DESENVOLVIMENTO DO APOSTOLADO DA FSSPX NO QUÊNIA

O Priorado de Nairóbi foi fundado em setembro de 2003, mas a história da FSSPX no Quênia é mais antiga. Foi em 1976 que um fiel de Nairóbi enviou uma carta a Mons. Lefebvre pedindo-lhe padres.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O apostolado da Fraternidade São Pio X no Quênia está se desenvolvendo rapidamente. Graças ao Covid, o número de fiéis está aumentando continuamente. Durante o último confinamento, todas as outras paróquias do Quênia foram fechadas. É por isso que muitas pessoas vieram ao nosso Priorado para receber a Sagrada Comunhão, para se confessar ou para assistir à Santa Missa. Desta maneira, eles descobriram a Missa tradicional e a Tradição Católica.

Podemos ver a Providência de Deus em ação, mesmo nessa época, que é certamente única na história. O bom Deus nunca nos abandona, está sempre conosco e principalmente nestes tempos difíceis.

Para a solenidade de Corpus Christi, mais de 500 pessoas compareceram à procissão

Para acomodar o número crescente de fiéis, tivemos que ampliar nossa igreja. Todos os domingos, mais de 400 fiéis vêm assistir a uma de nossas três missas. Dessa forma, fizemos grandes janelas na parede direita do prédio. Um grande telhado anexado à igreja cobre a extensão. Duzentas pessoas agora podem assistir à Missa do lado de fora, olhando através da parede aberta, protegidas do sol e da chuva.

Nosso plano é fechar as aberturas com grandes janelas que possam ser abertas aos domingos e fechadas durante a semana.

O espaço usado para a ampliação era um estacionamento coberto, de cascalho. Queremos fazer nele um piso de terra para que os fiéis possam se ajoelhar em uma superfície mais adequada.

Vídeo de nossos projetos

Hoje muitas pessoas vivem em nosso priorado: 3 padres, 1 Irmão, 1 seminarista, 3 Irmãs, 3 pré-seminaristas, 1 pré-postulante para as Irmãs e 1 pré-postulante para os Irmãos. Estamos, portanto, sobrecarregados e não temos mais espaço! É por isso que estamos construindo uma nova casa com 2 quartos, 2 outros aposentos, 1 banheiro amplo e 1 cozinha. No total, 24 pessoas poderão viver nesta casa. Dessa forma, poderemos acolher pré-seminaristas, retiros e visitantes.

A construção está em pleno progresso e será concluída dentro de algumas semanas.

Confiamos tudo isso à poderosa intercessão de São José e recomendamos todos os nossos projetos à sua generosidade, a fim de obter os meios necessários para concluí-los. 

Estejam certo de nossas orações por todos vós e por vossas intenções e pedimos ao bom Deus que vos abençoe abundantemente.

Pe. Pierre Champroux, Prior

Instalação de uma cruz no Monte Longonot

Em 7 de abril, nossos fiéis plantaram uma cruz no Monte Longonot, a cerca de 60 quilômetros ao norte de Nairóbi.

Devido às fortes tempestades, a cruz não pôde ser abençoada imediatamente após ser erguida. Fomos, portanto, obrigados a voltar mais tarde. Foi a ocasião para pedir ao nosso Superior do Distrito, Padre Wuilloud, que viesse e abençoasse.

Que esta cruz seja uma bênção para todo o país e para todos os que visitam esta bela montanha!

DISSOLUÇÃO SOCIAL, DISSOLUÇÃO RELIGIOSA

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As atuais restrições sanitárias estão dissolvendo a sociedade e o atual governo do Papa tende a dissolver a Igreja.

Fonte: Editorial da Revista Fideliter n ° 259 – Tradução: Dominus Est

As restrições sanitárias decretadas pelos governantes impuseram à população, voluntariamente ou não, uma dissolução social. As crianças, agora obrigadas a estudar sem ir à escola e seus pais obrigados a concentrarem-se no computador, tiveram que encontrar, sob o mesmo teto, o melhor modo de viver para não interferirem uns aos outros. Todos tiveram que encontrar, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, os meios para exercerem suas ocupações completamente díspares umas das outras. O recolhimento em si mesmo tornou-se uma necessidade e o destino de todos. Eis o paradoxo: isolamento universal. Quem pode deixar de ver o terrível dilema com que somos confrontados – um totalitarismo se ergue face a uma democracia que se desintegra? Os pensadores modernos, consumidos pelo modus operandi binário favorecido pelo computador, resolvem tudo usando um algoritmo, e não saem da velha ambiguidade: a escolha entre a multidão ou a unidade. Alguns querem dar prioridade à unidade, mesmo ao custo de esmagar a multidão, enquanto outros reivindicam o contrário e permitem que a diversidade viva correndo o risco de minar a unidade. Pais de família vivenciam essa ambigüidade todos os dias! Cada um dos seus filhos requer uma atenção especial, com a qual está atento para não prejudicar a unidade de toda a sua família. Este é o princípio de todo chefe honrado: “Como são muitos os homens, cada um seguiria o seu caminho se não houvesse quem cuidasse do bem da multidão.” (Santo Tomás de Aquino) A função do poder é precisamente ordenar uma multidão, ou seja, unificá-la sem destrui-la.

O vício da modernidade consiste em ver uma contradição entre unidade e multidão. A partir daí, a primeira se opõe necessariamente à segunda e a instabilidade se torna endêmica porque essa oposição é antinatural. Em seguida, passamos de um excesso de poder para sua ausência. Manter todos em casa dá ao estado poder quase direto sobre todos. O totalitarismo unitário toma o lugar de uma democracia pluralista decadente.

Infelizmente, esse desvio revolucionário entrou na Igreja. A monarquia divina fundada por Jesus Cristo tende a se tornar uma pluralidade chamada sinodal, em detrimento do poder do Papa. Passamos da unidade para a pluralidade não apenas porque o poder do Vigário de Cristo tende a se dissolver em todos os tipos de assembleias, mas ainda mais porque a Igreja Católica está definhando através do ecumenismo em meio a um conjunto de religiões mais ou menos idólatras. Esta gangrena da Igreja de Jesus Cristo, que a priva da sua unidade fundamental, a transforma na Igreja “conciliar”. A catolicidade se tornou uma vaga universalidade sem regras, onde cada um encontra seu próprio caminho com base em seu sentimento pessoal. Eis a outra forma de isolamento universal que sub-repticiamente conduz a um poder excessivo. Continuar lendo

O NOVO LADRÃO CHINÊS

Pe. Philippe Bourrat, FSSPX 

É agora, por meio de uma ditadura sanitária, que as maiores restrições e perdas de liberdade emergem.

Conheçamos, primeiramente, a tática do “ladrão chinês”. Quando quer roubar um objeto, ele o move alguns centímetros todos os dias do seu lugar. Seu dono se acostuma a ver o objeto sair gradativamente de seu campo visual, a ponto de não se lembrar mais de seu lugar de origem. O ladrão, então, só tem que roubar o objeto cobiçado e seu dono nem perceberá o seu desaparecimento.

Qualquer que seja a evolução das técnicas de roubos contemporâneos, há uma área onde o processo descrito está sendo claramente revisitado. Desde 2020, fomos roubados de muitas liberdades, em graus variados e sob restrições variáveis e cíclicas que fazem com que muitos esqueçam as liberdades de que gozavam anteriormente. Proibição de visitar os idosos, de ultrapassar um perímetro ridículo de distância, redução da liberdade de culto, impossibilidade de comprar e vender certos produtos considerados não essenciais perto de casa e até de ir à escola. Assim, cortar o cabelo, comprar roupas, oferecer flores eram considerados, nos primeiros confinamentos, atividades perigosas e propícias à contaminação do vírus, enquanto comprar e fumar cigarro, jogar a Française des Jeux [1] obviamente não envolviam nenhum perigo… para os cofres do Estado.

É agora, através de uma ditadura sanitária, que as maiores restrições e perdas de liberdade surgirão. Para agradar às empresas farmacêuticas e de informática que ditam sua lei do lucro e do controle populacional, sob a autoridade de órgãos científicos cujos conflitos de interesse são da esfera pública, trata-se de fazer com que aqueles que se recusam a se vacinar se sintam culpados e fiquem à margem do Estado, que prevê o controle de tudo e de todos. E como a adesão ao processo de vacinação encontrou forte oposição na França, procedemos em etapas. O novo “ladrão chinês” opera de forma diferente de seu ancestral: ele rouba as liberdades, mas as restitui, as rouba de novo e assim por diante. De início, acreditamos ter recuperado nossos bens, mas no alívio das poucas liberdades que foram recuperadas, esquecemos que tínhamos muito mais do que nos foi devolvido. O ladrão os guarda zelosamente e põe em prática um mecanismo que funciona muito bem Continuar lendo

NÃO COLOQUE SUAS ORAÇÕES DE FÉRIAS

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Com as férias, às vezes é difícil cumprir os horários, e a vida de oração pode ser prejudicada.

Fonte: Lou Pescadou n° 201  – Tradução: Dominus Est

Quando estávamos no primeiro ano do seminário, e as férias em família se aproximavam, nossos professores nos advertiam: as férias são um bom teste para mensurar o fervor. Longe da vida comunitária, sem parte dos serviços em comum, pode ser difícil manter uma vida de oração tão fervorosa como no seminário. Esta observação também pode ser feita a vocês, queridos fiéis. Com as férias, às vezes é difícil cumprir os horários, e a vida de oração pode ser prejudicada. Assim, para ajudá-lo a não colocar a oração de férias, gostaríamos de relembrar algumas verdades sobre essa “elevação de nossa alma a Deus”.

A primeira coisa a se convencer é que a oração é necessária. Em outras palavras: não pode não ser. É a respiração da alma. Respiramos para nos mantermos vivos. Rezamos para permanecermos unidos ao Autor da Vida. Entrentanto, uma objeção pode surgir na cabeça das pessoas: mas por que rezar, falar com Deus, fazer pedidos a Ele, já que Ele conhece tudo? O catecismo do Concílio de Trento responde. Ele diz que não somos animais sem razão, e que Deus não é uma abstração, um ser imaginário. É uma Pessoa, é nosso Pai. Portanto, é normal que seus filhos conversem com Ele. É claro que Deus poderia nos atender sem nenhum pedido, sem nenhuma oração. Mas se obtivéssemos tudo sem pedir, acabaríamos nos esquecendo do Deus para o qual fomos feitos. É por isso que Nosso Senhor Jesus Cristo diz: Devemos sempre orar (Lc 18, 1). E acrescenta um argumento decisivo, o da nossa fraqueza: Sem mim nada podeis fazer (Jo 15,5); vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26,41).

O Papa Pio XII, em um discurso aos pregadores da Quaresma, disse em 1943: Ninguém pode, sem oração, guardar a lei divina por muito tempo e evitar uma falta grave. Porque a oração, diz o teólogo Garrigou-Lagrange, é o meio normal, universal e eficaz pelo qual Deus deseja que obtenhamos todas as graças atuais de que necessitamos. Lembremos que essas graças atuais são ajudas temporárias de Deus, para fazer o bem e evitar o mal. Continuar lendo

ORDENAÇÕES SACERDOTAIS E DIACONAIS EM ÉCÔNE – 2021

 

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O Diaconato e o Sacerdócio foram conferidos durante a Missa Pontifical de ordenação celebrada por D. Bernard Fellay, em 1º de julho de 2021.

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Na quinta-feira, 1º de julho de 2021, Festa do Precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, 2 sacerdotes e 8 diáconos foram ordenados no Seminário Internacional São Pio X, em Ecône (Valais, Suíça) por D. Bernard Fellay, Bispo Auxiliar da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

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Os 2 novos padres – 1 francês e 1 suíço – foram cercados por suas famílias, assim como os 8 diáconos: 6 franceses, 1 inglês e 1 suíço.

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Uma centena de padres impuseram as mãos aos novos padres durante a cerimônia no prado de Ecône. Estiveram presentes: o Superior Geral da FSSPX, Pe. Davide Pagliarani, e seus assistentes, D. Alfonso de Galarreta e Pe. Christian Bouchacourt, além de D. Bernard Tissier de Mallerais.

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E muitas centenas de fiéis puderam fazer a viagem.

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OUTRAS LINDÍSSIMAS FOTOS DA CERIMÔNIA PODEM SER VISTAS CLICANDO AQUI

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Dias atrás houve também as Ordenações no Seminário Santo Tomás de Aquino, nos EUA e no Seminário do Sagrado Coração, na Alemanha.

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Nota do blog 1: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

Nota do blog 2: Mais números sobre a FSSPX podem ser vistos clicando aqui.

Nota do blog 3: Perguntas e respostas sobre a FSSPX podem ser vistas clicando aqui.

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

MÊS DE JULHO, DEDICADO AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS CRISTO

sangueFoste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça” (Ap 5,9).

Fonte: Fojitas de Fe, 203, Seminário Nossa Senhora Corredentora
Tradução: 
Dominus Est

A Igreja dedica todo o mês de julho ao amor e adoração do Preciosíssimo Sangue de nosso Salvador Jesus. É justo que nós adoremos na santa humanidade de Cristo, com um culto especial, aquelas partes que são mais significativas de algum mistério ou perfeição divina; e assim honramos:

• SEU CORAÇÃO: para prestar culto ao seu amor infinito;

• SUAS CHAGAS: para prestar culto a suas dores e sua paixão;

• SEU SANGUE: para prestar culto ao preço de nossa Redenção.

No entanto, esse culto do Sangue do Salvador assume um caráter festivo no mês de julho e na festa com a qual este mês inicia. Já na Quinta-feira Santa celebramos a instituição da Eucaristia e na Sexta-feira Santa o Sangue de Cristo derramado por nós; mas o acento da celebração centrava-se em sentimentos de dor, de compunção, de contrição. A Igreja volta depois a dar culto à Sagrada Eucaristia na festa de Corpus Christi, e também à Paixão e Sangue do Salvador, mas com maior ênfase nos sentimentos de alegria e triunfo.

Por este culto nós agradecemos a Nosso Senhor a Redenção como uma vitória já obtida, e nos exultamos em tomar parte entre o número dos redimidos, daqueles que foram lavados no Sangue do Cordeiro. E prestamos culto de latria ao Sangue do Redentor, reconhecendo especialmente uma virtude salvadora, como se vê: Continuar lendo

30/06/21 – 33 ANOS DAS SAGRAÇÕES EPISCOPAIS EM ÉCÔNE

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Preferimos continuar na Tradição, esperando que essa Tradição reencontre seu lugar em Roma, esperando que ela reassuma seu lugar entre as autoridades romanas, em suas mentes” — Mons. Marcel Lefebvre

Introdução de Michael J. Matt (editor de Remnant) – Tradução Dominus Est

Em 1976, quando eu tinha dez anos, fui crismado pelo Arcebispo Marcel Lefebvre. Lembro-me de um homem bondoso e santo, de fala suave e verdadeiramente humilde. Mesmo ainda sendo crianças, meus irmãos e eu entendemos que ali estava um verdadeiro soldado de Cristo, que assumira uma posição corajosa e solitária em defesa da sagrada Tradição, em um momento em que não havia nada mais “hip” do que novidade e inovação. Nosso pai estava junto a ele, e esses homens eram “traddies” muito bem antes de “traddy” ser algo legal.

Lembrem-se que o mundo inteiro estava passando por um revolução na época — sexual, política, litúrgica, cultural — e “não havia nada mais antiquado do que o passado“. A resistência solitária dos primeiros tradicionalistas pôde, então, ser comparada a algo tão absurdo (aos olhos do mundo na época) como um homem na lama em Woodstock que insistisse para que os hippies colocassem suas roupas de volta e parassem de tomar ácido e fumar maconha. Ninguém se importava. Eram zombados, riam deles e, por fim, mandados que saíssem da Igreja.

Os tempos estavam realmente ‘mudando’, e com poucas exceções, o elemento humano da Igreja de Cristo acompanhou a loucura — com efeito, poder-se-ia dizer, liderando o caminho.

Quando nos lembramos do motivo desses homens terem resistido à loucura dos anos 60, lembremo-nos de que eles não foram motivados principalmente pela ideia de salvaguardar suas próprias circunstâncias. O Arcebispo Lefebvre, por exemplo, estava aposentado antes que o mundo descobrisse quem ele era. Ele foi persuadido a sair de sua aposentadoria por seminaristas que, de repente, viram-se cercados por lobos em pele de cordeito, nos próprios seminários. Os modernistas estavam, literalmente, em toda parte. Continuar lendo

FINALIZANDO O MÊS, UMA SELETA DE NOSSOS POSTS DE JUNHO

CATECISMO EM VÍDEO – AULA 47: A REDENÇÃO OFERECIDA POR UM HOMEM-DEUS

QUANDO DOIS APÓSTOLOS DA MISSA, D. LEFEBVRE E PADRE PIO, SE ENCONTRAM

NUNCA MAIS A GUERRA?

O ARCO-IRIS AMERICANO DESAFIA O VATICANO

UM PADRE ENTRE OS VIAJANTES

MENSAGEM DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX PELA MORTE DO PE. DANIEL YAGAN

ONDE ESTÁ A TRADIÇÃO, ALÍ ESTÁ A IGREJA” – SERMÃO DE MONS. LEFEBVRE

A SANTA MISSA DO PADRE PIO

ALGO ALÉM DA COMPREENSÃO, POR D. LEFEBVRE

TOMADAS DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS DAS IRMÃS CONSOLADORAS DO SAGRADO CORAÇÃO

ENTREVISTA DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX POR OCASIÃO DO 25º ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO

NOVIDADE: LANÇAMENTO DA RÁDIO DOMINUS EST

RAÍZES…PARA QUE FIM?

ONDE COMEÇA A CIDADE CATÓLICA?

ORDENAÇÕES SACERDOTAIS E DIACONAIS EM ZAITZKOFEN – 2021

ORDENAÇÕES SACERDOTAIS E DIACONAIS EM ZAITZKOFEN – 2021

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Em 26 de junho de 2021, festa dos mártires São João e São Paulo, 5 candidatos foram ordenados ao sacerdócio e 2 ao diaconato no Seminário do Sagrado Coração de Zaitzkofen.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Como você descreveria este dia?” pergunta um seminarista mais velho a um dos seminaristas do primeiro ano na mesa do jantar. “Bem, em relação à cerimônia: impressionante. Quanto ao trabalho: exaustivo. E em geral: inesquecível.

Este 26 de junho de 2021 foi um dia inesquecível, pois 5 candidatos foram ordenados ao sacerdócio e 2 ao diaconato, no Seminário do Sagrado Coração. Na festa dos irmãos mártires São João e São Paulo, nos sentimos ligados às origens da Igreja de Roma e cantamos: “Haec est vera fraternitas – Eis a verdadeira fraternidade”.

Uma declaração que também podemos aplicar à Fraternidade Sacerdotal São Pio X, de acordo com o sermão de Mons. Tissier de Mallerais. Por meio dela, seu fundador, Mons. Marcel Lefebvre, quis levar às almas a tradição católica que, como dizia Padre Pio, “não se ganha, mas se adquire com sacrifício”.

Os numerosos fiéis ficaram felizes em poder, novamente, participar publicamente da cerimônia de ordenação.

Também é importante para os sacerdotes ver que não recebem o sacerdócio apenas para si, mas para os fiéis, especialmente levando suas intenções a Deus no altar sagrado.

Haec est vera fraternitas” – Passados ​​50 anos, percebemos que o zelo não é algo que se possa dar como certo.

Que os novos sacerdotes conservem sempre o zelo sacerdotal dos primeiros dias e o levem para onde o bom Deus os tenha designado por decisão dos superiores.

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Dias atrás houve também as Ordenações no Seminário Santo Tomás de Aquino, nos EUA.

No dia 1º de Julho as ordenações ocorrerão no Seminário São Pio X, em Écône.

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

RAÍZES…PARA QUE FIM?

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Quanto mais um homem nutre suas raízes naturais e sobrenaturais, mais frutuoso se torna, e quanto mais frutuoso se torna, mais suas raízes se fortalecem.

Fonte: Bulletín Apostol  – Tradução: Dominus Est

Em tempos de crise, o equilíbrio humano e sobrenatural é o que enfraquece o apego aos ofícios. Certamente mais difícil de manter. O homem em crise é frequentemente um homem fascinado, emocionalmente perturbado, pronto para todos os excessos e todos os erros. Mas não é nada catastrófico: a crise, seja pessoal, familiar ou social, também pode ser uma oportunidade de crescimento. No entanto, nessa crise sem precedentes que a Igreja e a sociedade atravessam há várias décadas, surgiu um problema de equilíbrio entre os católicos. 

Como assim? 

É um cabo de guerra: de um lado, o dever de resistir aos desvios doutrinários e morais, e de outro, a necessidade de não se fechar em si mesmo. Essa tensão pode levar a duas atitudes opostas:

  • uma que consiste, em prol de uma autopreservação, a se fechar e recuar; 
  • a outra que, no desejo de agradar, quer ser “como todo mundo” e seguir a direção do vento (neste caso um vendaval muito desagradável). 

É interessante notar que basicamente essas duas atitudes procedem de um medo. A primeira atitude origina-se do medo de ser arrastado pela corrente dominante e a segunda do medo de ser marginalizado. Qual a solução então? O enraizamento, precisamente, que deve ser feito em dois níveis: natural e sobrenatural.

O enraizamento natural é composto por três elementos: o país, a família, a profissão. Quando o homem tem laços fortes nessas três áreas, ele tem o terreno fértil para seu desenvolvimento natural: Continuar lendo

ENTREVISTA DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX POR OCASIÃO DO SEU 25º ANIVERSÁRIO DE SACERDÓCIO

Por ocasião do seu 25º aniversário de sacerdócio, o Distrito italiano entrevistou o Superior Geral da FSSPX, Pe. Davide Pagliarani, que estava de passagem por Albano Laziale.

Ele nos deixa um interessante testemunho sobre o valor do sacerdócio e de sua experiência pessoal.

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O senhor está celebrando seu 25º aniversário de sacerdócio. Como o senhor está vivenciando isso?

Certamente é o presente mais belo que Deus pode dar a um homem e a vida mais bela que um homem pode ter. Após 25 anos, percebe-se isso cada dia mais, especialmente fazendo uma retrospectiva de sua própria vida. Tudo o que já aconteceu. Um sacerdote percebe que Deus não só o chama ao Seu serviço, mas continua a guiá-lo, como uma Providência muito particular. Senti isso imediatamente e sinto cada vez mais.

A vocação é um chamado do Alto. Como podemos ouvir e responder a isso?

O Senhor chama sempre – e chamará até ao fim dos tempos – almas ao Seu serviço, na vida sacerdotal, na vida religiosa. Ele chama de uma maneira diferente, a vocação não é necessariamente algo que se ouve, como uma voz, como um sentimento. Certamente, Deus faz sentir atração pelo Seu serviço, por tudo o que é Sagrado. É através deste modo particular que Deus chama as almas. E como escutamos? Eu diria, antes de tudo, tentando viver em estado de graça e depois, acima de tudo, estando disposto a fazer a Sua vontade, seja ela qual for. No fundo, estas são as disposições fundamentais básicas para sermos capazes de discernir se Deus está nos chamando para Seu serviço.

O senhor se imaginava como Superior Geral da FSSPX?

Alguns meses antes do Capítulo Geral de 2018, obviamente alguns rumores haviam chegado aos meus ouvidos. Anteriormente, devo dizer, nunca pensei nisso. Lembro-me, particularmente, da alegria de trabalhar durante 3 anos na Ásia, em Cingapura. Viajando muito pela Ásia, lembro-me do desejo de permanecer naqueles países pelo resto da vida. Lembro-me muito bem de uma vez que visitei um cemitério, com todos os túmulos dos missionários. Um cemitério cristão em um país muçulmano. E quando vi esses túmulos de missionários, recordo-me muito bem do desejo de passar minha vida naqueles países até o fim. De ser enterrado um dia também, longe da minha terra. O Senhor então mudou as cartas na mesa. Continuar lendo

TOMADA DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS DAS IRMÃS CONSOLADORAS DO SAGRADO CORAÇÃO

Veni, Sponsa Christi, accipe coronam

No dia da Festa do Sagrado Coração de Jesus, em Albano Laziale (Italia), 11 postulantes tomaram o hábito religioso das Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração, enquanto 2 noviças fizeram suas primeiras profissões. Dom Davide Pagliarani, Superior Geral da Fraternidade São Pio X, celebrou o rito sagrado. 

Fonte: FSSPX Itália – Tradução: Dominus Est

Bem, certamente não se pode dizer que os olhares não demonstraram espanto na sexta-feira (11/06), em Albano. Se, como diz o Doutor Angélico, o espanto é a reação de um homem a um fato cuja causa é desconhecida, sexta-feira havia um bom motivo para se espantar.

Onze moças vestidas de noivas se aproximam do altar, sem que a sombra dos futuros esposos seja vista.

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Mas o Esposo está ali e as espera no altar: é aquele Cordeiro de que fala o Apocalipse.

A cerimónia é simples e poderosa, quase uma composição pictórica, colorida com aquela força expressiva que a Santa Madre Igreja possui em grau eminente: a bênção do hábito, do véu, do rosário, a entrega da vela.

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E então as noivas desaparecem. Uma espera de dez minutos e eis que estão de volta, vestidas do novo hábito de noivas de Cristo. Hábito preto, véu branco. Virgines enim sunt et sequuntur Agnum quocumque ierit.

Que o homem é composto de uma alma e de um corpo a Santa Madre Igreja compreende muito bem. E se a entrega total de si mesma é certamente um ato da vontade movido pela graça, a mudança de hábito é o sinal do ato interno (da vontade).

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Não menos poderosas são as cerimônias que acompanham a profissão das duas noviças. A mudança do véu de branco para preto, a coroação de espinhos, a entrega da cruz. Christo crucifixus sum cruci, diz-nos São Paulo.

Frequentemente, os sacerdotes, em seu ministério, recebem pedidos de orações dos fiéis. Mas se muitos pedem orações aos padres, quem reza por eles?

As Irmãs Consoladoras do Sagrado Coração é uma congregação religiosa que se dedica especialmente à oração pelos sacerdotes. E, a partir desta data, há mais onze fazendo isso.

Não é saudável amar o silêncio e esquivar o encontro com o outro, desejar o repouso e rejeitar a atividade, buscar a oração e menosprezar o serviço….”, “ensina-nos” o Papa Francisco (Exortação Apostólica Gaudete et exultate ). Ou seja, as religiosas só teriam sentido se fizessem algo, como sustentavam os revolucionários ao suprimir as ordens contemplativas como sendo “inúteis“.

Os que afirmam isso não entenderam que a vida religiosa só tem sentido se se compreende a verdade que um dia o Verbo encarnado pronunciou na pequena aldeia de Betânia: “Marta, Marta, tu afadigas e andas inquieta com muitas coisas, entretanto só uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte”.

Que o Senhor da messe faça com que esta verdade seja compreendida pelo maior número de almas possível.

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Para saber mais sobre as Irmãs da FSSPX, clique aqui e também aqui.

MENSAGEM DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX PELA MORTE DO PE. DANIEL YAGAN

 

 

SSPX News: Society of Saint Pius X on Twitter: "From Our Lady of Victories  Church, Philippines: "It is with great sadness that we announce to you that  our dear Fr. Daniel Yagan

Dias atrás publicávamos (na página do Dominus Est no Facebook e em nosso Canal no Telegram) a triste notícia da morte repentina do Pe. Daniel Yagan, ordenado sacerdote no final do ano passado.

Segue abaixo a mensagem do Pe. Davide Pagliarani, Superior Geral da FSSPX, endereçada aos fiéis da FSSPX nas Filipinas, bem como as fotos da Missa de Réquiem, rezada ontem.

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Padre Pagliarani eleito novo Superior Geral da Fraternidade São Pio X -  Vatican News

Menzingen, 12 de junho de 2021

Caros Confrades e fiéis,

Hoje, os senhores estão celebrando o funeral de um jovem padre, cuja morte repentina nos deixou consternados. Em primeiro lugar, ofereço as minhas condolências cristãs a cada um de vós e, em particular, aos seus familiares.

Eu também fiquei particularmente comovido quando ouvi a triste notícia de que o Pe. Daniel Yagan havia sido chamado de volta a Deus. De fato, eu o conheci 15 anos em Singapura, quando ele começou a frequentar o Priorado. Lembro-me bem do seu entusiasmo, o mesmo entusiasmo que o conduziu ao seminário e ao sacerdócio. Por isso, meu pesar é ainda maior.

Em tais circunstâncias, podemos nos perguntar por que Deus chamou um jovem sacerdote de volta a Si, apenas 6 meses após sua ordenação ao sacerdócio. Aqui estamos diante do mistério de Deus, que às vezes decide tirar um ou outro de seus servos deste vale de lágrimas mais cedo do que de costume. Mas o certo é que este jovem sacerdote, na eternidade em que agora se encontra, continuará a rezar pela Fraternidade São Pio X, que o formou e o capacitou para o sacerdócio, e também por cada um de vocês, que representam o rebanho para o qual a Providência lhe havia pedido para trabalhar. Temos um sacerdote a menos na terra, mas um intercessor a mais na eternidade.

Que Deus abençoe a todos vós. Que Ele conceda o Pe. Daniel Yagan o descanso eterno e a recompensa especial preparada para aqueles que deixaram tudo por amor a Deus.

D. Davide Pagliarani, FSSPX

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NOTA DO BLOG: Além das orações pela alma do Pe. Daniel Yagan, rezemos também pela alma do Pe. Regis Babinet, FSSPX, ordenado por D. Lefebvre, que faleceu piedosamente em Lourdes, no último dia 04 de junho (veja aqui).

Que Deus dê aos dois sacerdotes o descanso eterno.

R.I.P.

AO VIVO: ORDENAÇÕES SACERDOTAIS E DIACONAIS NO SEMINÁRIO SANTO TOMAS DE AQUINO, NOS EUA

Ordenações sacerdotais e diaconais, por Sua Excelência D. Bernard Fellay

Para acompanhar a cerimônia com um livreto em latim e inglês, clique aqui

Estão sendo ordenados 6 novos diáconos (1 mexicano e 5 americanos) e 3 padres (1 irlandês e 2 americanos).

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

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CAPELA“A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1 Cor 13, 4)

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Sabemos que o mundo que vivemos é movido por ideias, por sonhos, por propósitos que são transformados em realidade por aqueles que, como o(a) senhor(a), lutam, batalham, enfrentam a vida de frente. Por vezes, em busca dessas ideias, podemos nos deparar com circunstâncias desfavoráveis, com reveses, com situações que podem nos desanimar, nos irritar em demasia, que podem fazer com que, ainda que por um pequeno lapso de tempo, pensemos em abandonar tudo.

Nessas horas desfavoráveis, onde tudo parece nos escapar, sempre recorremos ao nosso Pai celestial, clamando por suas bênçãos, por sua proteção e pela força necessária para continuarmos.

Tratando ainda das ideias, há ideias boas e ideias ruins, há ideias que serão benéficas para todos, enquanto que há ideias que trarão prejuízos para muitos. O empreendedor, por exemplo, ao se propor um negócio, visa, além de garantir seu sustento, proporcionar à sociedade algo que gerará renda, riquezas, empregos, bens para todos.

O jovem que quer ser professor, ao se propor tal nobre função, visa, além de realizar seu sonho, seu propósito, transmitir a milhares de jovens conhecimentos que lhes serão valiosos na busca de suas próprias ideias. Continuar lendo

NUNCA MAIS A GUERRA?

guerra

“Nunca mais a guerra!”- exclamou Paulo VI em seu discurso perante a ONU em 4 de outubro de 1965. O Papa Francisco recentemente ecoou este grito ao escrever que “é muito difícil hoje defender os critérios racionais, amadurecidos em outros tempos, para falar de uma possível ‘guerra justa’. Nunca mais a guerra!”(Encíclica Fratelli tutti, 3 de outubro de 2020, n° 258).

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Se as objeções feitas à doutrina da guerra justa não são novas, seria errado tirar conclusões precipitadas: “É importante, então, não rejeitar [a doutrina da guerra justa] sob o pretexto do mau uso dela, mais do que se rejeitaria qualquer ideia de amizade sob o pretexto de que falsos amigos podem tirar proveito dela”(Michael Walzer, Guerras justas e injustas, Gallimard, Paris, 2010, pág. 11). “A objeção de que as guerras travadas nos últimos trinta anos, do Vietnã ao Iraque, não levaram muito em conta esses princípios não põe em questão o caráter normativo dos princípios da guerra justa. O fato de que os princípios podem ser violados não significa que esses princípios não existam”(Monique Canto-Sperber, A ideia da guerra justa , PUF, Paris, 2010, pág. 34).

Raízes remotas

Desde a Antiguidade, os filósofos têm refletido sobre a guerra. Para Platão, a moderação é necessária para resolver a discórdia (stasis) entre as cidades gregas, mas não para travar uma guerra (polemos) contra as nações bárbaras. Se, de fato, uma amizade natural une os gregos, uma inimizade igualmente natural os opõe aos bárbaros (cf. A República , livro. 5, 470cd; As Leis, livro 1, 629cd).

Segundo Cícero, “a lei feudal[1] do povo romano determinou cuidadosamente tudo o que dizia respeito à equidade da guerra. Ele nos ensina que uma guerra não pode ser justa se não tiver sido precedida de um pedido de reparação e se não for regularmente declarada” (De Officiis , livro 1, cap. 11). Além disso, “devemos poupar aqueles que não foram cruéis ou bárbaros na luta” (Ibid.).

Hesitações dos primeiros cristãos

Os primeiros cristãos mostraram-se bastante reticentes quanto à profissão militar, que parece ser pouco compatível com a mansidão evangélica: “Eu, porém, digo-vos que não resistais ao (que é) mau; mas, se alguém te ferir na tua face direita, apresenta-lhe também a outra”(Mt 5,39). “Porém Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18,11; Mt 26,52), “não torneis mal por mal a ninguém, procurando fazer bem, não só diante de Deus, mas também diante de todos os homens. 18 Se é possível, tanto quanto depende de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós mesmos, ó caríssimos, mas dai lugar à ira, porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”(Rm 12; 17,19).

No início do terceiro século, Tertuliano enumera detalhadamente os perigos que ameaçam o soldado cristão a serviço de um poder pagão: “Zelará ele pelos templos aos quais renunciou? Ceiará ele nos lugares proibidos pelo Apóstolo? Defenderá pela noite aqueles que ele pôs em fuga de dia com seus exorcismos, apoiando-se e descansando sobre a lança com a qual o lado de Jesus Cristo foi trespassado? Carregará a bandeira rival de Cristo? Pedirá a armadura do príncipe aquele que já a recebeu de Deus? O morto que espera a trombeta do anjo para acordá-lo ficará perturbado pela trombeta que desperta o soldado? O cristão será queimado [isto é, cremado], de acordo com a disciplina do acampamento (militar), ao qual não é lícito queimar e a quem Cristo remeteu a pena do fogo? Quantos outros atos no serviço militar que só podem ser atribuídos à prevaricação! Já não é uma prevaricação recrutar-se do campo da luz para o campo das trevas? “(Da Coroa do Soldado, cap. 11). Continuar lendo