Gustavo Corção
Numa excelente revista belga, Bulletin Indépendant d´Information Catholique, no. 150 – número especial com que se despede dos leitores, não podendo manter-se pela simples e clara razão de ser excelente – li um artigo cuja difusão me parece um imperativo dos tempos presentes. Trata-se da recensão do livro Karl Marx et Satan recentemente publicado nas Edições Paulinas – Apostolat des Editions – pelo judeu convertido ao cristianismo Richard Wurmbrandt, que sofreu na URSS muitos anos de trabalhos forçados em razão de sua fé cristã. Seu último livro é revelador de relações estreitas entre o satanismo e o comunismo, que o autor considera como uma encarnação política do Demônio. Segundo A. d´Arian, diretor da revista e autor da recensão, a obra é digna de atenção com algumas reservas no plano da doutrina católica. As linhas que se seguem são de transcrição:
“Muito piedoso desde a sua mocidade, Karl Marx, da alta burguesia israelita, faz um pacto com Satã. Aos vinte anos surge no mundo das letras com um poema intitulado Oulamen, anagrama de Emanuel, no qual lêem-se esses versos: “Quero construir parar mim um trono nas alturas”, que repetem quase literalmente as palavras de Isaías (14, 13), “subirei aos céus, e colocarei meu trono acima dos astros de Deus”, que se referem a Lúcifer.
“Num outro poema, A Virgem Pálida, o miserável ousa escrever: – Já perdi o Céu; minh´alma, outrora fiel a Deus, está marcada para o inferno.
“Nessa época, Karl Marx combatia as idéias socialistas na revista alemã Rheinische Zeitung, escarnecendo ao máximo da classe operária. Mas, espantado, recebe a advertência de Moses Hess de que o socialismo pode ser uma boa isca para atrair os intelectuais e as massas para o seu ideal diabólico. O amigo convenceu-o. Fiéis a essa idéia, os soviéticos, desde a primeira hora, tomarão como lema: – Expulsemos os capitalistas da terra e Deus do Céu! Continuar lendo →
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