“ONDE ESTÁ A TRADIÇÃO, ALÍ ESTÁ A IGREJA” – SERMÃO DE MONS. LEFEBVRE

Sermão inédito de Mons. Lefebvre durante uma peregrinação de ação de graças a Nossa Senhora de Marches, pelas sagrações episcopais de 1988, proferido em 19 de novembro do mesmo ano, em Bulle (Suíça).

RESUMO

Neste sermão, Mons. Lefebvre dá graças a Deus pelo dom extraordinário de 4 novos Bispos para a Igreja Católica. Essas sagrações – aparentemente – ocorreram sem a autorização de Roma por causa das circunstâncias da apostasia geral, disseminada até mesmo nos círculos romanos.

A PRIORIDADE: MANTER SUA FÉ

Mons. Lefebvre faz questão de recordar que esta apostasia foi predita pelas Sagradas Escrituras e pela Santíssima Virgem Maria em La Salette, em Fátima e em muitas outras circunstâncias. A Santíssima Virgem advertiu que no final do século 20 haveria uma situação calamitosa na Igreja que poderia levar todos os cristãos a perderem a fé. Mas, ao mesmo tempo, essas profecias nos anunciam que permanecerão na Igreja fiéis que manterão a fé católica, por uma graça particular do Bom Deus.

A primeira coisa a preservar para permanecer fiel a Deus é sua fé, seguindo o exemplo de todos os mártires. O que é um mártir? É uma testemunha da fé que preferiu derramar seu sangue ao invés de abandonar a fé católica. Os fiéis da Tradição são como testemunhas: em muitas circunstâncias são perseguidos e desprezados. Na realidade, eles querem apenas manter a fé, por isso seguem Padres e Bispos católicos que também querem manter a fé católica. Continuar lendo

MENSAGEM DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX PELA MORTE DO PE. DANIEL YAGAN

 

 

SSPX News: Society of Saint Pius X on Twitter: "From Our Lady of Victories  Church, Philippines: "It is with great sadness that we announce to you that  our dear Fr. Daniel Yagan

Dias atrás publicávamos (na página do Dominus Est no Facebook e em nosso Canal no Telegram) a triste notícia da morte repentina do Pe. Daniel Yagan, ordenado sacerdote no final do ano passado.

Segue abaixo a mensagem do Pe. Davide Pagliarani, Superior Geral da FSSPX, endereçada aos fiéis da FSSPX nas Filipinas, bem como as fotos da Missa de Réquiem, rezada ontem.

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Padre Pagliarani eleito novo Superior Geral da Fraternidade São Pio X -  Vatican News

Menzingen, 12 de junho de 2021

Caros Confrades e fiéis,

Hoje, os senhores estão celebrando o funeral de um jovem padre, cuja morte repentina nos deixou consternados. Em primeiro lugar, ofereço as minhas condolências cristãs a cada um de vós e, em particular, aos seus familiares.

Eu também fiquei particularmente comovido quando ouvi a triste notícia de que o Pe. Daniel Yagan havia sido chamado de volta a Deus. De fato, eu o conheci 15 anos em Singapura, quando ele começou a frequentar o Priorado. Lembro-me bem do seu entusiasmo, o mesmo entusiasmo que o conduziu ao seminário e ao sacerdócio. Por isso, meu pesar é ainda maior.

Em tais circunstâncias, podemos nos perguntar por que Deus chamou um jovem sacerdote de volta a Si, apenas 6 meses após sua ordenação ao sacerdócio. Aqui estamos diante do mistério de Deus, que às vezes decide tirar um ou outro de seus servos deste vale de lágrimas mais cedo do que de costume. Mas o certo é que este jovem sacerdote, na eternidade em que agora se encontra, continuará a rezar pela Fraternidade São Pio X, que o formou e o capacitou para o sacerdócio, e também por cada um de vocês, que representam o rebanho para o qual a Providência lhe havia pedido para trabalhar. Temos um sacerdote a menos na terra, mas um intercessor a mais na eternidade.

Que Deus abençoe a todos vós. Que Ele conceda o Pe. Daniel Yagan o descanso eterno e a recompensa especial preparada para aqueles que deixaram tudo por amor a Deus.

D. Davide Pagliarani, FSSPX

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NOTA DO BLOG: Além das orações pela alma do Pe. Daniel Yagan, rezemos também pela alma do Pe. Regis Babinet, FSSPX, ordenado por D. Lefebvre, que faleceu piedosamente em Lourdes, no último dia 04 de junho (veja aqui).

Que Deus dê aos dois sacerdotes o descanso eterno.

R.I.P.

UM PADRE ENTRE OS VIAJANTES

viagem

Milhões de almas estão praticamente prontas para receber a graça e a verdade.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Nesta “área de itinerantes (viajantes)” existem cerca de vinte caravanas. Um padre da Fraternidade São Pio X (FSSPX) visita o local há algum tempo, tentando compartilhar com eles alguns momentos de amizade em torno de uma xícara de café e alguns bolos, a fim de ganhar aceitação. Pouco a pouco, a desconfiança é substituída por simpatia mútua, e os corações então se abrem. A vantagem da batina é que não há necessidade de rodeios por muito tempo: as discussões sobre religião surgem muito rapidamente. O padre conhece os pontos que causarão dificuldade e os pontos a serem abordados.

Ele guarda Santo Tomás em sua cabeça, mas fala com o coração, de maneira simples, cada vez mais simples. Levará tempo para lhes levar a graça, assim como habilidade, orações e sacrifícios pessoais. Mais tarde, alguns deles acreditarão verdadeiramente que ele carrega a verdadeira doutrina do Senhor, face ao evangelismo conquistador. Nenhum argumento os conquistou, nem qualquer raciocínio teológico. Confessaram: “Vimos que nos amais e que nada esperais de nós; vimos que não vieste para vencer o pastor, que sua vinda foi gratuita, apenas para o nosso bem.”

Um dia, o pastor evangélico que vive neste acampamento, tomado de raiva contra este padre que definitivamente está começando a ter uma influência excessiva, se aproxima para iniciar um debate público. Ele havia aguçado seus argumentos para atacar e ridicularizar o catolicismo, e estes recaem sobre o padre como uma série de objeções da Summa Theologica.

Ele tem que responder, mas primeiro deve acalmá-lo, deixá-lo relaxar um pouco com humor, para responder às objeções uma a uma, simplesmente colocando-se ao alcance dos ouvintes. Acima de tudo, não mostrar impaciência, apenas amor por suas almas Isso ele repetia a si mesmo, interiormente. Mas agora a Virgem Maria, a toda pura, é atacada. A palavra de Jesus na cruz “Mulher, eis o teu filho” é interpretada pelos protestantes referindo-se exclusivamente ao apóstolo João. Continuar lendo

COLABORE COM NOSSA CAMPANHA

CAPELA“A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1 Cor 13, 4)

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Sabemos que o mundo que vivemos é movido por ideias, por sonhos, por propósitos que são transformados em realidade por aqueles que, como o(a) senhor(a), lutam, batalham, enfrentam a vida de frente. Por vezes, em busca dessas ideias, podemos nos deparar com circunstâncias desfavoráveis, com reveses, com situações que podem nos desanimar, nos irritar em demasia, que podem fazer com que, ainda que por um pequeno lapso de tempo, pensemos em abandonar tudo.

Nessas horas desfavoráveis, onde tudo parece nos escapar, sempre recorremos ao nosso Pai celestial, clamando por suas bênçãos, por sua proteção e pela força necessária para continuarmos.

Tratando ainda das ideias, há ideias boas e ideias ruins, há ideias que serão benéficas para todos, enquanto que há ideias que trarão prejuízos para muitos. O empreendedor, por exemplo, ao se propor um negócio, visa, além de garantir seu sustento, proporcionar à sociedade algo que gerará renda, riquezas, empregos, bens para todos.

O jovem que quer ser professor, ao se propor tal nobre função, visa, além de realizar seu sonho, seu propósito, transmitir a milhares de jovens conhecimentos que lhes serão valiosos na busca de suas próprias ideias. Continuar lendo

NUNCA MAIS A GUERRA?

guerra

“Nunca mais a guerra!”- exclamou Paulo VI em seu discurso perante a ONU em 4 de outubro de 1965. O Papa Francisco recentemente ecoou este grito ao escrever que “é muito difícil hoje defender os critérios racionais, amadurecidos em outros tempos, para falar de uma possível ‘guerra justa’. Nunca mais a guerra!”(Encíclica Fratelli tutti, 3 de outubro de 2020, n° 258).

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Se as objeções feitas à doutrina da guerra justa não são novas, seria errado tirar conclusões precipitadas: “É importante, então, não rejeitar [a doutrina da guerra justa] sob o pretexto do mau uso dela, mais do que se rejeitaria qualquer ideia de amizade sob o pretexto de que falsos amigos podem tirar proveito dela”(Michael Walzer, Guerras justas e injustas, Gallimard, Paris, 2010, pág. 11). “A objeção de que as guerras travadas nos últimos trinta anos, do Vietnã ao Iraque, não levaram muito em conta esses princípios não põe em questão o caráter normativo dos princípios da guerra justa. O fato de que os princípios podem ser violados não significa que esses princípios não existam”(Monique Canto-Sperber, A ideia da guerra justa , PUF, Paris, 2010, pág. 34).

Raízes remotas

Desde a Antiguidade, os filósofos têm refletido sobre a guerra. Para Platão, a moderação é necessária para resolver a discórdia (stasis) entre as cidades gregas, mas não para travar uma guerra (polemos) contra as nações bárbaras. Se, de fato, uma amizade natural une os gregos, uma inimizade igualmente natural os opõe aos bárbaros (cf. A República , livro. 5, 470cd; As Leis, livro 1, 629cd).

Segundo Cícero, “a lei feudal[1] do povo romano determinou cuidadosamente tudo o que dizia respeito à equidade da guerra. Ele nos ensina que uma guerra não pode ser justa se não tiver sido precedida de um pedido de reparação e se não for regularmente declarada” (De Officiis , livro 1, cap. 11). Além disso, “devemos poupar aqueles que não foram cruéis ou bárbaros na luta” (Ibid.).

Hesitações dos primeiros cristãos

Os primeiros cristãos mostraram-se bastante reticentes quanto à profissão militar, que parece ser pouco compatível com a mansidão evangélica: “Eu, porém, digo-vos que não resistais ao (que é) mau; mas, se alguém te ferir na tua face direita, apresenta-lhe também a outra”(Mt 5,39). “Porém Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18,11; Mt 26,52), “não torneis mal por mal a ninguém, procurando fazer bem, não só diante de Deus, mas também diante de todos os homens. 18 Se é possível, tanto quanto depende de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós mesmos, ó caríssimos, mas dai lugar à ira, porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”(Rm 12; 17,19).

No início do terceiro século, Tertuliano enumera detalhadamente os perigos que ameaçam o soldado cristão a serviço de um poder pagão: “Zelará ele pelos templos aos quais renunciou? Ceiará ele nos lugares proibidos pelo Apóstolo? Defenderá pela noite aqueles que ele pôs em fuga de dia com seus exorcismos, apoiando-se e descansando sobre a lança com a qual o lado de Jesus Cristo foi trespassado? Carregará a bandeira rival de Cristo? Pedirá a armadura do príncipe aquele que já a recebeu de Deus? O morto que espera a trombeta do anjo para acordá-lo ficará perturbado pela trombeta que desperta o soldado? O cristão será queimado [isto é, cremado], de acordo com a disciplina do acampamento (militar), ao qual não é lícito queimar e a quem Cristo remeteu a pena do fogo? Quantos outros atos no serviço militar que só podem ser atribuídos à prevaricação! Já não é uma prevaricação recrutar-se do campo da luz para o campo das trevas? “(Da Coroa do Soldado, cap. 11). Continuar lendo

QUANDO DOIS APÓSTOLOS DA MISSA, D. LEFEBVRE E PADRE PIO, SE ENCONTRAM

Pio

Em 27 de março de 1967, em San Giovanni Rotondo, o Padre Pio recebeu a bênção de Mons. Lefebvre, que foi lhe pedir orações. Os dois religiosos foram animados pelo mesmo amor pela Missa e pela Igreja.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O Embaixador da França junto à Santa Sé, Wladimir d’Ormesson, deu seu testemunho sobre uma Missa que assistiu, do Padre Pio:

Digo isso porque é verdade. Nunca na minha vida assisti a uma missa tão comovente. E, no entanto, muito simples. O Padre Pio agia apenas de acordo com os ritos tradicionais. Mas ele recitou os textos litúrgicos com tal clareza e convicção, tal intensidade emanava de suas invocações, seus gestos – por mais sóbrios que fossem – eram de tal grandeza que a Missa assumiu não sei quais proporções e se tornou – o que na realidade é e o que muitas vezes esquecemos que é – um ato absolutamente sobrenatural.[1]

Não foi em um piscar de olhos da Providência que o grande defensor da Santa Missa tradicional, Mons. Marcel Lefebvre, encontrou o Padre Pio? A 27 de março de 1967 (segunda-feira de Páscoa) Mons. Lefebvre, Superior Geral dos Espiritanos, foi a San Giovanni Rotondo para pedir-lhe que rezasse pelo Capítulo Geral de sua Congregação.[2] Continuar lendo

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

Clique aqui e ouça o belíssimo ofício Adoro Te Devote, composto por Santo Tomás de Aquino a pedido do Papa Urbano IV, no século XIII, por ocasião da promulgação da Festa de Corpus Christi através da Bula “Transiturus de hoc mundo”.

Jesus Cristo habita conosco no Santíssimo Sacramento?

Ó sagrado convite em que se recebe a Cristo:
renova-se a memória de sua Paixão;
a alma se plenifica de graça,
e nos é dado um penhor da glória futura.

Fonte: Hojitas de Fe, 200, Seminário Nossa Senhora Corredentora, FSSPX
Tradução: 
Dominus Est

Nas Vésperas da festa de Corpus Christi cantamos esta linda antífona, escrita (como todo o Ofício do Santíssimo Sacramento) por Santo Tomás de Aquino, e carregada de significado teológico.

Com efeito, Santo Tomás nos ensina na Suma Teológica (III, 60, 3) que todo sacramento, especialmente o da Eucaristia, é um sinal sensível que significa a nossa santificação, na qual podemos considerar três coisas: 1º a própria causa da santificação, que é a Paixão de Cristo; 2º sua essência mesma, que é a graça; 3º seu fim último, que é a vida eterna.

E assim, a Sagrada Eucaristia é um sinal rememorativo da Paixão de Cristo; um sinal demonstrativo do que se realiza em nossas almas pela Paixão de Cristo, a saber, a graça; e um sinal prenunciativo da glória futura. Consideremos, pois, cada um desses três pontos.

1º A Sagrada Eucaristia – sinal rememorativo da Paixão de Cristo

Esta é uma das verdades fundamentais que se nos quer fazer esquecer hoje, quando nos apresentam a Sagrada Eucaristia somente sob o aspecto da comunhão ou de ceia. No entanto, a Sagrada Eucaristia deve ser apreciada e considerada também sob outro aspecto, mais importante, que é o de sacrifício. A Sagrada Eucaristia não é tão somente uma comunhão com o Corpo e Sangue de Cristo; é, antes de tudo, a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. Ambos os aspectos são inseparáveis. Sem Sacrifício não haveria Sacramento: uma vez que Cristo faz-se presente sob as espécies de pão e vinho para ser imolado. Da mesma forma, sem Sacramento não há Sacrifício: porque, para que haja sacrifício, é necessária a presença da Vítima e porque a integridade do Sacrifício exige a comunhão com a Vítima sob o aspecto de Sacramento. Continuar lendo

FINALIZANDO O MÊS, UMA SELETA DE NOSSOS POSTS DE MAIO

DEVE-SE TEMER UMA AMEAÇA À MISSA TRADICIONAL?

A GRANDE LACUNA DOS CONSERVADORES

A PERSEVERANÇA É MERITÓRIA?

APOSTOLADO ENTRE OS NEGRITOS, A TRIBO MAIS ANTIGA DAS FILIPINAS

NÚMERO RECORDE DE EUTANASIAS NA HOLANDA

RECADO DE SÃO PIO X AOS LIBERAIS, CONTRA O SIONISMO: OS JUDEUS NÃO RECONHECERAM NOSSO SENHOR, É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS RECONHECER O POVO JUDEU

MONS. LEFEBVRE PROFETIZA SOBRE A SOVIETIZAÇÃO DE NOSSA SOCIEDADE

MONS. LEFEBVRE: NO CERNE DA “QUESTÃO ECÔNE”: O LIBERALISMO

COMO FAZER UM GESTO DE CARIDADE ESSE MÊS?

NOVIDADES DA CAMPANHA DE CONSTRUÇÃO DO PRÉ-SEMINÁRIO EM SANTA MARIA – 100% DA META

CENTENÁRIO DA MISSA DE MARIA MEDIANEIRA

CRISMAS 2021 EM SÃO PAULO

ENTENDENDO A INSANIDADE

NATURALISMO: PERIGO PARA A FÉ

CHILE: UM PASSO EM DIREÇÃO AO ABISMO

DEVE-SE TEMER UMA AMEAÇA À MISSA TRADICIONAL?

Diversos rumores e alguns sites parecem sustentar como provável a publicação de um texto questionando, pelo menos parcialmente, o Motu Proprio Summorum Pontificum, do Papa Bento XVI, autorizando sob certas condições a celebração da Missa tradicional e afirmando que esta jamais foi proibida.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

OS ELEMENTOS QUE SUSTENTAM O RUMOR

primeiro sinal é bastante remoto, mas revela uma certa aversão do Papa reinante à liturgia tradicional, ou seja, sua vontade de não permitir sua extensão, pelo menos entre as comunidades “Ecclesia Dei ”.

De fato, várias dessas comunidades, como os Franciscanos da Imaculada ou mesmo a Família Christi, viram-se fortemente sancionadas, até mesmo dissolvidas, por causa de sua aproximação com a Tradição e, em particular, com o rito tradicional da Missa.

Um segundo sinal apareceu com a enquete sobre o rito “extraordinário” lançado pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em março de 2020, entre todos os bispos.

Para quem conhece um pouco dos bastidores desse tipo de investigação, era óbvio desde o início que o resultado não importava muito. Mas, por outro lado, era previsível que servisse de pretexto para introduzir uma reforma ou mudança na situação atual da Missa tradicional.

Um terceiro sinal confirma a anterior: logo que os resultados da enquete chegaram a Roma, uma decisão, tão brutal quanto inesperada, definiu o destino das Missas privadas celebradas na Basílica de São Pedro. Nessa ocasião, a celebração do Rito Tridentino foi relegada ao segundo plano, tanto em termos de local como de tempo. Continuar lendo

A PERSEVERANÇA É MERITÓRIA?

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A cada comunhão que oferece, o sacerdote repete: “Que o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde vossa alma para a vida eterna!” 

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Na noite de Páscoa, Nosso Senhor “fingiu” afastar-se dos discípulos de Emaús, que imediatamente “O exortaram, dizendo: Fica conosco, porque faz-se tarde, e o dia declina” (Lc XXIV, 29). Sem este convite imediato, a graça de reconhecer o Cristo ressuscitado ter-lhes-ia escapado. Quando o tempo pascal se aproxima do fim, fazemos nossas as orações deles. Queremos que a alegria da Páscoa permaneça conosco.

Cristo, que “ressuscitou para nossa justificação” (Rm IV, 25), quer que participemos desta vida na Sua paz, através da graça da perseverança em seu amor. Pela Paixão e Ressurreição de Nosso Senhor, estamos mortos para o pecado e vivos para Deus (cf. Rom. VI, 11). Assim como Cristo retomou a posse de sua vida para nunca mais morrer, assim, a alma redimida deve conservar para a vida eterna o dom precioso da graça. O altar onde se renova o sacrifício de Cristo é a nova árvore da vida onde o fiel católico encontra o alimento que lhe permitirá permanecer, livre de faltas, no amor do bom Deus segundo esta promessa: “Quem come a Minha carne e bebe Meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo VI, 57). A cada comunhão que oferece, o sacerdote repete: “Que o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde vossa alma para a vida eterna! “

A perseverança é, antes de tudo, uma virtude que enfrenta a longitude do tempo. Santo Tomás ensina que ela “tende a perseverar” apesar da perspectiva de uma vida de luta, mas acrescenta imediatamente que não se segue necessariamente que, tendo virtude, a pratiquemos inevitavelmente até os últimos dias [1]. Entretanto, o termo perseverança também designa o fato de permanecer em estado de graça até o final. Às almas que se salvam, “o que é dado pela graça de Cristo não é apenas poder perseverar, mas perseverar de fato”, observa Santo Agostinho [2] . Continuar lendo

A GRANDE LACUNA DOS CONSERVADORES

PEDRA

O pontificado do Papa Francisco tem visto o número de “conservadores” aumentar constantemente.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Por “conservadores” devemos entender os católicos que não estão dispostos a comprometer a fé católica, que esperam uma renovação ou um florescimento da Igreja neste mundo secularizado e que têm um sincero desejo de ver o corpo místico crescer através de novas conversões. Em outras palavras, aqueles que mantiveram o espírito católico.

Porém, ao mesmo tempo, esses conservadores querem seguir todas as reformas engendradas pelo Concílio Vaticano II. Isto pareceu-lhes possível, com alguns malabarismos, até ao Papa Francisco.

No entanto, desde o início deste último pontificado, e particularmente em certas ocasiões – tais como os dois sínodos sobre a família, como a exortação pós-sinodal Amoris laetitia , como o sínodo para a Amazônia e especialmente seu instrumentum laboris , ou ainda o documento sobre a Fraternidade Humanidade – os conservadores têm-se sentido cada vez mais desconfortáveis.

Isso tem-se manifestado em contestações cada vez mais frequentes, e cujas origens são cada vez mais elevadas na hierarquia eclesiástica: contestações à Amoris laetitia através de várias petições, incluindo a famosa corretio filialis, bem como pela carta-dubia de quatro cardeais, ataques regulares a documentos ou atos romanos por Eminências como os cardeais Müller, Brandmüller, Burke ou Zen, bem como por bispos …

Esta contestação é nova. Quase não havia vestígios disso antes de 2013 e da chegada ao trono de Pedro do atual Soberano Pontífice. Existe, portanto, uma ligação clara entre os dois. E há de se acrescentar que esta contradição assume, por vezes, formas mais severas em vários cardeais e bispos. Continuar lendo

HARMONIA ENTRE OS PAIS

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Irmãs da FSSPX

Como todas as noites, a mãe de Clara está supervisionando o dever de casa de sua menininha (que tem certa tendência à preguiça – especialmente quando se trata de se concentrar nos trabalhos da escola). Sua mãe, então, toma a decisão de ajudá-la a superar esse defeito, dizendo: “Agora que você entendeu, deve terminar seus exercícios de matemática sozinha, e não irá brincar lá fora até que esteja tudo pronto e bem feito”. Clara suspira, boceja, rascunha alguns números, suspira novamente… A mãe é firme: “Vamos; você consegue. Vou preparar a mamadeira do Pedro e, quando voltar, quero que o primeiro exercício esteja pronto”. Assim que a mãe deixa a sala, Clara se levanta e vai direto ao outro cômodo e, aninhando-se no colo do pai, diz: “Papai, o dever de matemática está muito difícil. Pode me ajudar?”. E ele, olhando os cachos dourados, o sorriso charmoso e o rostinho fofo da filha favorita, responde: “Vá buscar seu caderno e te ajudarei”. Ao retornar, a mãe descobre, descontente, que mais uma vez Clara não fez seus deveres sozinha. (Continue a ler)

Perder x  Perder

Quem venceu nessa pequena estória? Certamente não foi a menina Clara, que perdeu uma boa oportunidade de crescer na virtude ao combater seu defeito predominante. Tampouco foi sua mãe, cuja autoridade foi anulada quando o marido permitiu algo que ela proibira. Certamente também não foi o pai, cuja fraqueza (ou imprudência) não lhe fez crédito aos olhos da filha. A menina sabe tirar vantagem do fato, porém acaba por diminuir a afeição, estima e admiração que tem por ele (que não foi suficientemente severo).

As crianças rapidamente percebem qual dos pais é menos exigente ou mais propenso a ceder aos seus caprichos – e tiram vantagem do fato, em detrimento de uma boa educação. Por isso é de suma importância que o casal entre em harmonia em relação às demandas educacionais dos filhos; caso contrário, diminuirão a autoridade um do outro. A melhor maneira de fazer isso é tirar um tempo para conversarem sobre a educação das crianças (sem elas por perto, obviamente!) e quais os objetivos, quais os defeitos predominantes de cada uma — e a melhor maneira de ajudá-las a superá-los, que esforços devem ser exigidos e quais devem ser deixados de lado momentaneamente. Essas são algumas das questões essenciais que deverão primeiramente ser respondidas. Assim, cada um dos cônjuges pode dividir com o outro o que percebe na criança. A mãe, mais intuitiva, poderá notar uma dor secreta que o pai, mais direto, não percebeu. A família lucrará com essa harmonia: os pais estarão mais unidos ao exercerem a grande tarefa de educar, as crianças estarão cercadas de afeto e tudo e todos trabalharão pelo bem comum. Continuar lendo

HÁ CIRCUNSTÂNCIAS NAS QUAIS OS SACRAMENTOS DA IGREJA PODEM SER MINISTRADOS A NÃO-CATÓLICOS?

SACRAMENTOS DA IGREJA (PARTE 2 DE 2) | Pela Fé Católica

Pe. Juan Carlos Iscara, FSSPX

O Cânone 731, § 2º, claramente estabelece que “é proibido que os Sacramentos da Igreja sejam ministrados a hereges e cismáticos, ainda que peçam por eles e estejam de boa fé, exceto se, tendo rejeitado previamente os seus erros, eles se reconciliarem com a Igreja”

Todos os canonistas e moralistas concordam que aqueles que são hereges ou cismáticos e sabem que estão em erro não podem receber os Sacramentos da Igreja, a não ser que renunciem a seus erros e reconciliem-se com a Igreja. Numerosos decretos do Santo Ofício põem essa questão a salvo de qualquer controvérsia.

Há controvérsia acerca daqueles cristãos (batizados) que estão separados da Igreja de boa fé. É evidente que a Igreja não pode, como regra, permitir a administração dos Sacramentos a não-católicos. Isso negaria seus próprios princípios. Os Sacramentos são oferecidos àqueles que estão dispostos a viver de acordo com o que a Igreja ensina.

Acerca daqueles não-católicos que estejam em boa saúde, a proibição de dar os Sacramentos é absoluta. Mas, se estiverem em perigo de morte, parece que pode haver uma exceção. Continuar lendo

RECADO DE SÃO PIO X AOS LIBERAIS, CONTRA O SIONISMO: “OS JUDEUS NÃO RECONHECERAM NOSSO SENHOR, É POR ISSO QUE NÃO PODEMOS RECONHECER O POVO JUDEU”

Fonte: Media-Press.Info – Tradução: Dominus Est

Entrevista com o Papa São Pio X, relatada por Theodore Herzl, pai do sionismo, em seu jornal em 25 de janeiro de 1904:

Fui levado à casa do papa através de um grande número de pequenos salões. Ele me recebeu de pé e estendeu a mão, que eu não beijei (…).
Apresentei-lhe brevemente meu caso. Ele respondeu em um tom severo e categórico (…):

Nós não podemos apoiar esse movimento [sionista]. Não podemos impedir os judeus de irem a Jerusalém, mas não podemos de forma alguma apoiar isso. Mesmo que nem sempre fosse santa, a terra de Jerusalém foi santificada pela vida de Jesus Cristo. Como chefe da Igreja, não posso lhe dizer outra coisa. Os judeus não reconheceram Nosso Senhor, e é por isso que não podemos reconhecer o povo judeu. (…)

Eis aí, pensei, o antigo conflito que recomeça entre Roma e Jerusalém; ele representa Roma, eu Jerusalém. (…)

Mas o que o senhor diz, Santo Padre, sobre a situação atual? – perguntei.

Sei muito bem que é desagradável ver os turcos de posse de nossos lugares santos”, respondeu ele. Somos forçados a suportar. Mas apoiar os judeus para que possam obtê-los – os Lugares Santos – é algo que não podemos fazer.

Enfatizei que nossa motivação era o sofrimento dos judeus e que pretendíamos deixar de lado questões religiosas.

Sim, disse ele, “mas nós, e especialmente eu como chefe da Igreja, não podemos. Dois casos podem surgir: Continuar lendo

MONS. LEFEBVRE: NO CERNE DA “QUESTÃO ECÔNE”: O LIBERALISMO

LEFEBFRE

Em uma Carta a Amigos e Benfeitores publicada em 1975, Mons. Lefebvre explicou o que estava no centro da oposição que se manifestava contra o Seminário de Ecône: o liberalismo, por natureza contrário à Tradição da Igreja. Observações sempre esclarecedoras para compreender a implacabilidade contra a Tradição que infelizmente ainda está em andamento na Igreja.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Como explicar essa oposição à Tradição em nome de um Concílio e sua aplicação? Podemos razoavelmente, e devemos realmente, nos opor a um Concílio e suas reformas? Além disso, podemos e devemos nos opor às ordens da hierarquia que apelam ao Concílio e todas as orientações pós-conciliares oficiais? Eis o grave problema que hoje, passados ​​dez anos pós-conciliares, surge na nossa consciência por ocasião da condenação de Ecône. É impossível responder prudentemente a essas perguntas sem fazer um breve relato da história do liberalismo e do catolicismo liberal nos últimos séculos. Só podemos explicar o presente por meio do passado.

Princípios do liberalismo

Vamos primeiro definir o liberalismo, em poucas palavras, cujo exemplo histórico mais típico é o protestantismo. O liberalismo pretende libertar o homem de qualquer restrição indesejada ou aceitas por ele mesmo.

Primeira libertação: aquela que liberta a inteligência de qualquer verdade objetiva imposta. A Verdade deve ser aceita diferentemente de acordo com os indivíduos ou os grupos de indivíduos, e portanto, é necessariamente compartilhada. A Verdade é criada e buscada incessantemente. Ninguém pode alegar tê-la exclusiva e integralmente. Podemos adivinhar o quanto isso é contrário a Nosso Senhor Jesus Cristo e à sua Igreja.

Segunda libertação: a da fé, que nos impõe dogmas, formulados definitivamente e aos quais a inteligência e a vontade devem se submeter. Os dogmas, segundo o liberal, devem ser submetidos ao crivo da razão e da ciência e isso de forma constante, dado o progresso científico. Portanto, é impossível admitir uma verdade revelada definida para sempre. Notaremos a oposição deste princípio à Revelação de Nosso Senhor e à Sua autoridade divina. Continuar lendo

COMO FAZER UM GESTO DE CARIDADE ESSE MÊS?

CAPELA“A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1 Cor 13, 4)

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Sabemos que o mundo que vivemos é movido por ideias, por sonhos, por propósitos que são transformados em realidade por aqueles que, como o(a) senhor(a), lutam, batalham, enfrentam a vida de frente. Por vezes, em busca dessas ideias, podemos nos deparar com circunstâncias desfavoráveis, com reveses, com situações que podem nos desanimar, nos irritar em demasia, que podem fazer com que, ainda que por um pequeno lapso de tempo, pensemos em abandonar tudo.

Nessas horas desfavoráveis, onde tudo parece nos escapar, sempre recorremos ao nosso Pai celestial, clamando por suas bênçãos, por sua proteção e pela força necessária para continuarmos.

Tratando ainda das ideias, há ideias boas e ideias ruins, há ideias que serão benéficas para todos, enquanto que há ideias que trarão prejuízos para muitos. O empreendedor, por exemplo, ao se propor um negócio, visa, além de garantir seu sustento, proporcionar à sociedade algo que gerará renda, riquezas, empregos, bens para todos.

O jovem que quer ser professor, ao se propor tal nobre função, visa, além de realizar seu sonho, seu propósito, transmitir a milhares de jovens conhecimentos que lhes serão valiosos na busca de suas próprias ideias. Continuar lendo

ENTENDENDO A INSANIDADE

Fonte: SSPX/District of Great Britain – Tradução: Dominus Est

Insanidade no mundo

Meus queridos fiéis,

Parece haver uma escalada alarmante de conflitos e insanidades em nossa sociedade atual. Um “zeitgeist” (sinal dos tempos) frenético de desequilibradas ideologias está acelerando a queda da Igreja Católica e de toda a civilização ocidental: liberalismo, feminismo, construtivismo, amor livre, ideologia de gênero, direitos reprodutivos, ambientalismo, ideologia pandêmica, teoria crítica racial e outros. 

Estes são promovidos e impostos pelos pilares do poder mundial: governos, acadêmicos, corporações multinacionais, bancos, mídia e celebridades. Nunca antes eles foram tão coordenados e sem oposição em seus esforços. A hierarquia da Igreja Católica, outrora poderosa no cenário mundial como guardiã tanto da verdade como da moralidade, natural e sobrenatural, repete pateticamente sua mensagem em linguagem pseudo-teológica para não ser deixada para trás.

Como tantos podem abraçar a insanidade? De onde vem isso?

Motivos para aceitar a insanidade

Que as novas ideologias do “zeitgeist” são insanas é fácil de ver, pois elas contêm múltiplas contradições internas e têm consequências catastróficas na sociedade quando implementadas (ver Figura 1).

Alguns realmente não se importam se o zeitgeist é um vento favorável ou desagradável, mas cinicamente abraçam múltiplas e insanas ideologias para ganho pessoal – desde que seguir a ideologia do mundo “seja bom para mim”. 

Alguns outros querem apenas prosperar no mundo e, assim, apesar de suas reservas quanto às ideologias, capitulam às suas exigências. Continuar lendo

CRISMAS 2021 EM SÃO PAULO

Caros Fiéis,

Sua Excelência Dom Bernard Fellay visitará o Brasil em agosto-setembro. Ele deverá administrar o sacramento da Crisma em São Paulo no sábado, 4 de setembro de 2021. 

Aqueles que desejarem receber este sacramento deverão preencher as seguintes condições:

  • frequentar uma capela da Fraternidade São Pio X por ao menos seis meses
  • entregar ao Padre encarregado de sua capela:

– a certidão de Batismo da pessoa que receberá a Crisma

– o documento de identidade (RG) da pessoa que receberá a Crisma

– a certidão da Crisma do padrinho / madrinha

– o formulário “Pedido de Crisma” preenchido (este documento está disponível no site www.fsspx.com.br)

  • assistir aos cursos de formação que serão agendados posteriormente

As inscrições serão encerradas em 15 de junho. 

Alguns detalhes para ajudar a preencher o formulário “Pedido de Crisma”, disponível ao final desta página:

Certidão de Batismo:

Aqueles que foram batizados em uma das capelas do Priorado Padre Anchieta de São Paulo, não precisam fornecer a certidão de Batismo. 

Padrinho / Madrinha:

Cada pessoa que recebe o sacramento da Crisma deve ter um padrinho ou madrinha. As condições para assumir esta responsabilidade são as seguintes: 

– ser do mesmo sexo do confirmando, 

– não ser o padrinho/madrinha do Batismo, 

– ter pelo menos 16 anos de idade, 

– ser batizado e crismado, 

– ter uma vida em conformidade com a moral católica, 

– não estar sob sentença canônica, 

– não ser membro de uma seita herética ou cismática, 

– não ser pai, mãe ou cônjuge do confirmando.

Os padrinhos que foram crismados em uma capela dependente do Priorado Padre Anchieta de São Paulo não precisam fornecer a certidão de Crisma.

Nome de Crisma:

É costume escolher um nome específico adicional para Crisma, mas não é obrigatório. É possível manter o nome de Batismo.

Crisma sub conditione (sob condição): 

Se uma pessoa que já recebeu a Crisma tem alguma dúvida ou certeza sobre a invalidade deste sacramento, ela pode recebê-lo novamente sob condição. 

Neste caso, é possível escolher outro padrinho.

Qualquer dúvida, escrive para: contato@fsspx.com.br

Obrigado por cumprir com todas estas indicações.

Estejam certos das orações e dedicação dos Padres.

Padre Jean-François Mouroux, FSSPX

Prior

Ficha de inscrição

Clique no botão abaixo para abrir a ficha de inscrição. Você deve imprimi-la, preenchê-la completamente e entregá-la, juntamente com todos os documentos pedidos, ao Padre encarregado de sua capela ou a um Padre no Priorado Padre Anchieta.

Clique aqui para acessar a ficha de inscrição

NATURALISMO: PERIGO PARA A FÉ

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Fonte: La Trompette de Saint Vincent n° 23 – Tradução: Dominus Est

Se nossa vida não é mais guiada pelo “Servir primeiro a Deus, é muito provável que seja guiada pelo “non serviam” de Lúcifer.

As fórmulas gerais que convidam a um entendimento fraterno entre todos os homens são muito atraentes. Quem pode, razoavelmente, se opor à paz universal? A caridade não é um tema importante da pregação católica?

O problema começa quando queremos especificar os detalhes práticos desse entendimento universal. De fato, será necessário concordar sobre a noção de felicidade, sobre os princípios que orientarão a ação comum e sobre muitas outras questões religiosas. Isso é realmente possível para um católico?

Ignorar a revelação cristã quando ela ocorre é negá-la. Isso se chama naturalismo: a recusa de Nosso Senhor, de sua Igreja, de sua graça. O Naturalismo é a rejeição do sobrenatural. O homem pensa que pode alcançar a perfeição sem a ajuda de Cristo.

Essa recusa pode assumir várias formas: formas absolutas que se opõem radicalmente à fé, ou formas mitigadas, como aquela que toma a fé como opinião. Essa forma mitigada é muito atrativa, pois é simpática e vai muito bem com o liberalismo dominante. É, portanto, muito perigoso. Para ela, a fé é apenas uma opção, ou uma livre opinião. Ela não é contra Nosso Senhor, de quem poderá dizer coisas belas. Mas essa preferência é apenas uma opção, praticamente facultativa. Não é preciso dizer mais nada para perceber que tudo está sendo feito hoje para nos ensinar essa mentalidade de naturalismo moderado. Tudo é feito para que nossa vida se organize em torno de um princípio diferente de Jesus Cristo: dinheiro, saúde, reputação… E se nossa vida não for mais guiada pelo “Servir primeiro a Deus“, corre o risco de sê-lo pelo “Non Serviam” de Lúcifer. Se não é mais o amor de Deus que governa nossa vida, pode muito bem ser o amor desordenado de nós mesmos.

Acautelemo-nos do demônio do naturalismo que esconde seu ódio a Jesus Cristo sob a indiferença religiosa, a promoção de um entendimento fraterno e a construção de uma paz universal.

Pe. Vincent Gélineau, FSSPX

Nota do blog: um excelente texto do Pe. Emmanuel-Andre (O Remédio para o Naturalismo) pode ser lido clicado aqui.

PEQUENO CATECISMO DA COMUNHÃO NAS MÃOS

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Fonte: L’Hermine n ° 61 (em La Porte Latine) – Tradução: Dominus Est

Nestes últimos meses, as autoridades da Igreja “conciliar” se apoiaram na pandemia do Covid-19 para encorajar ou impor a prática de receber a Sagrada Eucaristia nas mãos. Em sentido inverso, circulam muitas publicações que pretendem provar que a comunhão sempre foi recebida na língua, mesmo nos primeiros séculos da Igreja. O que devemos pensar? Na Internet existem muitos documentos que, embora defendam a comunhão na língua, o fazem com base em argumentos falaciosos. É necessário, portanto, aprofundar a questão, sem, no entanto, abandonar o estilo simples do catecismo. Por isso, decidimos inserir no texto apenas as principais conclusões, relegando todo o aparato crítico das evidências às notas finais.

  1. O que é a comunhão nas mãos hoje?

A comunhão nas mãos é uma prática da liturgia romana reformada após o Concílio Vaticano II. O sacerdote (ou outro ministro da Eucaristia, que na nova liturgia também pode ser um leigo [1] coloca a hóstia sobre a palma da mão esquerda do fiel, que a pega com a mão direita e a leva à boca.

  1. Quando essa prática foi introduzida?

A prática atual da comunhão nas mãos foi introduzida oficialmente em 29 de maio de 1969 pela Instrução Memoriale Domini da Sagrada Congregação para o Culto Divino [2]. Este documento, embora exprima uma preferência pela comunhão na língua, confia às Conferências Episcopais, após consulta ao Vaticano, o poder de autorizar a comunhão nas mãos.

  1. Trata-se de uma simples tolerância ou uma autorização verdadeira?

Alguns autores, se apoiando na carta da Instrução Memoriale Domini, vêem a comunhão na mão como um mal que o Vaticano teria tolerado unicamente por causa das circunstâncias. De fato, em alguns países (especialmente Bélgica, Holanda, França e Alemanha) a comunhão na mão já havia sido introduzida abusivamente. Ao invés de deixar a porta aberta para uma experimentação anárquica, o Vaticano teria preferido aceitá-la e regulamentá-la. Esta interpretação benevolente é, no entanto, contrariada pelos fatos. De fato, se tivesse sido apenas uma mera tolerância, o Vaticano teria que desencorajar a comunhão nas mãos nos países onde ela não havia sido difundida. No entanto, aconteceu o oposto. Por exemplo, a comunhão nas mãos foi autorizada na Itália em 1989, na Argentina em 1996, na Polônia em 2005. Além disso, D. Annibale Bugnini, Secretário da Congregação para o Culto Divino, deixou claras as intenções do Vaticano em um artigo publicado em 15 de maio de 1973 no Osservatore Romano e revisado pelo próprio Paulo VI [3]: para não mortificar “um significativo número de bispos, que se referem a uma prática [comunhão na mão] igualmente válida na história da Igreja e que, em certas circunstâncias, pode ser útil ainda hoje”. Agora, “válido” e “útil” não se referem a um mal que é tolerado, mas a um bem que é autorizado. A conclusão é óbvia: não há mera tolerância, mas verdadeira autorização, embora restrita. Continuar lendo

PODE UM APÓSTATA SALVAR SUA ALMA SE MORRER NO ESTADO DE APOSTASIA SEM ARREPENDER-SE?

O Prisioneiro Arrependido Do Homem Com Suas Mãos Shackled Nas ...Apóstata é a pessoa que já foi católica e que abandonou toda a prática da religião. Por ter recebido e crido na fé católica e por ter conhecido ao menos alguma coisa da ordem sobrenatural da graça, não é possível que tal pessoa esteja de boa fé, como seria possível a um protestante que parou de praticar sua falsa religião. A razão para isso é que a boa fé pressupõe ignorância invencível. Ignorância invencível só é possível para aqueles que não têm possibilidade de conhecer a verdade acerca da revelação divina, e cuja ignorância, portanto, não é culpável. Alguém que já teve a virtude teológica da fé infundida no batismo e que recebeu ao menos alguma instrução na fé católica não pode estar em ignorância invencível. Ele pode, certamente, estar em ignorância quanto à verdadeira Igreja e seus ensinamentos, mas, se ele estiver nesse estado, é por culpa própria, e sua ignorância é vencível. Aparentemente, as únicas exceções a essa regra seriam católicos batizados que nunca receberam ensinamento algum sobre a fé, ou que não receberam exemplos de vidas católicas.

A Igreja Católica recusa exéquias cristãs a todos os pecadores públicos, incluindo apóstatas públicos que não se arrependeram. Se eles deram algum sinal de arrependimento antes da morte, ainda que seja um sinal ao menos provável, como palavras de tristeza pela sua teimosia ou o desejo de receber um Padre, a Igreja pode ter alguma esperança quanto à sua salvação eterna e, portanto, autoriza um funeral cristão. Desnecessário dizer, porém, que apenas Deus pode julgar a alma, então é permitido rezar em privado e oferecer Missas privadas pelos apóstatas que não deram sinais de arrependimento.

– Pe. Peter Scott, Agosto de 2005.

A VIA DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

Santa Teresinha do Menino Jesus |

Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: Se vos não converterdes e vos não tornardes como meninos, não entrareis no reino dos céus1. São Paulo acrescenta: o Espírito Santo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus2, e nos aconselha freqüentemente uma grande docilidade ao Espírito Santo. Esta docilidade se encontra particularmente na via da infância espiritual, recomendada por muitos santos e, ultimamente, por Santa Teresa do Menino Jesus. Esta via, tão fácil e proveitosa para a vida interior, é muito pouco conhecida e seguida.

Por que pouco seguida? Porque muitos imaginam erroneamente que esta é uma via especial, reservada às almas que se conservaram completamente puras e inocentes; e outros, quando lhes falamos desta via, pensam em uma virtude pueril, uma espécie de infantilidade, que não poderia lhes convir. Estas idéias são falsas. A via da infância espiritual não é nem uma via especial nem uma via de puerilidade. A prova é que foi Nosso Senhor, ele mesmo, quem a recomendou a todos, mesmo àqueles responsáveis pelas almas, como os Apóstolos formados por Ele3. 

* * * 

Para se ter uma visão de conjunto da via da infância espiritual, é preciso de início notar suas semelhanças e, em seguida, suas diferenças com a infância corporal. 

As semelhanças são patentes. Quais as qualidades inatas das crianças? Em geral, elas são simples, sem nenhuma duplicidade, são ingênuas, cândidas, não representam, mostram-se tais como são. Ademais, têm consciência de sua deficiência, pois precisam receber tudo de seus pais, o que as dispõe à humildade. São levadas a crer simplesmente em tudo o que dizem as suas mães, a depositar uma confiança absoluta nelas, e a amá-las de todo seu coração, sem cálculo. 

Quais as diferenças entre a infância ordinária e a infância espiritual? — A primeira diferença é notada por São Paulo: Não sejais meninos na compreensão, mas sede pequeninos na malícia4. A infância espiritual se distingue da outra pela maturidade do julgamento e de um julgamento sobrenatural inspirado por Deus.  Continuar lendo

O CAVALEIRO E O PACTO COM O DIABO

Gárgula, da catedral Notre Dame de Paris.Um cavaleiro nobre, poderoso e rico despendeu todos os seus bens e caiu em muito grande miséria. Tinha uma esposa muito casta e devota da Santíssima Virgem Maria.

Havendo uma grande festa na cidade, o cavaleiro queria fazer muitas despesas, mas não tinha mais dinheiro. Por vergonha, foi se esconder numa mata até que passasse a festa.

Estando ele naquele lugar, apareceu-lhe uma criatura muito espantosa em um cavalo assustador, e perguntou-lhe por que estava assim tão triste.

O cavaleiro contou-lhe toda sua história. E a criatura espantosa lhe disse:
— Se quiseres fazer o que eu te mandar, eu te farei ter mais riquezas e mais honras que antes.

O cavaleiro lhe prometeu que faria tudo o que ele quisesse, se ele cumprisse o que estava prometendo. E o demônio lhe disse:
— Vai à tua casa e cava um lugar. Acharás muito ouro. E promete-me que tal dia trarás aqui a tua mulher.

O cavaleiro prometeu. Foi para casa e achou muita riqueza, segundo lhe dissera o diabo, e começou a viver como antes.

Quando veio o dia em que prometera levar sua mulher ao diabo, disse-lhe que subisse em um cavalo, porque haviam de ir longe. Apesar de grande temor, ela não ousou contradizer o marido e foi com ele, recomendando-se a Santa Maria.

Indo eles pelo caminho, viram uma igreja. Ela entrou e o marido ficou fora esperando-a. Enquanto ela rezava devotamente à Santa Virgem, adormeceu.

A Virgem tomou a semelhança daquela mulher, saiu da igreja, montou no cavalo e seguiu viagem com o cavaleiro, o qual pensava que tinha ao lado a sua mulher. Continuar lendo

MATRIMÔNIO, REMÉDIO À CONCUPISCÊNCIA?

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Fonte Courrier de Rome n°639 – Tradução: Dominus Est

O Código de Direito Canônico de São Pio X diz, no cânon 1013, que um dos fins secundários do matrimônio é “um remédio à concupiscência”. Expressão misteriosa! O que isto significa? Como este sacramento é um remédio para a concupiscência?

  1. Concupiscência

Esta noção foi definida pelo Concílio de Trento[1] que também o chama de lar do pecado. Não é um pecado, mas incita ao pecado. É uma das tristes conseqüências do pecado de nossos primeiros pais e afeta todos os filhos de Adão. Somente Nosso Senhor e sua Santa Mãe foram preservados dela. No campo do matrimônio, falamos especialmente da concupiscência da carne, que consiste em uma desordem do apetite sensível que leva o homem ao pecado da luxuria. De fato, Deus colocou em cada homem um desejo de propagar a espécie humana, mas essa tendência é desajustada pelo pecado original, de modo que é difícil para o homem controlá-la. É por isso que os pecados da impureza são tão difundidos desde as origens da humanidade. Certamente o batismo apaga o pecado original e concede a graça santificante. Contudo, permanecem as feridas nos batizados que Deus nos deixa como oportunidades de luta e de mérito. Daí a necessidade de encontrar um remédio para a concupiscência, ou seja, um meio que ajude o ser humano a apaziguar este desejo violento, a acalmá-lo e a controlá-lo.

  1. Uma nova interpretação

Sr. Yves Semen, especialista em teologia do matrimônio de João Paulo II e autor de numerosas obras sobre o assunto, rejeita veementemente a explicação teológica tradicional do matrimônio como remédio à concupiscência. Em seu livro O Matrimônio segundo João Paulo II, publicado em 2015, ele escreve: “A palavra concupiscência, além de estar um tanto desatualizada, é afetada por uma consonância infeliz…sobretudo, sugere que o matrimônio seria uma espécie de alívio do estresse sexual. (…) É o sacramento do matrimônio que, entre outros efeitos, é um remédio para a concupiscência, não o uso do matrimônio, ou seja, não a atividade sexual em si” [2] . Continuar lendo

SEMINÁRIOS: FORMAÇÃO DE FUTUROS LÍDERES PARA A IGREJA

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Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O sacerdote, assim que é enviado em missão pela Igreja – mesmo no âmbito de uma jurisdição de suplência como entre os sacerdotes da FSSPX – não tem outra missão senão a de continuar a função pastoral de Cristo: ensinar o depósito da fé, santificar pela graça divina, governar na ordem da salvação das almas. Em outras palavras, um papel de liderança, no domínio das almas e da sociedade eclesiástica.

As habilidades que fazem o líder

Ao falarmos da autoridade do sacerdote, esclareçamos que ela tira toda a sua legitimidade e força da de Cristo, que a ele confiou. E é isso, de fato, que os cristãos buscam de um sacerdote. Sua autoridade é sagrada. Ele sabe isso. Os fiéis também devem saber disso. Essa autoridade deve, portanto, ser exercida à maneira de Jesus.

Por fim, é óbvio que a eficácia da Igreja a nível local (priorados, paróquias) depende da qualidade dos líderes em exercício (priores, párocos). No entanto, o exercício adequado da autoridade geralmente não é inato, mas conseqüência do desenvolvimento da virtude da prudência em uma pessoa que já possui certas aptidões naturais.

Estas habilidades naturais para liderar os outros consistem, sobretudo, numa certa abertura de espírito (a fim de reunir constantemente ciência, conselhos e experiência), bom julgamento (ter os pés no chão e um mínimo de lógica) e, acima de tudo, capacidade no tomar decisões e impô-las (uma vontade que se sobrepõe à sensibilidade). Estas disposições naturais, exercidas com constância, forjam em nós a virtude da prudência, a virtude por excelência daquele que é investido de autoridade. Esta observação de Santo Tomás de Aquino, seguindo Aristóteles, encontra-se de uma forma ou de outra nos escritos de todos os atuais especialistas na formação de executivos, sejam do Exército ou das Grandes Escolas.

Entretanto, grande parte da formação dos futuros líderes da Igreja se dará na escola da vida, no campo, nos priorados, através da qual eles acumularão a experiência de governo, fazendo um balanço dos erros e sucessos, na ordem natural e sobrenatural. Continuar lendo

POSSO FAZER UMA TATUAGEM?

Por acaso, é pecado um cristão fazer uma tatuagem? | Opinião | Renato  Vargens | Pleno.News

Juan Carlos Iscara, FSSPX

Posso fazer tatuagem, já que surgiram tecnologias para removê-las de modo simples, barato e indolor?

Fazer tatuagem não é um ato pecaminoso em si mesmo, mas também não é um ato moralmente neutro. Em todo caso, não é a facilidade de remoção a condição fundamental para determinar a sua moralidade. A “moralidade” de um ato consiste na relação deste com a lei moral, que é, em última instância, a lei de Deus. Ela pode ser determinada considerando o objeto da ação (o que se faz), juntamente com o fim desejado por quem desempenha a ação, as circunstâncias em que ela se realiza, e como esses três fatores se relacionam com a lei moral, seja quando está em conformidade com ela (neste caso, a ação é moralmente boa) ou quando se lhe é oposta (a ação é moralmente má, um pecado).

Pois bem, primeiramente, o objeto: o que é uma tatuagem? Tatuagem é uma “marca ou desenho permanente feito no corpo por meio da introdução de pigmento na pele” (Enciclopédia Britannica). A tatuagem tem sido usada no mundo em diferentes períodos históricos por razões distintas. Havia sido praticamente erradicada do mundo ocidental até ter sido redescoberta nos últimos séculos pelo contato com índios americanos e polinésios, porém mesmo então era usada quase exclusivamente pelas camadas marginais e menos respeitáveis da sociedade. Hoje, todavia, desde os anos 1990, a tatuagem parece ter se tornado uma moda, chegando até a ser “respeitável”.

Não obstante as tatuagens terem sido proibidas na Bíblia (Lv 19,28), foram-no porque representavam a profissão de superstições cananitas e cultos pagãos. Em si mesma, enquanto simples marca no corpo, a tatuagem não é pecaminosa, pois não transgride um mandamento divino, tampouco um bem humano ou ensinamento da Igreja. No entanto, pode se tornar pecaminosa devido à sua circunstância, por exemplo: o custo de uma tatuagem pode ser excessivo em relação ao ganho de uma pessoa; a tatuagem pode deixar cicatrizes se removidas posteriormente; a imagem tatuada pode ser imoral ou obscena e até mesmo blasfema ou satânica; ela pode cobrir uma parte muito grande do corpo, desfigurando-o, ou pode ser feita em uma parte imodesta do corpo. Continuar lendo

NA ALEMANHA, UMA PROFANAÇÃO PROVOCATIVA ANTI-ROMANA

O caminho sinodal próximo de seu objetivo

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Em breve faltarão palavras e epítetos para descrever a revolta que não só ressoa na Alemanha, mas passa a atos provocativos ao desafiar a disciplina católica recentemente recordada pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF).

Para registro, em 15 de março, a CDF publicou um “responsum afirmando que a Igreja não pode abençoar as uniões do mesmo sexo. A breve resposta foi acompanhada por uma nota explicativa e um comentário com todas as justificativas teológicas e canônicas.

As reações que se seguiram vieram comprovar a necessidade desse ato de esclarecimento da CDF. Certos Bispos, como Mons. Johan Bonny, da Antuérpia, se mostraram particularmente virulentos .

As reações da “base” também não demoraram a surgir . Mais de 200 acadêmicos alemães protestaram acusando o texto de “falta de profundidade teológica, compreensão hermenêutica e rigor argumentativo“. Ao mesmo tempo, mais de 2.000 “pastores” – padres, diáconos, assistentes pastorais – manifestaram uma recusa declarada em cumprir.

Esta revolta sobe a um novo nível na rebelião. Um grupo de padres alemães decidiu estabelecer um dia de bênção para todos os casais LGBT +, marcado para 10 de maio, segunda-feira antes do Dia da Ascensão.

Um site foi dedicado ao que deve ser qualificado como uma profanação provocativa contra a autoridade romana, intitulado “liebegewinnt”, que pode ser traduzido como “vitória do amor”. Ele permite que os responsáveis ​​especifiquem os locais onde essas cerimônias sem nome serão realizadas.

Uma dúzia de cidades alemãs já estão envolvidas, em terras da Baviera, Baden Württemberg, Renânia-Palatinado, Renânia do Norte-Vestfália, Baixa Saxônia e Hamburgo. Haverá muita pompa com grandes bandeirolas para decorar as fachadas.

Os organizadores explicam que, face a recusa do CDF, continuarão a “apoiar as pessoas que se comprometem numa parceria vinculativa e a abençoar a sua relação”. Acrescentam que respeitam e apreciam o seu amor e que acreditam “que a bênção de Deus está com eles”.

Concluem afirmando: “Não aceitamos que uma moralidade sexual excludente e ultrapassada se realize em detrimento das pessoas e prejudique o nosso trabalho pastoral.

Mons. Franz-Josef Overbeck, Bispo de Essen, Renânia do Norte-Vestfália, entretanto, declarou que nada faria contra os padres que se propuseram a abençoar as uniões homossexuais. Basta dizer que ele não é o único e que os Bispos que se opõem a ela podem ser contados nos dedos de uma mão.

O cisma alemão está sendo consumado diante de nossos olhos.

SEITAS MAÇONICA, LIBERAL E CONCILIAR…

La franc-maçonnerie, ennemie déclarée du Christ et de l'Eglise • La Porte  Latine

A Maçonaria segue uma doutrina radicalmente oposta à doutrina do Verbo Encarnado: segue uma doutrina humana, inventada por homens como outros e propagada por eles.

Fonte: Le Chevalier de l’Immaculée n°15 – Tradução: Dominus Est

A Igreja Católica sempre se referiu à Maçonaria como uma “seita”. Esta palavra está relacionada ao verbo sequor que, genericamente significa seguir, fisicamente, caminhar em direção a.., moralmente se apegar a… [1] . Daí a palavra secta : seguimento, partido, seita. A rigor, uma seita é, portanto, um grupo de pessoas que seguem, que se apegam a um homem, sua doutrina e seus exemplos.

A Igreja Católica não é uma seita porque não segue a doutrina e as regras morais de uma pessoa qualquer, de um homem como outro qualquer; pelo contrário, está unida e fixada a uma Pessoa divina: o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ela professa, portanto, uma doutrina e uma moralidade de origem divina. Mas, acima de tudo, a Igreja Católica dá ao discípulo de Cristo os meios sobrenaturais de se ligar a Ele: a fé e a graça sobrenaturais.

A Maçonaria segue uma doutrina radicalmente oposta à doutrina do Verbo Encarnado: segue uma doutrina humana, inventada por homens como outros e propagada por eles. Sua doutrina é antidogmática, liberal e permissiva. Esta doutrina é falsa, e que foi condenada pela Igreja Católica. Aqueles que adentram na Maçonaria realmente entram em uma seita, e uma seita anticristã. É por isso que a Igreja condena com a excomunhão (CDC 1917) aqueles que aderem a esta sociedade secreta cujas obediências são múltiplas e variadas. Os maçons, consequentemente, são pessoas sectárias: aqueles que defendem a tolerância em todas as áreas são insuportavelmente intolerantes para com todos aqueles que não aceitam suas ideias. Um maçom também pode ser reconhecido por sua suscetibilidade. Porque ele não suporta ser contradito.

Quando a Igreja Católica fala de liberalismo, ela ainda fala de uma seita: a “seita liberal“. Louis Veuillot não disse: “Não há sectário maior do que um liberal “? Sim, o liberalismo é sectário: “Nenhuma liberdade para aqueles que são contra a liberdade!” Eis porque que os liberais não suportam a Tradição. Quando a Igreja Católica fala de modernismo, ela fala também de seita. Não poderíamos dizer que a igreja conciliar (Mons. Benelli), que é de fato modernista, é também uma seita? Pode ser, na medida em que procura impor, de maneira autoritária, sua doutrina adulterada que não é a da Revelação, e isso em nome da missão recebida de Cristo. Porque afirma ter integrado os melhores valores de dois séculos de cultura liberal no magistério da Igreja Católica (Card. Ratzinger). Assim, sua doutrina se junta à da seita liberal e da seita maçônica. Um maçom poderia dizer que a Maçonaria permaneceu o que era, que a Igreja também permaneceu o que era, mas que agora eles tinham uma coisa em comum: a liberdade religiosa.

A única maneira de se libertar da tendência sectária maçônica, liberal e conciliar é manter a Tradição, integra e completa.

Notas F. Martin, As palavras latinas , Hachette, Paris, 1976, pp. 236-237

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 NOTA DO BLOG 1- Uma excelente Carta do Papa Leão XIII, a Humanun Genus, sobre a maçonaria pode ser lida clicando aqui.

NOTA DO BLOG 2- Alguns textos e condenações da Igreja à Maçonaria podem ser vistos clicando aqui.

NOTA DO BLOG 3- Aulas do Pe. Boniface, FSSPX, sobre a Maçonaria podem ser vistos clicando (Episódio 1Episódio 2Episódio 3Episódio 4Episódio 5Episódio 6Episódio 7Episódio 8, Episódio 9Episódio 10Episódio 11) 

NOTA DO BLOG 4- Excelentes livros sobre o Liberalismo podem ser comprados aqui:

  • A Ilusão Liberal – Louis Veuillot: aqui e aqui
  • O Liberalismo é Pecado – Pe. Feliz Sardá Y Salvany: aqui

NOTA DO BLOG 5- Sobre a Liberdade Religiosa clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.