perderão muitas almas.
Livros maus serão abundantes na terra e os espíritos das trevas espalharão por toda parte um relaxamento universal em tudo que concerne ao serviço de Deus. Os chefes, os líderes do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência, e o demônio obscureceu sua inteligência. Eles tornaram-se estrelas errantes que o velho demônio arrastará com sua cauda para fazê-los perecer. Continuar lendo
A MODÉSTIA E A SUA SALVAÇÃO
Por Susan Vennari – Fonte: Rosa Mulher
Os pensamentos do Arcebispo Fulton J. Sheen são muitas vezes fonte de inspiração. Consideremos por um momento as palavras que escreveu sobre o corpo humano.
“O que faz a graça à nossa natureza humana? Em primeiro lugar, faz do corpo um templo de Deus. Esta é uma das razões a favor da pureza. O que é um templo? Um templo é um local onde habita Deus. Recordemos que, quando Jesus foi ao templo de Jerusalém e os Fariseus pediram um sinal, e Nosso Senhor disse: ‘Destruí este templo e reconstrui-lo-ei em três dias.’ Não estava a falar daquele templo terreno; estava a falar do templo do Seu corpo, porque Deus habitava naquela natureza humana de Cristo. Pela nossa participação naquela vida divina, Ele habita em nós. É por isso que o corpo é sagrado. É por isso que lhe devemos reverência. O corpo não é um verme, algo de desprezível. É o Seu templo, e um dia também será glorificado.”
Afora que o Verão se aproxima, a tentação de vestir um top e calções pode arrastar-nos; sentamo-nos de forma desleixada, vamos à Missa com ar de “exilado”; deixamos as crianças à solta por entre vizinhos e amigos, cujas ideias sobre vestir e sobre o comportamento podem ser uma influência dúbia.
A Igreja ensinou sempre que os pais são responsáveis pelo que os filhos vestem. O primeiro dever dos pais é dar bom exemplo, não só na igreja, mas ainda em todas as ocasiões. Vestidos desleixados e imodestos na igreja ou em cerimônias religiosas não é aceitável; um vestido imodesto nunca é aceitável. Continuar lendo
A MODÉSTIA PARA A MULHER CATOLICA
Traduzido por Andrea Patricia
É verdadeiramente duvidoso que qualquer cristão católico ou não católico possa questionar a necessidade de modéstia. A modéstia é uma virtude, e mais do que isso, é um instinto. Uma vez que somos criaturas decaídas, sujeitas ao pecado original, nós também nos encontramos sujeitos, em maior grau, a tentações pecaminosas da carne. Isso nos dá uma vontade de cobrir a nós mesmos, de acordo com a lei natural que Deus inscreveu no coração de cada homem. No entanto, devido aos efeitos insidiosos da secularização da nossa sociedade, o que antes, não há muito tempo, era aparentemente senso comum, é agora uma questão altamente carregada e emocional.
Para o bem ou para o mal, é um fato da vida que o sexo masculino não é muito controverso, no que diz respeito a modéstia. Temos um pouco mais de margem de manobra, embora ainda estejamos obrigados a sempre vestir-nos com decoro e decência. Nossos corpos são templos do Espírito Santo, e devem ser tratados como tal. Pode-se facilmente ter isso como “boa conduta” e escrever livros inteiros sobre o porte adequado, boas maneiras e civilidade em geral.
Infelizmente, entre os católicos, a modéstia do homem não é muito controversa, mas a modéstia exigida das mulheres, é. Isto deriva de uma diferença inerente entre os sexos, de tal forma que, enquanto a maioria das mulheres, naturalmente, não se concentre somente sobre a aparência à primeira vista, e normalmente não são tentadas a luxúria pela estimulação visual, os homens, infelizmente, são. Exceções existem, claro, e no nosso tempo, com as influências da moderna “cultura” desordenada do unisexual-masculino, e os vícios predominantes nela, muitas meninas, infelizmente, são tentadas facilmente pela carne. Alguns homens não são, é claro, e se não forem, então isso é uma coisa maravilhosa. No entanto, exceções fazem regras pobres, e temos de lidar com o que é a consistente e objetiva verdade. Continuar lendo
A CRIANÇA AGITADA: COMO EDUCÁ-LA?
Tem a criança maior necessidade de movimento do que o adulto. Andando, correndo, subindo escadas, abaixando-se e erguendo-se, está dando ao organismo o desenvolvimento que ele reclama. Ficaríamos exaustos com a décima parte do exercício que faz uma criança de 3 ou 4 anos; e nos cansamos só de vê-la movimentar-se! Isto é normal exigência da idade, e não deve preocupar o educador. Pelo contrário: este se deve preocupar com a criança parada, quieta demais, indício de doença ou anomalia.
A criança agitada
Diverso é o caso da criança agitada: já atingiu a idade escolar (7 a 11 anos), e não tem um comportamento normal.
– sentada, mexe-se a cada instante, mudando de posição na cadeira;
– fala muito, muito alto e muito rápido;
– gesticula desordenadamente;
– quando não se cala um momento, assovia, cantarola ou tamborila nos móveis;
– tira os objetos dos lugares;
– anda aos arrancos, tropeçando nas cadeiras e fazendo ruído com os pés;
– turba os jogos de que participa; Continuar lendo
NOTIFICAÇÃO CONCERNENTE ÀS MULHERES QUE VESTEM ROUPAS DE HOMEM [1]
A todas as Religiosas professoras
Aos queridos filhos da Ação Católica,
Aos educadores que desejam seguir verdadeiramente a Doutrina Cristã [2]
O primeiro sinal da nossa primavera tardia indica certo aumento, este ano, do uso das vestes masculinas por mulheres, jovens e até mesmo por mães de família. Até 1959, em Genova, este tipo de veste significava que a pessoa era uma turista, mas agora parece que há um número significativo de garotas e mulheres da mesma Genova que escolhem, ao menos em viagens de lazer, vestir calças de homem.
A evolução deste comportamento nos obriga a refletir seriamente, e nós pedimos a quem esta notificação vai dirigida dar toda a atenção que este problema merece, como é próprio das pessoas que estão conscientes de ser responsáveis frente a Deus.
Nós pretendemos acima de tudo fazer um juízo moral equilibrado sobre o uso de roupas masculinas pelas mulheres. De fato nossa reflexão só pode estar fundamentada sobre a questão moral. [3]
Em primeiro lugar, quando a questão é cobrir o corpo feminino, não se pode dizer que o uso de roupas masculinas pelas mulheres seja uma grave ofensa contra a modéstia, pois as calças certamente cobrem mais do corpo da mulher que as saias das mulheres modernas.
No entanto, as vestes para serem modestas não necessitam apenas cobrir o corpo, e tampouco devem estar coladas ao corpo. [4] É verdade que muitas roupas femininas colam mais do que muitas calças, mas as calças podem ser feitas para apertarem mais, e de fato geralmente apertam. Por isso, este tipo de roupa, colada ao corpo, nos dão a mesma preocupação quanto às roupas que expõem o corpo. Então a imodéstia das calças masculinas no corpo feminino é um aspecto do problema que não pode ser deixado sem uma observação geral sobre elas, ainda que não deva ser superficialmente exagerado também. Continuar lendo
MATRIMÔNIO MISTO
Muito faltam neste ponto, por vezes pondo em perigo a própria salvação eterna; os que temerariamente contraem matrimônio misto, de que a providência e o amor materno da Igreja afasta os fiéis por gravíssimas razões, conforme se deduz claramente dos muitos documentos compreendidos naquele cânon do Código onde se lê: “A Igreja proíbe em toda a parte, com grande severidade, que se realize o matrimônio entre duas pessoas batizadas, uma das quais seja católica e a outra pertencente a seita herética ou cismática, e, se houver perigo de perversão do cônjuge católico e da prole, é proibido também pela própria lei divina” (Cod. Jur. Can, c. 1060). E, se a Igreja, por vezes, devido a circunstâncias dos tempos, das coisas e das pessoas, é levada a conceder a dispensa destas severas disposições (salvo o direito divino e removido, quanto possível, com oportunas garantias, o perigo de perversão), só muito dificilmente o cônjuge católico não recebe nenhum dano de tal matrimônio.
De fato, dele deriva, não raro, uma triste defecção da religião nos descendentes, ou, pelo menos, a queda fácil naquela negligência religiosa que se chama indiferença, vizinha da incredulidade e da impiedade. Acresce ainda que, nos matrimônios mistos, se torna muito mais difícil aquela viva união dos espíritos, que deve imitar o mistério há pouco relembrado da inefável união da Igreja com Cristo.
Facilmente, em verdade, virá a faltar a estreita união dos espíritos que, assim como é sinal e característica da Igreja de Cristo, assim deve ser distintivo, decoro e ornamento do casamento cristão. Costuma efetivamente dissolver-se ou, pelo menos, afrouxar-se o vínculo dos corações onde haja diversidade de pensamento e de afeto acerca das coisas mais altas e supremas que o homem venera, isto é, acerca das verdades e dos sentimentos religiosos. Depois surge o perigo de se enfraquecer o amor entre os cônjuges e de se arruinar a paz e a felicidade da sociedade doméstica, que floresce principalmente na unidade dos corações. E por isso há já muitos séculos o antigo direito romano tinha definido: “O matrimônio é a união do homem e da mulher e consórcio de toda a vida, a comunicação do direito divino e humano (Modestinus, in Dig. livr. XXIII, II: De Ritu nuptiarum, livr. I Regularum). Continuar lendo
ME CRUCIFICAS COM A TUA IMODÉSTIA!
Santa Angela de Foligno foi uma mulher mundana, escrava da moda e suficientemente rica para satisfazer todos os seus caprichos em perfumes, jóias, penteados, chapéus, pinturas e todo tipo de badulaque usado pelas mulheres da sua época. Depois de passar pelo crivo da dor – depois de casada rica, morreram simultaneamente seu marido e todos os seus filhos – e da penitência, foi protagonista de uma impressionante conversão e mudança tão drástica de vida, que mereceu da JESUS estas visões e revelações, cujo resumo fizemos.
A vaidade e o desejo de agradar os homens cederam lugar à humildade e à mortificação e ao amor de Jesus Crucificado. Deus permitiu que o demônio a tentasse duramente na carne e ela saiu vitoriosa da batalha. Das revelações de Jesus saiu seu livro: “Experiências, espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno”. Esta obra teve tal aceitação entre os teólogos que foi atribuído a ela o honroso título de “Mestra dos Teólogos”. Ela morreu em 1309 com 61 anos, consumida pela dor, pelos sofrimentos e penitências.
Vamos ler com atenção as palavras de Nosso Senhor à Santa:
“Quando a morte te arrancar deste mundo, cheio de vaidades e luxos sem razão, e chegardes a Minha Presença para ser julgada… vendo os pecados que os homens cometeram ao olhar para o teu corpo escassamente coberto, tu própria ficarás envergonhada”.
Que pretexto poderás então apresentar-Me? Ai de ti mulher pelos teus escândalos! Ai de ti que perdeste o pudor e a vergonha! Porque procedes assim? Porque me crucificas novamente com os cravos da tua imodéstia? Continuar lendo