A PRECIOSIDADE DO TEMPO

Preciousness of Time

Não há nada mais precioso do que o tempo, mas, “…pobre de mim…”! Hoje, nada é considerado mais inútil. Os dias da salvação passam e não se pensa neles. Ninguém reflete sobre o fato que esses momentos se foram, para nunca mais voltar.

Fonte: FSSPX Ásia – Tradução: Dominus Est

Muitos, hoje, abusam da paciência de Deus, dando pouca atenção a assuntos tão importantes. Eles desperdiçam tempo, o mais precioso dos dons e, miseravelmente, o desperdiçam em coisas frívolas. São Bernardo escreve: “Hoje as pessoas negligenciam o cuidado de sua alma e se dedicam completamente aos desejos da carne. Eles não têm medo de pecar, têm medo apenas de serem castigados. Sua preocupação não é desenvolver as virtudes do coração, mas a solidez do corpo e até mesmo seu prazer (sua concupiscências). Eles aprenderam essas lições na escola de Hipócrates e Epicuro. Mas este é um tempo para almas e não para os corpos. Estes são dias de salvação, não de voluptuosidade”. E ainda: “Não há nada mais precioso do que o tempo, mas, “…pobre de mim…”! Hoje nada é considerado mais inútil. Os dias da salvação passam e não se pensa neles. Ninguém reflete sobre o fato de que esses momentos se foram, para nunca mais voltar.” Na verdade, não há dádiva mais preciosa do que o tempo: temos uma breve hora para obter perdão, a graça e a glória, e para merecer mais do que o o mundo inteiro pode oferecer. Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 10 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – A PACIÊNCIA SOB O LUTO

morte

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

O amor humano puro, especialmente o amor de pai e mãe por seus filhos, é uma das coisas mais belas da ordem natural. Ele se entrelaça com a nossa própria natureza. Marido e mulher, irmão e irmã e, sobretudo, os filhos que, em um sentido especial, são nossos, são parte de nós mesmos, são nossos por nascimento, nossos por associação constante, nossos por mil laços de amor.

Oh, como é difícil perder alguém do nosso pequeno círculo, ver o lugar vazio, perder seus olhares de amor, o doce som de sua voz.

Então, de fato, precisamos de paciência e devemos implorar para que não lamentemos como aqueles que não têm esperança, mas que possamos humildemente curvar o pescoço sob a mão castigadora de Deus.

Paciência! Como vamos obtê-la sob o golpe esmagador? Continuar lendo

QUE SE NÃO DEVE DAR CRÉDITO A TODOS, E QUÃO FACILMENTE FALTAMOS NAS PALAVRAS

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Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! Quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! Quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos. Bendito sejais, Senhor meu Deus, em tudo que nos sucede. Nós somos fracos e inconstantes, facilmente nos enganamos e mudamos.

Que haverá tão cauteloso e vigilante em todas as coisas, que alguma vez não caia em perturbação ou engano? Mas aquele que em vós, Senhor, confia, e vos procura de coração sincero, não cai tão facilmente. E se vier a cair em alguma tribulação, de qualquer sorte que esteja embaraçado nela, prontamente será por vós libertado ou consolado, porquanto não desamparais para sempre a quem em vós espera. Raro é o amigo fiel que persevera em todas as tribulações de seu amigo. Vós, Senhor, sois o único amigo fidelíssimo e não se acha outro igual.

Oh! bem o soube aquela alma santa (Santa Águeda) que disse: “Meu coração está firmado e fundado em Cristo!” Se assim fora comigo, não me perturbaria tão facilmente o temor humano, nem me abalariam as flechas das más palavras. Quem pode prever tudo e precaver-se contra os males futuros? Se os males previstos já ferem tanto, quanto mais os imprevistos causarão feridas dolorosas! Mas por que motivo, sendo eu tão miserável, não me acautelei melhor? Por que tão facilmente dei créditos aos outros? Entretanto – somos homens e nada mais que homens fracos, ainda que muitos se julguem e chamem anjos. A quem hei de crer, Senhor? a quem senão a vós? Vós sois a verdade que não engana nem pode ser enganada. Ao passo que está escrito: “Todo homem é mentiroso (Sl 115,2), fraco, inconstante, inclinado a pecar, mormente em palavras, de sorte que mal se deve logo acreditar o que, à primeira vista, parece verdadeiro”. Continuar lendo

POR QUE OS CATÓLICOS NÃO COMEM CARNE NAS SEXTAS-FEIRAS?

Os benefícios do jejum e da abstinência de carne para a saúde

A prática de abstinência de carne nas sextas-feiras data do início da Igreja. O princípio da prática penitencial de abstinência, para se atingir o domínio de si mesmo, já estava delineado por São Paulo: “E todos aqueles que combatem na arena de tudo se abstêm e o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1Cor 9, 25) e “Antes nos mostramos como ministros de Deus nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns” (2Cor 6,5).

Menção explícita da prática de abstinência nas sextas-feiras é feita em um documento do fim do século I (A Didaqué dos Apóstolos), assim como por São Clemente de Alexandria e por Tertuliano no século III. Era um costume universal desde o começo, e a sexta-feira foi escolhida em comemoração da Paixão de Nosso Senhor como um dia em que devemos nos esforçar de maneira especial para praticar a penitência. É em reconhecimento do fato de que Cristo sofreu e morreu e deu sua carne humana e sua vida por nossos pecados em uma sexta-feira que os católicos não comem carne nesse dia. O Papa Nicolau I tornou isso lei da Igreja no século IX. Na Igreja Latina, nos primórdios da Idade Média, esse dia de abstinência não foi considerado suficiente, e a abstinência aos sábados foi acrescentada em honra ao sepultamento de Cristo e ao sofrimento de Nossa Senhora e das santas mulheres no Sábado Santo. Isso foi tornado lei da Igreja por São Gregório VII no Século XI, mas, desde então, caiu em desuso, exceto por parte daqueles que querem professar sua devoção a Nossa Senhora de maneira especial. A Igreja Oriental também tem regras  rigorosas para abstinência, pois, nela, a abstinência de carne é praticada nas quartas e nas sextas-feiras.

As regras acerca do que é ou não permitido em dias de abstinência também variaram conforme o tempo. Santo Tomás de Aquino, por exemplo, indica que ovos, leite, manteiga, queijo e gordura são proibidos em dia de abstinência porque eles vêm de animal e, portanto, têm, em sua origem, algum tipo de identidade com a carne. As regras dos nossos dias restringem a abstinência à carne vermelha apenas. Continuar lendo

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – AGOSTO/23

Onde está a Assunção de Maria na Escritura

Caríssimos fiéis,

Embora agosto não tenha o título de mês mariano como maio e outubro, no entanto ele é caracterizado por duas grandes festas da Santíssima Virgem: a Assunção, em 15 de agosto, e o Imaculado Coração de Maria, no dia 22.

O coração, símbolo do amor, faz-nos pensar que Maria é modelo do amor a Deus, um modelo de caridade.

Maria supera todas as outras criaturas no amor. Mais do que qualquer outra, Maria esteve em contato com a caridade infinita, tornou-se participante dela; Maria foi repleta dela: Ela era “cheia de graça”, o Senhor estava nela, o Senhor estava com ela; o Senhor, o próprio Amor, a graça, o manancial divino do seu Coração, do seu “Coração fornalha de caridade”. Foi porque Maria era “cheia de graça”, foi porque a caridade infinita estava nela e ela estava completamente aberta a essa caridade por meio da fé, fortalecida na esperança, que ela recebeu tal abundância e, ademais, foi capaz de corresponder ela, pois, em termos de amor, o que podemos retribuir a Deus que não tenhamos recebido dele? Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 9 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – SOBRE A PACIÊNCIA NAS DOENÇAS

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Não é fácil para aqueles que sempre gozaram de boa saúde compreender o quão pesada é a cruz de uma longa e contínua doença.

Não se trata apenas da dor física, embora muitas vezes ela seja muito difícil de suportar.

É o desconforto, o cansaço, a languidez, a depressão que acompanham a doença; é a inquietação, a incapacidade de encontrar repouso, a solidão das longas horas.

Quão necessária é a paciência para os doentes! Paciência deve ser a palavra de ordem de sua vida. Concedei-me paciência, ó Senhor, paciência para sofrer por Vós e Convosco, e nunca murmurar, mesmo quando a dor e o sofrimento forem maiores.

Há uma forma de doença que é a mais difícil de suportar com paciência. Quando realizamos nossas ocupações habituais em um estado de sofrimento que torna tudo um fardo. Continuar lendo

O ADMINISTRADOR INFIEL – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX

Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, no Priorado S. Pio X de Lisboa, no VII Domingo depois de Pentecostes, com uma observação sobre as palavras do bispo auxiliar de Lisboa a respeito do papel evangelizador das Jornadas Mundiais da Juventude.

AVISADO POR NOSSA SENHORA…

Resultado de imagem para maria santíssima imagemVicente de Bauvais narra que um jovem fidalgo inglês, chamado Ernesto, dera todos os seus bens aos pobres e entrara em um convento. Ali levara vida tão perfeita que os superiores tinham em alta conta, sobretudo por sua devoção especial à Santíssima Virgem.

Tendo aparecido na cidade terrível peste, recorreram os cidadãos aos religiosos, pedindo-lhes que os auxiliassem com suas orações. O superior deu ordem a Ernesto que se fosse pôr em oração diante do altar de Maria Santíssima; e que não se retirasse, enquanto não desse resposta. No fim de três dias Nossa Senhora respondeu que se fizessem certas preces. Apenas lhe obedeceram, cessou o flagelo.

Ora, aconteceu que, pouco a pouco, o jovem monge foi esfriando na devoção de Maria. O demônio assaltou-o com freqüentes tentações, principalmente contra a pureza e a perseverança na vocação.

O infeliz, esquecendo-se de invocar a Mãe de Deus, resolveu fugir, saltando o muro do mosteiro.

Passando por uma imagem da Virgem, que estava no corredor, ouviu as palavras:

– Meu filho, por que me abandonas?

Atordoado e confuso, Ernesto caiu por terra e respondeu:

– Mas não vedes, Senhora minha, que não posso mais resistir? Por que não vindes socorrer-me?

A Virgem replicou:

– E Tu, por que não me invocastes? Se te tivesse recomendado a mim, não terias chegado a esse ponto. De hoje em diante recorre a mim, e nada tens a temer!

O religioso assim fez e viveu sempre feliz, e conquistou o belo Céu.

Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri

A CURIOSIDADE – UMA TENTAÇÃO PARA PECAR

Fonte: FSSPX Portugal

Uma das principais causas do mal no mundo, em que infelizmente todos nós participamos em maior ou menor grau, é a nossa curiosidade em manter uma certa relação com as trevas, em ter alguma experiência do pecado e em saber como são as satisfações da pecaminosidade. Muitas pessoas (embora não o digam tão claramente em palavras) consideram pouco masculino e algo vergonhoso não ter experiência do pecado, como se isso fosse um distanciamento anormal do mundo, uma ignorância infantil da vida, uma simplicidade e estreiteza de espírito, um medo supersticioso e servil.

Não conhecer o pecado por experiência traz ao homem o riso e a zombaria de seus companheiros. E não é estranho que isso aconteça com os descendentes daquele par culpado a quem, no princípio, Satanás ofereceu a entrada num mundo único de conhecimento e satisfação, como recompensa pela desobediência ao mandamento divino. “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável à vista e excelente para dar sabedoria, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu” (Gn 3.6). Continuar lendo

O CRISTIANISMO QUE NÃO MORRERÁ

Gustavo Corção: o Olavo de Carvalho (sem os palavrões) dos anos 1960

Gustavo Corção

As reflexões que no artigo de quinta-feira andamos fazendo, despertadas pela releitura de uma página de Chesterton, levam-nos à conclusão de que haverá arrefecimento do cristianismo todas as vezes que os homens se afligirem, se envergonharem ou se cansarem de o sentir tão incôngruo em relação ao curso da história, e daí tirarem a intenção de afeiçoá-lo àquele andamento.

A crise de nossos dias, a mais ampla e profunda de toda a história da Igreja, começou por um propósito de aggiornamento. O cristianismo estava envelhecido, a Igreja esclerosada, e o bravo mundo moderno passou a interessar-se prodigiosamente por sua renovação. Reformas… reformas… reformas… O pastor anglicano John Robinson, que andou por aqui a fazer conferências, escreveu um volume inteiro para explicar que hoje, na era espacial, não é possível ter a mesma idéia de Deus “fora de nós” tida e mantida pelos antigos. Eis o que diz na tradução portuguesa esse tipo bem representativo de nossa época: “Enquanto não tinham sido explorados, ou era possível explorar (por meio de radiotelescópios, se não com foguetões) os últimos recantos do Cosmos, ainda se podia localizar Deus mentalmente nalguma terra incógnita. Mas agora parece não haver lugar para Ele, não apenas na estalagem, mas em parte alguma do universo: é que já não há lugares vazios.”

É difícil, em tão poucas linhas, dizer mais densa coleção de asneiras sobre a presença de Deus que, para esse notável anglicano, ao que se vê, sempre esteve no limbo das primeiras imagens infantis. O reverendo (que o Prof. Cândido Mendes Almeida importou quando por aqui é abundantíssimo o similar nacional), fascinado por leituras de vulgarizações, e esquecido da presença de Deus em todas as coisas como causa primeira, e como sustentador de todas as existências, pensa que o homem já explorou todos os recantos do universo! Continuar lendo

SABER CALAR-SE

Corre um boato… de início, um leve ruído, como o rasante de uma andorinha ante a tempestade, bem suave…. a pessoa murmura e se vai, deixando um rastro venenoso. A boca balbucia e com vagareza e habilidade chega até o ouvido. O mal está feito: ele germina, arrasta, avança… Quem pode detê-lo?

Fonte: La part des anges n° 2 – Tradução: Dominus Est

O problema não é apenas que haja boatos circulando. A questão é que é preciso aprender a não espalhá-los, e antes de tudo, não procurá-los.

Se não queres fazer o papel de tolo, deves então reservar seu julgamento… e dizer a si mesmo: isso não me interessa. Verás, de repente, o ruído parar, privado do que o faz subsistir. Os interessados ficarão gratos, porque por trás de cada ruído, verdadeiro ou falso, há uma pessoa prejudicada. E para a pessoa que o espalha, haverá menos aborrecimentos com a reparação obrigatória.

Devemos também evitar dizer tudo, se não quisermos ser vítimas de indiscrição e maledicência. Assim Nosso Senhor, que diz de Si mesmo: Eu sou a Verdade, que é o mesmo em todos os aspectos, e que não mede suas atitudes, não despreza a prudência. Sejam prudentes como as serpentes… Ele mesmo nos dá o exemplo de essencial discrição. Ele pesa as suas palavras e sabe calar-se ou reservar-se a uma determinada categoria de pessoas: a vós é dado conhecer o reino de Deus.

Por que Nosso Senhor se reservou assim para certas pessoas? Sem dúvida, Ele se preocupava em instruir os Apóstolos com maior cuidado. Mas Ele sabia, sobretudo, em quem confiava: os apóstolos eram aqueles que estavam com Ele desde o início. Esses homens aprenderam, com a franqueza e a simplicidade do Mestre, a virtude da humildade, pela qual nos conhecemos e nos valorizamos. Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 8 – VIRTUDE DA PACIÊNCIA – PACIÊNCIA NAS TENTAÇÕES

Tentações de Jesus e tentações do homem - Diocese de Campina Grande - PB

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Se todos nós temos que suportar as tentações, devemos tentar suportá-las bem. As tentações não são pecados. Podemos estar cercados de tentações. Elas podem estar presentes por horas. Podemos ter uma espécie de sentimento de culpa, como se tivéssemos ofendido a Deus. No entanto, se não temos consciência de tê-las consentido de alguma forma, tê-las desejado, então nossa consciência está livre de qualquer mancha de pecado, mesmo que eles possam ter causado satisfação à nossa natureza inferior e às nossas inclinações mais baixas.

Lembrar disso nos ajudará muito a suportá-las pacientemente.

Mas há outra consideração consoladora com relação à tentação.

Podemos fazer muito pela honra de Deus e por nosso próprio progresso na virtude por meio de nossa resistência ao tentador. Acumulamos uma reserva de méritos no Céu. Somos purificados como no fogo, e a escória dos pecados veniais e imperfeições é removida. Portanto, devemos ser não apenas pacientes, mas alegres sob as tentações, e agradecer a Deus por elas. Continuar lendo

O PÔNCIO PILATOS DE ONTEM E OS DE HOJE

Pôncio Pilatos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pe. Jean Dominique, O. P.

Na sua Encíclica Pascendi Dominici Gregis, São Pio X resumiu o fundamento filosófico da heresia modernista com esses dois termos: agnosticismo e imanência vital. Ele apontava o dedo para as duas atitudes fundamentais do pensamento moderno, que são a recusa do conhecimento especulativo e uma hipertrofia da causalidade. Para bem compreender o espírito do nosso tempo e poder confrontá-lo, convém nos aprofundarmos nesses dois falsos princípios que se encontram na origem de tantos erros. Para ajudar nossos leitores nessa tarefa, propomos uma parábola sobre o agnosticismo, que não é mais do que uma forma derivada do ceticismo.

Uma parábola moderna — o Senhor Philosophus

Os jornais traziam uma triste notícia. Um jovem de cerca de trinta anos fora massacrado, há pouco tempo, por um bando de malfeitores nas redondezas de Jerusalém. A crueldade dessa execução sumária e o renome desse jovem judeu deram ao ocorrido uma repercussão internacional. O Senhor Philosophus, detetive de reputação, foi incumbido de identificar os criminosos e localizar o seu líder. Pôs na cabeça o seu chapéu de feltro, armou-se com sua lupa e sua lanterna de bolso e, sem mais delongas, lançou-se ao trabalho. Confiando na sua longa experiência e nas suas fontes de informação, nosso homem contava resolver o assunto em pouco tempo. Mas teve de deixar o seu otimismo de lado ao depara-se com uma multidão heterogênea de suspeitos e com testemunhos aparentemente contraditórios. Busquemos acompanhá-lo na sua investigação.

A vítima tinha precisamente trinta e três anos no momento do atentado. Vinha do norte de Israel de uma localidade chamada Nazaré. Sua mãe, presente no lugar do suplício, chamava-se Maria, e seu nome era Jesus.

Quem, portanto, poderia ter cometido uma tal abominação, condenar ao suplício da cruz um homem dotado de tão boa reputação? O Senhor Philosophus seguiu todas as pistas que se lhe apresentaram: os Palestinos?  Os próprios Judeus? Os Romanos que ocupavam a região? Um dos amigos do defunto chamado Judas? A covardia dos seus discípulos que o abandonaram diante do perigo? Soluções as mais contraditórias disputavam o espírito do detetive, sem que ele pudesse resolvê-las de modo categórico. Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 7 – RESISTÊNCIA À TENTAÇÃO

VANTAGENS DAS TENTAÇÕES | DOMINUS EST

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

As tentações são um elemento necessário na carreira de todos os servos de Deus. “Porque tu eras aceito a Deus, disse o Anjo a Tobias, por isso foi necessário que a tentação te provasse.” (Tobias 12, 13). As tentações, portanto, longe de serem qualquer marca da ira ou desagrado de Deus, são um sinal de Seu amor e favor. Este deve ser o nosso consolo quando somos assediados por tentações. São Tiago nos diz: “Meus irmãos, tende por um motivo da maior alegria toda a espécie de tribulações que vos afligem.” (Tiago 1, 2). Devo encarar a tentação com mais alegria do que tenho feito até agora. Devo considerá-la como um sinal do favor de Deus, e assim, a enfrentarei com mais coragem.

Como a tentação é um sinal do amor de Deus?

Ela é um excelente instrumento para gerar humildade. Se tendemos a pensar demais em nós mesmos, nada nos traz mais à razão do que uma tentação humilhante. Ela nos mostra nossa própria fraqueza e a necessidade da confiança contínua em Deus. Ela produz em nós um espírito de dependência de Deus. Esta é a única maneira de passar pela tentação com segurança. Deus prometeu que sempre criará um meio de escapar de toda tentação. Continuar lendo

SERMÃO DE D. LEFEBVRE: OS PRINCÍPIOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA PENETRARAM EM TODAS AS INSTITUIÇÕES – 19 DE ABRIL DE 1987

“Ao longo da história, a Igreja tem feito de tudo para garantir que a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo seja mantida, confirmada, consolidada. Quando povos inteiros se convertiam, ela suplicava aos príncipes que a ajudassem – de bom grado – a organizar universidades católicas naqueles países, a ajudar no estabelecimento de mosteiros, instituições religiosas, instituições cristãs, escolas católicas”.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Os princípios da Revolução penetraram em todas as instituições

Mas as forças do mal são poderosas e o Bom Deus permitiu que essas forças satânicas finalmente penetrassem no coração dos próprios Estados cristãos, no interior dessas grandes famílias que constituíram os Estados católicos, essas grandes famílias cristãs, e que, através do protestantismo, espalhassem a discórdia. As forças do mal acabaram por destruir estes Estados cristãos decapitando os reis, arruinando os Estados católicos.

E assim, os princípios da Revolução de 1789, tendo agora penetrado em todas as instituições, minam a fé católica em todos os lugares, em todas as famílias, até mesmo nos seminários, até mesmo na Igreja e até mesmo no clero! Eis o que disse São Pio X:

“Agora vemos que o inimigo não está apenas fora da Igreja, mas dentro dela. E onde ele está especialmente trabalhando? Está nos seminários.”(1).

Por isso ele pedia aos bispos que expulsassem todos os professores modernistas dos seminários, a fim de não permitir que idéias errôneas, idéias falsas se espalhassem dentro dos seminários. Se as ideias da Revolução, as ideias contrárias à fé católica penetrarem nos seminários, sairão deles um dia padres, bispos e, então, o que será da Igreja? Continuar lendo

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 6 – SOBRE A RECLAMAÇÃO

O julgamento religioso de Cristo

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Quando alguma coisa nos aflige ou nos aborrece, é um impulso natural aliviar nossos sentimentos contando nossas mágoas aos outros, em parte por uma esperança de compaixão, em parte porque é um grande alívio expressar nossa irritação ou nossa tristeza. Tais queixas raramente são feitas sem pecar. Dificilmente é possível falar do que sofremos sem alguma violação da lei da caridade.

Devemos nos esforçar para exercitar a virtude da paciência e controlar as palavras que surgem, com as quais estamos prestes a contar a história de nossos erros. O esforço de manter o silêncio em um caso como esse logo traz sua recompensa. Depois de algum tempo, a dor diminui, ao passo que se nos estendêssemos sobre ela, teríamos nos sentidos mais amargurados do que antes.

Aqueles que sabem que sofremos são edificados pelo nosso silêncio. Nosso ofensor é frequentemente conquistado por nossa mansidão. Continuar lendo

INAPTIDÃO SACRAMENTAL

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO | DOMINUS EST

Que a Igreja possui poder sobre os sacramentos, isso é certo. Mas determinar a extensão exata desse poder pode revelar-se um tanto complexo.

Fonte: Courrier de Rome n° 662 – Tradução: Dominus Est

Uma situação complexa

Se um homem casado recebe o sacramento da Ordem, ele desobedece gravemente a lei da Igreja latina, mas o sacramento da Ordem é validamente recebido, desde que a matéria, a forma, o ministro e a intenção estejam presentes. Este homem casado é verdadeiramente um padre. É certo que ele está proibido de exercer seu ministério, mas se desobedecer e rezar uma Missa, esta Missa será válida. Por outro lado, se um padre tenta se casar, o seu matrimônio é inválido, em virtude de uma decisão da Igreja. Não há, portanto, paridade entre as duas situações, o que pode parecer estranho. Pode-se pensar que o matrimônio se opõe à recepção da Ordem da mesma forma e com as mesmas consequências que a Ordem se opõe à recepção do matrimônio. No entanto, no caso, a desobediência à lei da Igreja torna o sacramento apenas ilícito, enquanto no outro o sacramento é inválido, ou seja, nulo.

A Igreja não errou ao arrogar-se o poder de estabelecer impedimentos matrimoniais dirimentes, isto é, invalidantes?

Daí segue uma objeção: Continuar lendo

PREGADOR QUE SACUDIA O AUDITÓRIO

Resultado de imagem para são vicente ferrer"Nascido em meados do século XIV, na formosa Valença, S. Vicente Ferrer, já na infância, deu claros indícios de extraordinária missão que Deus lhe reservara.

Gostava de ouvir sermões, para, depois, reunidos os seus colegas, repetir-lhes com grande ardor os trechos mais impressionantes.

Apareceram, no pescoço de um seu amiguinho de cinco anos, umas chagas malignas. Vicente foi visitá-lo e, para mortificar-se e aliviar o doente, labeu-lhe as chagas, que, imediatamente, desapareceram. Êste foi o primeiro milagre que operou.

Aos dezoito anos entrou na Ordem Dominicana, tornando-se professor famoso em várias universidades. Mas o fruto obtido por seus sermões fê-lo abandonar a cátedra e dedicar-se exclusivamente à pregação.

Percorreu, como pregador, grande parte da Europa, não faltando em nenhuma de suas missões o famoso sermão sôbre o Fim do mundo e o Juízo universal. Certa vez, ao pregá-lo numa praça diante de milhares de ouvintes, quando pronunciou com voz terrível aquelas palavras dos anjos: “Levantai-vos, mortos, vinde ao Juízo!”, todo auditório caiu por terra, como morto; e, todos, ao se erguerem, estavam pálidos e a tremer, como se surgissem dos sepulcros.

Outra vez, pregando o mesmo sermão, disse ser êle o anjo, do qual S. João diz, no Apocalipse, que cruzará pelos ares, clamando: “Temei a Deus e honrai-o, porque está chegando a hora do Juízo”.

Escandalizaram-se alguns, ao ouvirem tais palavras; mais o Santo, para provar-lhes que tinha razão, mandou que trouxessem uma defunta que era levada ao cemitério. Continuar lendo

COMO NÃO SE DEVE PROCURAR A PAZ NOS HOMENS

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Jesus: Filho se puseres tua paz em alguma pessoa, por conviver contigo e ser de teu parecer, achar-te-ás inconstante e embaraçado. Mas, se recorreres à verdade sempre viva e permanente, não te entristecerás pela ausência e morte de um amigo. Em mim se há de fundar o amor do amigo, e por mim se há de amar todo aquele que nesta vida te parecer bom e amável. Sem mim não vale nada, nem durará a amizade; nem é puro e verdadeiro o amor cujos laços eu não tenha dado. De tal modo deves estar morto para semelhantes afeições dos amigos que, quanto depender de ti, desejes viver sem relações humanas. Quanto mais se chegar o homem para Deus, tanto mais se afastará de todo alívio terreno. E tanto mais alto sobe para Deus, quanto mais baixo desce na sua estimação, e mais vil se reputa.

Mas quem a si mesmo se atribui algum bem impede que a graça venha à sua alma; porque a graça do Espírito Santo sempre busca o coração humilde. Se te souberas perfeitamente aniquilar e desprender de todo amor criado, então viria a ti com a abundância de minhas graças. Quando olhas para as criaturas, perdes a contemplação do Criador. Aprende a vencer-te em tudo por teu Criador, e então poderás chegar ao conhecimento divino. Qualquer coisa, por pequena que seja, se a amas e aprecias desordenadamente, mancha a alma e te separa do sumo bem.

Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 5 – A IMPACIÊNCIA NAS EXPRESSÕES FÍSICAS

Why Impatience May Hurt Your Heart | Live Science

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

A impaciência nas expressões físicas (corporais) é aquela sensação involuntária de irritação que é despertada em nós por alguma causa externa e física. Estamos procurando por algo e não conseguimos encontrá-lo, estamos tentando fixar nossos pensamentos e alguns ruídos perturbadores tornam isso impossível, estamos tentando nos recompor para dormir e algum vizinho problemático nos acorda no exato momento em que o sono se aproximava.

Devido a toda essa impaciência devemos nos humilhar, como sendo um sinal de falhas cometidas no passado e não de pecado atual.

Esse tipo de impaciência física que, se antecipando a nossa razão, é, por vezes, o resultado de impaciência, orgulho e obstinação por muito tempo tolerados. O fantasma dos pecados passados reaparece para nos lembrar do que esquecemos e nos manter humildes. Continuar lendo

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – JULHO/23

Caríssimos fiéis,

Dillon Reeves poderia ter permanecido um ilustre desconhecido durante toda a sua vida. Mas desde 27 de abril deste ano, seu nome se tornou famoso. Esse jovem americano, de Michigan, percebeu que seu ônibus escolar estava andando em ziguezague. O motorista havia desmaiado e Dillon fez o veículo retomar a sua trajetória e depois o parou completamente. Tudo isso apesar de ter apenas 13 anos de idade. Por que ele foi o único a perceber a anomalia na direção? Ao contrário de seus amigos, ele não estava absorto em seu celular. Como ele soube manobrar o ônibus? Dillon não tem celular! Isso permitiu que ele observasse o motorista todos os dias. Pais, os Senhores dão um celular aos seus filhos, para que eles não fiquem isolados do mundo. Claro, eles estão em contato com o mundo, mas desconectados da realidade.

O aspecto mais surpreendente desse caso provavelmente não é o ato heroico do menino, mas a reação das outras crianças, cujas vidas talvez ele tenha salvado: depois que o veículo parou, Dillon lhes disse que pedissem ajuda. Nenhuma delas quis fazê-lo, pois estavam muito ocupadas filmando a cena. Pais, os Senhores dão um telefone celular aos seus filhos para a segurança deles. Os Senhores não estão apenas colocando em risco seus corpos e almas, mas também destruindo o altruísmo deles. A postagem supera a caridade!

Tudo isso também se aplica, é claro, aos adultos. Continuar lendo

30/06/23 – 35 ANOS DAS SAGRAÇÕES EPISCOPAIS EM ÉCÔNE

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Preferimos continuar na Tradição, esperando que essa Tradição reencontre seu lugar em Roma, esperando que ela reassuma seu lugar entre as autoridades romanas, em suas mentes” — Mons. Marcel Lefebvre

Introdução de Michael J. Matt (editor de Remnant) – Tradução Dominus Est

Em 1976, quando eu tinha dez anos, fui crismado pelo Arcebispo Marcel Lefebvre. Lembro-me de um homem bondoso e santo, de fala suave e verdadeiramente humilde. Mesmo ainda sendo crianças, meus irmãos e eu entendemos que ali estava um verdadeiro soldado de Cristo, que assumira uma posição corajosa e solitária em defesa da sagrada Tradição, em um momento em que não havia nada mais “hip” do que novidade e inovação. Nosso pai estava junto a ele, e esses homens eram “traddies” muito bem antes de “traddy” ser algo legal.

Lembrem-se que o mundo inteiro estava passando por um revolução na época — sexual, política, litúrgica, cultural — e “não havia nada mais antiquado do que o passado“. A resistência solitária dos primeiros tradicionalistas pôde, então, ser comparada a algo tão absurdo (aos olhos do mundo na época) como um homem na lama em Woodstock que insistisse para que os hippies colocassem suas roupas de volta e parassem de tomar ácido e fumar maconha. Ninguém se importava. Eram zombados, riam deles e, por fim, mandados que saíssem da Igreja.

Os tempos estavam realmente ‘mudando’, e com poucas exceções, o elemento humano da Igreja de Cristo acompanhou a loucura — com efeito, poder-se-ia dizer, liderando o caminho.

Quando nos lembramos do motivo desses homens terem resistido à loucura dos anos 60, lembremo-nos de que eles não foram motivados principalmente pela ideia de salvaguardar suas próprias circunstâncias. O Arcebispo Lefebvre, por exemplo, estava aposentado antes que o mundo descobrisse quem ele era. Ele foi persuadido a sair de sua aposentadoria por seminaristas que, de repente, viram-se cercados por lobos em pele de cordeito, nos próprios seminários. Os modernistas estavam, literalmente, em toda parte. Continuar lendo

É LÍCITO MENTIR EM ALGUMA CIRCUNSTÂNCIA?

Pe. Juan Carlos Iscara, FSSPX

Não há dúvida de que mentir é proibido pela Lei de Deus (8º Mandamento) e, sendo este um mandamento negativo (“Não mentir”), obriga sempre e em todo caso, diferentemente de um mandamento positivo (“Honrar pai a mãe”), que obriga apenas quando necessário.

Essa necessidade absoluta foi exposta dramaticamente por Nosso Senhor perante Caifás e o Sinédrio inteiro quando Ele respondeu claramente “Sim, tu o dizes”, o que significa: “Eu sou Cristo e o Filho de Deus”. Nosso Senhor sabia perfeitamente que essa confissão iria levá-Lo à crucifixão. Então, permanece de pé o princípio de que “não havemos de fazer o mal para que venham bens [deste mal]” (Rom 3,8)

Dito isso, não se tem a obrigação de dizer a verdade quando desnecessário fazê-lo. Além disso, tem-se o direito de distrair o interlocutor para algum outro assunto. Os moralistas permitem o uso de anfibologia (afirmação ambígua, com duplo sentido, como: “Pedro não está em casa”, significando: “Para vê-lo”) se uma pessoa prudente a entenderia dadas as circunstâncias. Semelhantemente, os moralistas explicam que não se pode simular uma ação (um ministro ardilosamente retém a intenção de dar absolvição, p. ex.), mas pode-se dissimular uma ação para fazer terceiros pensarem que se está fazendo algo quando, na verdade, não se está. Portanto, é lícito a um Padre admoestar severamente seu penitente, para dar a impressão aos outros de que está dando-lhe absolvição [quando, na verdade, não está].

Em alguns casos recentes notórios, há controvérsia e debate sobre se alguns investigadores mentiram ou simplesmente usaram anfibologia e restrições mentais amplas, ou seja, dissimulação ao invés de simulação. Não podemos, porém, permitir que o sucesso aparente de alguns vídeos enganem nosso julgamento. Se eles foram obtidos através de mentiras, seria um caso do fim justificando os meios. Os filhos da luz não podem usar os meios e armas dos filhos das trevas. A revolução deve ser combatida com a contrarrevolução e não com os princípios da própria revolução.

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 4 – NA IMPACIÊNCIA

Como controlar a impaciência? Veja 6 Estratégias que podem ajudar! -  Instituto Humanizar

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

A impaciência é uma das mais insensatas de todas as falhas. Não nos beneficia em nada e não alivia nossos sofrimentos, pelo contrário, os agrava.

Ninguém goza de qualquer paz enquanto estiver cedendo a sentimentos de impaciência. A pessoa fica descontente, infeliz, inquieta… Acha intolerável o que poderia suportar muito bem se fizesse o esforço necessário e engolisse a irritação crescente ou reprimisse palavras de raiva. Ela está sempre agitada e é um incômodo para si mesmo e para todos ao seu redor. Não sei disso por experiência própria? Se não, devo agradecer a Deus por me dar uma disposição tão feliz. Continuar lendo

NOVOS CURSOS DO PRIORADO DA FSSPX EM SANTA MARIA/RS DISPONÍVEIS

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Prezados amigos, leitores e benfeitores,  louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Uma excelente notícia, uma excelente novidade!!!

Os “Cursos das Quartas-feiras” do Priorado Imaculado Coração de Maria, de Santa Maria/RS, antes disponíveis apenas em DVD, estão sendo agora disponibilizados para compra através da plataforma Hotmart.

Aos poucos, os responsáveis subirão todos os títulos.

Recentemente, novos cursos foram adicionados.

Acessem a plataforma através desse link: https://hotmart.com/pt-br/club/public/curso4afeira/products e aproveitem essas excelente formações para aprendizado, crescimento na espiritualidade, na fé,  nutrindo-se da verdadeira Doutrina católica.

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O Curso das Quartas-feiras é uma instituição herdada de uma longa tradição, e consiste num esforço de olhar para as diversas áreas do conhecimento (como a História, a Arte, a Política…) à luz da Verdade revelada à Igreja Católica.

A Religião não é, por um lado, uma atividade humana a mais, paralela às outras. Mas tampouco é uma substituição e aniquilação das diversas disciplinas do conhecimento humano.

O objetivo destes cursos é iluminar com a Fé essas muitas disciplinas, a fim de que possam brilhar no lugar próprio para o qual foram criadas por Nosso Senhor. Se o objetivo é tão universal, o ambiente não poderia ser mais “paroquial”: é o exercício da autoridade e governo intelectual e espiritual dos Padres sobre estes fiéis concretos.

A distribuição virtual dos cursos é feita em primeiro lugar para atender aos paroquianos de Santa Maria que queiram recapitular alguma aula, e não deve ser entendida pelos visitantes (que são bem-vindos!) como a abertura de uma banquinha no livre mercado de ideias da internet, erro tipicamente moderno que destrói completamente o sentido do Magistério de Cristo e de Sua Igreja. É um convite a entrar no nosso salão paroquial (e até a eventual crueza técnica da imagem e do som, o barulho das crianças ou dos grilos têm, pelo menos, a virtude de ajudar a lembrar disso) e compartilhar, filialmente, do bem difundido por essa autoridade paterna, real e concreta. “Pega um pedaço de bolo, enche o copo de quentão ou limonada e vamos rezar para começar.”