Caríssimos fiéis,
Este mês de outubro de 2022 é um mês de eleições em nosso país. Presidente, governadores… Alguns mudarão, outros serão mantidos, novas personalidades aparecerão. Devemos ser indiferentes a esses movimentos políticos? Quaisquer que sejam seus poderes reais, todos os eleitos são líderes em graus diversos. Como tais, eles orientam a sociedade ao seu fim. “O corpo tira alimento e coesão da cabeça” (Col. 2,18-19).
Primeiramente, a existência do líder é uma necessidade. Uma sociedade sem um líder seria como um corpo sem uma cabeça. Ela não poderia existir. A autoridade é um elemento constitutivo de qualquer sociedade. Este é um dos maiores problemas da tese do sedevacantismo na Igreja. Dizer que o Papa não é Papa é dizer que a Igreja é uma sociedade sem cabeça. A negação da autoridade leva ao colapso. A prova está nas milhares de seitas protestantes. Os sedevacantistas não são uma exceção a esta dissolução. Como uma espécie de “protestantismo católico”, o sedevacantismo não pode subsistir em nenhuma outra forma que a de múltiplos agrupamentos autocéfalos.
Em segundo lugar, a existência do líder garante a permanência da sociedade. Esta existência é tão fundamental que mesmo a maldade do líder não é suficiente para torná-lo ilegítimo, nem justifica a desobediência a ele. “Servos, sede submissos a vossos senhores com todo o temor; não somente aos bons e humanos, mas também aos difíceis” (I Pd 2,18-23). A sabedoria do rei Salomão resume a situação: “Onde não há governante, o povo é corrompido” (Pr 11,14). Continuar lendo