COM QUE FREQUÊNCIA DEVO ME CONFESSAR?

Qual é a matéria do sacramento da Confissão?

Pe. Juan Carlos Iscara, FSSPX

Em consonância com a lei divina, a Igreja enfatiza a necessidade de confessar todo e cada pecado mortal de que se lembre após exame diligente e adequado, com todas as circunstâncias que podem alterar a espécie do pecado. Nos tempos presentes, como consequência da obrigação de receber comunhão ao menos uma vez por ano, temos, também, por preceito eclesiástico, a obrigação grave de confessar, ao menos uma vez por ano, quaisquer pecados mortais ainda não acusados em confissão válida.

A Igreja não exige nada mais — nem uma frequência maior, nem a confissão dos pecados veniais — mas tanto a Igreja quanto todos os autores espirituais aconselham e encorajam-nos a duas coisas adicionais. Em primeiro lugar, buscar a absolvição dos nossos pecados mortais o quanto antes e tão frequentemente quanto preciso.

Em segundo lugar, também somos aconselhados e encorajados à confissão devocional mesmo de nossos pecados veniais. Como o Concílio de Trento estabelece: Continuar lendo

A ELEVAÇÃO E O PATER

O cânon da Missa termina com o que chamamos de pequena elevação. Antes do século XII, essa era a única elevação no rito da Missa.

Fonte: Apostolo n° 178 – Tradução: Dominus Est

O sacerdote, depois de fazer a genuflexão, pega a hóstia entre os dedos e, com ela, traça cinco cruzes: três cruzes acima do cálice dizendo “por Ele, com Ele e nEle”. Com este gesto e essas palavras o rito indica que o Corpo e o Sangue de Cristo, embora separados pelo sacramento, estão unidos na glória da Ressurreição.

Em seguida, o sacerdote traça duas cruzes diante do cálice “a Vós que sois Deus Pai onipotente, na unidade do Espírito Santo…”; mostrando assim que apenas o Filho encarnou, mas que o Pai e o Espírito Santo estão presentes nesse sacrifício para recebê-lo.

Em seguida, o sacerdote coloca novamente a hóstia sobre o cálice e os eleva juntos, dizendo: “Toda honra e toda glória Vos sejam dadas”. Esta elevação significa a Ascensão de Cristo ressuscitado, pela qual o Pai recebe e aceita o sacrifício do Filho, consumando assim a nossa salvação. Continuar lendo

GESTICULAÇÕES E PALAVRAS VAZIAS

A Nota Gestis Verbisque, do Dicastério para a Doutrina da Fé, restaurará a ordem na liturgia conciliar?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Experiências litúrgicas que resultam em sacramentos inválidos: mais de 50 anos após a reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II, o fenômeno está suficientemente difundido a ponto de ser objeto de um texto do Dicastério para a Doutrina da Fé que “diz respeito à Igreja como um todo” (1). As consequências desses erros são graves, uma vez que um sacramento inválido pode levar à invalidade de todos os outros sacramentos recebidos posteriormente, mesmo que estes últimos tenham sido administrados seguindo todas as condições. Por exemplo: não pode ser ordenado sacerdote – mesmo pelo mais tradicional dos Bispos – o sujeito que recebeu um batismo com uma fórmula inválida. Dessa forma, “numa tão grave situação se encontraram também alguns sacerdotes. Estes, tendo sido batizados com fórmulas desse tipo, descobriram dolorosamente a invalidade da sua Ordenação e dos Sacramentos celebrados até aquele momento.” (2).

Uma constatação alarmante

É preciso dizer que a criatividade nessa área pode ir longe na nova liturgia, como essa fórmula denunciada pelo Cardeal Fernández: “Em nome do papai e da mamãe… nós te batizamos”. A realidade é alarmante: “Infelizmente, deve-se constatar que não sempre a celebração litúrgica, em particular a dos Sacramentos, realiza-se na plena fidelidade aos ritos prescritos pela Igreja.” (3). Daí as elementares advertências catequéticas – que poderiam ter sido desnecessárias se, como sustenta sem pestanejar a Gestis verbisque, os novos ritos do Vaticano II “exprimissem mais claramente as realidades santas que significam e produzem” (4). Obscura claridade… Continuar lendo

A COMUNHÃO AOS DOENTES

A Eucaristia chega àqueles que não podem ir a ela. 

A visita domiciliar do padre proporciona verdadeiro conforto moral e espiritual aos doentes.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Frequente nos primeiros séculos do Cristianismo, a prática da comunhão sacramental evoluiu largamente ao longo do tempo antes de encontrar nova relevância com o Papa São Pio X.

Nos séculos VII e VIII, tanto no Ocidente como no Oriente, os cristãos mais praticantes limitavam-se em comungar três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e no Natal. Em 1215, o IV Concílio de Latrão chegou a impor a obrigação da confissão anual e da comunhão pascal. É compreensível que, nessas condições, os indivíduos saudáveis se absterem de comungar, apenas os moribundos recebiam o viático.

Na França, durante o renascimento espiritual e pastoral que marcou o século XVII, o conforto moral dos enfermos tornou-se prioridade à comunidade paroquial. O Ritual, promulgado pelo Papa Paulo V em 1614, oferecia uma forma litúrgica bem desenvolvida para a visita aos enfermos. Os padres tinham a preocupação de permitir-lhes comungar pelo menos na Páscoa, mas nas paróquias mais observadoras prevalecia o costume de visitar metodicamente todos os doentes, três ou quatro vezes por ano, raramente mais, para confessá-los e dar-lhes a Eucaristia. Como o Ritual nos lembra (título 4, capítulo 4, nº 3), o pároco deve exortar os doentes a receberem a Sagrada Comunhão, especialmente nas proximidades de uma grande Festa, e não deve se recusar a cumprir ele mesmo esse serviço. Continuar lendo

INAPTIDÃO SACRAMENTAL

PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO | DOMINUS EST

Que a Igreja possui poder sobre os sacramentos, isso é certo. Mas determinar a extensão exata desse poder pode revelar-se um tanto complexo.

Fonte: Courrier de Rome n° 662 – Tradução: Dominus Est

Uma situação complexa

Se um homem casado recebe o sacramento da Ordem, ele desobedece gravemente a lei da Igreja latina, mas o sacramento da Ordem é validamente recebido, desde que a matéria, a forma, o ministro e a intenção estejam presentes. Este homem casado é verdadeiramente um padre. É certo que ele está proibido de exercer seu ministério, mas se desobedecer e rezar uma Missa, esta Missa será válida. Por outro lado, se um padre tenta se casar, o seu matrimônio é inválido, em virtude de uma decisão da Igreja. Não há, portanto, paridade entre as duas situações, o que pode parecer estranho. Pode-se pensar que o matrimônio se opõe à recepção da Ordem da mesma forma e com as mesmas consequências que a Ordem se opõe à recepção do matrimônio. No entanto, no caso, a desobediência à lei da Igreja torna o sacramento apenas ilícito, enquanto no outro o sacramento é inválido, ou seja, nulo.

A Igreja não errou ao arrogar-se o poder de estabelecer impedimentos matrimoniais dirimentes, isto é, invalidantes?

Daí segue uma objeção: Continuar lendo

É NECESSÁRIO RECEBER O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO SOB CONDIÇÃO?

Crismas 2019 – Galeria fotográfica | Fraternidade Sacerdotal São Pio X no  Brasil

Fonte: Courrier de Rome  n° 662 – Tradução: Dominus Est

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Da etimologia à teologia

Todos conhecem Gaffiot. Félix Gaffiot (1870-1937), decano da Faculdade de Letras de Besançon, que não é conhecido apenas pela sua famosa adega (1), leiloada no domingo, 8 de maio de 1938. Ele é, sobretudo, autor do prestigiado Dicionário ilustrado Francês-Latim, publicado pela Editions Hachette, em 1934, e constantemente reeditado desde então. Aprendemos lá que o substantivo feminino “oliva”, que designa simultaneamente a oliveira e o seu fruto natural, a oliva (azeitona), deu origem ao outro substantivo neutro “oleum”, que significa o óleo. A relação etimológica aqui apoia essa ligação: aos olhos dos antigos, o óleo era, como tal, obtido do fruto da oliveira e, portanto, o óleo era essencialmente um azeite de oliva. Todos os demais “óleos” só foram nomeados como tais por analogia, ou seja, à custa de uma ampliação de sentido que vem acompanhada de uma certa perda do conceito. Além do azeite de oliva, existem também (para nos atermos aos óleos vegetais) óleo de amendoim, óleo de noz, óleo de colza, óleo de milho, óleo de linhaça, óleo de palma, óleo de rícino, óleo de soja e óleo de girassol. Existem ainda óleos animais (óleo de fígado de bacalhau, óleo de foca e, sobretudo, óleo de baleia, utilizados até ao século XIX, antes do advento do gás, como combustível para lâmpadas de iluminação) e óleos minerais, alguns dos quais podem ser obtidos por destilação do petróleo. Sem falar nos óleos essenciais. Mas esses “óleos” são apenas substitutos e, além das semelhanças externas, a verdadeira substância que corresponde adequadamente a esse nome só pode ser o oleum, o líquido proveniente da oliva, fruto natural da oliveira.

2. De acordo com essa abordagem dos antigos, a Igreja sempre reconheceu apenas o azeite de oliva como matéria válida para os sacramentos da Confirmação e da Extrema Unção, excluindo qualquer outro tipo de óleo. Definitivamente, o mesmo se aplica ao pão. O pão é a matéria válida do sacramento da Eucaristia, mas – nosso Gaffiot ainda está aí para atestar isso – trata-se aqui unicamente do pão feito de farinha de trigo, pois, como o óleo em sentido próprio é o azeite, também o pão no sentido próprio é o pão feito com as espécies mais nobres (o “triticum”) do gênero do trigo (o “frumentum”). Os outros “pães” são assim chamados em virtude de uma analogia que tanto diminui como amplia a noção e é por isso que eles não são chamados de “pão” em seu sentido próprio. Aos olhos da Igreja, o pão feito com cevada (“hordeum”), aveia (“avena”), arroz (“oryza”), milho, castanhas, batatas ou outros vegetais não é matéria válida para a Eucaristia, pois esses ingredientes não pertencem ao gênero do trigo; a espelta (“spelta, ae, f“) e o centeio são, certamente, espécies do género do trigo, mas distintas da sua espécie mais nobre, o “triticum“, razão pela qual não é matéria adequada para fazer pão em sentido próprio, ou seja, não é matéria válida para o sacramento da Eucaristia. Continuar lendo

COMPREENSÃO MÚTUA ENTRE OS ESPOSOS

Não basta amarem-se para compreenderem-se! 

No matrimonio, como em qualquer outro relacionamento, é necessário conhecer-se e conhecer também o outro para compreenderem-se e viverem melhor.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O amor dos esposos implica na compreensão mútua. Mas não basta amarem-se para compreenderem-se! Se temos tanta dificuldade para entender-nos, como podemos esperar que os esposos possam se compreender se não exercitam a observação por muito tempo?

É evidente que o ato de observar os outros pode ser feita por razões completamente opostas. Assim, pode-se observar egoisticamente a fim de transformar o conhecimento adquirido em benefício próprio. É o caso dos homens que se dedicam a conhecer a mulher para seduzi-la, ou das mulheres que procuram descobrir as fraquezas dos homens para submetê-los aos seus caprichos. A intenção é, então, maliciosa, e tem como objetivo um conhecimento interessado. Mas pode-se também buscar um conhecimento desinteressado a fim de ajudar e apoiar. É o caso do educador que se empenha em conhecer melhor a criança para melhor cuidar dela, e dos cônjuges que buscam conhecerem-se melhor para melhor compreenderem-se e melhor ainda viverem.

É esse conhecimento desinteressado que é tão necessário à vida conjugal para fazer o bem um ao outro. E como amar é querer e fazer o bem do outro, a caridade desempenhará um papel essencial nesta observação e nesta compreensão mútua. Sem caridade, não pode haver uma compreensão mútua íntima: permaneceremos na superfície dos corações! E por que isso? Porque é a caridade que nos separa de nós mesmos, nos coloca em condição de entendimento e nos ajuda a penetrar nas verdadeiras necessidades do cônjuge, a adivinhá-las e até a antecipá-las: é melhor prevenir do que remediar! É a caridade que também nos ajuda a encontrar os remédios adequados para as suas dificuldades, dores e sofrimentos. Ela faz com que se ajudem cada vez mais! Continuar lendo

SERMÃO SOBRE A FALSA VERGONHA DE SE CONFESSAR OS PECADOS

A confissão perfeita e a confissão sacrílega

São João Crisóstomo

Todos nós, irmãos, sabemos que Nosso Senhor Jesus Cristo é bom, clemente, misericordioso, e não deseja a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Vigiai, todos, e estai preparados, pois não sabeis a hora em que Nosso Senhor virá. Vinde, escutai suas palavras: arrependei-vos, pois se aproxima o reino dos céus. De resto, irmãos, o Juízo Final está às portas; haverá muitas lágrimas, gemidos e preces; sendo a oração necessária não apenas hoje, mas também amanhã.

A oração é, pois, o tesouro infinito de todo o bem, porto de calmaria, causa de tranquilidade, remédio do espírito, santificação do corpo e da alma; a oração abre as portas do céu, aproxima de Deus todos os homens, pequeno e grande, rico e pobre, e todo aquele que, com todo o coração, rezar todos os dias, tornar-se-á tão grande quanto os anjos.

Contudo, que dizem muitos com indiferença?

Sou pecador – um diz – oprimido e coberto de desonra. Não me atrevo a contemplar a grandeza do céu, pois pequei muito por pensamentos, palavras e obras, desperdiçando todos os dias, todas as horas de minha vida em coisas vãs. Com que liberdade posso me aproximar da igreja? Como abrirei minha boca indigna e impura? Como moverei meus lábios e pedirei perdão pelas minhas indignas ações perante Deus? Continuar lendo

O NOVO RITO DA EXTREMA-UNÇÃO

Cinquenta anos após a promulgação do novo rito, surge uma pergunta: quais são as principais diferenças entre o antigo e o novo rito de Extrema-Unção?

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Vinde ver o mais belo espetáculo que se pode apresentar na terra; vinde e vereis morrer um fiel cristão… Assim como um sacramento abriu as portas do mundo aos justos, assim outro também as fechará; a religião teve o prazer de embalá-lo no berço da vida; seus belos cânticos e sua mão maternal o adormecerão também no berço da morte… O sacramento libertador gradualmente rompe seus laços; sua alma, já quase separada de seu corpo, é como que visível em seu rosto.

Chateaubriand, O Gênio do Cristianismo

Principais mudanças

Todo sacramento é constituído de uma parte essencial e de uma parte acidental.

A parte essencial é composta de matéria e forma.

O assunto corresponde ao que é oferecido ao sacramento e à forma pela qual é apresentado. Por exemplo, a matéria do sacramento do batismo é a água que corre sobre o catecúmeno.

A forma é a fórmula utilizada que especifica o significado da matéria. A forma do batismo é a seguinte: “Eu te batizo em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

As partes acidentais ou secundárias constituem a totalidade do rito, gestos e orações, que especificam o significado do sacramento e sustentam a fé e a devoção do celebrante e dos fiéis.

As mudanças introduzidas pela reforma conciliar referem-se a esses diferentes pontos.

A matéria e o problema do óleo

O novo ritual prevê o uso de um óleo diferente do de oliva. Paulo VI justifica-o nestes termos: “Dado que o azeite de oliva, até agora prescrito para conferir validamente (1) o sacramento, é escasso ou difícil de obter em certas regiões, decretamos, a pedido de vários Bispos, que, por conveniência, outro óleo possa ser utilizado no futuro, desde que este seja extraído diretamente das plantas, de modo que seja um óleo o mais próximo possível do azeite [de oliva]“.

Esta inovação constitui uma ruptura com a Tradição, ainda que o Concílio de Florença tenha sido extremamente explícito a respeito: “O quinto sacramento é a extrema-unção cuja matéria é o azeite de oliva abençoado pelo Bispo (2)”. O catecismo do Concílio de Trento, o Código de Direito Canônico de 1917 (3) e Santo Tomás (4) expressam-se da mesma forma quando mencionam o azeite “oleum olivae”. Continuar lendo

FOTOS DAS CRISMAS E PONTIFICAL – 2022

Em 27 de Agosto de 2022, Sua Excelência Reverendíssima Dom Alfonso de Galarreta, ministrou o sacramento da Confirmação a 140 pessoas das Capelas e Missões atendidas pelo Priorado de São Paulo/SP e, em seguida, celebrou Solene Pontifical no trono (Missa Votiva do Espírito Santo), assistida por cerca de 450 fiéis.

CLIQUE AQUI E ACESSE O ALBUM FOTOGRÁFICO

MISSA TRIDENTINA EM RIBEIRÃO – 20 E 21 DE AGOSTO

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Prezados amigos, leitores e benfeitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Devido às Crismas na FSSPX que serão administradas por D. de Galarreta no dia 27 de agosto, a Missão da FSSPX em Ribeirão foi antecipada para os dias 20 e 21 desse mês.

Os horários podem ser vistos clicando aqui.

RECONCILIAÇÃO E CONFIRMAÇÕES NA BELÍSSIMA MINORITENKIRCHE, EM VIENA

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No sábado, 25 de junho de 2022, na Solenidade da Natividade de S. João Batista (adiada em um dia neste ano, por causa da Festa do Sagrado Coração de Jesus), D. Bernard Fellay, Bispo auxiliar da FSSPX, celebrou essa grande festa com os fiéis vienenses, e também com numerosos fiéis da Hungria e da Eslováquia.

Após a reconciliação da Igreja pelo Bispo (devido a vários acontecimentos infelizes nesta Igreja no passado), o santo Sacramento da Confirmação foi administrado a 65 crianças e adultos, seguido de uma Missa Pontifical. Em sua homilia, D. Fellay deu aos crismandos um grande encorajamento para uma boa vida cristã e um frutuoso apostolado sem medo dos homens de nosso tempo. As declarações centrais do sermão também foram lidas em húngaro e eslovaco.

A Missa foi acompanhada por uma magnífica composição de Cláudio Monteverdi (1567-1643), o grande mestre da capela de S. Marco em Veneza, maravilhosamente apropriada para a Igreja Minoritenkirche e sua Congregação Italiana Senhora das Neves, estabelecida em Viena há quase 400 anos.

Depois das celebrações, houve uma confraternização entre padres e fiéis.

Mais fotos das celebrações podem ser vistas clicando aqui.

Para saber mais sobre a história da belíssima Minoritenkirche e como se tornou propriedade da FSSPX em 2021, leia os links abaixo:

UMA NOVA IGREJA PARA A FSSPX EM VIENA

PRIMEIRA MISSA PÚBLICA NA MINORITENKIRCHE

A ÁGUA BENTA

Pia batismal – Foto de Igreja Matriz de Cristo Rei, Bento Gonçalves -  Tripadvisor

Adentremos na tradição e na intenção da Igreja, evitando usar a água benta mecanicamente.

Fonte: Apostol n ° 156 – Tradução: Dominus Est

Quando entramos em uma igreja, nosso primeiro gesto é se utilizar da água benta com a qual fazemos o sinal da cruz sobre nós mesmos. Em suma, abençoamo-nos com a água benta.

A água benta é o sacramental básico, por assim dizer. Não contém a graça – como é o caso dos 7 sacramentos – mas é uma prece muito poderosa da Igreja. O seu efeito principal é expulsar os demônios graças aos exorcismos que esta água recebeu, e ao sal que o sacerdote acrescenta durante a sua bênção. A água benta remove, portanto, as perturbações imediatas do demônio, tais como apegos ao pecado, tentações e distrações.

É aconselhável, portanto, utilizar a água benta para estar melhor preparado para honrar o lugar sagrado – que é a igreja, para alí rezar, para assistir os ofícios e receber os sacramentos. Em poucas palavras, a água benta leva-nos do profano ao sagrado. Continuar lendo

CRISMAS – FSSPX- 2022

Missa Pontifical com Mons. Alfonso de Galarreta | Fraternidade Sacerdotal  São Pio X no Brasil

Dom Alfonso de Galarreta administrará o Sacramento da Confirmação no sábado, 27 de agosto, em Sumaré/SP.

Todos aqueles que dependem de uma capela do Priorado de São Paulo e desejam receber o sacramento da Confirmação (inclusive sub conditione) devem preencher as seguintes condições:

– Frequentar uma capela da Fraternidade São Pio X por mais de seis meses;

– Entregar ao Padre encarregado de sua capela um certificado de Batismo, certificado de Confirmação do padrinho/madrinha e o formulário de inscrição preenchido;

– Assistir aos cursos de formação que serão agendados posteriormente.

As inscrições serão encerradas em 15 de junho.

Todas as informações necessárias e o formulário de registro estarão disponíveis no site www.fsspx.com.br .

INÍCIO DO ANO LETIVO DE 2022 NO SEMINÁRIO DA FSSPX EM LA REJA

Año académico 2022

Retiro espiritual

Este ano contamos com a presença do nosso Superior Geral, o Revmo. Pe. Davide Pagliarani, que veio da Casa Geral para pregar o Retiro de início do ano letivo, iniciado em 7 de março, festa de Santo Tomás de Aquino, da qual também participaram cerca de 20 sacerdotes do Distrito.

A comunidade em 2022

Tivemos um grande número de jovens que ingressaram no Seminário:

  • 9 no ano de espiritualidade (3 brasileiros)
  • 2 como postulantes dos Irmãos (1 brasileiro)
  • 5 no ano de humanidades (2 brasileiros)

A eles devem ser somados os 25 seminaristas que continuam seus estudos, assim como os 6 Irmãos. Atualmente, o número total de membros da comunidade, junto aos padres professores, é de 53.

Banquete com os fiéis no domingo

No domingo que se seguiu ao retiro, dia 13, o Superior Geral celebrou a Missa da comunidade às 10h, seguida de um almoço ao ar livre para o qual todos os fiéis foram convidados e assim saudar o nosso querido ex-Reitor.

Juramento antimodernista e peregrinação ao santuário de Luján

Na segunda-feira, dia 14, o ano letivo foi inaugurado com a Missa votiva do Espírito Santo, pela qual o Reitor e os demais professores renovaram o Juramento Antimodernista. E no dia seguinte, terça-feira, a comunidade foi em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Luján para colocar o ano a seus pés, implorando suas graças e bênçãos.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 693 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

ARIZONA: AVISO DE PROCURA POR BATISMOS INVÁLIDOS

A diocese de Phoenix (Estados Unidos, Arizona) acaba de lançar um apelo a testemunhas a fim de encontrar pessoas que foram “batizadas” por um padre que utilizava uma fórmula inválida, desde 2005.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

O Arizona é famoso por seu Grand Canyon, uma fenda monumental, com 1.800 metros de profundidade (em alguns lugares), e que se estende por quase 500 km. Mas há vários dias, é outro abismo – esse de incompreensão, no qual estão mergulhados os católicos deste Estado do Sudoeste dos Estados Unidos.

Em 1º de fevereiro de 2022, o canal de televisão Telemundo Arizona, revelou que as cerimônias de batismo realizadas nos últimos 17 anos por um padre da Diocese de Phoenix são, provavelmente, inválidas.

E como o batismo é a porta de entrada necessária para a Igreja e para a vida sacramental, conclui-se que todos os outros sacramentos posteriormente recebidos também são inválidos.

A propósito, nem ousamos imaginar a magnitude desta catástrofe, se um dos sujeitos assim “batizados”, de forma inválida, foi ordenado sacerdote na idade adulta… Continuar lendo

O SEGREDO DA CONFISSÃO: LEI DIVINA OU LEI HUMANA?

Le secret de confession, loi divine ou loi humaine ? • La Porte Latine

No site do jornal  La Croix, Jean-Eudes Fresneau, sacerdote da diocese de Vannes(França), contesta a afirmação da Santa Sé segundo a qual “o segredo inviolável da Confissão provém diretamente do direito divino revelado”(1).

Fonte: Courrier de Rome n° 648 – Tradução: Dominus Est

Ele afirma, ao contrário, que a Igreja tem o direito de modificar sua disciplina sobre o assunto. Que, com efeito, este segredo não é declarado pela Igreja como parte dos quatro elementos necessários, indispensáveis ​​e estruturantes do sacramento (contrição, confissão, satisfação e absolvição).

E o autor do artigo conclui: “Já não é absolutamente possível que a Igreja seja objetivamente cúmplice de crimes escondendo-os sob uma falsa misericórdia. “

Devemos, portanto, nos perguntar: a obrigação do confessor de guardar o mais estrito segredo sobre os pecados ouvidos na confissão provém apenas de uma lei eclesiástica, ou tem Deus como seu autor? No primeiro caso, o Papa poderia modificá-lo. No segundo, o Papa não teria poder sobre ela porque, como diz Santo Tomás: “O Papa não tem o poder de dispensar da lei divina“(2).

Recordemos de que o direito divino tem duas vertentes. A primeira é a lei natural, que se funda na natureza das coisas. A segunda é positiva, ou revelada, e baseia-se na Revelação, seja no Antigo ou no Novo Testame Continuar lendo

BENEFÍCIOS DA EXTREMA-UNÇÃO: UM PADRE TESTEMUNHA

A Unção dos Enfermos perdoa os pecados?

Ainda consigo ver o rosto daquele homem no momento que entrei em seu quarto de hospital após o telefonema de sua esposa. Ao me ver, disse a si mesmo, segundo suas próprias palavras: “Estou ferrado”.

Fonte: Le Phare breton n°14 – Tradução: Dominus Est

A fim de evitar preocupações excessivas, que algumas famílias têm, da ideia de administrar ao seu próximo o sacramento da Extrema Unção, gostaria de lhes mostrar os maravilhosos efeitos desse sacramento. Um dos efeitos mais tangíveis é o conforto espiritual. Quando uma pessoa está sobrecarregada por uma doença, ela fica facilmente susceptível a preocupações e agitações.

Ora, a Extrema-Unção tem por efeito apaziguar o doente, ajudá-lo a abandonar-se nas mãos de Deus. Quantos doentes testemunharam essa mudança súbita, imediata e verdadeiramente palpável que sentiram após receber este sacramento! Ainda consigo ver o rosto deste homem no momento que entrei em seu quarto de hospital após o telefonema de sua esposa. Ao me ver, disse a si mesmo, segundo suas próprias palavras: Estou ferrado. No entanto, ele concordou, voluntaria ou involuntariamente, em receber os últimos sacramentos. Ora, imediatamente depois, sentiu uma paz e uma alegria indescritíveis que o transfiguraram e que não o deixaram até sua última hora. Quantos casos semelhantes não encontramos em nosso ministério!

Além desse efeito espiritual, há, por vezes, também um efeito sobre o corpo. Estando a alma revigorada, o paciente tem uma melhora moral, o que afeta seu físico. Por vezes, vemos resultados tangíveis assim que o sacramento é recebido. Continuar lendo

D. LEFEBVRE EXPLICA A EXTREMA UNÇÃO

Almas Devotas: Os Sete Sacramentos - EXTREMA-UNÇÃO

O sentido pastoral de D. Lefebvre coloca a doutrina da Igreja sobre este sacramento ao alcance de todos os fiéis.

Fonte: Le Phare breton n°14 – Tradução: Dominus Est

Frequentemente as pessoas ficam assustadas com a Extrema-Unção. Muitas pessoas pensam imediatamente na morte quando lhe falam sobre a Extrema-Unção. E muitas vezes as pessoas em volta do paciente ficam mais assustadas que ele próprio.

Quem são aqueles a quem a Extrema-Unção deve ser administrada? É importante lembrar isso porque erros são comuns sobre esse assunto, hoje em dia. A Extrema-Unção deve ser administrada a uma pessoa doente e por uma doença que, eventualmente, pode a levar à morte. O Concílio de Trento declara: “Os fiéis devem ser ensinados que há um certo número de pessoas a quem não é permitido administrar este sacramento, embora tenha sido instituído para todos os cristãos, sem exceção. E, em primeiro lugar, não pode ser administrado a quem goza de boa saúde. As palavras do Apóstolo São Tiago são claras: “Se alguém estiver doente entre vós”. (Tg 5, 14) Mas, por outro lado, a própria razão nos mostra isso, uma vez que este sacramento foi instituído para servir de remédio não só para a alma, mas também para o corpo.(1)

Um dos efeitos do sacramento da Extrema-Unção é, portanto, não apenas restaurar a saúde da alma, apagar os pecados, mas também dar saúde ao corpo. Está escrito literalmente no discurso de São Tiago: “Está entre vos algum enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e (estes) façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o aliviará” (Tg 5, 14-15). Continuar lendo