UM FELIZ E SANTO NATAL!!!

O vídeo abaixo traz uma música muito simples, mas com uma mensagem muito bonita.

Conhecida principalmente nos países de língua espanhola, é chamada “El tamborilero” ou “El niño del tambor“. Conta a história imaginária de um menino pobre, que leva consigo apenas seu tamborzinho. Não tendo nada para presentear ao Menino Jesus na noite do Seu nascimento, o pequeno “tamborilero” decide dar ao Deus Menino uma serenata com seu pequeno instrumento – e, por fim, o Recém-Nascido o olha nos olhos e lhe sorri.

Nesta era neo-pagã e orgulhosa que vivemos – (onde o “naturalismo e o humanismo” já impregnam totalmente a mente do “homem moderno e livre”, tornando-os as “religiões oficiais” daqueles que negam a verdadeira religião, negam a Nosso Senhor e seus verdadeiros ensinamentos, daqueles que “… já não suportam a sã doutrina da salvação e levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades ajustaram mestres para si (2 Tim, 4, 3)) – rezemos para que o Menino Jesus seja o único objeto de nossos pensamentos e do nosso amor. Confiemos o coração à Santíssima Virgem, para que ela, suprindo as falhas de nossa preparação, melhor o disponha para receber todas as graças que o Salvador mereceu com seu nascimento segundo a carne.

Que, pelo exemplo dessa pobre criança, nós pecadores que buscamos sempre algo que possa agradar Nosso Senhor, possamos entregar verdadeiramente a Ele tudo o que temos…tudo o que somos…todas nossas misérias, angústias e sofrimentos… e claro, a alegria em poder amá-Lo e servi-Lo nesse “vale de lágrimas”… e com a pureza de um “tamborilero”, um dia, conseguir contemplar o sorriso de Nosso Senhor, na pátria celeste.

DESEJAMOS A TODOS OS NOSSOS AMIGOS, LEITORES E BENFEITORES UM FELIZ E SANTO NATAL !

TRADUÇÃO:

O caminho que leva a Belém, desce até o vale que a neve cobriu.
Os pastorzinhos querem ver o seu Rei. Lhe trazem presentes em seu humilde alforje.
Ropopopom, ropopopom…
Nasceu na gruta de Belém o Menino Deus!

Eu gostaria colocar aos teus pés algum presente que te agrade, Senhor.
Mas Tu bem sabes que sou pobre também e não possuo nada mais que um velho tambor…
Ropopopom, ropopopom…
Em Tua honra, diante da gruta, tocarei com meu tambor.

O caminho que leva a Belém eu vou marcando com meu velho tambor.
Não há nada melhor que Te possa oferecer… Seu sonzinho rouco é um canto de amor!
Ropopopom, ropopopom…
Quando Deus me viu tocando diante dEle, sorriu para mim!

LETRA ORIGINAL

El camino que lleva a Belén, baja hasta el valle que la nieve cubrió.
Los pastorcillos quieren ver a su Rey. Le traen regalos en su humilde zurrón,
ropopopom, ropopopom.
Ha nacido en el portal de Belén el Niño Dios

Yo quisiera poner a tus pies, algún presente que te agrade, Señor.
Mas Tú ya sabes que soy pobre también, y no poseo más que un viejo tambor,
ropopopom, ropopopom.
En Tu honor, frente al portal tocaré con mi tambor.

El camino que lleva a Belén yo voy marcando con mi viejo tambor:
nada mejor hay que te pueda ofrecer, su ronco acento es un canto de amor,
ropopopom, poroponponpon.
Cuando Dios me vio tocando ante Él, me sonrió.

O MODERNISMO: UMA NOVA VISÃO DO MUNDO

“De maneira geral, finalmente, me professo totalmente alheio ao erro pelo qual os modernistas sustentam que, na Sagrada Tradição, não há nada de divino…” – Trecho do Juramento Anti-modernista de São Pio X

O modernismo, uma das tendências filosóficas dominantes do século XX que persiste até hoje, baseia-se na errônea doutrina de que o homem é a medida suprema de todas as coisas. O modernismo não se restringe apenas à busca do progresso e da prosperidade, mas defende toda uma nova visão do mundo que é diametralmente oposta à fé católica.

Fonte: FSSPX África – Tradução: Dominus Est

Uma percepção subjetiva que se opõe à ordem objetiva

A verdade, segundo o modernista, depende da percepção e das crenças relativas a cada indivíduo e não de uma ordem objetiva e universal proveniente de Deus. A verdade muda, portanto, de acordo com as pessoas, idades e lugares: o modernismo insiste que só a razão humana pode determinar o que é certo ou errado, bom ou mau, verdadeiro ou falso. Ainda mais grave, de acordo com essa mesma doutrina, é que todos os indivíduos têm o direito, por sua própria existência, de exercer esse juízo subjetivo segundo sua conveniência, desde que não prejudiquem os direitos de outra pessoa.

O modernismo, portanto, visa proteger e promover o avanço da condição humana através da justiça natural, do progresso tecnológico, da tolerância religiosa, da paz temporal e da prosperidade material. O homem é a medida e o fim de todas as coisas, e não há nada mais importante do que seu bem-estar natural hic et nunc.

A verdade está para além dos nossos limites

O catolicismo, pelo contrário, insiste no fato de que há uma verdade objetiva universal e uma grande realidade aberta a todos os homens, para além de nossa limitada e imperfeita vida terrena. Esta verdade é Deus, e esta realidade é a bem-aventurança celeste. Continuar lendo

ESPECIAIS DO BLOG: SOBRE A CADEIRA DE MOISÉS SENTARAM-SE OS ESCRIBAS E OS FARISEUS

jesus discute com fariseus | Fé Católica de Sempre

Matéria publicada em 3 partes no Jornal Si Si No No(*) em novembro/dezembro de 2020.

No Evangelho de São Mateus (23, 1-39), na Terça-feira Santa, Jesus fez um longo discurso onde ataca frontalmente os escribas e os fariseus, sobretudo no que diz respeito ao seu comportamento moral, mas também por alguns dos seus desvios doutrinários, que começaram (como veremos melhor a seguir) a distorcer o Judaísmo do Antigo Testamento e a preparar o caminho para o Judaísmo pós-bíblico.

Para compreender melhor o significado deste discurso do Redentor, é necessário primeiro dividi-lo em várias seções e depois ver o que a Tradição patrística, escolástica e exegética nos dizem em seus comentários sobre ele.

PARTE 1

PARTE 2

PARTE 3 

(*) Fundado em 1975 em Roma, no coração da Igreja católica, pelo Padre Francesco Maria Putti (1909 – 1984) como reação ao modernismo que assolava (e ainda assola) a Igreja, o periódico Sì Sì No No “tornou-se um conforto, um sustentáculo, um encorajamento para tantos e tantos sacerdotes, e até mesmo para bispos, sem falar dos fiéis, que acharam nele uma âncora de salvação na tormenta”, nas palavras do Padre Emmanuel du Chalard, FSSPX. Desde então, tanto ele quanto seu irmão francês, o Courrier de Rome, vêm realizando esse grande trabalho de fortalecimento intelectual e espiritual dos fiéis perplexos.

 

SOBRE A CADEIRA DE MOISÉS SENTARAM-SE OS ESCRIBAS E OS FARISEUS – PARTE 3/3

Os Fariseus de hoje | Blog do Ronildo

Fonte: Sì Sì No No – 15 de dezembro de 2020 | Tradução: Dominus Est

O dízimo e a caridade

No versículo 23 do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, Jesus diz: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo […] e desprezais os pontos mais graves da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade”.

O preceito de Moisés sobre o pagamento do dízimo (Lv. 27, 30-33; Dt. 12, 2-27) dizia respeito a animais domésticos e alguns dos alimentos mais comuns produzidos a partir da terra (trigo, frutos das árvores, vinho, azeite…), mas os fariseus, para mostrar a todos, em vão, o seu zelo e a sua santidade exterior, chegaram ao ponto de pagar e, sobretudo, cobrar o dízimo também pelos produtos menos significativos da terra e pelas menores ervas (hortelã, endro(1) e cominho(2)). Contudo, isso não os impediu de negligenciar, especialmente se não fossem observados, os preceitos mais graves da Lei mosaica, como por exemplo a administração da justiça (que devolve aos outros o que lhe é devido) e da misericórdia (que inclui as obras de caridade e dá mais do que é estritamente devido) ou a fidelidade às alianças com Deus e para com o próximo.

Santo Tomás de Aquino (Comentário ao Evangelho segundo Mateus, n.º 1869) explica: “A intenção principal dos fariseus em fazer boas obras era a simulação. Muitos sacerdotes eram diligentíssimos em exigir o menor dízimo que lhes eram devidos, como aqueles pagos com o cominho e a hortelã, enquanto o que os fiéis deviam a Deus, como a justiça e a misericórdia, era negligenciado pelos sacerdotes, que cuidavam antes de tudo de seus próprios interesses e não dos de Deus”.

Porém, não se deve acreditar que Jesus proibiu o pagamento do dízimo, pois também disse: “Estas coisas [dízimos] devem ser feitas sem omitir aquelas [misericórdia e justiça]”, querendo Jesus dizer por isso que não condena o pagamento do dízimo como intrinsecamente mau. De fato, Ele diz que se deve fazer isso (ou seja, pagar o dízimo), mas sem omitir os deveres de caridade fraterna, como os fariseus hipocritamente o faziam. Continuar lendo

O DESEJO: NECESSIDADE INSTINTIVA, ASPIRAÇÃO RAZOÁVEL, IMPULSO SOBRENATURAL

La porte

Os movimentos de nossa alma são de origem e natureza muito diferentes e podem nos levar a direções opostas.

Fonte: Le Parvis n ° 115 – Tradução: Dominus Est

Durante o período do Advento, a Igreja inflama o coração dos seus filhos para prepará-los à nova vinda do Messias: já presente na nossa alma pela sua graça, Jesus Cristo vem reinar mais a cada dia, fazendo desaparecer os restos do pecado graças às obras de penitência. A liturgia, portanto, inspira-nos os desejos mais ardentes e os esforços mais generosos, recordando-nos as disposições ideais dos Patriarcas, na expetativa do advento histórico do Salvador.

Nesta ocasião, é importante discernir os movimentos de nossa alma que são de origem e naturezas muito diferentes e podem nos conduzir em direções opostas. Que possamos, portanto, recordar noções elementares, mas também esclarecedoras, para uma jornada de sucesso em direção ao Natal e receber todas as bênçãos celestiais ligadas a esta grande festa.

Necessidade instintiva

Tal como os animais, o corpo humano expressa suas necessidades através de impulsos espontâneos que já se manifestam nos recém-nascidos: com efeito, desde o nascimento, a pequena criança sabe como tornar conhecida a sua necessidade de comida, sono, etc., através de gestos ou choros: estas são necessidades instintivas, naturais e completamente normais. Repetimos que esse fenômeno pode ser observado tanto nos humanos quanto nos animais, mas não é experimentada da mesma forma por um e por outro. O instinto no animal regula-se de forma física, mecânica e automática de tal forma que os seus desejos não correm o risco de serem provocados em excesso ou de haver consequências nefastas e infelizes. Nos seres humanos, ao contrário, os desejos podem tornar-se caprichosos e desordenados: a criança, portanto, precisa de educação para aprender a se controlar e, mesmo quando adulto, o homem deve impor-se uma certa disciplina de vida para evitar os abusos no uso de seu corpo e preservar sua dignidade. Eis porque a penitência frequentemente se torna indispensável para corrigir as tendências depravadas e maus hábitos que nos levam a cair em faltas quase inevitáveis ​​pelo pecado original, mesmo depois de receber o batismo. Continuar lendo

SOBRE A CADEIRA DE MOISÉS SENTARAM-SE OS ESCRIBAS E OS FARISEUS – PARTE 2/3

jesus discute com fariseus | Fé Católica de Sempre

Fonte: Sì Sì No No – 30 de novembro de 2020 | Tradução: Dominus Est

As sete maldições de Jesus contra o farisaísmo (versículos 13-29)

Com o versículo 13 começa a série de maldições ou “Ai de vós”, dirigidas diretamente contra os fariseus, que Jesus repete por sete vezes, até o versículo 29.

Primeiro “Ai de vós”: Não entrais e não deixais que outros entrem no céu

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que fechais o Reino dos Céus aos homens, pois nem vós entrais nem deixais que entrem os que estão para entrar” (v. 13).

O Aquinate observa: “Só se fecha o que está aberto. Ora, os ensinamentos de Cristo eram abertos e claríssimos, mas os fariseus os fecharam, tornando-os sombrios e difíceis. Por exemplo, quando o Redentor realizava milagres que provavam sua messianidade, eles diziam que Ele os realizava por meio de Belzebu, o príncipe dos demônios. Além disso, pela sua vida ruim, fecharam o acesso ao Céu, porque através do mau exemplo induziam o povo, simples fiéis, ao pecado” (Santo Tomás de Aquino, Comentário ao Evangelho segundo Mateus, n.º 1858).

São João Crisóstomo observa: “Os fariseus e os escribas não apenas se esquivam de seus deveres, mas, pior ainda, corrompem também os outros. Tais homens são chamados de pestilentos porque seu propósito é a perdição dos homens e são diametralmente opostos aos verdadeiros e bons mestres, que ensinam para salvar os outros. Eles são inúteis e incapazes de salvar os homens, pois não são apenas negligentes nisso, mas também traidores, pois corrompem e pervertem seus discípulos com o exemplo de sua vida perversa” (Comentário ao Evangelho de São Mateus, Discurso LXXIII, n.º 1).

Os fariseus com suas calúnias, suas blasfêmias e as falsas ideias que espalharam sobre o Messias, conquistador terrestre e libertador dos judeus do jugo romano, haviam distanciado o povo de Jesus (cf. M. SALES, Comentário ao Evangelho segundo Mateus). Continuar lendo

SOBRE A CADEIRA DE MOISÉS SENTARAM-SE OS ESCRIBAS E OS FARISEUS – PARTE 1/3

Quem eram os fariseus? E o que significa verdadeiramente este nome? |  Jornal da Madeira

Fonte: Sì Sì No No – 15 de novembro de 2020 | Tradução: Dominus Est

No Evangelho de São Mateus (23, 1-39), na Terça-feira Santa, Jesus fez um longo discurso onde ataca frontalmente os escribas e os fariseus, sobretudo no que diz respeito ao seu comportamento moral, mas também por alguns dos seus desvios doutrinários, que começaram (como veremos melhor a seguir) a distorcer o Judaísmo do Antigo Testamento e a preparar o caminho para o Judaísmo pós-bíblico.

Para compreender melhor o significado deste discurso do Redentor, é necessário primeiro dividi-lo em várias seções e depois ver o que a Tradição patrística, escolástica e exegética nos dizem em seus comentários sobre ele.

Prefácio: “Dixit Dominus Domino Meo” (Mt. 22, 44)

A fase que precede e que desencadeia o sermão de Jesus (Mt 23, 1-39) encontra-se também no final do Evangelho de São Mateus, no final do capítulo 22 (versículos 41-45). O Redentor acaba de encurralar os fariseus que se reuniram para lhe montar uma armadilha, perguntando-lhes: “Que vos parece do Cristo? De quem é ele filho?” (Mt 22, 41), ou seja, o Messias para vós é um simples homem, um Messias terreno ou é Deus? Os fariseus respondem que ele é filho de Davi, portanto é um simples homem, que devolverá a liberdade a Israel, expulsando os romanos. Então Jesus os incita citando o Salmo (109, 1) de Davi: “Disse o Senhor [Deus Pai] ao Meu Senhor [Filho de Deus], senta-te à minha mão direita” e pergunta-lhes: Como Davi, o Autor inspirado dos Salmos, escreveu que o Messias é seu Senhor?

Primeira parte

Então, “se Davi o chama de Senhor, como pode [o Messias] ser seu filho?”. Os fariseus não sabiam o que responder e “daquele dia em diante não houve mais quem ousasse interrogá-lo” (v. 46), mas em vez de se converterem decidiram prendê-lo e entregá-lo aos romanos para ser executado, como aconteceu três dias depois. Foi então que Jesus voltou a falar e, contra-atacando, disse-lhes: “Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus…” (23, 1). Continuar lendo

NAS PRÓXIMAS DÉCADAS, “OS PRIORADOS SERÃO VOSSAS PARÓQUIAS”

Foto da semana. | Fratres in Unum.com

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Pe. Benoît de Jorna, FSSPX

Caros amigos e benfeitores,

Os Priorados da Fraternidade São Pio X são as vossas paróquias”. Foi assim que D. Marcel Lefebvre se dirigia aos fiéis nos anos 80. Essa afirmação parecia um tanto incomum na época. Os mais afortunados frequentavam esses famosos priorados há menos de 5 ou 6 anos. Recordemos que na França, terra abençoada do “tradicionalismo“, o Fundador da Fraternidade só abriu os três primeiros priorados em 1976.

Mas mesmo para os pioneiros que conseguiam aceder a um dos raros priorados então existentes, a paróquia continuava próxima, fazia parte da vida, paroquia escolhida onde um padre guardava a batina, o catecismo e, acima de tudo, a Missa tradicional. Ir a um Priorado era apenas um acontecimento ocasional, para um retiro, uma cerimônia, uma confissão. Alguém já disse: “Os conventos (beneditinos, dominicanos, franciscanos, jesuítas, etc.) são vossas paróquias”? Isso não faz sentido, exceto para quem vive perto de uma casa religiosa e que acha conveniente assistir aos serviços ali prestados. Mas essa prática secundária nunca se tornou um princípio geral. A afirmação de D. Lefebvre, “Os Priorados são as vossas paróquias“, permaneceu, portanto, enigmática.

Na verdade, ela foi extremamente profética. Na cabeça da maioria dos que resistiam à subversão religiosa, havia uma convicção muitas vezes subconsciente, mas real: “Esta crise é apenas temporária, será resolvida em breve, as coisas irão melhorar, um bom Papa será eleito, as paróquias logo voltarão à missa tradicional”.

Os Priorados são vossas paróquias”. Com uma extraordinária lucidez, o “Bispo de ferro”, com os seus olhos de sabedoria, viu a realidade da crise que abalava a Igreja. Ele havia compreendido que esta crise seria longa, difícil, cansativa e que a esperança de encontrar paróquias “normais” estaria muito distante. É por isso que ele ainda declarou aos fiéis (essencialmente): “Estabeleçam-se, construam uma rede de vida cristã através de capelas, escolas, casas de idosos, etc., que os protegerão todo o tempo que durar esta crise”. Continuar lendo

FINALIZANDO O MÊS, UMA SELETA DE NOSSOS POSTS DE NOVEMBRO

51 ANOS DA FSSPX

PADRE PIO E AS ALMAS DO PURGATÓRIO

NESTE MÊS DE NOVEMBRO, REZEMOS PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO

“TRADITIONIS CUSTODES”, EM NOME DO CONCÍLIO VATICANO II

A MISSA NOVA DE PAULO VI É UM SACRIFÍCIO? PARTE 1

A MISSA NOVA DE PAULO VI É UM SACRIFÍCIO? PARTE 2

CONHEÇA O CONTEÚDO DOS TOMOS DA CAMPANHA ANO CRISTÃO DA EDITORA CARITATEM!

ASSEMBLEIA PLENÁRIA DOS BISPOS FRANCESES EM LOURDES: UM ESPETÁCULO ANGUSTIANTE

CHINA RECOMPENSA DENÚNCIA DE ATIVIDADES CRISTÃ “ILEGAIS”

11/11/2013 – HÁ 8 ANOS, A PRIMEIRA MISSA DA FSSPX EM RIBEIRÃO

OS ENSINAMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II FAZEM PROPRIAMENTE PARTE DO MAGISTÉRIO?

FORMAÇÃO PARA AS FAMÍLIAS 2022

ANTES QUE O MUEZIM CANTE DUAS VEZES…

O OTIMISMO OBRIGATÓRIO: UM NOVO DOGMA DESDE O VATICANO II

COREIA: OS RESTOS MORTAIS DOS PRIMEIROS MÁRTIRES SÃO ENCONTRADOS

SEMINARISTAS CANTAM

EM 21 DE NOVEMBRO….HÁ 47 ANOS…

D. LEFEBVRE EXPLICA A EXTREMA UNÇÃO

NA POLÔNIA, ALGO NOVO PARA A TRADIÇÃO

BENEFÍCIOS DA EXTREMA UNÇÃO: UM PADRE TESTEMUNHA

NESSE ADVENTO, UMA BELÍSSIMA MÚSICA, NA PREPARAÇÃO PARA O NATAL DE NOSSO SENHOR

ESPERAMOS MUITO DE NOSSO DIRETOR ESPIRITUAL, MAS O QUE DEVEMOS FAZER PARA COLHERMOS OS BENEFÍCIOS ESPIRITUAIS DE SUA DIREÇÃO?

A direção espiritual

Pe. Juan Carlos Iscara, FSSPX

A primeira e mais importante obrigação do dirigido é total sinceridade e transparência do coração, porque, sem isso, é completamente impossível que a direção produza frutos. O diretor precisa saber tudo: tentações, fraquezas, propósitos, boas e más inclinações, dificuldades e estímulos, triunfos e derrotas, esperanças e ilusões – tudo deve ser revelado com humildade e simplicidade. Alguns autores espirituais até recomendam que se revele a falta de confiança que se pode estar começando a ter em relação ao diretor.

É errado – e inútil para fins espirituais – revelar apenas coisas boas ou menos más, revelando nossas maiores misérias e pecados apenas a outro Padre. Sem sinceridade e abertura, seria melhor abandonar uma direção espiritual que, nesse caso, será pura e simples hipocrisia, enganação e desperdício de tempo.

Porém, não é necessário exagerar. Tudo que é importante para a vida espiritual deve ser revelado com total sinceridade ao diretor; mas seria um exagero evidente dar-lhe contas até dos menores detalhes da vida íntima da pessoa dirigida. Muitas coisas de menor importância podem e devem ser resolvidas pelo dirigido. Continuar lendo

BENEFÍCIOS DA EXTREMA-UNÇÃO: UM PADRE TESTEMUNHA

A Unção dos Enfermos perdoa os pecados?

Ainda consigo ver o rosto daquele homem no momento que entrei em seu quarto de hospital após o telefonema de sua esposa. Ao me ver, disse a si mesmo, segundo suas próprias palavras: “Estou ferrado”.

Fonte: Le Phare breton n°14 – Tradução: Dominus Est

A fim de evitar preocupações excessivas, que algumas famílias têm, da ideia de administrar ao seu próximo o sacramento da Extrema Unção, gostaria de lhes mostrar os maravilhosos efeitos desse sacramento. Um dos efeitos mais tangíveis é o conforto espiritual. Quando uma pessoa está sobrecarregada por uma doença, ela fica facilmente susceptível a preocupações e agitações.

Ora, a Extrema-Unção tem por efeito apaziguar o doente, ajudá-lo a abandonar-se nas mãos de Deus. Quantos doentes testemunharam essa mudança súbita, imediata e verdadeiramente palpável que sentiram após receber este sacramento! Ainda consigo ver o rosto deste homem no momento que entrei em seu quarto de hospital após o telefonema de sua esposa. Ao me ver, disse a si mesmo, segundo suas próprias palavras: Estou ferrado. No entanto, ele concordou, voluntaria ou involuntariamente, em receber os últimos sacramentos. Ora, imediatamente depois, sentiu uma paz e uma alegria indescritíveis que o transfiguraram e que não o deixaram até sua última hora. Quantos casos semelhantes não encontramos em nosso ministério!

Além desse efeito espiritual, há, por vezes, também um efeito sobre o corpo. Estando a alma revigorada, o paciente tem uma melhora moral, o que afeta seu físico. Por vezes, vemos resultados tangíveis assim que o sacramento é recebido. Continuar lendo

D. LEFEBVRE EXPLICA A EXTREMA UNÇÃO

Almas Devotas: Os Sete Sacramentos - EXTREMA-UNÇÃO

O sentido pastoral de D. Lefebvre coloca a doutrina da Igreja sobre este sacramento ao alcance de todos os fiéis.

Fonte: Le Phare breton n°14 – Tradução: Dominus Est

Frequentemente as pessoas ficam assustadas com a Extrema-Unção. Muitas pessoas pensam imediatamente na morte quando lhe falam sobre a Extrema-Unção. E muitas vezes as pessoas em volta do paciente ficam mais assustadas que ele próprio.

Quem são aqueles a quem a Extrema-Unção deve ser administrada? É importante lembrar isso porque erros são comuns sobre esse assunto, hoje em dia. A Extrema-Unção deve ser administrada a uma pessoa doente e por uma doença que, eventualmente, pode a levar à morte. O Concílio de Trento declara: “Os fiéis devem ser ensinados que há um certo número de pessoas a quem não é permitido administrar este sacramento, embora tenha sido instituído para todos os cristãos, sem exceção. E, em primeiro lugar, não pode ser administrado a quem goza de boa saúde. As palavras do Apóstolo São Tiago são claras: “Se alguém estiver doente entre vós”. (Tg 5, 14) Mas, por outro lado, a própria razão nos mostra isso, uma vez que este sacramento foi instituído para servir de remédio não só para a alma, mas também para o corpo.(1)

Um dos efeitos do sacramento da Extrema-Unção é, portanto, não apenas restaurar a saúde da alma, apagar os pecados, mas também dar saúde ao corpo. Está escrito literalmente no discurso de São Tiago: “Está entre vos algum enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e (estes) façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o aliviará” (Tg 5, 14-15). Continuar lendo

EM 21 DE NOVEMBRO….HÁ 47 ANOS…

“Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade.

Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.

Todas estas reformas, com efeito, contribuíram, e continuam contribuindo, para a demolição da Igreja, a ruína do sacerdócio, a destruição do Sacrifício e dos Sacramentos, a desaparição da vida religiosa, e a implantação de um ensino naturalista e teilhardiano nas universidades, nos seminários e na catequese, um ensino surgido do liberalismo e do protestantismo, condenados múltiplas vezes pelo magistério solene da Igreja.

Nenhuma autoridade, nem sequer a mais alta na hierarquia, pode obrigar-nos a abandonar ou a diminuir a nossa fé católica, claramente expressa e professada pelo magistério da Igreja há dezenove séculos. Continuar lendo

COREIA: OS RESTOS MORTAIS DOS PRIMEIROS MÁRTIRES SÃO ENCONTRADOS

Os restos mortais dos três primeiros mártires católicos da Coreia foram descobertos em Wanju, perto de Jeonju, 243 Km ao sul de Seoul, relata a Eglises d’Asie (EdA), uma agência de notícias das Missões Estrangeiras em Paris.

Fonte: DICI – Tradução gentilmente cedida por um amigo ao Dominus Est

A identificação das relíquias foi anunciada no dia 1º de setembro pela Diocese de Jeonju numa coletiva de imprensa. “Nossa Igreja, que cresceu sobre as fundações postas pelo sangue derramado pelos mártires, finalmente descobriu os restos mortais daqueles que começaram a história dos mártires da Igreja na Coreia”, se regozijou Mons. John Kim Son-tae, Bispo de Jeonju.

Esses cristãos primitivos, dois irmãos e um primo, pertenciam a uma família nobre em Jeonju. Paulo Yun Ji-chung e Tiago Kwon Sang-yeon foram decapitados em 1791, e Francisco Yun Ji-heon foi enforcado, arrastado e esquartejado uma década depois em 1801, todos os três vítimas da perseguição anti-cristã na dinastia Joseon.

Paulo Yun Ji-sung foi batizado por Pedro Yi Seung-hun em 1787, depois de estudar a doutrina católica por três anos. Ele ensinou catecismo para sua mãe, seu irmão mais novo Francisco Yun e Tiago Kwon Sang-yeon, filho da irmã de sua mãe, e os introduziu à Igreja Católica. Continuar lendo

O OTIMISMO OBRIGATÓRIO: UM NOVO DOGMA DESDE O VATICANO II

conciliar

Desde o Concílio, parece que os cristãos têm a obrigação de dizer que tudo está bem, sob pena de serem excluídos da comunidade.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Otimista ou pessimista, somos assim por temperamento. Minha mãe, que tinha um estômago bom, era muito otimista. Meu pai, que não tinha uma boa digestão a parodiava dizendo: “Se um de seus filhos quebra uma perna, ótimo, ele poderia ter quebrado as duas!” Mas meu pai e minha mãe eram, ambos, bons cristãos. A Igreja canonizou santos otimistas e santos muito pessimistas. Davi, ainda hoje, sem dúvida, inclina-se do alto do céu com seu Senhor para ver se ainda há um único homem que busca a Deus e constata em seu Salmo 13 que “todos juntos corromperam-se. Não há quem faça o bem.” É um pessimista. Santo Agostinho considera quase toda a raça humana como sendo condenada quando fala da Massa Damnata. Ele também é um santo pessimista.

Mas agora, desde a Gaudium et Spes, parece que os cristãos têm a obrigação de dizer, sob pena de serem excluídos da comunidade, que tudo está bem e que todos os homens se tornarão bons. É necessário, como disse o La Croix ao celebrar o 20 º aniversário do Concílio, “ignorar os profetas da desgraça”. Jeremias e suas lamentações, os cataclismos anunciados por Cristo não fariam mais parte da Bíblia. O verdadeiro Pai da Igreja agora é Jean-Jacques Rousseau, para quem a natureza humana não tem pecado original, mas apenas fraquezas (pecados veniais). Continuar lendo

ANTES QUE O MUEZIM CANTE DUAS VEZES…

A mesquita central de Colônia. Esta cidade conta atualmente com 120.000 muçulmanos (12% da população) e 35 mesquitas.

Poderá Jesus Cristo dizer à quarta cidade sagrada do cristianismo: “antes do muezim cantar duas vezes, negar-me-á três vezes”?

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Os três reis magos farão suas malas? Em 6 de outubro de 2021, a cidade de Colônia (Alemanha) deu sinal verde a um projeto que permitirá a difusão das chamadas às orações muçulmanas das sextas-feiras, no intervalo entre meio-dia e 15h, e com duração máxima de cinco minutos. Ouvidos sensíveis que se abstenham.

Colônia! Sua catedral gótica cujos pináculos afiados defenderam durante tantos séculos os restos mortais dos famosos Reis Magos abrigados em seu relicário monumental.

Colônia, que no século XII tornou-se a quarta cidade sagrada do Cristianismo, depois de Jerusalém, Roma e Constantinopla.

Colônia, sacrificada em 2021 no altar da “diversidade”, condenada a ouvir todas as sextas-feiras o chamado muçulmano à oração que proclama que “Alá é o maior, e Maomé, seu mensageiro”. Continuar lendo

OS ENSINAMENTOS DO CONCÍLIO VATICANO II FAZEM PROPRIAMENTE PARTE DO MAGISTÉRIO?

A CRÍTICA DO VATICANO II | DOMINUS EST

Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX

Fonte: Courrier de Rome nº 606, Janeiro de 2018 – Tradução: Dominus Est

UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO

A exortação pós-sinodal Amoris laetitia não deixou ninguém indiferente. Mas eis que, segundo o parecer do próprio Papa, a única interpretação possível do capítulo 8 desse documento é aquela dada pelos bispos da região de Buenos Aires na Argentina, quando afirmaram abertamente que o acesso aos sacramentos pode ser autorizado a certos casais de divorciados recasados. «O escrito é muito bom e explicita perfeitamente o sentido do capítulo 8 de Amoris laetitia, e não há outra interpretação», afirmou o Papa em uma carta de setembro de 2016. E eis que em junho de 2017 a Secretaria de Estado do Vaticano reconhece o estatuto de «Magistério autêntico» a essa afirmação.

Isso suscitará de novo uma questão já há muito estudada[1]. Estando admitido que as autoridades da hierarquia eclesiástica continuam em posse de seu poder de Magistério, pode-se perguntar: qual valor atribuir aos atos de ensino concedidos pelas autoridades em vigor na Igreja (o Papa e os bispos) desde o Concílio Vaticano II? Deve isso ser visto como o exercício de um verdadeiro Magistério, ainda que, no todo ou em parte, esses ensinamentos se desviem da Tradição da Igreja? A posição da Fraternidade São Pio X[2] sustenta que desde o Vaticano II em diante assolou (e ainda assola a Igreja), «um novo tipo de magistério, imbuído de princípios modernistas, que vicia a natureza, o conteúdo, o papel e o exercício».

Essa posição reteve toda a atenção de um representante designado pelo Sumo Pontífice, o Secretário da Comissão Pontifical Ecclesia Dei, Mons. Guido Pozzo, e inspirou a problemática fundamental de todo o seu discurso[3], indo na mesma linha daquele do Papa Bento XVI. O objetivo dessa problemática é validar aos olhos da Fraternidade o valor propriamente magisterial dos ensinamentos conciliares, antes de lhes fazer aceitá-lo. Porquanto é preciso que esse ensinamento seja aceito. Já antes das discussões doutrinais de 2009-2011, Bento XVI havia claramente anunciado essa intenção: «Deste modo torna-se claro que os problemas, que agora se devem tratar, são de natureza essencialmente doutrinal e dizem respeito sobretudo à aceitação do Concílio Vaticano II e do magistério pós-conciliar dos Papas. […] Não se pode congelar a autoridade magisterial da Igreja no ano de 1962: isto deve ser bem claro para a Fraternidade»[4]. Isso mostra a urgência ainda atual dessa questão crucial, que é uma questão de princípio. Nós a reexaminaremos aqui sob a forma sintética de uma questão disputada, fazendo valer os diferentes argumentos pró e contra, a fim de colocar em evidência a legitimidade da posição defendida até aqui pela Fraternidade. Continuar lendo

VÍDEO MENSAGEM DE DOM CARLO MARIA VIGANÓ…

Mons. Viganò: A ciência prostituiu-se aos interesses da elite | Oriundi.net

…por ocasão de uma manifestação organizada pela Associação “No Paura Day”

15 de Outubro, Turim

 Fonte: Permanência

Vocês se encontram reunidos, em grande número, nesta praça de Turim, enquanto milhares de pessoas ao redor do mundo manifestam sua oposição ao estabelecimento de uma tirania global. Milhões de cidadãos de todas as nações, sob o silêncio ensurdecedor da mídia, vêm gritando seu “não” há meses. Não à loucura pandêmica, não aos confinamentos, não aos toques de recolher, não à vacinação compulsória, não ao passaporte sanitário ou à chantagem de um poder totalitário à serviço das elites. Um poder que se mostra intrinsecamente mau, movido por uma ideologia infernal e motivado por objetivos criminosos. Um poder que agora declara ter quebrado o pacto social e já não nos considera como cidadãos, e sim como escravos de uma ditadura, hoje sanitária, amanhã ecológica.

Este poder está tão convencido de ter conseguido seu golpe de Estado silencioso que descaradamente nos lança não só a ideologia que o move, mas também a religião que o inspira. Hoje, no Quirinal – o palácio que já foi residência dos Soberanos Pontífices na cidade de Roma – foi inaugurada uma exposição emblemática intitulada O Inferno, marcada pela exposição da Porte de l’Enfer, uma escultura de Auguste Rodin, produzida entre 1880 e 1890. Esta obra destinava-se à entrada do Museu de Artes Decorativas de Paris, e o seu esboço foi também apresentado na Exposição Universal de 1900, para selar o carácter maçónico e anticatólico deste evento. E há anos, no Coliseu, encontra-se o ídolo de Moloque, dos sets do filme Cabiria. O demônio devorador de crianças, a porta do inferno inspirada nas Fleurs du mal de Charles Baudelaire, há poucos dias o Festival da Blasfêmia em Nápoles. Na cidade de São Januário, cartazes com horríveis blasfêmias contra Deus foram colocados – com a permissão da Câmara Municipal – para celebrar a liberdade de pensamento e de expressão, insultando Nosso Senhor.

Eles nos dizem claramente: são servos do diabo e, como tais, pretendem se afirmar, serem respeitados e propagar suas ideias. Não só isso, mas em nome de um poder usurpado – um poder que, segundo a Constituição, deveria pertencer ao povo – eles exigem nossa obediência até a automutilação, a privação dos direitos mais básicos e a supressão de nossa identidade. Continuar lendo

A MISSA NOVA DE PAULO VI É UM SACRIFÍCIO? PARTE 2

La nouvelle messe de Paul VI est-elle un sacrifice ? (II) • La Porte Latine

Afirmar – como fizeram os promotores da Missa Nova – que a liturgia do Ofertório é uma adição inútil, imputável a uma certa teologia pós-tridentina, é não compreender nada da profunda realidade da Missa Católica.

Fonte: Courrier de Rome n ° 645 – Tradução: Dominus Est

A definição de sacrifício está indicada no seu devido lugar(1) por Santo Tomás, de acordo com as quatro causas: a causa material é a oferta de uma coisa sensível; a causa final é que esta oferta é feita somente a Deus para expressar sua soberania absoluta e nossa sujeição como criaturas, uma expressão que, por sua vez, é concretizada de acordo com os quatro fins particulares, que são: adoração, ação de graças, impetração e satisfação. A causa formal é que esse reconhecimento da soberania divina é significado na medida em que a coisa oferecida é submetida a uma certa transformação; a causa eficiente é um ministro legítimo mandatado por Deus e que é sacerdote no sentido próprio.

2 – De fato, só há um sacrifício aceito por Deus, que é o ato da Paixão de Cristo. De tal modo que este não foi apenas um sacrifício real, mas também o único sacrifício, o único que Deus quis e tal como Ele o quis segundo uma livre vontade que só a Revelação nos dá a conhecer. Os demais sacrifícios são apenas análogos, quer para simbolizar antecipadamente segundo o modo figurativo, como os da antiga Aliança, ou para torná-lo novamente presente segundo o modo sacramental, como o da Missa. O sacrifício da Missa, entendido como sacrifício no sentido próprio é, portanto, a oferta de Cristo imolado. Deve ser definido: 1) primeiramente, como uma oferta, e uma oferta agradável a Deus; 2) segundo, como uma imolação, a de Cristo oferecida a Deus neste estado de imolação. Aqui examinaremos a questão de saber se a Nova Missa de Paulo VI pode ser definida como uma oferta agradável a Deus. Examinaremos mais tarde, em outro artigo, a questão de saber se a Nova Missa de Paulo VI pode ser definida como o ato de uma imolação.

A importância do Ofertório de Missa(2)

3 – “Em suas características específicas”, comenta Da Silveira, “o ofertório da Missa de São Pio V sempre foi um dos principais elementos para distinguir a Missa Católica da Ceia Protestante”(3). É por isso que a supressão das orações do Ofertório, no Novus Ordo, é muito grave, uma vez que é esta supressão que representa uma das partes principais, senão a principal deste distanciamento apontado pela Breve Exame Crítico. Continuar lendo

A MISSA NOVA DE PAULO VI É UM SACRIFÍCIO? PARTE 1

NOM

Os protestantes negam, e esta é sua heresia nessa matéria, que a Missa constitui um sacrifício propiciatório. Por conseguinte, é da maior importância verificar se a Institutio generalis enfatiza suficientemente a noção de propiciação.

Fonte: Courrier de Rome n ° 645 – Tradução: Dominus Est

Segundo os ensinamentos do Concílio de Trento (1), a Missa deve ser definida:

  • em sua causa final segundo os quatro fins de qualquer ato religioso: louvor ou adoração; ação de graças; propiciação ou valor satisfatório; impetração ou petição.
  • em sua causa eficiente segundo o ministro que age “in persona Christi”, que é o sacerdote que recebeu a consagração do sacramento da Ordem.
  • em sua essência como sacrifício, isto é, como oferta da imolação incruenta de Cristo realmente presente:

– a causa material é a presença real de Cristo, resultante da dupla transubstanciação;

– a causa formal é a oferta de uma imolação.

2 – Conforme já explicamos(2), esta definição segundo as quatro causas não é negada diretamente pelo Novus Ordo Missae de Paulo VI. É negado indiretamente, através de repetidas omissões que dão lugar a uma mudança de eixo. Por esta razão, a expressão que designa adequadamente essa negação específica é a de um “distanciamento”. Não devemos esquecer que a liturgia, a Missa, é antes de mais nada uma obra de arte, que deve ser julgada e apreciada de acordo com a sua conformidade ou não ao espírito do autor da obra. E para julgar a obra, há de se julgar primeiro uma prática. Podemos sempre alterar as definições, mas não alteramos a prática, a ação (o Ofertório, etc.). É a obra tal como é, mesmo se a definição é alterada, é a obra que deve ser julgada. Ora, essa obra é deficiente, como mostra o Breve Exame Crítico dos Cardeais Ottaviani e Bacci, porque oblitera a essência do que a obra supostamente deveria alcançar: a adesão a Jesus Cristo Salvador e Redentor. Como todas as outras elaborações escritas post-eventum (o Novo Catecismo de 1992 e o Compêndio de 2005, as atualizações de João Paulo II com a Encíclica Ecclesia de eucharistia de 2003 ou de Bento XVI com a Exortação Sacramentum caritatis de 2007), o Preâmbulo da Institutio generalis revisada em 1970 e depois em 2002 foi escrita após a elaboração da Missa, para justificar a Nova Missa, mas ela própria continua a ser uma obra deficiente.

3 – Examinemos aqui o ponto de vista da causa final: o Novus Ordo corresponde à definição católica da Missa, no sentido de que esta definição deve incluir a ideia de um sacrifício que é propiciatório no seu fim? Em outras palavras, o Novus Ordo define a Missa como um “sacrifício”, como entendido pelo Concílio de Trento, do ponto de vista de seu fim? Continuar lendo

“TRADITIONIS CUSTODES”, EM NOME DO CONCÍLIO VATICANO II

Em 8 de setembro de 2021, numerosas personalidades leigas vinculadas à Missa Tradicional redigiram uma Carta aos fiéis de todo o mundo, na qual pedem “ao Papa Francisco que reconsidere sua decisão, revogando  a Traditionis custodes  e restaurando a plena liberdade de se rezar a Missa Tridentina.”, citando o versículo do Evangelho segundo São Mateus: “Qual de vós dará uma pedra a seu filho, quando este lhe pede pão? “(Mt 7,9)

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Nesta carta, podemos ler: A vontade manifestamente afirmada no Motu Proprio Traditionis Custodes, de 16 de julho de 2021, é a de ver desaparecer da Igreja a celebração da Missa da Tradição da Igreja. Esta decisão enche-nos de consternação.

“Como entender essa ruptura com o Missal tradicional, obra “venerável e ancestral” da “lei da fé”, que santificou tantos povos, tantos missionários e ajudou a fazer tantos santos? Que mal fazem os fiéis que simplesmente desejam rezar como os seus pais e avós o fizeram durante séculos?

“Acaso se pode hoje ignorar que a Missa Tridentina converte muitas almas, atrai grandes assembleias, jovens e fervorosas, suscita muitas vocações, deu origem a seminários, comunidades religiosas, mosteiros, e é a coluna vertebral de inúmeras escolas, obras juvenis, catequeses, retiros espirituais e peregrinações?”

Todas essas considerações espirituais e pastorais são muito corretas, mas é possível evitar a questão doutrinal? A Missa Tridentina pertence à teologia tradicional expressa pelo Concílio de Trento, como escreveram os Cardeais Alfredo Ottaviani e Antonio Bacci em seu Breve Exame Crítico de 1969, denunciando a ambigüidade heterodoxa da Missa Nova:

O Novus Ordo Missae – considerando-se os novos elementos amplamente suscetíveis a muitas interpretações diferentes que estão nela implícitos ou são tomados como certos – representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um surpreendente afastamento da teologia católica da Missa tal qual formulada na sessão XXII do Concílio de Trento. Os “cânones” do rito definitivamente fixado naquele tempo constituíam uma barreira intransponível contra qualquer tipo de heresia que pudesse atacar a integridade do Mistério. Continuar lendo

PADRE PIO E AS ALMAS DO PURGATÓRIO

Pio

Na vida do Padre Pio, as manifestações de almas do purgatório eram bastante frequentes. Abaixo encontram-se relatos de dois desses surpreendentes encontros.

Fonte:  Le Sainte-Anne n ° 337 – Tradução: Dominus Est

Um morador de rua

Em maio de 1922, estava Padre Pio em seu convento numa noite de inverno, após uma forte nevasca, sentado junto à lareira do salão comunitário, absorto em suas orações, quando um homem idoso, vestindo um casaco antiquado, mas ainda usado pelos camponeses do sul da Itália (na época), sentou-se ao seu lado. Deste homem, Padre Pio declarou: “Eu não conseguia imaginar como ele pôde ter adentrado no convento àquela hora da noite, porque todas as portas estavam fechadas. Eu perguntei a ele: “Quem sois vós? O que o quereis? “

O velho respondeu: “Padre Pio, sou Pietro Di Mauro, filho de Nicola Precoco.” E prosseguiu dizendo: “Morri neste convento em 18 de setembro de 1908, na cela número 4, quando ainda era um hospício. Uma noite, enquanto estava na cama, adormeci com um charuto aceso, que incendiou o colchão e acabei morrendo sufocado e queimado. Ainda estou no purgatório e preciso de uma Santa Missa para ser libertado. Deus me permitiu vir até vós e pedir ajuda”. Continuar lendo

51 ANOS DA FSSPX

Em 1 de Novembro de 1970, o Bispo de Lausana, Genebra e Friburgo, D. Charrière, reconhece oficialmente a Fraternidade São Pio X, que constitui assim um novo e pequeno ramo alimentado pela Igreja.

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[…]

Reconhecida pela Igreja como Sociedade de vida comum sem votos e como Fraternidade Sacerdotal, nossa Fraternidade está enxertada no tronco da Igreja e toma sua seiva de santificação na mais autêntica tradição da Igreja e nas fontes vivas e puras de sua santidade, de modo parecido a tantas sociedades reconhecidas pela Igreja ao longo dos séculos, e que fizeram crescer e florescer novos ramos, e produzido frutos de santidade que são a honra da Igreja militante e triunfante.

A luta selvagem e injusta levada a cabo contra a Fraternidade por aqueles que se esforçam em corromper as fontes de santificação da Igreja, não faz senão confirmar sua autenticidade. São os sucessores de Caim que querem novamente matar Abel, cujas orações são agradáveis a Deus.

Em tempos normais, a fundação e o desenvolvimento de nossa Fraternidade teriam passado despercebidos em meio de inúmeras sociedades florescentes e fecundas com frutos maravilhosos. Continuar lendo

COMO DEVEMOS NOS ABANDONAR À PROVIDÊNCIA

Resultado de imagem para ajoelhado igreja"Reginald Garrigou-Lagrange, O. P.

Em outro momento, disséramos porque devíamos nos confiar e abandonar à Providência: por causa de sua sabedoria e bondade, temos de sempre nos dirigir a ela, de corpo e alma, sob a condição do cumprimento do deveres cotidianos e da lembrança de que, se permanecermos fiéis nas pequenas coisas, obteremos a graça para o sermos nas grandes.

Vejamos agora como devemos nos confiar e abandonar à Providência, segundo a natureza dos acontecimentos que dependem ou não da vontade humana, do espírito desse abandono e das virtudes em que se deve inspirar.

DOS DIFERENTES MODOS DE SE ABANDONAR À PROVIDÊNCIA SEGUNDO A NATUREZA DOS ACONTECIMENTOS(1)

Para entender esta doutrina da santa indiferença, convém notar, como amiúde o fazem os autores espirituais2, que o abandono não se deve exercer do mesmo modo em face dos acontecimentos que não dependem da vontade humana, das injustiças dos homens e das faltas e suas conseqüências.

Caso sejam fatos que não dependam da vontade humana, como acidentes de impossível previsão, doenças incuráveis, o abandono nunca seria demais. Seria inútil a resistência, e só serviria para nos infelicitar; por sua vez, a aceitação em espírito de fé, confiança e amor conferirá grandes méritos a esses sofrimentos inevitáveis3

Em circunstâncias dolorosas, cada vez que se diga fiat, haverá novos méritos; a verdadeira provação tornar-se-á santificante. Mais ainda, no abandono lucraremos as provações possíveis, que talvez não se abatam sobre nós, como lucrou Abraão ao se preparar com perfeito abandono para a imolação do filho, a qual o Senhor depois não mais exigiu. A prática do abandono modifica as provações atuais ou futuras em meios de santificação, e tanto mais quanto for tal prática inspirada por um imenso amor a Deus. Continuar lendo

A QUE, PRECISAMENTE, O PRECEITO DE AMAR NOSSOS INIMIGOS NOS OBRIGA?

Por que devemos amar nossos inimigos?

“Inimigos” são aqueles que nos odeiam, ou que nos fizeram algum mal sem uma justa compensação ou a quem sentimos aversão por algum motivo (desgosto natural, inveja, etc).

Há um preceito divino especial de amar esses inimigos, não enquanto inimigos, mas na medida em que são capazes da bem-aventurança eterna e, de fato, estão destinados a ela. A inimizade deles é um mal e, como tal, deve ser rejeitada, mas as pessoas que são nossas inimigas devem ser amadas pelos dons que Deus lhes deu – elas devem ser amadas por Deus. O preceito é “especial” no sentido de ter sido promulgado por Nosso Senhor em pessoa (Mt 5, 4) e em razão da dificuldade de colocá-lo em prática. Na verdade, ele não é diferente do preceito de amar ao próximo.

Portanto não devemos odiá-los, isto é, não devemos desejar-lhes mal algum, nem nos alegrarmos com algum mal que lhes suceda. Mesmo sendo nossos inimigos, não deixam de ser filhos de Deus e de terem sido chamados à bem-aventurança; odiá-los seria um pecado, é  incompatível com o amor de Deus.

Não podemos vingar-nos deles, isto é, não podemos retribuir o mal com o mal, pois essa intenção deriva do ódio ou de outro motivo desordenado. Em teoria, é permitido desejar algum mal, algum tipo de punição ou sofrimento a eles, mas apenas se formos motivados por motivos de justiça ou de caridade genuína – isto é, para por um freio ao malfeitor e restaurar a ordem da justiça, ou para ajudá-lo a corrigir-se e a voltar-se para Deus. Mas, na prática, em razão da nossa fraqueza, é muito difícil agir baseado puramente nesses motivos. Portanto, é melhor abster-se de desejar mal a qualquer um. Continuar lendo

ALGUMAS PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Dom Marcel Lefebvre (33) | Permanência

A MAÇONARIA ASSUME A EDUCAÇÃO DOS JOVENS

A MISSA NOVA LEVA AO PECADO CONTRA A FÉ

VALIDADE NÃO É SUFICIENTE PARA FAZER QUE UMA MISSA SEJA BOA

A DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE MISSAS

FIDELIDADE NA TEMPESTADE

A MISSA EM VERNÁCULO: FRUTO DO RACIONALISMO

OTIMISMO NA JUVENTUDE

O QUE DIZER A PESSOAS DE OUTRAS RELIGIÕES?

AS FALSAS RELIGIÕES FORAM INVENTADAS PELO DEMÔNIO

A PERDA DO ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO

SACERDOTE, MÉDICO DAS ALMAS

A ESSÊNCIA DA ORAÇÃO É A ELEVAÇÃO DA ALMA PARA DEUS

A VERDADEIRA HUMILDADE

A PREPARAÇÃO DOS NOIVOS PARA O MATRIMÔNIO

VERDADEIRO SACERDÓCIO

O BOM PASTOR

A CAPACIDADE DE FAZER O MAL É UM DEFEITO DA VONTADE

A MISSÃO DO VERBO ENVIADO PELA CARIDADE DO PAI

PALAVRAS DE MONS. LEFEBVRE AO CARDEAL RATZINGER: VÓS TRABALHAIS EM PROL DA DESCRISTIANIZAÇÃO DA SOCIEDADE, DA PESSOA HUMANA E DA IGREJA, E NÓS TRABALHAMOS PARA A CRISTIANIZAÇÃO

SINAIS CERTÍSSIMOS: SOBRE OS MILAGRES E A CANONIZAÇÃO DO PAPA PAULO VI

Papa Paulo VI – Wikipédia, a enciclopédia livre

Courrier de Rome n.º 608, Março de 2018 – Tradução: Dominus Est

Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX

[Nota do blog: texto escrito antes da canonização do Papa Paulo VI]

«Signis certissimis»: tal é a expressão destacada pelo Concílio Vaticano I na constituição dogmática Dei Filius, sobre a fé católica. «Ora, para que, não obstante, o obséquio de nossa fé estivesse em conformidade com a razão [cf. Rm 12,1], quis Deus ajuntar ao auxílio interno do Espírito Santo os argumentos externos de sua revelação, isto é, os fatos divinos, e sobretudo os milagres e as profecias, que, por demonstrarem luminosamente a onipotência e a ciência infinita de Deus, são da revelação divina sinais certíssimos e adaptados à inteligência de todos»[1]. Este ensinamento do Concílio Vaticano I é confirmado pelo ensinamento do Papa São Pio X no Juramento antimodernista: «Segundo: admito e reconheço como sinais certíssimos da origem divina da religião cristã as provas externas da Revelação, isto é, os feitos divinos, em primeiro lugar os milagres e as profecias, e afirmo que são perfeitamente adaptadas à inteligência de todos as idades e [de todos os] homens, inclusive os da época presente»[2].

Os sinais certíssimos são, portanto, os milagres. Em sua etimologia, a palavra «milagre» vem do substantivo latino miraculum, que por sua vez deriva do verbo mirari, que não significa «admirar»[3], mas «considerar com espanto». Ora, espantar-se é considerar um efeito cuja causa é desconhecida. Portanto, o milagre é um efeito cuja causa mantém-se oculta, porquanto é incognoscível. Especificando ainda mais esse vínculo que relaciona a noção de milagre (e portanto de espanto) à ignorância de uma causa, Santo Tomás [4] mostra que o espanto sobrevém diante não de um efeito raro, mas de um novo e inabitual[5]. Ora, esse gênero de efeitos é aquele que não procede de causas já conhecidas.

Vamos mais longe distinguindo o que diz respeito ao espanto: Ele procede da ignorância de uma causa, e ela pode ser ignorada de duas maneiras. Ela pode estar oculta para uma categoria de observadores, mas não para todos: ela provoca então o espanto do vulgo diante daquilo que se convém chamar de maravilhoso (mirum). Por exemplo, o eclipse causa espanto no vulgo, mas não causa espanto no astrônomo. Em seguida, a causa pode estar oculta para qualquer que seja o observador: é o miraculum propriamente dito, aquele que provoca o espanto de todos, mesmo dentre estudiosos e sábios. A definição sintética e científica do milagre é formulada pelo doutor angélico[6] em termos já tornados clássicos: um fenômeno constatável pelo homem (e portanto sensível), mas cuja produção lhe escapa, dado que é sobrenatural, tem Deus como seu autor único e está além das capacidades de todas as naturezas criadas, inclusive a dos anjos. Continuar lendo

OS FILHOS DO VATICANO II JÁ NÃO CRÊEM MAIS

porte

Essa é a conclusão do jornal La Croix à leitura de uma pesquisa sobre a relação dos franceses com a religião.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Pela primeira vez, aqueles que respondem positivamente à questão “Você acredita em Deus?” são a minoria. Somente os maiores de 65 anos afirmam, em sua maioria, acreditar em Deus (58%). Nas faixas etárias mais jovens, formadas após a década de 1960, a resposta negativa é que domina. Contudo, a questão era mais ampla, e incluía todas as religiões (54% dos entrevistados acreditam que todas as religiões são iguais).

Não somente a prática, mas o pequeno interesse religioso ainda existente tende a desaparecer: enquanto 38% dos entrevistados mencionam Deus na família, 30% nunca o fazem.

Embora a pesquisa não faça distinção entre religiões, esses números revelam, no entanto, uma profunda tendência que confirma o título dado ao último livro do acadêmico Guillaume Cuchet: O catolicismo ainda tem futuro na França? Esta coleção de artigos fornece outros elementos de análise muito interessantes. Continuar lendo