PAPA EMÉRITO BENTO XVI ROMPE O SILÊNCIO E FALA DE “PROFUNDA CRISE” ATINGINDO A IGREJA APÓS O VATICANO II

O Papa retoma o uso do saturnoPor LifeSiteNews.com Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com

No dia 16 de março, ao falar publicamente em uma rara aparição, o Papa Bento XVI deu uma entrevista ao Avvenire, o jornal da Conferência Episcopal Italiana, abordando uma “dupla e profunda crise” que a Igreja está enfrentando na esteira do Concílio Vaticano II. A notícia já chegou até a Alemanha como cortesia do vaticanista Giuseppe Nardi, do site de notícias católicas da Alemanha vinculado a Katholisches.info.

O Papa Bento nos recorda a antiga e indispensável convicção católica da possibilidade da perda da salvação eterna, ou que as pessoas vão para o inferno:

Os missionários do século 16 estavam convencidos de que uma pessoa não batizada está condenada para sempre. Após o Concílio [Vaticano II], essa convicção foi definitivamente abandonada. O resultado foi uma dupla e profunda crise. Sem essa atenção para com a salvação, a Fé perde o seu fundamento.

Além disso, ele fala de uma “profunda evolução do dogma” em relação ao dogma “fora da Igreja não existe salvação”. Esta mudança proposital do dogma levou, aos olhos do papa, a uma perda do zelo missionário na Igreja – “Qualquer motivação para um futuro compromisso missionário foi removido”.

Papa Bento XVI faz uma pergunta penetrante suscitada por essa mudança palpável de atitude da Igreja: “Por que você deveria tentar convencer as pessoas a aceitar a fé cristã, se elas podem ser salvas sem ela?” Continuar lendo

A SACRÍLEGA COMUNHÃO NA MÃO

comunhaoEste trabalho do Sr. Lafayette é um dos capítulos de uma grande compilação sobre a  Santa Missa, onde o autor recolhe de vasta bibliografia e organiza com inteligência, muitas explicações sobre a Missa Nova, seus erros, a comparação com a Missa de São Pio V etc. Nesta obra inédita são dadas exaustivas referências a todas as obras citadas. Essas notas  foram aqui retiradas para não tornar a leitura desagradável. 

Antecedentes –  Sobre o Concílio Vaticano II e a Reforma Litúrgica 

O Papa Pio XII faleceu em 1958 e no início de 1959 foi dado o primeiro aviso oficial sobre o futuro Concílio; e a 25 de julho de 1960, João XXIII tornou pública a sua decisão de confiar aos Padres do Concílio a reforma litúrgica.

As comportas iam ser abertas; era preciso, então, acelerar as providências. O monge beneditino Dom Adrien Nocent, “neolitúrgico típico”, foi nomeado, em 1961, professor do Pontifício Instituto de Liturgia de Santo Anselmo em Roma, uma venerável universidade beneditina fundada por Leão XIII; e lá Dom Nocent preparava o Concílio. Naquele mesmo ano de 1961, em sua obra O Futuro da Liturgia, Dom Nocent definia os princípios e os fundamentos da nova missa que então preconizava. Seu propósito: influir direta e decisivamente na “revisão da liturgia” que poderia ser realizada durante o Concílio Vaticano II.

Veio o Concílio.

Pela vontade do Papa João XXIII, o Vaticano II quis ser um Concílio Ecumênico e, como disse um bispo não tradicionalista, aí esta palavra “ecumênico” deve ser entendida não no sentido tradicional de “universalidade” ou de “catolicidade”, mas “na acepção moderna (ou errônea?) de favorecer a unidade dos cristãos” 1.

Essa intenção de fazer do Concílio um instrumento de ecumenismo (aliás, falso) abriu as portas da Santa Sé e a cidadela foi ocupada pelos neolitúrgicos progressistas.
Deixemos de lado o que nos separa, guardemos o que nos une; este bem conhecido programa de João XXIII foi o principio inspirador da nova liturgia.
Ora, uma reforma litúrgica inspirada em “motivos ecumênicos” é inconcebível, porque contradiz o princípio imutável da liturgia católica: cabe à regra de fé regular a oração. Uma tal reforma é, ao contrário, pôr em prática a “caridade sem fé” que São Pio X condenou no modernismo. Não é de espantar que a “reforma” (que ia ser implantada) tenha sacrificado a claridade e a exatidão doutrinal em troca de ambigüidade e compromisso.
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PARA ONDE VAI A NOVA TEOLOGIA?

conciliovaticano2Em um livro recente do Pe. Henri Bouillard, lê-se:

Quando o espírito evolui, uma verdade imutável não se mantém senão graças a uma evolução simultânea e correlativa de todas as noções, mantendo entre elas uma mesma relação. Uma teologia que não fosse atual seria uma teologia falsa” 1.

Ora, nas páginas anteriores e nas seguintes, mostra-se que a teologia de Santo Tomás em muitas partes importantes já não é atual. Por exemplo, Santo Tomás concebeu a graça santificante como uma forma (princípio radical de operações sobrenaturais que têm por princípio próximo as virtudes infusas e os sete dons):

As noções utilizadas por Santo Tomás são simplesmente noções aristotélicas aplicadas à teologia” 2.

Que se segue daí? “Renunciando à Física aristotélica, o pensamento moderno abandonou as noções, os esquemas, as oposições dialéticas que só tinham sentido em função dela” 3.Ele abandonou, pois, a noção de forma.

Como evitará o leitor esta conclusão: a teologia de Santo Tomás, por já não ser atual, é uma teologia falsa?

Mas, então, como os Papas amiúde nos recomendaram seguir a doutrina de Santo Tomás? Como, então, diz a Igreja no Código de Direito Canônico, can. 1366, n. 2: “Philosophiæ rationalis ac thelogiæ studia et alumnorum in his disciplinis institutionem professores omnino pertractent ad Angelici Doctoris rationem, doctrinam, et principia, eaque sancte teneant”?

Ademais, como “uma verdade imutável” se pode manter, se as duas noções que ela reúne pelo verbo ser sãoessencialmente cambiantes? Continuar lendo

A FÉ CATÓLICA NÃO É OFENDIDA SÓ COM A HERESIA

Por Roberto de Mattei – Corrispondenza Romana, 13-01-2016 | Tradução: Hélio Dias Viana – FratresInUnum.com

Em uma longa entrevista aparecida em 30 de dezembro no semanário alemão Die Zeit, o cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, levanta uma questão de crucial atualidade. Quando perguntado pela entrevistadora sobre o que pensa daqueles católicos que atacam o Papa, definindo-o de “herege”, ele responde: “Não só pelo meu ofício, mas pela convicção pessoal, devo dissentir. Herege na definição teológica é um católico que nega obstinadamente uma verdade revelada e proposta como tal pela Igreja para ser crida. Outra coisa é quando aqueles que são oficialmente encarregados de ensinar a fé se exprimem de forma talvez infeliz, enganosa ou vaga. O magistério do Papa e dos bispos não é superior à Palavra de Deus, mas a serve. (…) Pronunciamentos papais têm ademais um caráter vinculante diverso – desde uma decisão definitiva pronunciada ex cathedra até uma homilia que serve bastante para o aprofundamento espiritual.”

indifferentism-468x256Tende-se hoje a cair em uma dicotomia simplista entre heresia e ortodoxia. As palavras do cardeal Müller nos lembram que entre o branco (a plena ortodoxia) e o preto (a heresia aberta) há uma zona cinzenta que os teólogos têm explorado com precisão. Existem proposições doutrinárias que embora não sendo explicitamente heréticas, são reprovadas pela Igreja com qualificações teológicas proporcionais à gravidade e ao contraste com a doutrina católica. A oposição à verdade apresenta de fato diferentes graus, conforme seja direta ou indireta, imediata ou remota, aberta ou dissimulada, e assim por diante. As “censuras teológicas” (não confundir com as censuras ou penas eclesiásticas) expressam, como explica em seu clássico estudo o padre Sisto Cartechini, o julgamento negativo da Igreja sobre uma expressão, uma opinião ou toda uma doutrina teológica (Dall’ opinione al domma. Valore delle note teologiche, Edizioni “La Civiltà Cattolica”, Roma, 1953). Este julgamento pode ser privado, se for dado por um ou mais teólogos por conta própria, ou público e oficial, se promulgado pela autoridade eclesiástica. Continuar lendo

HISTÓRIA E TEOLOGIA DE UMA TRADUÇÃO TRAIDORA

cvPor todos” ou “por muitos”?

Quando começaram a ser usadas as traduções da Missa de Paulo VI, muitos fiéis católicos não puderam ocultar sua surpresa ao ouvir as palavras da consagração do cálice: “Este é o cálice de meu Sangue, Sangue da aliança nova e eterna, que será derramada por vós e por todos os homens para o perdão dos pecados”. Em efeito, o texto latim da nova liturgia dizia em realidade: “pro vobis et pro multis – por vós e por muitos”. Atribuiu-se isto naqueles tempos à traição das traduções.

Ora, a encíclica do Papa João Paolo II ‘Eucaristia de Ecclesia’ parece assumir a tradução errada, desta vez inclusive no texto latino: “Accipite et bibite omnes: hic calix novum aeternumque testamentum est in sanguine meo, qui pro vobis funditur et pro omnibus in remissionem pecatorum. (Ver Marc. 14, 24; Luc. 22, 20; 1 Cor. 11, 25). (No 2).

Versões Latinas e Gregas da Bíblia

Se consultarmos as versões latinas e gregas do Evangelho, e as edições críticas que mencionam as variantes do texto que chegou até nós, não encontraremos nada parecido. Em todos os textos da Sagrada Escritura acerca da narração da instituição da Sagrada Eucaristia (Marc. 14, 24; Mat. 26, 28), lemos ‘pro multis’, por muitos, e não ‘pro omnibus’, por todos. Continuar lendo

HERESIA EM VÍDEO INTER-RELIGIOSO DO PAPA?

pope-francis-jan-2016-interfaith-video-460Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

Escrito por John Vennari (Catholic Family News)

Católicos de todo o mundo estão escandalizados com a mais recente manifestação da aberração Conciliar. O vídeo (que publicamos aqui), lançado pelo Papa Francisco, por suas intenções de oração para janeiro — uma celebração pan-religiosa com todas as religiões do mundo onde Francisco pede mais diálogo e afirma que nós,membros de todas as religiões, somos todos “filhos de Deus. “[1] 

Naturalmente, não há no vídeo nenhum apelo à conversão dos acatólicos para a única e verdadeira Fé. 

O vídeo gerou muita discussão em diversas páginas de redes sociais ecatólicoso modernismo e a heresia da apresentação. No entanto, talvez alguns sacerdotes bem-intencionadospareciam confusos com todo o transtorno: “Desculpe”, disse um deles, “o que precisamente é herético na declaração? Não vejo qualquer declaração afirmando que todas as religiões são iguais. (pluralismo?)”

Aqui está a chave para entender o que é verdadeiramente acontece. 

O Modernismo raramente opera com “afirmações precisamente heréticas.” Seu método é uma práxis que aborda de maneira inédita o que está em conflito com o magistério perene.  Continuar lendo

MAIS UM EVENTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL, ATRAVÉS DO “ECUMENISMO” PÓS CONCILIAR

APOIO MUNDIALISTA A COMUNIDADE TAIZÉ
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Trinta mil jovens se reuniram durante cinco dias em Valência (Espanha).

 

Fonte: Distrito da FSSPX no México

 

Unanimidade absoluta em torno da comunidade ecumênica de Taizé (1), que celebrou em Valência (Espanha), de 28 de dezembro a 01 de janeiro, o Encontro Europeu de Jovens. Trinta mil pessoas, 15 mil vindas de fora da Espanha, “católicos” e protestantes indistintamente, puderam desfrutar da Catedral de Valência e da igreja de Santa Catarina para seus atos de oração e workshops de intercâmbio de experiências e testemunhos. As vigílias de oração pela paz no Ano Novo foram celebradas em todas as paróquias. Presidiram esses atos o Cardeal Arcebispo de Valência, Antonio Cañizares, e o superior da comunidade de Taizé, Irmão Alois (foto). Estiveram presentes os bispos que receberão o próximo encontro: o Arcebispo Católico de Riga, Zvignevs Stankevics e o arcebispo da Igreja Evangélica Luterana da Letônia, Janis Vanags. 

 

E o Papa Francisco através do secretário de Estado, monsenhor Pietro Parolin, enviou uma mensagem de saudação ao Arcebispo de Cantuária, o Patriarca Ecumênico Bartolomeu, ao presidente do Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou, ao secretário-geral da Federação Luterana Mundial, ao Secretário Geral da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas assim como ao secretário-geral do Conselho Ecumênico de Igrejas. Finalmente, apresentaram as suas declarações de apoio: o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

 

Estamos, portanto, em pleno “ecumenismo” …

 

Rezemos pela conversão de todas essas pobres pessoas que estão no erro, e que Deus nos proteja!

(1) A Comunidade de Taizé é uma comunidade monástica protestante ecumênica, fundada em 1940 pelo teólogo suíço Roger Schutz, conhecido como irmão Roger, em Taizé, na França, que continua a ser a sua sede.

ELES QUEREM MUDAR A MISSA TRADICIONAL

Os bispos da Inglaterra e do País de Gales, contra a oração pelos judeus na Sexta-feira Santa.

Fonte: Distrito da FSSPX no  Mexico

Uma das resoluções da última assembleia plenária do episcopado inglês e galês foi se unirem ao pedido dos bispos alemães junto a Santa Sé para que se modifique a oração pelos judeus da Sexta-feira Santa, na Missa tradicional. Ele já tinha sido alterada em 2008, para aqueles que utilizam a agora denominada “forma extraordinária” do Rito Romano (note que nós, membros da FSSPX, não aceitamos esta alteração “ecumênica” e continuamos a celebrar segundo o missal tradicional original), mas, de acordo com Kevin McDonald  (centro da foto), presidente da Comissão Episcopal para as relações entre católicos e judeus, continua sendo “uma oração pela conversão dos judeus ao cristianismo” e isso “causa problemas e confusão na comunidade judaica porque a Igreja parece enviar mensagens inconsistentes “.

Porque “incoerentes”? Porque, como observado pelo Bispo McDonald, a oração de 1970 para a Missa Nova (que substituía as “referências ofensivas a judeus” da missa tradicional) é uma oração “para que o povo judeu continue crescendo no amor ao nome de Deus e na fidelidade à sua Aliança, uma Aliança que – como deixou claro como “São” João Paulo II em 1980 – não foi revogada “.

Comentário:

Esta declaração é importante porque reafirma dois pontos da doutrina Conciliar (certamente, não a da doutrina católica):

  • A Antiga Aliança ainda está em vigor.São Paulo diz o contrário, uma vez que “já não há judeu ou gentio” (Gl 3, 28) à declaração expressa de que a antiga Promessa era “temporária” (2 Cor 3, 11).
  • Os judeus não têm necessidade de converter-se.Mas então, “a quem se dirigiam São Pedro e São Estevão nas sinagogas pedindo-lhes conversão? Para não mencionar o último mandato de nosso Senhor aos apóstolos: “Ide por todo o mundo e pregai a Boa Nova. Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado “(Mc 16: 15-16).

CNBB EM DEFESA DA MAMÃE DILMA

Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, questiona motivos que levaram presidente da Câmara a abrir processo contra a petista e diz que ele agiu por interesse pessoal.

Fonte: Congresso em Foco

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criticou hoje (3) o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que autorizou aabertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em nota, a CNBB questiona os motivos que levaram Cunha a aceitar o pedido de abertura do processo.

Manifestando “imensa apreensão”, a comissão da CNBB diz que a atitude de Cunha “carece de subsídios que regulem a matéria” e que a sociedade está sendo levada a crer que “há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum”. Para a CNBB, Cunha agiu por interesse pessoal.

A entidade católica, que, na época em que o então presidente Fernando Collor enfrentou processo de impeachment, participou de uma manifestação pela ética na política, afirma no comunicado divulgado hoje que “o impedimento de um presidente da República ameaça ditames democráticos, conquistados a duras penas”. “[…] Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo? […] É preciso caminhar no sentido da união nacional, sem quaisquer partidarismos, a fim de que possamos construir um desenvolvimento justo e sustentável”, acrescenta a comissão da CNBB. Continuar lendo

AS VÁRIAS POSIÇÕES TOMADAS NA CRISE ATUAL

frame-crise-na-igreja1) PROGRESSISMO: se subdivide em diversas categorias:

a) Obediência cega: aqueles que não admitem resistência às autoridades. É a posição mais cômoda na crise atual. Tem vários graus. Há até aqueles que dizem: “Prefiro errar com o Papa a acertar sem ele”, “Se o Papa fosse para o inferno eu iria junto”. Peca por excesso: chama-se subserviência. Destes tais dizia São Bernardo: “Aquele que faz o mal, sob o pretexto de obediência, faz antes um ato de rebeldia do que de obediência”.

b) Ultra-progressismo: são aqueles que, seguindo os princípios do Concílio Vaticano II, são mais lógicos e vão até às últimas conseqüências, sendo mais avançados do que as próprias autoridades auto-demolidoras da Igreja, não respeitando os freios que estas, por receio de escândalo, tentam impor. São os que, por exemplo, promovem os cultos afros, na linha da inculturação preconizada por João Paulo II; são os que pregam o ecumenismo total, na linha do encontro ecumênico de Assis; são os que apóiam as invasões de terra e o socialismo, na linha da teologia da libertação, etc.

c) Oficialismo: é a posição daqueles que, talvez pelo receio de serem chamados cismáticos, procuram tranqüilizar a própria consciência dizendo que seguem as autoridades oficiais da Igreja, mesmo quando favorecem à autodemolição. É a tentação da oficialidade, que reconhecemos ser bastante forte e sedutora, como se viu na Paixão de Jesus, quando a grande maioria do povo preferiu ficar do lado das autoridades religiosas oficiais que condenavam injustamente a Jesus, que ficou com poucos amigos fiéis.

Os que defendem tal posição teriam ficado com Aarão, sumo sacerdote oficial escolhido por Deus, que levou o povo a adorar o bezerro de ouro; teriam ficado com Caifás, sumo sacerdote oficial, que condenou a Jesus, teriam ficado com o Papa Libério, que favoreceu ao semi-arianismo e excomungou Santo Atanásio; teriam ficado com o Papa Honório que foi anatematizado pela Igreja, após sua morte, por ter também favorecido à heresia. Continuar lendo

PROFANAÇÃO NA CATEDRAL DE RIBEIRÃO

Com uma tal “Missa” no dia da Consciência Negra, chamada também de “Missa” Afro.

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Em contraste com a aberração acima mostrada, colocamos na sequencia algumas fotos da verdadeira Missa na África e o comportamento de seu povo, catequizado e profundamente católico, em uma das Missões da FSSPX no continente (Gabão).

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41 ANOS DA DECLARAÇÃO DE D. LEFEBVRE

archbishop_marcel_lefebvre_declaration“Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.

Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.

Todas estas reformas, com efeito, contribuíram, e continuam contribuindo, para a demolição da Igreja, a ruína do sacerdócio, a destruição do Sacrifício e dos Sacramentos, a desaparição da vida religiosa, e a implantação de um ensino naturalista e teilhardiano nas universidades, nos seminários e na catequese, um ensino surgido do liberalismo e do protestantismo, condenados múltiplas vezes pelo magistério solene da Igreja.

Nenhuma autoridade, nem sequer a mais alta na hierarquia, pode obrigar-nos a abandonar ou a diminuir a nossa fé católica, claramente expressa e professada pelo magistério da Igreja há dezenove séculos. Continuar lendo

FRANCISCO: EUCARISTIA PARA LUTERANOS?

screen_shot_2015-11-15_at_7.35.20_pmFonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

No domingo, 15 de novembro de 2015, o Papa Francisco visitou a Igreja Evangélica Luterana de Roma, onde participou de uma sessão Q & A (Perguntas e Respostas). No final da visita, Francisco ofereceu um cálice para os luteranos.

Aqui estão alguns trechos da recente visita do Santo Padre à comunidade luterana de Roma. Papa Francisco disse que católicos e luteranos devem procurar o perdão pelas perseguições passadas. No final de uma oração conjunta, ele disse: “Basta pensar nas perseguições, entre nós que temos o mesmo batismo. Pense em todas as pessoas que foram queimadas vivas … Temos que pedir perdão um ao outro por isso, pelo escândalo da divisão“.

O papa respondeu perguntas da congregação. Em particular, uma mulher Luterana casada com um católico italiano falou. Ela expressou sua dor em não ser capaz de receber a Comunhão: “A dor que sentimos juntos devido a uma diferença na fé” e questionou o papa sobre a possibilidade “de finalmente participarem juntos da comunhão“.

Na frente de três cardeais (Walter Kasper, Kurt Koch e Agostino Vallini) e da multidão de participantes, em sua maioria Suiços/Alemães, o papa deixou a resposta na consciência da mulher.

O papa começou com uma piada: “A questão sobre a partilha da Ceia do Senhor não é fácil para mim responder, sobretudo na frente de um teólogo como o Cardeal Kasper – Estou com medo!” Continuar lendo

DECLARAÇÃO DE D. FELLAY A PROPÓSITO DO RELATÓRIO FINAL DO SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA

mgr_fellayFonte: La Porte Latine

O Relatório final da segunda sessão do Sínodo sobre a família, publicado no dia 24 de outubro de 2015, longe de manifestar um consenso entre os padres sinodais, é a expressão de um compromisso entre posições profundamente divergentes. São recordados alguns pontos doutrinais sobre o matrimônio e a família católica, mas o texto apresenta também omissões e ambiguidades lamentáveis, especialmente as lacunas abertas na disciplina em nome de uma misericórdia pastoral relativista. A impressão geral que emerge do documento é a de uma confusão que não deixará de ser explorada em forma contrária ao ensinamento constante da Igreja.

Por isso consideramos necessário reafirmar a verdade recebida de Cristo sobre a função do papa e dos bispos (1) e sobre a família e o matrimônio (2). Fazemo-lo com o mesmo espírito que nos levou a apresentar uma súplica ao Papa Francisco antes da segunda sessão deste Sínodo.

1 – A função do papa e dos bispos[1]

Como filhos da Igreja Católica, cremos que o bispo de Roma, sucessor de São Pedro, é Vigário de Cristo e cabeça de toda a Igreja. Seu poder é uma jurisdição em sentido próprio, por cuja razão tanto os pastores como os fiéis das Igrejas particulares, considerados individualmente ou em conjunto, inclusive quando estão reunidos em concílio, sínodo ou conferências episcopais, estão submetidos a ele por um dever de subordinação hierárquica e de verdadeira obediência.

Deus assim dispôs as coisas para que, ao guardar com o bispo de Roma a unidade da comunhão e da profissão da mesma fé, a Igreja de Cristo fosse um só rebanho sob um só pastor. A Santa Igreja de Deus foi divinamente constituída como uma sociedade hierárquica, na qual a autoridade que governa os fiéis vem de Deus por meio do papa e dos bispos que lhe estão submetidos.[2] Continuar lendo

NOS BASTIDORES DO SÍNODO

IMPRESSÕES SOBRE O SÍNODO DA FAMÍLIA: O ESPÍRITO CONTRA A LETRA

12088425_10153058478025723_4365017566234380313_nPor Pe. Romano | FratresInUnum.com

As três últimas semanas, para a Igreja Católica, foram vividas com muita intensidade e ansiedade. De fato, era grande a expectativa sobre as conclusões que os Padres Sinodais e, em última instância, o Papa, iriam dar às questões mais problemáticas envolvendo as famílias, em especial aos divorciados em segunda união e à possibilidade dos mesmos poderem ter acesso aos sacramentos, isto é, à confissão e à comunhão. Tal debate, iniciado no Sínodo extraordinário do ano passado com a proposta do cardeal Kasper e de outros purpurados e teólogos, havia suscitado forte apreensão por parte de milhares de fiéis – clérigos e leigos – que se chocaram diante de uma posição frontalmente contrária à doutrina sobre a indissolubilidade do matrimônio, divinamente revelada e confirmada, ao longo dos séculos, pelo magistério da Igreja, a despeito de fortes pressões e perseguições.

Como se encerra o Sínodo? Desde o Concílio Vaticano II, nenhuma assembleia da cúpula da Igreja havia suscitado tanto interesse, sobretudo por parte da mídia. E, a despeito de se afirmar que o centro do debate era a família, e não a questão da comunhão para os divorciados em segunda união, o que se viu foi uma dura batalha, no interior da aula sinodal, sobre esta questão, entre posições bastante divergentes: de um lado, os inovadores; do outro lado, os fiéis à doutrina católica. O segredo, que deveria ser mantido ao longo dos trabalhos, deixou de sê-lo, desde o início, e foi despudoradamente apresentado à mídia. A imagem que se queria passar, evidentemente, era a de uma Igreja mais “humana”, samaritana, misericordiosa, que punha ao centro o homem, na sua situação concreta. Esta imagem é a que o Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, tem se esforçado para passar. E não é difícil perceber de que lado está o Papa. Para se entender o que virá depois do Sínodo, não é tanto ao texto das propostas dos Padres Sinodais  ao Papa que devemos nos ater. Francisco sabe o que quer, e irá até o fim em seu projeto revolucionário. Continuar lendo

PODEMOS CHAMAR A MISSA NOVA DE “RITO ROMANO ORDINÁRIO”?

NOVA
pelos Padres do Priorado Padre Anchieta

A esterilidade da igreja conciliar, como a denominou um famoso cardeal, está chegando às últimas etapas, como um cadáver no qual a decomposição vai-se acelerando mais e mais. Infelizmente, a França, outrora primogênita da Igreja (não da conciliar) está na dianteira, e os dados são assustadores: a média de idade no seu clero é de mais de 70 anos, párocos idosos estão a cargo de dezenas de paróquias (nos casos extremos, mais de cem), uma parte ínfima da população pratica a religião, etc, etc. O fim está próximo, distando talvez em 5 ou 6 anos. Mas assim como ela é primeira no mal, o é também no bem. Considere-se que hoje 25% das ordenações francesas são de sacerdotes jovens que “fazem a escolha pelo rito tradicional”, isto considerando a tradição num sentido amplo, e não só a FSSPX. Agora, nesta pequena onda de volta ao normal, por assim dizer, é evidente que existem passos a serem dados uns depois dos outros, tal qual uma pessoa que, depois de sofrer um gravíssimo acidente, precisa fazer uma reabilitação progressiva. Poderíamos dizer que a missa nova (e a liturgia em geral) é a causa próxima do mal, já que “lex orandi lex credendi”, e assim uma corrosiva e desnaturada liturgia corresponde a um povo corroído e desnaturado (ou talvez poderíamos dizer des-sobrenaturalizado). Pois bem, a causa próxima do reestabelecimento da Igreja será sem dúvida a missa e todos os outros sacramentos dos quais e pelos quais flui a vida divina (eles são causa instrumental da graça).

Agora para dizê-lo sem rodeios, o Corpo Místico morre por falta de circulação da graça divina de um modo análogo ao corpo físico de qualquer ser vivo onde as veias já não transportam o sangue. O que o Motu Proprio Summorum Pontificum chama de “rito ordinário” da missa não pode ser considerado tal por razões seriíssimas, que podem ser reduzidas a uma só: a doutrina contida nela não forma parte do depósito da Revelação divina. Mas, será possível que uma missa (e a liturgia em geral) aprovada pela autoridade competente padeça deste defeito de base? É fato! Continuar lendo

A EFICÁCIA DO RITO “ORDINÁRIO”

ordinPelos padres do Priorado Padre Anchieta, FSSPX

Não são poucos os que insistem, talvez de boa-fé, que a missa nova é tão católica quanto a missa que chamamos tridentina, e isso se vê refletido no modo habitual de falar com a já conhecida expressão “rito ordinário-extraordinário”. Mas, como já se disse no artigo anterior sobre o tema, detrás da missa nova achamos uma outra teologia que não pertence ao depósito da revelação e que lhe é estanha; tal teologia é chamada pelos seus mesmos criadores de Mistério Pascal. Já não é possível negar a existência desta teologia posto que os mesmos papas, começando por Paulo VI até o atual a reconhecem abertamente e a consideram o primeiro princípio da liturgia. Como o MP não é uma idéia única, mas um sistema completo de pensamento, é necessário estudá-lo por partes à luz da doutrina católica para que aos poucos nos vá revelando seus secretos pensamentos.

Vamos agora tocar um ponto neurálgico do dito sistema, e que à sua vez é também centralicíssimo na missa católica e que é o modo como se realiza o sacrifício dentro dela. Ensina Pio XII: No altar há uma imolação incruenta “com sinais exteriores, que são signos de morte, já que, graças à‘transubstanciação’ do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Cristo, assim como está realmente presente seu Corpo, também o está seu Sangue; e dessa maneira as espécies eucarísticas, sob as quais Ele se acha no altar há uma imolação incruenta, simbolizam (figurant) a cruenta separação do Corpo e do Sangue” (DzH 3848). Todo católico sabe que o fato da transubstanciação ocorre por uma única razão: o poder sacerdotal conferido na ordenação dos Apóstolos na última ceia (fazei isto) e que, geração após geração, a Santa Igreja guardou e distribuiu aos que o mesmo Senhor chamava (vocação). Em resumidas contas: a missa é o que é por que tem sacerdote, e ponto final. Continuar lendo

PADRE DARIUSZ OKO RESPONDE AO ATAQUE CALUNIOSO DO “PADRE GAY” KRZYSZTOF CHARAMSA

SOBRE A REVELAÇÃO DE UM MONSENHOR VATICANO.

Por Toronto Catholic Witness | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com: Pe. Oko ganhou fama por seus escritos sobre a “homo-heresia”. Seu artigo “Com o Papa contra a homo-heresia” pode ser lido em Rorate Caeli. Lecionou e escreveu sobre a infiltração de homossexuais no sacerdócio. E os fatos provaram como ele está correto:

Dois anos atrás, o jornal católico polonês Fronda publicou um longo ensaio, o qual também foi publicado pela revista católica alemã Theologisches. O tema foi a “Homohäresie” e a existência de uma “máfia gay” operando dentro da Igreja Católica. O autor descreve a existência de uma rede de padres homossexuais em todos os níveis da hierarquia da Igreja, incluindo a Cúria Romana, que dão cobertura um ao outro….

Padre Dariusz Oko a respeito do Padre Charamsa: “em seu orgulho, ele se colocou acima da Igreja …”

Pe. Oko.

Pe. Oko.

Pergunta (Boguslaw Rapala): Padre Krzysztof Charamsa anunciou publicamente que é gay. E é você, Reverendo Padre Professor, que é o alvo dos ataques mais farpados por parte dele? Como o senhor reage a tudo isso? 

Pe. Dariusz Oko: Após o ataque contra mim, que foi lançado na quarta-feira (pelo jornal católico liberal Tygodnik Powszechny, ed. Barona), eu percebi que ele era gay e foi confirmado. Eu o adverti que ele poderia acabar como os padres Węcławski e Czajkowski e foi confirmado. Dá pra ver que ele nutre um ódio terrível contra mim e está vivenciando justamente o que ele atribui a mim. Mas, como cristão, eu o perdôo e oro por ele; eu convido-o a palestras e seminários. Posso ver nele sérios transtornos de personalidade, e que ele precisa de ajuda. Se ele precisa de um psiquiatra ou psicólogo, eu conheço alguns, e ele pode até mesmo ter o seu tratamento pago. Continuar lendo

INDICAÇÃO DE LEITURA: O RENO SE LANÇA NO TIBRE

reno_1De nada adianta discutir sobre um evento do porte do Concílio Vaticano II se não se conhece sua história. O autor deste livro é um padre que teve como papel estabelecer um Centro de Imprensa no Vaticano, durante o Concílio.

Acompanhando seu desenrolar, entrevistando os bispos, analisando documentos, cartas, regimentos, deixou-nos por escrito o que se pode chamar dos Bastidores do Concílio. Dentro deste contexto, o que mais impressionou ao autor foi a força do grupo de bispos da Europa Central, que se denominaram Aliança Européia, diante de pequenos grupos mais conservadores que tentavam segurar a avalanche de reformas e novidades. Uma leitura viva, apaixonante e que não deixará nossos leitores indiferentes. Prefácio de Dom Lourenço Fleichman OSB.

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INDICAÇÃO DE LEITURA: CATECISMO DA CRISE NA IGREJA

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Na crise atual, este livro é um verdadeiro compêndio das Verdades atacadas pelos erros modernos. Coloca em plena luz, de um modo particularmente esclarecedor, a posição que deve ser sustentada para se permanecer fiel à Igreja.

A apresentação sob forma de perguntas e respostas tem o mérito de tornar o raciocínio do autor facilmente acessível e de assim permitir, a todos, uma boa compreensão sobre a crise e sobre os seus remédios.

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RATZINGER NÃO PODIA “VENDER NEM COMPRAR”

Da coluna de Maurizio Blondet | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com – Um outro leitor, estimulado pelo mesmo artigo, me envia um blog com uma notícia digna de nota: http://sauraplesio.blogspot.it/2015/09/giallo-vaticano.html

Quando, em fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI renunciou de modo súbito e inexplicável, o IOR [conhecido como “Banco do Vaticano”] tinha sido excluído da rede SWIFT. Assim, todos os pagamentos do Vaticano se tornaram impossíveis e a Igreja foi tratada como um Estado-terrorista (secundum América) como o Irã. Era a ruína econômica, bem preparada por uma violenta campanha contra o IOR e que foi confirmada pela abertura de investigações criminais da justiça italiana (que nunca deixa de obedecer a certas ordens internacionais).

Poucos sabem o que é a SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication): em teoria, é uma “clearing house” (câmara de compensação) mundial que une 10500 bancos espalhados por 215 países. Na verdade, é o centro mais oculto e exclusivo do poder financeiro globalista-americano, o centro de resgate sobre o qual se apoia a hegemonia do dólar, o meio mais poderoso de espionagem econômica e política (em prejuízo especialmente de nós, europeus) e o meio mais temível com o qual a rede financeira global esmaga as pernas dos estados que não a obedecem.

O Banco Central do Irã, por exemplo, por pressão judaica, foi excluído da rede SWIFT em retaliação ao alegado programa nuclear. Isso significa que o Irã não pode mais vender seu petróleo em dólares, que seus cartões de crédito não valem no exterior, e que nenhuma transação financeira internacional pode ser conduzida por Teerã, exceto por dinheiro vivo e na clandestinidade, sob formas ilegais de acordo com a ordem internacional. Em 2014, o banco francês BNP Paribas foi condenado pela “justiça” a pagar (para os EUA) 8,8 milhões de dólares por ter ajudado Teerã a contornar o bloqueio da SWIFT. Continuar lendo

BOMBA: AS REUNIÕES SECRETAS PARA A ELEIÇÃO DE BERGOGLIO

Máfia eclesiástica.

A eleição de Jorge Bergoglio foi o fruto de reuniões secretas que cardeais e bispos, organizados por Carlo Maria Martini, mantiveram por anos em St. Gallen, Suíça. É o que revelam Jürgen Mettepenningen e Karim Schelkens, autores de uma biografia recém-publicada do cardeal belga Godfried Danneels, que chamou o grupo de cardeais e bispos de “Mafiaclub”.

Por Marco Tosatti, La Stampa, 24 de setembro de 2014 | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.comDanneels, segundo os autores, teria trabalhado por anos para preparar a eleição do papa Francisco, realizada em 2013. Ele próprio, além disso, em um vídeo gravado durante a apresentação do livro, em Bruxelas, admite ter feito parte de um clube secreto de cardeais que se opunham a Joseph Ratzinger. Rindo, ele o define como “um clube no estilo máfia que tinha o nome de St. Gallen”.

O grupo queria uma reforma drástica da Igreja, muito mais moderna e atual, com Jorge Bergoglio-Papa Francisco no comando, como depois veio a acontecer. Além de Danneels e Martini, segundo revelado no livro, faziam parte também do grupo o bispo holandês Adriaan Van Luyn, os cardeais alemãos Walter Kasper e Karl Lehman, o cardeal italiano Achille Silvestrini e o britânico Basil Hume, entre outros.

Assim escreve o jornal belga “Le Vif”: “Em 13 de março de 2013, um velho conhecido estava ao lado do novo Papa Francisco: Godfried Danneels. Oficialmente, ele estava lá como decano dos cardeais-presbíteros, mas, na realidade, trabalhou durante anos como o discreto criador do rei”.

Danneels foi convidado novamente pelo Papa Francisco para participar do Sínodo sobre a Família, a ser realizado em outubro, em Roma. Sua participação, no entanto, foi muito criticada. Ele havia tentado dissuadir uma vítima de abuso sexual de denunciar o autor, um bispo (tio da vítima), e, por esta razão, na época do Conclave em 2013, na Bélgica havia muitos que não queriam que ele participasse da eleição do novo Papa.

Além disso, as suas posições sobre o casamento gay e o aborto (de acordo com a revelação de dois parlamentares belgas, ele teria escrito pessoalmente ao Rei da Bélgica, exortando-o a assinar a lei [autorizando-os], com a qual ele [Danneels] concordava) não parecem em sintonia com o Magistério da Igreja. E até mesmo com o que o Papa Francisco afirma.

DECLARAÇÃO DO ANO DE 1974

“Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.

Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.

Todas estas reformas, com efeito, contribuíram, e continuam contribuindo, para a demolição da Igreja, a ruína do sacerdócio, a destruição do Sacrifício e dos Sacramentos, a desaparição da vida religiosa, e a implantação de um ensino naturalista e teilhardiano nas universidades, nos seminários e na catequese, um ensino surgido do liberalismo e do protestantismo, condenados múltiplas vezes pelo magistério solene da Igreja.

Nenhuma autoridade, nem sequer a mais alta na hierarquia, pode obrigar-nos a abandonar ou a diminuir a nossa fé católica, claramente expressa e professada pelo magistério da Igreja há dezenove séculos. Continuar lendo