O JUDAÍSMO RABÍNICO OU PÓS-CRISTÃO – PARTE 2/2

Judaísmo Rabínico. Historia de las Religiones . Biblioteca Virtual

Fonte: Fonte: Sì Sì No No, Ano XXXV n. 8 – Tradução: Dominus Est

1. Gênese do Talmud

Eugênio Zolli, ex-rabino-chefe de Roma e convertido ao catolicismo define o Talmud como “grande corpus da tradição rabínica”[1].

Riccardo Calimani, um israelita, escreve: “Uma crença rabínica, que ao longo do tempo se espalhou cada vez mais e se tornou oficial, chegou ao ponto de sustentar que Moisés tinha recebido a Torá [=Lei] total no Monte Sinai, tanto na forma escrita: Torá ou Pentateuco, e na forma oral, Mishná. Foi transmitida a Josué e dele aos mais velhos e depois, aos poucos […], foi confiada à memória dos homens que o escreveram fisicamente. Nesta nova luz, a Mishná […] adquire, como lei oral transcrita depois da Revelação no Sinai, enorme importância […]. Não é de surpreender, portanto, que tenham surgido inúmeros comentários […]. Os amoraim (literalmente: relatores) eram aqueles mestres que, aproximadamente entre os séculos III e V [d. C.], sucederam aos tannaim (repetidores, professores, do século I ao III) e deram vida a um grande comentário chamado Guemará que, somado à Mishná, tomou o nome de Talmud. A escola palestina produziu o Talmud de Jerusalém, e a da Babilônia o Talmud Babli, considerado o mais importante e concluído no século VI [d. C.]”[2].

São João Bosco, por sua vez, (Storia sacra, Turim, SEI, IX ed., 1950), explica: “O Talmud é o corpo da doutrina judaica que abrange a religião, as leis e os costumes dos judeus. Existem dois deles: o de Jerusalém, composto pelos rabinos dessa cidade por volta do ano 200 d.C., em favor dos judeus que viviam na Judéia; e o da Babilônia, composto nessa cidade cerca de 200 anos depois do primeiro, para uso dos judeus que viviam além do Eufrates. […]

A) Mishná: código de direito eclesiástico e civil dos judeus. Esta palavra significa “repetição da lei” ou “segunda lei”. Os judeus acreditam que, além da Lei escrita, Moisés recebeu outras leis no Monte Sinai que ele comunicou oralmente e que foram preservadas entre os doutores na Sinagoga até a época do famoso rabino Judas, o Santo, que escreveu a Mishná no ano 180 d.C. Nada mais é do que a coleção de ritos e leis orais dos judeus; Continuar lendo

O JUDAÍSMO RABÍNICO OU PÓS-CRISTÃO – PARTE 1/2

Judaísmo Rabínico. Historia de las Religiones . Biblioteca Virtual

Fonte: Sì Sì No No, Ano XXXV n. 7 – Tradução: Dominus Est

Um leitor nos pediu uma introdução ao judaísmo talmúdico ou “pós-bíblico”, ao qual aludimos muitas vezes, desde um ponto de vista puramente teológico, sem adentrarmos nas consequências sociais e econômicas disso. Faremos um breve resumo, esperando fazer algo útil aos católicos que hoje estão desorientados pelo pró-judaísmo dos modernistas, que (a partir da declaração Nostra aetate) camuflam a verdadeira natureza do judaísmo atual.

1. Judaísmo do Antigo Testamento e judaísmo pós-cristão

Eugenio Zolli (o antigo rabino-chefe de Roma que se converteu ao catolicismo) escreve: “O povo judeu, que tinha sido o veículo da Revelação quando esta se apresentou na sua plenitude com Cristo e os apóstolos, rejeitou-a, pelo menos na maior parte de seus membros, e colocou-se assim fora da Igreja […]. A orientação geral [do judaísmo] tornou-se anacrônica. Porquanto, enquanto a Igreja está inteiramente voltada para Aquele que já veio para redimir e salvar [Jesus Cristo], o judaísmo debruçou-se sobre uma expectativa puramente vã. O judaísmo pós-bíblico […] considera-se [ainda] um povo eleito e em relação de aliança com Deus”[1].

Monsenhor Francesco Spadafora explica as causas da rejeição de Cristo e de sua Igreja: depois da heroica insurreição liderada pelos Macabeus contra Antíoco Epifânio (175 a.C.), começaram os acontecimentos habituais de uma dinastia, a dos asmoneus, cujas disputas “levaram […] à intervenção de Roma (63 a.C.) e à chegada ao trono de Judá de um feroz idumeu, Herodes, sob a tutela de César. Nesses dois séculos (de 175 a.C. até à vinda de Jesus) formaram-se os grupos e instituições que encontramos no tempo de N. Senhor: fariseus, saduceus, essênios, Sinédrio, sinagogas, etc., e principalmente a concepção estreita de um messianismo nacionalista, com a exclusão dos gentios da salvação […]. O puritanismo dos fariseus e a intransigência altiva e cética do Sinédrio opor-se-ão ao divino Salvador, aos Apóstolos e à Igreja nascente. O trágico desvio do judaísmo terá o seu fim e o seu castigo na destruição de Jerusalém (70 d.C.)”[2]. Continuar lendo

ORDENAÇÃO AO SACERDÓCIO DE MAIS UM BRASILEIRO NO SEMINÁRIO NOSSA SENHORA CORREDENTORA, EM LA REJA (ARG) – 2023

ORDENAÇÕES AO DIACONATO E SACERDÓCIO

No sábado, 16 de dezembro, ocorreu a “cerimônia maior” do Seminário: as Ordenações ao Diaconato e ao Sacerdócio.

Na Missa Pontifical, que começou às 9:30h, horário local, D Bernard Fellay conferiu as duas últimas Ordens Maiores a um total de 7 candidatos, sendo:

– 3 seminaristas do 5º ano receberam a Ordem do Diaconato (1 argentino e 2 australianos );

– 4 diáconos (6º ano) receberam o Sacerdócio: 2 argentinos (Santiago Calderón, de Mendoza; e Jaime Mayol, de Tornquist), 1 brasileiro (Rafael Dantas), e 1 filipino (Rafael Faustino, de Marina City).

Trinta e três padres estiveram presentes durante a cerimônia e impuseram as mãos, depois do Bispo, sobre os novos padres.

Em seu sermão, Sua Excelência elogiou a grandeza do sacerdócio como participação no sacerdócio de Cristo e insistiu na função do sacerdote como instrumento das mãos de Deus para a difusão da graça nas almas. Neste tempo de Advento, deu o exemplo da disposição da Virgem que com seu Fiat nos convida à docilidade para com aqueles ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus.

Com esta bela cerimônia, praticamente termina este ano letivo, com o belo fruto que constitui a própria finalidade do Seminário: a de dar bons e santos sacerdotes à Igreja através da nossa querida Congregação, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

Rezemos, então, fervorosamente, sobretudo pelos 4 novos sacerdotes, que, em breve, iniciarão o seu apostolado, pedindo aos Corações de Jesus e de Maria que todas as graças que passam por suas mãos se tornem sementes fecundas para o bem das almas.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO: O TESTEMUNHO DE SÃO JOÃO BATISTA E A MODÉSTIA CRISTÃ

Imagem relacionadaAcesse a leitura clicando na imagem.

Você pode acompanhar diariamente as Meditações de Santo Afonso em nossa página exclusiva no blog clique aquipelo nossa página no Facebook ou por nosso Canal no Telegram

CEMITÉRIO DE FETOS NO VIETNÃ: ABORTO COMO MEIO DE CONTRACEPÇÃO E SELEÇÃO DO SEXO DA CRIANÇA

Vietnam cimetière de foetus

Muitas comunidades católicas vietnamitas mantêm cemitérios chamados “jardins dos anjos” para o enterro digno de crianças não nascidas.

Fonte: Medias Presse Info – Tradução: Dominus Est

Poucos países no mundo realizam tantos abortos como no Vietnã. Em um cemitério de fetos, eles são enterrados para o repouso final. Quase todos são meninas.

O maior cemitério de fetos do mundo está localizado no norte do Vietnã, nos arredores de Hanói, em Soc Son: é o cemitério Doi Coc.

Neste país comunista, interromper uma gravidez nunca foi um tabu.

De acordo com estatísticas governamentais, 500.000 abortos são realizados todos os anos para 2,4 milhões de gestações: um horror institucionalizado em grande escala!

Como não existe uma monitorização sistemática, pode haver mais meio milhão de abortos não contabilizados pelas estatísticas oficiais. Isto elevaria os números para um milhão de abortos, tornando essa a taxa a mais elevada do mundo, segundo a ONG Alan Guttmacher Institute.

Por sua vez, a Associação Nacional de Planeamento Familiar (VINAFPA) estima entre 1,2 e 1,6 milhões de abortos por anop num país que tem cerca de 98 milhões de habitantes. Para efeito de comparação, 104.000 casos foram notificados na Alemanha no ano passado. Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 18 – EXEMPLOS DE PACIÊNCIA – A PACIÊNCIA DAS ALMAS SANTAS

Sufrágio das Almas do Purgatório: uma obra de Caridade

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

No Purgatório o sofrimento é mais intenso que qualquer sofrimento da vida presente e há maior necessidade de paciência para suportá-lo. Mas as Almas Santas têm suas vontades em perfeita conformidade com a vontade de Deus, e não podem ser outra coisa além de pacientes em meio aos seus tormentos.

Elas não se rebelam e não podem se rebelar, mas a sua submissão não remove a amargura da sua tristeza incessante, pois pensam como teria sido relativamente fácil para elas evitar, enquanto ainda na terra, sua angústia atual, por meio de uma maior fidelidade à graça e unindo suas ações e sofrimentos às ações e sofrimentos do Divino Filho de Deus.

Se pudéssemos antecipar esses sofrimentos com uma apreciação de como eles são, quão pacientes deveríamos ser agora! Deveríamos considerar um privilégio sofrer agora como a melhor maneira de evitar a agonia daquele fogo que será aceso pela ira de Deus e que, de alguma forma, corresponderá à nossa ingratidão e infidelidade ao nosso Rei e Benfeitor. Continuar lendo

PORQUE A IGREJA DEVE SOFRER?

A PAIXÃO DA IGREJA – SERMÃO DE D. LEFEBVRE EM 29 DE JUNHO DE 1982 | DOMINUS  EST

Fonte: SSPX Great Britain – Tradução: Dominus Est

A Igreja está desfigurada pelo Concílio

A revolução que começou com o Concílio Vaticano II desfigurou progressivamente a Igreja de Cristo ao longo dos últimos 60 anos, a ponto dela ser quase irreconhecível em suas quatro marcas (veja aqui o post A IGREJA E AS QUATRO NOTAS).

Desde o encerramento do Concílio, em 1965, a influência e a extensão da Igreja no mundo estão tão reduzidas que muitos preveem que ela estará praticamente extinta dentro de uma geração ou pouco mais. Se a Igreja fosse uma instituição puramente humana, provavelmente seria esse o caso, mas a Igreja Católica é humana… e divina.

Composta por homens, ela é humana e, portanto, mortal. Animada enquanto corporação pela Vida Divina, ela é divina e viverá para sempre.

A Igreja, portanto, não pode morrer. Mas, por que deve sofrer?

O Corpo Místico de Cristo

Para responder a esta questão, devemos compreender a natureza da face divina da Igreja: Nosso Senhor revela a verdade dessa face divina, mais claramente no discurso da Última Ceia: Continuar lendo

8 DE DEZEMBRO: FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

ima6Clique na imagem acima para ler a Bula Ineffabilis Deus, de S.S. Pio IX, que definiu em 8 de dezembro de 1854, o Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

E abaixo colocamos dois sermões: um do do Pe. Carlos Mestre, FSSPX, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, em 2018 e outro do Pe. Samuel Bon, FSSPX, pela mesma Festa em 2019.

ANTES DA PACHAMAMA: MAGIA, RITOS VODU E AQUELA ESTRANHA VIAGEM DE JOÃO PAULO II

Antes da Pachamama era: magia, ritos de vodu e aquela estranha viagem de João Paulo II.

Temos o prazer de oferecer aos leitores este importante trecho do  Golpe na Igreja. Documentos e crônicas sobre a subversão: das primeiras maquinações ao Papado de transição, do Grupo do Reno ao presente  (D. Andrea Mancinella, prefácio de D. Curzio Nitoglia, posfácio de Aldo Maria Valli).

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

[…] 4 de fevereiro de 1993: João Paulo II, durante a sua visita ao Benin (África), encontra-se com feiticeiros Vodu e, entre outras coisas, diz-lhes: “A Igreja […] deseja estabelecer relações positivas e construtivas com grupos humanos de diferentes crenças com vistas ao enriquecimento mútuo. O Concílio Vaticano II […] reconheceu que, nas diferentes tradições religiosas, há verdade e bem, sementes do Verbo […]”. “É legítimo agradecer aos ancestrais (do rito vodu) que transmitiram o sentido do sagrado, a fé em um Deus único e bom, o gosto pela celebração, a estima pela vida moral e a harmonia na sociedade” (1).

João Paulo II cumprimentando dois feiticeiros vodu

Desta vez, deixamos o comentário ao  Corriere della Sera, o jornal milanês ultra-laicista: “Confirmando sua disposição de dialogar, precisamente sem exclusões, João Paulo II se encontrará com sacerdotes e sacerdotisas do culto Vodu , os misteriosos adoradores do bezerro de ouro e da serpente Damballa, por ocasião da sua 10ª viagem à África. O programa, publicado ontem, anuncia um encontro em Cotonou, Benin, com os adoradores deste antigo culto, que se expressa por meio de sacrifícios de animais, manifestações de magia branca e negra, danças selvagens propiciatórias de bruxas e feiticeiros. Do Benin, do outro lado do oceano, o culto  do vodu  se enraizou especialmente no Haiti, onde se dança a erótica banda […]. Se tiverem que oferecer presentes, os sacerdotes  vodu  oferecem objetos anti-mau olhado, às vezes embaraçosos, para serem expostos na porta das casas. Os mercados de bruxas de Cotonou estão cheios delas. De acordo com muitos ocidentais,  os feitiços  e contra-feitiços vodu são muito eficazes. O Pontífice permanecerá no Benin de 3 a 5 de fevereiro”(2). […]

(1)  Doc. Cath. 21 de março de 1993; cfr OR , 6 de fevereiro de 1993; et: https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/it/speeches/1993/february/documents/hf_jp-ii_spe_19930204_vodu-cotonou.html

(2)  Corriere della Sera , 17 de janeiro de 1993, p. 15.

MEDITAÇÕES PARA O TEMPO DO ADVENTO

Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo - Imagens, ícones, fotos, pinturas,  vitrais

Clique nos links abaixo para ler os textos do Pe. D. Mézard, retiradas das obras de Santo Tomás

A IMENSIDÃO DO AMOR DE DEUS

A CONVENIÊNCIA DA ENCARNAÇÃO

DA NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO – PARTE 1

DA NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO – PARTE 2

DA NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO QUANTO À SATISFAÇÃO SUFICIENTE PELO PECADO

NESSE ADVENTO, UMA BELÍSSIMA MÚSICA, NA PREPARAÇÃO PARA O NATAL DE NOSSO SENHOR

Derramai, ó Céus, das alturas, o seu orvalho, e as nuvens chovam o Justo

Não vos irriteis, Senhor, e não recordeis nossas iniqüidades.
Eis que sua Cidade Santa foi feita um deserto:
Sião um deserto tounou-se, Jerusalém está desolada; 
a casa de Sua santificação e de Sua glória, onde Vos louvaram nossos pais.

Derramai, ó Céus, das alturas, o seu orvalho, e as nuvens chovam o Justo

Pecamos, e estamos vivendo como imundos,
caímos nas profundezas, como uma folha morta no universo
e nossas iniqüidades nos arrastam como um vento forte:
escondeste Vossa face de nós e nos aquebrantastes com o peso de nossa própria iniqüidade.

Derramai, ó Céus, das alturas, o seu orvalho, e as nuvens chovam o Justo

Vede, Senhor, a aflição de seu povo, 
e mandai rapidamente Aquele que está para vir:
enviai diante de nós o Cordeiro, Senhor de toda a Terra, da Rocha do deserto aos Montes das filhas de Sião,
e retirai o severo jugo de nossa sujeição.

Derramai, ó Céus, das alturas, o seu orvalho, e as nuvens chovam o Justo

Consolai-vos, Consolai-vos, Ó Meu povo, pois que vem tua Salvação.
Por que estais se consumindo em aflição, por que vos renovais em sua dor? 
Eu salvar-te-ei, não tenhais medo: Eu Sou o Senhor teu Deus,
o Santo de Israel, o teu Redentor.

Derramai, ó Céus, das alturas, o seu orvalho, e as nuvens chovam o Justo!

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – DEZEMBRO/23

Aborto: o que é, fatores de risco, tipos - Biologia Net

Já há séculos que duas cidades entraram em conflito: a cidade de Deus e a cidade de Satanás; a cidade do Bem e a cidade do Mal; uma é a cidade da vida, a outra é a da morte. A luta é terrível, mas sabemos que a cidade de Deus triunfará no final. Nesse meio tempo, vitórias e derrotas se alternam em ambos os lados. E nossa época vive sob o jugo dos inimigos de Deus. Quando recua o reino de Deus, também recua o reino da caridade; ambos são idênticos. O reinado da força bruta está se impondo, e não é bom ser fraco. A cultura da morte que está se espalhando ataca os mais fracos. As crianças, os doentes e os idosos sempre foram objeto da proteção maternal da Igreja. Sem ela, eles estão abandonados aos carrascos. O aborto e a eutanásia são os dogmas do mundo sem Deus. Eles deixam pouca chance de sobrevivência.

Em um artigo de setembro, a Anistia Internacional (uma ONG que promove a defesa dos ditos direitos humanos e faz campanha especificamente para a abolição de todas as leis contra o aborto) publicou a seguinte manchete: “O Brasil pode ser o próximo país a dar um passo à frente na garantia do direito ao aborto”. Na cidade de Satanás, a morte é um progresso e o aborto é um direito; aqueles que se opõem a ele são “atores anti-direitos”. Para os discípulos do Príncipe das Trevas, os direitos humanos tomam o lugar dos direitos de Deus. Para nós, prevalece a lei de Deus: “Não matarás”. Esse preceito se aplica naturalmente aos inocentes. Deus nunca proibiu a autodefesa, seja ela pessoal ou pública (guerra e pena de morte). O essencial é exercê-la com justiça e prudência. O inocente pode até ser sacrificado indiretamente. Um piloto de guerra pode destruir uma ponte mesmo que haja pessoas inocentes nela. Uma mulher grávida pode salvar sua vida tomando um medicamento que terá o efeito colateral de matar seu filho. Esses casos específicos são autorizados somente se o efeito principal for bom, se o efeito ruim for secundário e indireto, e não for a intenção principal da pessoa que o causou. Por outro lado, matar diretamente uma pessoa inocente é sempre gravemente ilícito. Por exemplo, não se pode matar diretamente uma criança para salvar sua mãe. Se pode optar por salvar um ou outro. Nenhum dos dois pode ser morto diretamente. Continuar lendo

A COMUNHÃO AOS DOENTES

A Eucaristia chega àqueles que não podem ir a ela. 

A visita domiciliar do padre proporciona verdadeiro conforto moral e espiritual aos doentes.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Frequente nos primeiros séculos do Cristianismo, a prática da comunhão sacramental evoluiu largamente ao longo do tempo antes de encontrar nova relevância com o Papa São Pio X.

Nos séculos VII e VIII, tanto no Ocidente como no Oriente, os cristãos mais praticantes limitavam-se em comungar três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e no Natal. Em 1215, o IV Concílio de Latrão chegou a impor a obrigação da confissão anual e da comunhão pascal. É compreensível que, nessas condições, os indivíduos saudáveis se absterem de comungar, apenas os moribundos recebiam o viático.

Na França, durante o renascimento espiritual e pastoral que marcou o século XVII, o conforto moral dos enfermos tornou-se prioridade à comunidade paroquial. O Ritual, promulgado pelo Papa Paulo V em 1614, oferecia uma forma litúrgica bem desenvolvida para a visita aos enfermos. Os padres tinham a preocupação de permitir-lhes comungar pelo menos na Páscoa, mas nas paróquias mais observadoras prevalecia o costume de visitar metodicamente todos os doentes, três ou quatro vezes por ano, raramente mais, para confessá-los e dar-lhes a Eucaristia. Como o Ritual nos lembra (título 4, capítulo 4, nº 3), o pároco deve exortar os doentes a receberem a Sagrada Comunhão, especialmente nas proximidades de uma grande Festa, e não deve se recusar a cumprir ele mesmo esse serviço. Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 17 – EXEMPLOS DE PACIÊNCIA – A PACIÊNCIA DOS ANJOS

A importância de rezar para o Anjo da Guarda

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

A paciência é uma virtude angelical, assim como a pureza. A paciência de nossos Anjos da Guarda, por vezes, deve ser duramente testada. Oh, quantas vezes eles dão conselhos que não são ouvidos, e sussurram mensagens de Deus no ouvido de seus protegidos, mas falam a ouvidos que são deliberadamente surdos! Quantas vezes nos advertem, mas negligenciamos suas advertências! Quão pouco lhes damos atenção e quão ingratos somos para com eles por todo o seu cuidado! Mesmo quando rezamos, e em resposta à nossa oração, o nosso Anjo da Guarda nos indica o que Deus deseja que façamos, muitas vezes nos afastamos e seguimos nossas próprias inclinações perversas. Não temos feito isso com frequência?

Não há nada mais desgastante para a paciência daqueles que têm naturezas energéticas ativas do que ser continuamente frustrados, falhar devido à obstinação, estupidez e voluntariedade dos outros, ver seus planos falharem sem qualquer culpa própria. Qual pode ser o efeito sobre os Anjos da Guarda quando um plano após outro que eles elaboram para o nosso bem fracassa, e quando frustramos seus esforços e tornamos todos eles infrutíferos, quando jogamos fora graça após graça, sabendo que essas graças nunca retornarão? Isso não é suficiente para fazê-los renunciar seus protegidos com desgosto?

No entanto, sua caridade e paciência nunca falham. Quando negligenciamos uma graça, eles obtêm outra para nós. Quando fazemos o que ofende a Deus, eles rezam ainda mais. Incansavelmente, eles planejam meios para nos trazer à razão e nunca desistem de seus esforços enquanto a vida durar. Eles são, portanto, nosso modelo para lidar com pecadores perversos; nunca desanimar ou se abater pelo fracasso, mas ir até o fim trabalhando e rezando pacientemente.