Arquivos da Categoria: Fé
A RESSURREIÇÃO DOS CORPOS NO DIA DO JUÍZO
ENTREVISTA COM EMPRESÁRIOS CATÓLICOS TRADICIONAIS. QUAL A RELAÇÃO ENTRE FÉ E NEGÓCIOS?
A Revista Angelus fez, recentemente, a um grupo de empresários católicos tradicionais, uma série de perguntas relacionadas à Fé e seu trabalho diário. Os entrevistados foram mantidos anônimos.
Fonte: Angelus Press – Tradução: Dominus Est
Angelus Press: O senhor pode nos dizer como a Fé influencia suas práticas de negócios?
“Procuro ver todas as decisões importantes à luz da Fé, que me mantém fundamentado em questões morais, especialmente princípios de justiça. Pensamentos de eternidade ou mesmo apenas a presença silenciosa do Santíssimo Sacramento ajudam a colocar as coisas em perspectiva, tornando até mesmo grandes problemas administráveis”.
“A fé católica influencia nossas decisões de negócios na medida em que tentamos tratar os outros como Cristo nos disse: amar o próximo como a nós mesmos por amor a Deus.”
“Uma área em que a fé católica me influenciou diretamente está em minhas práticas de contratação. Desde os primeiros dias da minha carreira de negócios, eu me esforçaria para dar uma chance aos católicos tradicionais com pouca ou nenhuma experiência na linha de trabalho da minha empresa para ajudá-los a construir sua experiência e colocá-los no caminho para carreiras de sucesso. Além disso, de acordo com os princípios de justiça e o ensinamento social da Igreja, eu me certificaria de pagar aos homens casados com famílias salários mais altos do que os homens solteiros, mesmo que estes últimos fossem mais experientes ou qualificados”. Continuar lendo
MOTU PROPRIO FIN DALLA PRIMA, DE SÃO PIO X, SOBRE O REGIME DA AÇÃO CATOLICA POPULAR

MOTU PROPRIO
DO SUMO PONTÍFICE
PIO X
FIN DALLA PRIMA*
Sobre o regime da Ação Católica Popular
Tradução: Dominus Est
Desde a nossa primeira Encíclica ao Episcopado de todo o mundo, fazendo eco ao que nossos gloriosos predecessores haviam estabelecido em torno da Ação Católica do laicato, declaramos laudabilíssima essa obra e ainda necessária diante das condições atuais da Igreja e da sociedade civil. E não podemos deixar de louvar, grandemente, o zelo de tantos ilustres personagens que, há muito tempo, se dedicam a esta nobre tarefa, e o ardor de tão seleta juventude que, esforçadamente, se apressaram em prestar a ela seu trabalho. O XIX Congresso Católico, recentemente celebrado em Bolonha, por nós promovido e incentivado, mostrou suficientemente a todos o vigor das forças católicas, e o que se pode obter de útil e salutar em meio às populações crentes, desde que essa ação seja bem dirigida e disciplinada, e que a união de pensamentos ,afetos e trabalho reinem naqueles que dela participam.
Entretanto, lamentamos constatar que, em seu meio, tenham surgido certas diferenças que suscitaram muitas polêmicas, que, se não fossem oportunamente reprimidas, poderiam dividir as mesmas forças e torná-las menos eficazes. Nós que, antes do Congresso preconizamos, sobretudo, a união e a harmonia dos pensamentos para estabelecer de comum acordo o que é aderido às normas práticas da ação católica, não podemos agora permanecer em silêncio. E uma vez que as diferenças de pontos de vista no campo prático podem facilmente transcender ao campo teórico, e de fato nisso devem necessariamente manter seu foco, é necessário consolidar os princípios nos quais toda ação católica deve ser formada.
Leão XIII, nosso ilustre predecessor, delineou brilhantemente as normas da ação popular cristã nas admiráveis Encíclicas Quod Apostolici muneris de 28 de dezembro de 1878, Rerum Novarum de 15 de maio de 1891 e Graves de communi de 18 de janeiro de 1901; e ainda em particular, a Instrução emitida pela Sagrada Congregação para os Assuntos Eclesiásticos Extraordinários, em 27 de janeiro de 1902. Continuar lendo
XIII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: OS DEZ LEPROSOS E O PECADO DE INGRATIDÃO
CARTA DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX AOS AMIGOS E BENFEITORES Nº 91 – SETEMBRO/2022

“SE DEUS PERMITE COMO NUNCA ESTA UNIVERSALIDADE DO MAL, ESTE NOVO IMPÉRIO PAGÃO, É CERTAMENTE PARA O FIM DE SUSCITAR O HEROÍSMO CRISTÃO NO MUNDO INTEIRO.”
Fonte: FSSPX
Caros fiéis, amigos e benfeitores,
Na história, frequentemente o mundo teve a súbita impressão de acordar mudado. Na antiguidade cristã, por exemplo, num momento o mundo ficou “perplexo ao acordar ariano”, para utilizar a célebre expressão de São Jerônimo. Do mesmo modo, no século XVI, um terço da Europa se tornou protestante. Na realidade, tais fenômenos não se produziram numa única noite, mas foram preparados por fatos progressivos. Não obstante, deixaram a impressão de uma surpresa, pois seus contemporâneos não captaram a gravidade dos fatos que haviam preparado essas catástrofes. Não se deram conta das consequências que tais fatos implicavam.
Nesse sentido, povos inteiros acordaram arianos ou protestantes e, ao acordarem, era tarde demais. Vivemos, infelizmente, uma situação análoga. Constatamos em volta de nós coisas, propostas, iniciativas que nos escandalizam; mas corremos o risco de não compreender todo o propósito.
Frequentemente, esses elementos são percebidos como fatos diversos que dizem respeito aos outros, mas que jamais concernem a nós. Temos consciência, detestamo-los, mas de algum modo ignoramo-los na vida de todos os dias. Isso faz que nossos olhos não estejam sempre abertos para ver a influência e o perigo dessas realidades para nós mesmos, e especialmente para nossos filhos. É necessário dizer claramente: o mundo está a caminho de se transformar numa Sodoma e Gomorra universais. Não podemos escapar mudando-nos para outro lugar, pois essa transformação é universal. É preciso manter a calma, preparar-nos para isso desde agora, com todos os meios à nossa disposição, para não sermos surpreendidos nesse despertar. Continuar lendo
DA DEVOÇÃO À DIVINA MÃE
3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:
- 03 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X
- SÃO PIO X, SANTO PROVIDENCIAL DOS TEMPOS MODERNOS
- DIA DE SÃO PIO X – SOBRE O SANTO
- HOMENAGEM A SÃO PIO X POR OCASIÃO DO 65º ANIVERSÁRIO DE SUA CANONIZAÇÃO
- JURAMENTO ANTI-MODERNISTA
- A PASCENDI EXPLICADA
- SÃO PIO X CONTRA O SIONISMO: OS JUDEUS NÃO RECONHECERAM NOSSO SENHOR, É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS RECONHECER O POVO JUDEU”
- ENCÍCLICA IL FERMO PROPOSITO – PARA O ESTABELECIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO CATÓLICA
- CARTA ENCÍCLICA ACERBO NIMIS: SOBRE O ENSINO DO CATECISMO
- SANCTE PIE DÉCIME (MÚSICA)
BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – SETEMBRO/22
Caríssimos fiéis,
Dom Lefebvre inscreveu voluntariamente o apostolado de nossa Fraternidade no espírito de São Pio X, pois o escolheu como seu santo padroeiro. Portanto, contemplando a vida de São Pio X, entenderemos melhor o que nosso fundador queria para nós.
I. São Pio X como reformador
Seu pontificado foi relativamente curto, de 1903 a 1914, mas foi impulsionado por uma vontade enérgica. As muitas reformas realizadas pelo Papa são testemunho disso: reforma da música sacra, reforma da Cúria, reforma do Código de Direito Canônico, reforma do catecismo, introdução da comunhão frequente e das crianças, etc. Em todas estas áreas, São Pio X realizou uma autêntica reforma, ou seja, uma recentralização. Ele mesmo expressou bem este espírito: “Omnia instaure in Christo”. “Restaurar tudo em Cristo”.
Assim, São Pio X foi um papa reformador, o que não significa um papa inovador, mas um papa restaurador. Por suas iniciativas, ele puxou o tapete dos modernistas, falsos reformadores, que não procuraram recentralizar-se no essencial, mas modificar os fundamentos. Assim, São Pio X estabeleceu os princípios de uma verdadeira renovação. Como restaurador, Dom Lefebvre só tinha que apoiar-se sobre o trabalho do santo Papa. É por isso que ele o escolheu como patrono. Continuar lendo
A PRISÃO DE JESUS E AS MÁS OCASIÕES
CONFERÊNCIA: A MISSA NOVA E A TRÍPLICE RUPTURA: LITÚRGICA, TEOLÓGICA E MAGISTERIAL
Conferência proferida pelo Revmo. Pe. Ezequiel Rubio, FSSPXexplanando a oposição de ambos os ritos, de ambas as doutrinas e ensinamentos dos concílios, além de compreender a Estrutura do rito tradicional: sacrificial.
1- oblação da vítima (ofertório)
2- imolação da vítima (dupla consagração)
3- consumação (comunhão)
Isso contrasta com o que acontece no rito Novus Orde Missae: comida ritual judaica.
1- bênção dos alimentos (apresentação dos dons)
2- ação de graças comemorativa (oração eucarística)
3- Fração do pão (comunhão).
JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO NÃO DESEJA SENÃO DISPENSAR GRAÇAS
FINALIZANDO O MÊS, UMA SELETA DE NOSSOS POSTS DE AGOSTO/22

OMS ANUNCIA PLANO PARA PROMOVER IDEOLOGIA DE GÊNERO
A AJUDA DA FAMÍLIA NO DESPERTAR DAS VOCAÇÕES
ATENÇÃO – MAIS CURSOS DA FSSPX A DISPOSIÇÃO: OS SANTOS PADRES E J. R. R. TOLKIEN
13 DE AGOSTO EM FÁTIMA: A APARIÇÃO QUE A MAÇONARIA QUERIA EVITAR
SERMÃO DE D. LEFEBVRE POR OCASIÃO DA FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII
TOMADA DE BATINA NO SEMINÁRIO NOSSA SENHORA CORREDENTORA – 2022
ARGENTINA: CATOLICISMO EM DECLÍNIO ACENTUADO
BEM-AVENTURADO DAQUELE QUE SE CONSERVA FIEL A DEUS NA ADVERSIDADE!
XII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O BOM SAMARITANO E O DIVINO REDENTOR
PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO MODERNA
[Nota da Permanência: O artigo a seguir é uma compilação das conferências que o Pe. Hervé de la Tour proferiu ao corpo docente da Immacule Conception Academy, em Post Falls, Idaho, Estados Unidos, e aos padres da FSSPX do distrito estadunidense, na reunião anual ocorrida entre 12 e 16 de fevereiro de 2001.]
Introdução: A causa do problema da educação moderna
Em 1669, na Festa de Corpus Christi, os monges da Abadia de Saint-Wandrille cantavam Matinas. O quinto trecho era de Santo Tomás de Aquino. Lia-se: “Accidentia sine subjecto subsistunt.” O Doutor Angélico explicava ali que após a consagração, os acidentes do pão permanecem sem a sua substância, que se transformou no corpo de Nosso Senhor. Então algo inacreditável aconteceu. Os jovens monges começaram a assobiar com o intuito de demonstrar oposição a Santo Tomás. Por que tal atitude? Eles vinham estudando a filosofia de René Descartes (1569-1650), o qual rejeita a distinção tomista entre substância e acidente. Descartes recusou-se também a dar uma explicação filosófica ao mistério da Presença Real. Para ele, razão e fé pertencem a domínios inteiramente distintos. Visto que a Presença Real é um fenômeno sobrenatural, seria inútil utilizar a filosofia natural para compreendê-la. Foi por isso que os monges, imbuídos de filosofia cartesiana, rejeitaram o trecho de Santo Tomás e decidiram perturbar o Ofício Divino. O incidente deve ter sido algo marcante, pois foi registrado nos anais do mosteiro. (Continue a ler)
Reflitamos sobre essa anedota. É típica da segunda metade do século XVII, quando, na França, as ordens educadoras (jesuítas, oratorianos, doutrinários, etc) foram aos poucos se contaminando com os erros de Descartes. Até mesmo os noviciados das ordens contemplativas começaram a ensinar filosofia cartesiana, como aconteceu aos beneditinos de Saint-Wandrille. Ilustra também o tema desta conferência, que é a influência da filosofia na educação e, através da educação, na vida espiritual. É preciso entender que o Ofício Divino é o centro da vida do monge. O exemplo acima mostra que a sua paz foi destruída por uma falsa filosofia. A maneira correta de rezar foi desordenada por causa de uma educação errada.
Em 1969, quando foi promulgado o Novus Ordo, costumávamos dizer “lex orandi, lex credenti.” Rejeitamos a Missa Nova pois não expressa a fé católica. Da maneira que se reza depende a maneira que se crê. Uma liturgia defeituosa pouco a pouco envenena a fé. Pois bem, poderíamos ter dito em 1669, ao testemunhar os monges bagunceiros assobiarem durante Matinas, “lex studenti, lex orandi,”: da maneira que se estuda depende a maneira que se reza. Uma educação defeituosa traz graves conseqüências à vida espiritual. Esse incidente registrado nos anais da Abadia de Saint-Wandrille é portanto simbólico, e será o ponto de partida desta conferência. Continuar lendo
GRANDEZAS INEFÁVEIS DE MARIA SANTÍSSIMA
OS BENS DO CÉU SÃO INEFÁVEIS
OUTRA MEDITAÇÃO PARA O XI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES:O SURDO-MUDO E AS CONFISSÕES SACRÍLEGAS
XI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O MILAGRE DO SURDO-MUDO E OS ESPIRITUALMENTE MUDOS
A OBRIGAÇÃO DE BUSCAR A PERFEIÇÃO DA CARIDADE
Estado e dificuldade da questão: não se está tratando da perfeição ínfima, que exclui apenas os pecados mortais, nem tão-somente da perfeição média, que exclui os mortais e os veniais plenamente deliberados, mas da perfeição propriamente dita, que exclui imperfeições deliberadas e atos imperfeitos; logo, não é meramente o convite à perfeição propriamente dita pois, quanto a isso, não há dúvida: todos homens estão convidados à perfeição propriamente dita.
A questão versa sobre a existência de uma obrigação geral de todos católicos tenderem à perfeição da caridade. Não é, contudo, uma obrigação especial, cuja violação seria um pecado especial, como no estado religioso, mas de uma obrigação geral.
A dificuldade surge quando queremos conciliar certas sentenças de Nosso Senhor que, num primeiro momento, parecem contradizer-se.
Por um lado, Cristo aconselha o adolescente rico (Mt 19, 21): “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá aos pobres… e vem e segue-me”. Estas palavras – “Se queres ser perfeito” – parecem exprimir um conselho, não uma obrigação. Logo, todos os católicos não estão obrigados a buscar a perfeição; aparentemente, somente aqueles que já prometeram seguir os conselhos evangélicos estariam obrigados a buscar a perfeição (1).
Por outro lado, declara Cristo a todos (Mt 5, 48): “Sede pois perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”. (continue a ler)
No Comentário a S. Mateus, São Tomás de Aquino explica essas palavras do Senhor dizendo: “à perfeição da excelência da vida estão mais obrigados os clérigos do que os leigos; à perfeição da caridade, porém, todos estão obrigados”, ou seja, estamos todos obrigados a buscá-la.
Além disso, na Suma Teológica (2), São Tomás de Aquino prova que, essencialmente, a perfeição consiste não nos conselhos evangélicos, mas nos Mandamentos, uma vez que o primeiro mandamento não tem medida: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças, e com todo o teu entendimento” (Lc 10, 27). E assim, segundo São Tomás, a perfeição da caridade recai sob o Mandamento como a um fim que se deve perseguir. Continuar lendo
MARIA SANTÍSSIMA, MODELO DE HUMILDADE
15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII

Fonte: Scuola Ecclesia Mater – Tradução: Dominus Est
É pouco conhecido mas, em 15 de agosto também se recorda o chamado “milagre do Papa Pio VII Chiaramonti”.

Milagre de Pio VII, Museu Britânico, Londres
De fato, neste dia, em 1811, enquanto era celebrada a Santa Missa, o Papa, então prisioneiro de Napoleão, foi sequestrado em êxtase e começou a levitar, de uma forma não muito diferente do que aconteceu com São José de Copertino. Isso demonstrava o profundo espírito de oração e contemplação daquele santo pontífice, que se formou no mais genuíno espírito beneditino. Não por acaso ele tinha sido abade da Abadia romana de São Paulo Fora dos Muros: uma posição que, em um passado distante, havia sido ocupada por São Gregório VII.

Jacques-Louis David, Pio VII e o cardeal Giovanni Battista Caprara Montecuccoli. Estudo para a Coroação de Napoleão, 1811 – Pio VII defendeu os Estados Papais contra os ataques de Napoleão
O episódio da levitação do Papa Chiaramonti suscitou grande admiração e espanto mesmo entre os vários soldados franceses que o vigiavam e que se viram testemunhas involuntárias do acontecimento.
SERMÃO DE D. LEFEBVRE POR OCASIÃO DA FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA (15 DE AGOSTO DE 1990)

Sermão proferido por D. Marcel Lefebvre, no Seminário de Ecône, em 15 de agosto de 1990.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Para ouvir o sermão, clique aqui
Meus queridos irmãos,
Peço-vos desculpa pela simplicidade desta cerimônia, pois – como sabem – nossos seminaristas estão de férias, então serão os senhores que farão o coro.
Mas se a cerimônia é simples, penso que nossos corações devem estar todos na Festa. Na Festa da Santíssima Virgem Maria, de sua Assunção, que é, certamente, uma das mais belas festas de Maria e, sobretudo, é a Festa que para os fiéis, para nós que ainda estamos in via, que ainda estamos a caminho do Céu, é uma ocasião de grande esperança e de grande auxilio.
Se procurarmos qual a lição que a Igreja nos dá em sua liturgia hoje, a encontraremos na oração. Daqui a pouco, cantaremos, na oração, o voto que a Igreja nos pede: Que sejamos sempre ad superna semper intenti (1), diz a Igreja.
O que isso significa? Que tenhamos nossos corpos, as nossas almas, os nossos corações sejam sempre dirigidos ad superna coelestia, para as coisas celestiais. A oração e a Igreja acrescentam: Ipsius gloriae mereamur esse consortes: Que um dia sejamos participantes da glória de Maria.
O que a Igreja pode desejar de melhor para nós? Que conselho mais eficaz ela pode nos dar? Ter nossos olhos, quer dizer, sobretudo, ter todo nosso coração voltado para as coisas do Céu. E se isso é algo que é difícil para nós, uma vez que somos afligidos pelas consequências do pecado original e nossa alma está, de alguma forma, cega pelas coisas materiais, pelas coisas sensíveis que formam obstáculo entre nós e o Céu, ao passo que deveriam ser, ao contrário, um meio para nos elevarmos a ele. Pois bem, se há uma coisa e se há um pensamento que nos ajuda a olhar para o Céu, é pensar na Santíssima Virgem Maria. Continuar lendo
15 DE AGOSTO – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Para ler a Meditação de Santo Afonso para essa data, clique aqui.
Para ler a belíssima Encíclica MUNIFICENTISSIMUS DEUS, de Pio XII, que define o Dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em Corpo e Alma, clique aqui.
Abaixo colocamos o momento da proclamação do dogma pelo Papa Pio XII
DÉCIMO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O FARISEU E O PUBLICANO
QUE VIDA CRISTÃ?
Deus não nos chama a uma honesta mediocridade.
Fonte: Apostol nº 160 – Tradução: Dominus Est
É um erro comum entre os cristãos (leigos ou sacerdotes) acreditar que a vida mística seria reservada apenas a uma elite. A própria palavra “mística” evoca, na maior parte dos casos, graças extraordinárias como a levitação durante a oração. De acordo com esta opinião, haveria, por um lado, os cristãos comuns que apenas poderiam aspirar a uma vida cristã honesta (mas, no fundo, medíocre), e por outro uma pequena elite a quem Deus reservaria a vida mística, que se julga estar cheia de favores extraordinários. Ora, nada poderia estar mais longe da concepção tradicional da vida cristã, admiravelmente realçada pelo Pe. Garrigou-Lagrange, OP em Perfeição Cristã e Contemplação.
Na realidade, todo cristão recebe no batismo um “organismo espiritual” destinado a se desenvolver e não a vegetar: a graça santificante acompanhada das virtudes infusas e dos dons do Espírito Santo.
No início da vida cristã (a chamada via purgativa), são os esforços pessoais que são necessários para estabelecer virtudes sólidas e arrancar as raízes dos vícios, enquanto a influência dos dons é bastante latente e rara. Se a alma continua seus esforços, as virtudes se consolidam e a influência dos dons começa a se manifestar: este é o limiar da vida mística (via iluminativa). Por fim, se a alma persevera e permanece dócil à graça de Deus, ela alcança virtudes eminentes, praticadas sob a influência já habitual dos dons (via unitiva). Continuar lendo
D. TISSIER DE MALLERAIS: CONTRA A HERMENÊUTICA DA CONTINUIDADE NA DIGNITATIS HUMANAE
Título original: “Liberdade religiosa, direito natural à liberdade civil, limitado pelas exigências do bem comum em matéria religiosa . Estudo crítico desta tese por Vossa Excelência Reverendíssima, o Bispo Dom Bernard Tissier de Mallerais, FSSPX”. Publicado em: LE SEL DE LA TERRE Nº 84, PRINTEMPS 2013.
Clique aqui ou na imagem acima para acessar o texto
O texto original encontra-se aqui: https://laportelatine.org/wp-content/uploads/2020/07/liberte_religieuse_mgr_tissier.pdf
DA ORAÇÃO FEITA DIANTE DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
O QUARTO
Recentemente foi inventada uma ferramenta que impede que o quarto alcance sua tripla finalidade.
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Éum dos cômodos mais importantes da casa. A sua primeira finalidade é o descanso, mas também é usado para ler e rezar. Estas são três atividades essenciais para um ser humano. Sem eles, é impossível levar uma vida verdadeiramente humana. O que dizer de um homem adulto que nunca lê ou nunca eleva sua alma a Deus? Sua vida assemelha-se à dos animais. Quanto àquele que nunca dorme, não permanecerá vivo por muito tempo. Isso mostra a importância do quarto.
Mas recentemente foi inventada uma ferramenta que impede que o quarto alcance essa tripla finalidade. Esta ferramenta, ao entrar neste cômodo, fascina tanto o seu proprietário que é um obstáculo formidável ao descanso, à leitura e à oração. Quando está lá, o habitante subjugado se encontra em uma impossibilidade quase total, quase imsuperável, de viver uma vida verdadeiramente humana. Mesmo os mais fortes falharam. Mesmo os mais sérios tiveram que admitir a derrota. Mesmo os mais virtuosos reconheciam sua fraqueza. Mesmos os sábios perderam sua sabedoria.
Existe apenas uma solução é eficaz: nunca deixar esta ferramenta no quarto, em hipótese alguma. Todos aqueles que, à custa de um esforço violento, puseram em prática este remédio, regojizaram-se posteriormente. Aqueles que não têm a coragem de tomar esta resolução têm motivos para se envergonhar. O quarto deles se torna um quarto de pecado. Mas antes tarde do que nunca. Compre um despertador e coloque seu telefone na cozinha antes de ir para a cama. Este é o preço da liberdade e da verdadeira felicidade!
Pe. Bernard de Lacoste, FSSPX



















