A EUCARISTIA DIMINUI A CONCUPISCÊNCIA

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

A Eucaristia tem por efeito conservarmos livres e puros de todo pecado. É um antídoto celeste que nos impede de sermos contaminados e corrompidos pelo veneno mortal de más paixões e, em particular, da concupiscência. É o pão dos virgens.

Por esta razão, há de recomendar muito a comunhão às pessoas de hoje, bem como aos esposos que tem dificuldades para permanecerem fiéis à lei de Deus no âmbito conjugal. (…)

A Eucaristia é o remédio. Em outros tempos, as pessoas comungavam muito. Os cristãos se alimentavam da Eucaristia, pois é um remédio específico para diminuir nossa concupiscência. Na Eucaristia recebemos em nós o autor de toda a graça, aquele que precisamente é  contrário ao pecado e à concupiscência: Nosso Senhor Jesus Cristo.

Na medida em que nos alimentamos de Nosso Senhor Jesus Cristo com as disposições necessárias, o fogo da concupiscência diminui, e as almas permanecem em paz e não se sentem atormentados sempre por estes problemas. A Eucaristia reprime as más inclinações da carne; porque, incendiando cada vez as mais almas no fogo da caridade, forçosamente tem que apagar os ardores da concupiscência.

+ Dom Marcel Lefebvre

A “BRINCADEIRA COMEÇOU SÉRIA”: CORO DA CAPELA SISTINA NA IGREJA DE LUTERO

Fonte: SSPX USA – Tradução: Dominus Est

No dia 18 de Maio de 2016, o coro da Capela Sistina, fundada há 1600 anos pelo Papa São Gregório, o Grande, apresentou um concerto em Wittenberg, norte da Alemanha, na igreja de Martinho Lutero (1483-1546). No contexto dos 500 anos da Reforma, em 2017, a presença do coro da Basílica de São Pedro em Roma, na Igreja de St. Mary onde Lutero pregou, assume um aspecto musical “ecumênico”.

A Reforma data do dia em que Martinho Lutero apresentou as 95 teses ao arcebispo de Mainz, em protesto contra a Igreja Católica, colocando-as na porta da igreja de Wittenberg, em 31 de Outubro de 1517. Ao fim da Semana de Oração pela Unidade dos cristãos, em 25 de Janeiro de 2016, a Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou que o Papa Francisco viajaria para a Suécia em outubro de 2016, a fim de participar de uma celebração ecumênica pelo aniversário da reforma protestante. Em 31 de outubro, na cidade de Lund, na Suécia, onde a Federação Mundial Luterana foi fundada em 1947, o Papa participará de uma celebração conjunta organizada pela Igreja Luterana da Suécia e da Diocese Católica de Estocolmo, um ano antes do dia do aniversário do início da Reforma lançada por Martinho Lutero.

No entanto, “nós católicos não temos motivo para comemorar o dia 31 de outubro de 1517, a data considerada como de início da Reforma, que resultou na ruptura do cristianismo ocidental“, segundo o cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em uma entrevista em formato de livro chamada Entrevista sobre a esperança. Diálogo com o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, publicado em março de 2016 pela Biblioteca de Autores Cristianos (BAC), da Espanha. O cardeal alemão recorda que:

“…Se estamos convencidos de que a revelação divina está preservada inteira e inalterada na Escritura e na Tradição, na doutrina da Fé, nos sacramentos, na constituição hierárquica da Igreja por direito divino, fundada no sacramento da Santa Ordem, então não podemos aceitar que há razões suficientes existentes para separar-se da Igreja “.

REINO UNIDO: SIM AOS ANÚNCIOS MUÇULMANOS, NÃO AOS CRISTÃOS

islam_in_ukFonte: Corrispondenza Romana – Tradução: Dominus Est

Outrora dizia-se ” ad maiorem Dei gloriam ” –  para a maior glória de Deus. Hoje não, hoje existem aqueles que preferem “Subhan Allah” – “Glória à Alá”, em árabe. E isso não se trata da mesma coisa …

Esse é o novo golpe publicitário, afixade em 640 ônibus de Londres, Manchester, Birmingham e Bradford, do final de maio até o início de julho, por ocasião do Ramadã. Constatou-se que isso – admite o Times – certamente provoca perplexidade entre os cristãos e não cristãos. Também porque surge apenas alguns dias após a eleição do muçulmano Sadiq como prefeito de Londres, cidade onde já vivem mais de 3 milhões de cidadãos muçulmanos. Resumindo, a sensação é de que possa se tratar de uma manobra de aproximação, de uma tática progressiva de afirmação sobre o território, de uma remodelação da mídia em grande escala.

A iniciativa foi promovida pela ONG muçulamana Islamic Relief, aparentemente para persuadir a opinião publica a fazerem ofertas em favor dos refugiados sírios. Tecnicamente, nada a dizer, é possível. O regulamento da Tfl-Transport for London, de fato, proíbe expressamente apenas as mensagens relacionadas a um partido político, e não as de fundo religioso. Mas muitos se perguntam por que, mais uma vez, estamos diante de dois pesos e duas medidas.

O motivo é muito simples: em dezembro foi expressamente proibida a difusão no cinema da capital de um vídeo promocional de um minuto, que queria dar a conhecer o site cristão JustPray e incentivar os britânicos a rezarem. Aos muçulmanos, no entanto, tudo parece ser concedido, tudo parece devido. Muitos consideram tal diferença de tratamento injusta e discriminatória.
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NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – SEXTO DIA

sag4Coração misericordioso de Jesus.

Misericordia eius a progenie in progenies timentibus eum – “A sua misericórdia se estende de geração a geração, sobre os que o temem” (Luc. 1, 50).

Sumário. Onde poderemos encontrar um coração mais terno que o Coração de Jesus, um coração que se compadeça mais de nossas misérias? É movido por esta misericórdia que baixou do céu à terra para nos buscar, suas ovelhas desgarradas; agora ainda sempre nos convida a que voltemos a ele, e promete que se esquecerá de todas as injúrias recebidas. Não tardemos, pois, a nos lançar nos braços de tão amoroso Pai; peçamos-Lhe perdão das ingratidões passadas e façamos o protesto que nunca jamais d’Ele nos afastaremos.

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Onde poderíamos achar um coração mais terno e misericordioso do que o Coração de Jesus, um coração que se tenha compadecido mais das nossas misérias? A sua misericórdia fê-lo baixar do céu à terra; fê-lo dizer que era Ele o bom Pastor vindo a dar a vida pelas suas ovelhas. Para nos obter o perdão, a nós, pecadores, não perdoou a si mesmo e quis sacrificar-se sobre a cruz, afim de sofrer Ele mesmo o castigo que nós tínhamos merecido. Continuar lendo

COMO SE DEVE EVITAR O JUÍZO TEMERÁRIO

abcRelanceia sobre ti o olhar e guarda-te de julgar as ações alheias. Quem julga os demais perde o trabalho, quase sempre se engana e facilmente peca; mas, examinando-se e julgando-se a si mesmo, trabalha sempre com proveito. De ordinário, julgamos as coisas segundo a inclinação do nosso coração, pois o amor-próprio facilmente nos altera a retidão do juízo. Se Deus fora sempre o único objetivo dos nossos desejos, não nos perturbaria tão facilmente qualquer oposição ao nosso parecer.

Muitas vezes existe, dentro ou fora de nós, alguma coisa que nos atrai e em nós influi. Muitos buscam secretamente a si mesmos em suas ações, e não o percebem. Parecem até gozar de boa paz, enquanto as coisas correm à medida de seus desejos; mas, se de outra sorte sucede, logo se inquietam e entristecem. Da discrepância de pareceres e opiniões freqüentemente nascem discórdias entre amigos e vizinhos, entre religiosos e pessoas piedosas.

É custoso perder um costume inveterado, e ninguém renuncia, de boa mente, a seu modo de ver. Se mais confias em tua razão e talento que na graça de Jesus Cristo, só raras vezes e tarde serás iluminado; pois Deus quer que nos sujeitemos perfeitamente a ele e que nos elevemos acima de toda razão humana, inflamados do seu amor.

Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – QUINTO DIA

sagraCoração aflito de Jesus.

TristIs est anima mea usque ad mortem – “Minha alma está triste até a morte” (Marc. 14, 34).

Sumário. A dor mais cruciante que afligiu o Coração de Jesus no correr de toda a sua vida, não foi a previsão dos tormentos e ultrajes que o esperavam, mas sim a previsão da ingratidão dos homens e dos ultrajes que lhe haviam de fazer no Sacramento de seu amor, na Santíssima Eucaristia. Ó Deus! Se nós temos cometido pecados, temos igualmente cooperado para afligir o Coração amabilíssimo de Jesus. Peçamos-Lhe ao menos perdão e tomemos a resolução de O amarmos com tanto mais ardor para o futuro.

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I. É impossível considerar a grandeza da aflição do Coração de Jesus nesta terra pelo amor dos homens e não nos compadecermos dele. Jesus Cristo mesmo nos faz saber que seu Coração chegou a tal auge de tristeza, que esta só fora suficiente para lhe tirar a vida e fazê-Lo morrer de pura dor, se o poder divino não tivesse por um milagre impedido a morte. Tristis est anima mea usque ad mortem – “Minha alma está triste até a morte“.

A dor mais cruciante que tanto afligiu o Coração de Jesus, não foi a previsão dos tormentos e opróbrios que os homens Lhe preparavam, mas sim a previsão da ingratidão deles para com o seu amor imenso. Jesus previu distintamente todos os pecados que nós havíamos de cometer, depois de tantos sofrimentos seus e de uma morte tão amargosa e ignominiosa. Previu em particular as injúrias horrorosas que os homens haviam de infligir a seu adorável Coração, que lhes queria deixar no Santíssimo Sacramento, como penhor de afeto. Continuar lendo

CATARINA ROGA PELO MUNDO

cata2Então aumentou o conhecimento daquela serva. Imensamente alegre e confortada, colocou-se diante da majestade de Deus com muita esperança na misericórdia divina. Seu amor era inexprimível, pois via que o Senhor estava disposto a perdoar aos homens em sua bondade. Embora se comportasse eles como inimigos, Deus providenciara o instrumento e o modo pelo qual seus servidores iriam cativar sua benevolência e aplacar sua ira. Sentindo Deus a seu lado, aquela serva se alegrava, não temendo as perseguições do mundo. A chama do amor cresceu tanto , que ela se sentia não realizada; era com confiança, porém, que implorava pelo mundo.

Embora já estivesse contido na segunda petição o pedido da felicidade e bem-estar dos cristãos e não-cristãos, assim mesmo ela estendia sua prece em prol do mundo inteiro, conforme a inspiração do próprio Deus. Ela clamava:

– Deus eterno! misericórdia para com tuas criaturas. Tu és o bom Pastor. Não demores em ter piedade do mundo. Parece que os homens não estão mais unidos a ti, Verdade eterna. Nem mesmo entre si, pois não se amam com uma caridade baseada em ti.

O Diálogo – Santa Catarina de Sena  

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – QUARTO DIA

sag3Coração de Jesus, suspirando por ser amado.

Ecce, sto ad ostium et pulso: si quis… aperuerit mihi ianuam, intrabo ad illum – “Eis que estou à porta e bato; se alguém… me abrir a porta, entrarei em sua casa” (Apoc. 3, 20).

Sumário. Jesus não precisa de nós; com ou sem o nosso amor é Ele igualmente feliz, rico e poderoso. Mas, porque nos ama, acha as suas delícias em conversar com os filhos dos homens e deseja tanto ser de nós amado, como se o homem lhe fosse Deus e a sua felicidade dependesse da do homem. Que monstruosa seria, pois, a nossa ingratidão, se não procurássemos satisfazer os desejos desse Coração amabilíssimo! Que contas teríamos de lhe dar um dia no tribunal divino!

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Jesus não precisa de nós; com ou sem o nosso amor é Ele igualmente feliz, rico e poderoso. Todavia, diz Santo Tomás, porque Jesus Cristo nos ama, Ele deseja tanto o nosso amor, como se o homem lhe fosse Deus e a sua felicidade dependesse da do homem. É o que pasmava ao santo Jó que dizia: Quid est homo, quia magnificas eum: aut quid apponis erga eum cor tuum? (1) – “Que é o homem para o engrandeceres? E porque pões sobre ele o teu coração?” Como? Um Deus desejar e pedir com tamanha instância o amor de um verme! Continuar lendo

PEREGRINAÇÃO DA FSSPX À NAGASAKI E AKITA (JAPÃO) – 2016

Fonte: FSSPX Ásia – Tradução: Dominus Est

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A peregrinação anual de fiéis da Ásia para Akita, Japão aconteceu de 29 abril à 8 maio de 2016. Este ano, os peregrinos também visitaram Nagasaki – a cidade onde São Maximiliano fundou Cidade de Imaculada (Mugenzai no Sono).

Fiéis do Japão, Singapura, Filipinas, Austrália, Malásia, EUA, Alemanha, Suíça e Polónia (o grupo inteiro contava com aproximadamente 100 pessoas) participaram da peregrinação.

Três sacerdotes atenderam às necessidades espirituais dos peregrinos durante esta peregrinação; Pe. Karl Stehlin – Superior do Distrito da Ásia; Pe. Thomas Onoda – Prior em Manila (Filipinas) e padre missionário no Japão; Pe. Peter Fortin – Diretor da Escola Primária e de Ensino Médio em Manila (Filipinas).

A peregrinação começou em Nagasaki. Cada dia da peregrinação iniciava-se com uma Missa solene. A Santa Missa era celebrada pelo Padre Karl Stehlin, Superior do Distrito da Ásia. Após a Santa Missa diária, o padre Karl Stehlin fazia uma conferência. Cada conferência era uma boa preparação espiritual para peregrinos que visitam locais de martírio em Nagasaki e lugares onde São Maximiliano Maria Kolbe pregou.

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Nagasaki – “Pequena Roma”

Quando Colombo chegou às Américas, em 1492, Portugal estabeleceu uma nova rota para a Ásia através do Cabo da Boa Esperança, na costa sul da África. No início do século 16 Portugal havia estabelecido entrepostos comerciais em Goa, Malaca e Macau e em 1543 o Japão teve o seu primeiro contato direto com o Ocidente quando um navio Português saiu de seu curso normal e desembarcou na Ilha de Tanegashima.

Francisco  Xavier, um dos co-fundadores da Companhia de Jesus, ouviu falar sobre a ilha recém-descoberta do Japão e de seu povo com uma grande curiosodade nos novos conceitos de Anjiro, um japonês que ele encontrou em Malaca e decidiu iniciar uma missão no Japão.

O cristianismo foi introduzido no Japão pela primeira vez quando Xavier desembarcou em Kagoshima, em 1549. No ano seguinte, Xavier catequisou na ilha de Hirado e também visitou Kyoto (via Yamaguchi), que era a capital do Japão na época. Seguindo Xavier, muitos missionários da Companhia de Jesus e outras ordens religiosas vieram para o Japão. Eles se esforçaram para entender o idioma japonês, sua cultura e costumes, e converteu muitos japoneses ao cristianismo, em parte através de seu trabalho em hospitais e seu envolvimento em outras formas de caridade cristã. O cristianismo, assim, se espalhou por todo o Japão e, especialmente, em todo oeste do Japão. Na região de Nagasaki, muitas pessoas se converteram ao cristianismo em portos comerciais, como Hirado, Yokoseura, Kuchinotsu, Amakusa e Nagasaki, bem como nas ilhas Goto.

Como resultado, Nagasaki desenvolveu-se em um próspero centro cristão, cravejado com mais de 10 igrejas e hospitais no auge da atividade, tolerada por Tokugawa Ieyasu, e conhecido pelos comerciantes como “Pequena Roma”.

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Akita – Aparição de Nossa Senhora

Peregrinos chegaram a Akita em 3 de maio, à noite. Cada dia da peregrinação começou com a Missa e depois dela o Padre Karl Stehlin pregava retiros sobre Mãe de Misericórdia..

Em todas as tardes os peregrinos visitavam um convento conhecido como o Instituto das Servas da Sagrada Eucaristia. Akita é famosa pela aparição de Nossa Senhora.

Após a peregrinação Pe. Stehlin aceitou 10 novos Cavaleiros da Imaculada.

Peregrinos partiram de Akita em 8 de Maio. O tempo da peregrinação foi muito bom para aprofundar o conhecimento sobre a Imaculada e São Maximiliano, mas acima de tudo a peregrinação contribuiu para o crescimento espiritual como um Cavaleiro e Filho de Maria.

Deo per Immaculatam gratias!

O ESPÍRITO DEVE SER TODO TRANQUILIDADE E PAZ

confOs Santos, por sua uniformidade com a von­tade divina, gozavam de um Céu sobre a terra.

Os antigos padres, diz Santa Dorotéia, conservavam em si uma paz constante, porque recebiam tudo como vindo da mão de Deus. Santa Maria Madalena de Pazzi ao ouvir somente as palavras — vontade de Deus —, ficou tão consolada que se extasiou de amor. A diversidade, sem dúvida, causa pena e dor em nossos sentidos, mas isto só tem lugar na parte inferior, porque o espírito, que é a parte superior, deve ser todo tranquilidade e paz, estando a vontade unida à de Deus: «O vosso gozo, disse o Senhor aos Seus Apóstolos, ninguém vo-lo tirará, e será completo.» (João XIV. 22 24.)

Aquele que está sempre em uniformida­de com a divina vontade, goza de uma paz inteira e perpétua: inteira, porque ele tem tudo quanto deseja, como acima dissemos: perpétua, porque ninguém o pode privar de tanto prazer, assim como ninguém pode obs­tar ao que Deus quer.

O padre João Thaulero, segundo o padre Sangiore (Tirar. Tom. III. ), e o padre Nieremberg (Vita. Div.), conta de si mesmo, que tendo por muitas vezes pedido a Deus que lhe ensinasse o caminho da vida espiritual, ouviu um dia uma voz que lhe dizia, que fosse a certa igreja, e ali acharia a pessoa que procurava. Ele se dirigiu à dita igreja, e à porta da mesma encontrou um miserável mendigo, descalço e roto, a quem saudou, dizendo: «Bons dias, irmão.» O pobre lhe respondeu: «Não me lembro de ter passado um só dia mau, senhor.» O padre replicou «Deus vos dê uma vida fe­liz»; ao que ele lhe tornou: «Eu nunca fui infeliz, acrescentando: Padre, não foi o acaso que me fez responder-vos que nunca tive um dia mau: porque, se tenho fome, louvo a Deus; quando cai neve ou chove, eu O bendigo; se alguém me despreza, me despede ou me aflige, ou se encontro ou­tra qualquer tribulação, dou sempre graças a Deus. Disse-vos que nunca fui infeliz, falei a verdade, pois que me tenho acos­tumado a conformar-me com a vontade de Deus, sem reserva; assim, tudo quanto me acontece de bem ou de mal, eu o recebo de Suas mãos com alegria, como se fosse a minha melhor sorte, e isto me torna feliz. Continuar lendo

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – TERCEIRO DIA

sag5Coração amante de Jesus.

In caritate perpetua dilexi te: ideo attraxi te miserans – “Com amor eterno te amei; por isso compadecido de ti, te atraí a mim” (Ier. 31, 3).

Sumário. Oh, se compreendêssemos o amor de que o Coração de Jesus está abrasado para conosco! Não contente de nos ter criado, de preferência a tantos outros, o Verbo divino chegou a se fazer homem por nosso amor, a escolher uma vida penosíssima e a morrer sobre uma cruz. Este amor levou-O ainda a se deixar ficar conosco no Santíssimo Sacramento, onde parece que não tem outro ofício senão o de amar os homens. Mais: o amor levou-o a fazer-se nosso sustento, afim de se unir a nós e fazer dos nossos corações e o seu próprio uma só coisa. Porque então correspondemos tão mal ao amor de Jesus?

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Oh! Se compreendêssemos o amor de que o Coração de Jesus está abrasado para conosco! Jesus nos ama tanto que, se todos os homens e todos os anjos se unissem para amar com todas as suas forças, não chegariam à milésima parte do amor que nos tem Jesus. Ele nos ama imensamente mais que nós mesmos nos amamos; Ele nos amou até ao excesso: Dicebant excessum eius, quem completurus erat in Ierusalem (1) – “Falavam do excesso que havia de cumprir em Jerusalém”. E que excesso maior do que um Deus morrer pelas suas criaturas?

Jesus nos amou até ao fim: Cum dilexisset suor, in finem dilexit eos (2). Sim, porque, depois de nos haver Deus amado desde a eternidade, de forma que em toda a eternidade não houve um instante em que não tenha pensado em nós e amado a cada um de nós; por nosso amor se fez homem e escolheu uma vida penosa e a morte de cruz. Amou-nos, portanto, mais que a sua honra, mais que seu repouso, mais que a vida, porquanto sacrificou tudo para nos provar o amor que nos tem. Não vai nisto um excesso de amor, que fará os anjos e o paraíso todo pasmarem por toda a eternidade? Continuar lendo

LAUDA SION SALVATOREN

Sequência de Corpus Christi

“Lauda, Sion, Salvatorem, lauda ducem et pastorem in hymnis et canticis.
Quantum potes, tantum aude: quia major omni laude, nec laudare sufficis.
Laudis thema specialis, panis vivus et vitalis hodie proponitur.
Quem in sacrae mensa coenae turbae fratrum duodenae datum non ambigitur.
Sit laus plena, sit sonora, sit jucunda, sit decora mentis jubilatio.
Dies enim solemnis agitur, in qua mensae prima recolitur hujus institutio.
In hac mensa novi Regis, novum pascha novae legis, Phase vetus terminat.
Vetustatem novitas, umbram fugat veritas, noctem lux eliminat.
Quod ln coena Christus gessit, faciendum hoc expressit in sui memoriam.
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ADORO TE DEVOTE

Adóro te devóte, latens Déitas,
Quae sub his figúris vere látitas:
Tibi se cor meum totum súbiicit,
Quia te contémplans totum déficit.

Visus, tactus, gustus in te fállitur,
Sed audítu solo tuto créditur.
Credo, quidquid dixit Dei Fílius:
Nil hoc verbo Veritátis vérius. Continuar lendo

FESTA DE CORPUS CHRISTI

A instituição da Eucaristia, já celebrada na quinta-feira santa, é hoje festejada com a honra que merece tão grande mistério. Preparada pela florescente piedade eucarística do Século XI, a festa de Corpus Christi foi introduzida na Igreja universal pelo Papa Urbano IV, em 11 de agosto de 1264. O ofício foi composto por Santo Tomás de Aquino o qual, por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e Responsórios já em uso em algumas Igrejas. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia, cuja instituição é narrada na Epístola (1 Cor 11,23-29 – Solenidade do Corpo de Deus – Rito Tridentino), resume em si os mistérios da vida privada, pública, dolorosa e gloriosa do Salvador. Particularizando, relativamente ao passado, é “a recordação perpétua” de sua Paixão e Morte e de seu amor pelos homens (Oração, Comunhão); relativamente ao presente, é a expressão da unidade da Igreja (Secreta) e o alimento das nossas almas (Gradual, Aleluia, Sequência, Evangelho); relativamente ao futuro, é o penhor da vida eterna e da imortalidade (Sequência, Evangelho, Pós-Comunhão).

A Eucaristia é o Mysterium fidei por excelência, porque nela estão escondidas a divindade e a humanidade de Jesus. Continuar lendo

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – SEGUNDO DIA

Solenidade do Corpo de Deus.

Exulta et lauda, habitatio Sion; quia magnus in medio tui Sanctus Israel — “Exulta e louva, morada de Sião, porque o Grande, o Santo de Israel, está no meio de ti” (Is. 12, 6).

Sumário. Para celebrarmos com fruto a Solenidade do Corpo de Deus, conformemo-nos ao espírito da Igreja, que com a instituição da festa de hoje quis tributar a seu divino Esposo um tríplice preito: primeiro, um preito de veneração, em compensação das humilhações a que se sujeitou por nós; segundo, um preito de gratidão, pelo dom tão grande da Santíssima Eucaristia; terceiro, um tributo de reparação, para desagravá-Lo das injúrias que continuamente recebe neste divino Sacramento.

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Consideremos os elevados fins que nossa Mãe a santa Igreja teve em mira pela instituição da festa do Santíssimo Sacramento com oitava solene. Com todo esse esplendor de missas, procissões e outros exercícios piedosos, ela quer tributar a seu divino Esposo um tríplice preito, de veneração, de gratidão e de reparação.

Um preito de veneração para compensar-Lhe de algum modo o estado de aniquilamento e humilhação a que se quis sujeitar e ainda se sujeita continuamente para ficar conosco sobre os altares; onde, na palavra de São Bernardo, esconde a sua divindade, esconde também sua humanidade, só deixando ver as aparências de pão para assim patentear a ternura do amor que nos tem: Latet divinitas, latet humanitas, sola patent viscera caritatis. Continuar lendo

O LINGUAJAR REVOLUCIONÁRIO DO PAPA FRANCISCO

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Fonte: Corrispondenza Romana – Tradução: Dominus Est

Na história da Igreja houveram numerosos Papas “reformadores”, mas ao que parece Bergoglio pertence a outra categoria, inédito até agora entre os pontífices romanos: aquela dos revolucionários.

Os Reformadores se propunham a restituir na doutrina e na moral a pureza e integridade original e neste ponto de vista, podem ser chamados também de tradicionalistas.

Tais foram, por exemplo, Pio IX e Pio X. Os revolucionários, ao contrário, são aqueles que querem fazer uma cisão entre o passado e o presente, colocando em um futuro utópico o ideal que aspiram. A ruptura do Papa Francisco com o passado é mais de ordem linguística do que doutrinal, mas em uma época em que imperam os meios de comunicação, a linguagem possui uma capacidade transformadora superior a todas as ideias que necessariamente veicula. Não é por acaso que, na conferência do anuncio da exortação pontifícia Amoris laetitia, o cardeal Schönborn mesmo a definiu como “um evento linguístico“.

A escolha de um determinado estilo de linguagem, expresso através de palavras, gestos e também omissões, implica um modo de pensar e transmite implicitamente uma nova doutrina. Agora, a pretensão de operar uma revolução linguística negando que seja também uma revolução doutrinária leva necessariamente à confusão. E a confusão, a desorientação e certa esquizofrenia, parecem ser a marca do atual pontificado. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO X – PARTE 1

pio xDo nono artigo do “Credo”

§ 1o – Da Igreja em geral

142) Que nos ensina o nono artigo do Credo: creio na Santa Igreja Católica; na Comunhão dos Santos?

O nono artigo do Credo ensina-nos que Jesus Cristo fundou sobre a terra uma sociedade visível, a qual se chama Igreja Católica, e que todas as pessoas que fazem parte desta Igreja estão em comunhão entre si. 

143) Por que, depois do artigo que trata do Espírito Santo, fala-se imediatamente da Igreja Católica?

Depois do artigo que trata do Espírito Santo, fala-se imediatamente da Igreja Católica, para indicar que toda a santidade da mesma Igreja procede do Espírito Santo, que é o autor de toda a santidade. 

144)  Que quer dizer esta palavra Igreja?

A palavra Igreja quer dizer convocação ou reunião de muitas pessoas.  Continuar lendo

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – PRIMEIRO DIA

sag6Coração amável de Jesus.

Totus desiderabilis: talis est dilectus meus – “Todo desejável, tal é o meu amado.” (Cant. 5, 16).

Sumário. O fim principal que nos devemos propor nesta novena é o nosso progresso contínuo no amor de Jesus Cristo, para assim o desagravar dos ultrajes que recebe, especialmente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Consideremos, pois, a amabilidade desse Coração divino, todo puro, todo santo, todo amor para com Deus e para conosco. Basta dizer que Deus nele acha as suas delícias, toda a sua complacência. Será então possível não as acharmos também?… Ah, meu Jesus, eu Vos amo e quero amar-Vos sempre de todo o coração.

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Quem se mostra sempre e em tudo amável faz-se necessariamente amar. Ah! Se procurássemos conhecer todos os belos títulos que Jesus Cristo tem para ser amado, todos nós acharíamos na feliz necessidade de o amar. Que coração há mais amável que o de Jesus Cristo? Coração este, todo puro, todo santo, todo amor para com Deus e para conosco. Coração cujos desejos têm por objeto único a glória divina e o nosso bem. Coração no qual Deus acha todas as suas delícias e toda a sua complacência.

No coração de Jesus estão concentradas todas as perfeições e virtudes: um amor ardentíssimo a Deus seu Pai, unido à mais profunda humildade e reverência; uma suprema confusão pelos nossos pecados que tomou sobre si, unida à confiança mais perfeita de Filho terníssimo; uma extrema detestação das nossas culpas, unida a uma viva compaixão das nossas misérias; uma dor suprema unida a uma conformidade perfeita com a vontade de Deus. Em Jesus, portanto, acha-se tudo que possa haver de amável. Continuar lendo

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor,
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de opróbrios,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até à morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que esperam em vós,
Coração de Jesus, esperança dos que expiram em vós,
Coração de Jesus, delícia de todos os santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.

Jesus, manso e humilde de coração,

Fazei nosso coração semelhante ao vosso.

Oremos.
Deus onipotente e eterno, olhai para o Coração de vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão em nome do vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina por todos os séculos dos séculos.

Amém. Continuar lendo

ENTREVISTA COM DOM FELLAY NO NATIONAL CATHOLIC REGISTER

mgrfellaywinonaFonte: Cidade Católica

Nota dos editores: Apresentamos abaixo a tradução de trechos da transcrição francesa feita pelo DICI (órgão oficial de informação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X) de um entrevista concedida por Dom Bernard Fellay a Edward Pentin, do National Catholic Register. 

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Monsenhor, qual a situação atual das discussões entre a Santa Sé e a Fraternidade São Pio X?

Estas relações com Roma não datam de hoje. Poder-se-ia dizer que, até mesmo no momento da excomunhão por causa da sagração dos bispos, em 1988, nunca houve uma ruptura total com Roma. Dom Lefebvre foi muito explícito sobre isso. Houve certas discussões, sim, e diria que as preocupações continuam até hoje. Todavia, as relações se tornaram mais próximas a partir do ano 2000. Diria que houve uma primeira etapa no fim daquele ano, ao longo da qual fizemos uma peregrinação a Roma pelo Ano santo. No fim do ano, Roma, por intermédio do cardeal Castrillon Hoyos, então presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, nos disse que o Santo Padre queria que encontrássemos uma solução para esse problema. E, na época, lhe respondi: “Sim, isso é muito bom, mas há um problema: não confiamos em vocês”. E descrevi o modo cujo eles tinham tratado outros movimentos, especialmente a Fraternidade São Pedro na época. Não obstante, as discussões começaram de modo esporádico, o que permitiu com que Roma começasse a nos conhecer um pouco melhor, e, depois de alguns anos, ficou evidente que o cardeal Castrillon tinha concluído que não éramos de modo algum cismáticos. Ele disse várias vezes que éramos católicos. Ele conseguiu que se fosse posto um termo ao decreto de excomunhão, o que foi seguido pela desagradável situação de Dom Williamson, que jogou um balde de água fria, mas, ao mesmo tempo, fez dar um passo mais adiante.

Solicitamos dois preâmbulos ante de ir mais longe, em razão da falta de confiança. (O primeiro) desses dois preâmbulos deveria admitir, reconhecer que todo padre católico tem o direito de dizer a missa tridentina – coisa que parecia impossível em 2000, mas que se tornou um fato em 2007, quando o papa Bento XVI efetivamente reconhece esse direito, dizendo que a missa tridentina nunca foi abolida. Então esse foi um elemento maior, que reintroduziu – pelo menos na teoria – a liberdade da missa como um direito na Igreja.  Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO IX

pio xDo oitavo artigo do “Credo”

130)  Que nos ensina o oitavo artigo do Credo: creio no Espírito Santo?

O  oitavo artigo elo Credo ensina-nos que existe o Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e que Ele é Deus eterno, infinito, onipotente, Criador e Senhor de todas as coisas, como o Pai e o Filho. 

131)     De quem procede o Espírito Santo?

O  Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um só princípio, por via de vontade e de amor. 

132)      Se o Filho procede do Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, parece que o Pai e o Filho existem antes do Espírito Santo. Como então se diz que são eternas todas as três Pessoas divinas?

Diz-se que são eternas todas as três Pessoas divinas, porque o Pai gerou o Filho desde toda a eternidade, e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo, também desde toda a eternidade. 

133)      Por que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade se designa particularmente com o nome de Espírito Santo ?
Designa-se a terceira Pessoa da Santíssima Trindade particularmente com o nome de Espírito Santo, porque procede do Pai e do Filho por meio de expiração e de amor. 
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FOTOS E VÍDEOS DA PEREGRINAÇÃO DA FSSPX À APARECIDA – 2016

No sábado passado, dia 21/05, a Tradição fez mais uma peregrinação à Aparecida.

O ENCONTRO

Como de costume, fiéis vindos de alguns Priorados, Capelas e Centros de Missa da FSSPX se encontraram em frente a uma igreja (São Benedito) em Pindamonhangaba.

Devido à forte chuva que caía na cidade, tivemos que adentrar à mesma para as primeiras palavras de D. Lourenço e do Pe. Juan María, bem como da palestra inicial realizada pelo Pe. Trejo (Superior do Distrito da FSSPX na América do Sul).

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SAÍDA

A chuva que caía atrasou um pouco a saída, porém nada que abalasse a alegria das pessoas. Como D. Lourenço disse antes da partida: “É Nossa Senhora quem coloca o tamanho do sacrifício a ser feito, seja em uma chuva como essa, seja em um sol escaldante…”

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OS PRIMEIROS 09 QUILÔMETROS E A PRIMEIRA PARADA

Rezando o rosário, cantando músicas tradicionais e com a oportunidade da confissão pelo caminho, parte desse primeiro trecho foi embaixo de chuva, diminuindo durante o percurso. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO VIII

pio xDo sétimo artigo do “Credo”

124)      Que nos ensina o sétimo artigo do Credo: de onde ha de vir a julgar os vivos e os mortos?

O sétimo artigo do Credo ensina-nos que no fim do mundo Jesus Cristo cheio de glória e de majestade, há de vir do Céu para julgar todos os homens, bons e maus, e para dar a cada um o prêmio ou o castigo que tiver merecido. 

125)      Se cada um, logo depois da morte há de ser julgado por Jesus Cristo no juízo particular, por que havemos de ser julgados todos no Juízo universal?

Havemos de ser julgados todos no Juízo universal por várias razões:

1)   para glória de Deus;

2)   para glória de Jesus Cristo;

3)   para glória dos Santos;

4)   para confusão dos maus;

5)   finalmente para que o corpo, depois da ressurreição universal, tenha juntamente com a alma a sua sentença de prêmio ou de castigo. Continuar lendo

A TROCA DE CARTAS ENTRE FRANCISCO E O HERESIARCA HANS KUNG

O teólogo Küng havia escrito a Bergoglio pedindo-lhe uma reflexão: “Ele respondeu-me com uma carta fraterna, apreciando as minhas considerações. Ele não colocou limites à discussão sobre o dogma  sancionado pelo Primeiro Concílio do Vaticano e pelo Papa Pio IX em 18 de julho de 1870”.

Hans Kung

Hans Kung

Por Gian Guido Vecchi, Corriere della Sera | Tradução:FratresInUnum.com –  Hans Küng diz que a carta de Francisco, datada de 20 de Março, foi entregue através da nunciatura em Berlim.  Uma carta “que responde ao meu pedido para uma discussão livre sobre o dogma da infalibilidade” do Papa. “Ele respondeu de um modo muito fraterno, em espanhol, dirigindo-se a mim como Lieber Mitbruder, ou seja, querido irmão, e estas palavras pessoais estão em manuscrito”, disse Küng. O grande teólogo suíço, “pela consideração que tenho ao Papa” não cita frases do pontífice. Mas ele diz que “Francisco não estabelece quaisquer limites para a discussão“, ele “apreciou” suas observações. E com espanto indisfarçável ele aponta como é “importante para mim“, o fato de que ele respondeu pessoalmente, e acima de tudo, “não deixou, por assim dizer, cair no vazio o meu texto.”

Na verdade, o texto, dirigido a um papa, foi imperativo: “Imploro Papa Francisco, que sempre me respondeu de uma forma fraternal: receba essa extensa documentação e consinta em nossa Igreja uma discussão livre, aberta e sem preconceitos sobre todas as questões pendentes e removidas relacionadas com o dogma. Não se trata de um relativismo banal que mina os fundamentos éticos da Igreja e da sociedade. E nem mesmo de um dogmatismo rígido e tolo amarrado a uma interpretação literal. Está em jogo o bem da Igreja e do ecumenismo”.  Küng já tinha tornado esse texto público e traduzido em várias línguas, no dia 9 de Março.  Ao aproximar-se de seus 80 anos de aniversário, “como teólogo e até o final dos meus diasnutro uma profunda simpatia pelo papa e por sua ação pastoral”. O  pensador suíço levantou novamente “um apelo que muitas outras vezes levantei durante um década de longa discussão”. Continuar lendo

A MULHER E O DRAGÃO

(de que lado você quer ficar?)

Os extremos se tocam. O Gênesis se toca com o Apocalipse. No início e no fim da Bíblia encontramos uma mulher (Gn 3,15; Ap 12,1). E em ambos os lugares encontramos o adversário da mulher: no Gênesis, ele é a serpente (Gn 3,1); no Apocalipse, ele é o dragão (Ap 12,3), também identificado com “a antiga serpente, o chamado Diabo ou Satanás, sedutor de toda a terra habitada” (Ap 12,9).

Após o pecado original, Deus promete pôr inimizade entre a serpente e a mulher (Gn 3,15). E mais: entre a descendência da serpente e a descendência (ou um descendente) da mulher. Trata-se de uma guerra permanente: entre a raça diabólica e a raça humana.

Deus prevê, porém, a vitória da raça humana (a descendência da mulher) ou de um homem (um descendente da mulher). Na verdade, haverá um membro da raça humana, Jesus, que esmagará a cabeça da serpente. A serpente ferirá o seu calcanhar (alusão à paixão e morte de Jesus), mas acabará sendo esmagada pelo sacrifício redentor do Messias.

O pecado de Adão, que se transmitiu a todos os homens (Rm 5,12), não foi cometido sem a cooperação de uma mulher: Eva. Assim também, a redenção operada por Jesus Cristo, novo Adão, contou com a cooperação de uma mulher: “Perto da cruz de Jesus, permanecia de pé sua mãe” (Jo 19,25). Continuar lendo

A MULHER FORTE E A VIGILÂNCIA NO LAR

mulherConsideravit semitas domus suae,et panem otiosa non comedit.Surrexerunt filie jus et beatissimam praedicaverunt; vir ejus et laudavit eam.

Considerou os corredores de sua casa e não comeu o pão na ociosidade; seus filhos levantaram-se e proclamaram-na feliz; seu marido levantou-se também e cantou-lhe os louvores.

(Prov., XXXI, 27-28)

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Uma força misturada de graças, uma dignidade cheia de encantos, são o vestuário da mulher forte. A sua beleza é pedida à alma, impõe respeito e inspira nobres e generosos sentimentos. Nada de lânguido, de afeminado e sensual; é a virtude que se pinta em seus órgãos, e que atrai para elevar mais alto. Ela também não conhece os amargos pesares que se reservam as mulheres, cuja beleza frívola foi a causa de deploráveis desvios.

A sua velhice é cercada de respeito e de afeição, e tem nos lábios, sobre o leito de morte o sorriso da alma predestinada: Et ridebit in die novissimo.

O Espírito Santo ajunta: – “Abriu a boca à sabedoria, e a lei da clemência está em seus lábios.”

Tiramos deste texto vários conselhos relativos à conversação, à oportunidade do discurso, e recomendamos, com instância, a sobriedade e a sabedoria nas palavras: máxima sempre repetida, é, no entanto, quase sempre esquecida na prática. Continuar lendo

DO SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS, CHAMADO VULGARMENTE O CREDO – CAPÍTULO VII

pio xDo sexto artigo do “Credo”

119)      Que nos ensina o sexto artigo do Credo: subiu ao Céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso?

O sexto artigo do Credo ensina-nos que Jesus quarenta dias depois da sua ressurreição na presença dos seus discípulos, subiu por Si mesmo ao Céu e que sendo, enquanto Deus, igual ao Pai Eterno na Glória, enquanto homem, foi elevado acima de todos os Anjos e de todos os Santos, e constituído Senhor de todas as coisas.

120)      Por que Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, esteve quarenta dias na terra, antes de subir ao Céu?

Jesus Cristo, depois da sua ressurreição, esteve quarenta dias na terra, antes de subir ao Céu, para provar, com várias aparições, que ressuscitara verdadeiramente, e para instruir melhor os Apóstolos e confirmá-los nas verdades da fé. 

121)     Por que Jesus Cristo subiu ao Céu?

Jesus Cristo subiu tio Céu:

1)   para tomar posse do seu reino, que havia merecido com sua morte;

2)   para preparar o nosso lugar na glória, e para ser nosso Mediador e Advogado junto do Pai Eterno;

3)   para enviar o Espírito Santo aos seus Apóstolos.  Continuar lendo

CARDEAL RATZINGER: NÓS NÃO PUBLICAMOS TODO O TERCEIRO SEGREDO DE FÁTIMA

Nota do Fratres: embora não seja uma nova revelação, vale a pena recordar a informação outrora já divulgada por diversos especialistas na mensagem de Fátima, como Antonio Socci, Padre Gruner e Padre Kramer. A respeito do fato abaixo relatado, declarou Padre Kramer em uma entrevista:

“Assim sendo, depois que isso aconteceu [o diálogo de pe. Dollinger com Ratzinger], o teólogo alemão a que estou me referindo, voltou para um país da América do Sul onde foi Reitor de um seminário [em Anápolis, GO], onde contou, para um jovem padre o que o Cardeal Ratzinger lhe tinha relatado. E precisamente quando ele relatou que Nossa Senhora alertou contra as mudanças na Missa e que haveria um Concílio diabólico na Igreja, os dois viram um afloramento de fumaça vindo do piso. Porém, era um chão de mármore. Isto não poderia ser de modo algum um fenômeno natural. Ambos, o jovem padre e o velho Reitor alemão, ficaram tão impressionados que escreveram um dossiê, e o enviaram para o Cardeal Ratzinger.”

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Cardeal Joseph Ratzinger disse a Pe. Dollinger, durante uma conversa pessoal, que ainda há uma parte do Terceiro Segredo que eles não publicaram! “Há mais do que nós publicamos”, disse Ratzinger

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Maike Hickson – OnePeterFive | Tradução Sensus fidei: Hoje, na festa de Pentecostes, liguei para o Pe. Ingo Dollinger, um padre alemão e antigo professor de teologia no Brasil, que está agora bastante idoso e fisicamente fraco. Ele tem sido um amigo pessoal do Papa Emérito Bento XVI por muitos anos. Pe. Dollinger inesperadamente confirmou por telefone os seguintes fatos:

Não muito tempo depois da publicação do Terceiro Segredo de Fátima, em junho de 2000, pela Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Joseph Ratzinger disse a Pe. Dollinger, durante uma conversa pessoal, que ainda há uma parte do Terceiro Segredo que eles não publicaram! “Há mais do que nós publicamos”, disse Ratzinger. Ele também contou a Dollinger que a parte publicada do Segredo é autêntica e que a parte inédita do Segredo fala sobre “um mau Concílio e uma má Missa” que estavam por vir num futuro próximo. Continuar lendo