SOBRE A ARREPIANTE “BÊNÇÃO VÁLIDA PARA TODAS AS RELIGIÕES” DE BERGOGLIO. UMA RESPOSTA SIMPLES

Sull’agghiacciante “benedizione valida per tutte le religioni” di Bergoglio. Una risposta semplice

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

Como é sabido (e quem não sabe deve informar-se!), desde a época de João Paulo II, um dos acontecimentos mais importantes das viagens “apostólicas” tem sido o encontro inter-religioso.

Francisco é um devotado guardião desta “tradição” pós-conciliar (diligentemente observada também por Bento XVI) e, por isso, não a perdeu nem mesmo na sua viagem ao Extremo Oriente.

E assim, no dia 4 de setembro passado, ele recebeu, em Jacarta, os jovens das Scholas Occurrentes, pertencentes a diversas “religiões”. E como Bergoglio é um tipo de pessoa que gosta de fazer declarações “chocantes”, concluiu o encontro com declarações que (legitimamente) provocaram os “mais altos lamentos” do mundo conservador e tradicionalista: Continuar lendo

A VELHA HISTÓRIA DO “ASSIS 86: CASO ISOLADO” NÃO FUNCIONA MAIS. A TÉCNICA DO “LAGARTO SEM CAUDA” EXPLICADA EM 2 PONTOS

La vecchia storia “Assisi ‘86: caso isolato” non funziona più. La tecnica “lucertola senza coda” spiegata in 2 punti

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

O livro Golpe na Igreja está abrindo os olhos de muitos, e isso é um grande bem. Dois artigos recentes extraídos do livro suscitaram grande atenção, em particular o de ontem do dia 10/09: Compreendendo João Paulo II para compreender Francisco. A apostasia de Assis de 86 bem explicada, sem circunstâncias atenuantes e trazida de volta ao presente) revelou um caldeirão fervente verdadeiramente interessante. Vamos analisá-lo.

Assis 86 e a sua patente apostasia são hoje indefensáveis ​​para qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento da doutrina católica (basta ler o Syllabus, Pascendi ou Mortalium Animos) ou para quem não procura se agarrar a qualquer coisa que se fantasia. Aqui, então, – em meio a dificuldades cada vez maiores – a estratégia do lagarto sem cauda é aplicada.

Seja porque, até de boa fé, pretende-se uma solução fácil, seja por razões de afeto pessoal, seja para demonstrar uma desastrada sagacidade, seja por outros assuntos de foro interno que temos o cuidado de não julgar, há quem lance o slogan: “É tudo é verdade, mas Assis 86 foi um caso isolado!”.

A ideia baseia-se numa lacuna inviável por duas razões: Continuar lendo

O CRUCIFIXO FAMILIAR

Imagem relacionadaO que disse até agora, porém, seria incapaz de garantir a felicidade completa no lar. A mesa familiar é, sem dúvida, um móvel necessário em uma família feliz, mas em si é insuficiente. Uma outra peça de mobília é, pelo menos, necessária: o crucifixo de família.

Esta palavra crucifixo, eu a entendo no sentido literal, no sentido físico.

Não posso representar um lar realmente cristão, onde não se encontre, em um lugar de honra, a lembrança perpétua da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo: o crucifixo.

O crucifixo, porque ele recorda constantemente os sofrimentos e o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornando-se assim um encorajamento e uma consolação ao lar doméstico. Muitas vezes, os esposos constatarão a verdade desta máxima: “A felicidade conjugal se faz com grandes coisas e se desfaz com pequenas“. Doenças e desgraças podem provar a família, privações e desentendimentos podem surgir entre milhões de esposos, e quem os ajudará senão a Cruz de Cristo?

Muitos esposos verificarão ser o casamento também uma cruz. Mas que consolo, se podem olhar o crucifixo e se lembrar das sábias palavras da Imperatriz Maria Teresa à sua filha Maria Cristina: “Não negligencieis nunca vossos deveres de religião; no matrimônio tem-se necessidade, mais que em qualquer outro lugar, da oração e do socorro de Deus“.

De fato, divergências de vistas, choques, diferenças de opiniões, são inevitáveis, onde vários levam existência comum; mas se os esposos lançassem então um olhar ao seu crucifixo ouviriam este aviso da Sagrada Escritura: “Carregai os fardos um dos outros e deste modo cumprireis a lei de Cristo” (Gál. 602). É, então, que se realizará para eles esta outra palavra dos livros santos: “O senhor está convosco, quando estiverdes com Ele; se vós O procurardes, acha-lO-eis, mas se O abandonardes, Ele vos abandonará” (II Cr. 15,2).

Eis-nos em presença deste profundo pensamento que o crucifixo familiar, móvel necessário, quer nos indicar: o verdadeiro espírito religioso com suas conseqüências: disciplina e domínio de si. O crucifixo não deve estar só na parede, mas sim viver na alma dos esposos. É necessário para assegurar a felicidade do casamento.
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COMPREEDER JOÃO PAULO II PARA COMPREENDER FRANCISCO. A APOSTASIA DE 86 BEM EXPLICADA, SEM CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E TRAZIDA DE VOLTA AO PRESENTE

Capire Wojtyła per capire Bergoglio. L’apostasia di Assisi ’86 spiegata bene, senza attenuanti e ricondotta al presente

Esse extrato fundamental para a compreender a crise atual foi extraído da obra-prima de D. Andrea Mancinella (1956-2024): Golpe na Igreja. Documentos e crônicas sobre a subversão: das primeiras maquinações ao papado de transição, do Grupo do Reno à atualidade.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

27 de outubro de 1986: João Paulo II convida, pessoalmente, representantes de todas as principais religiões do mundo para um encontro ecumênico de oração em Assis, cidade de São Francisco. Cerca de um mês antes, em um artigo publicado no L’Osservatore Romano para preparar a mente dos católicos para o impacto chocante de Assis, Mons. Mejìa (então vice-presidente da Pontifícia Comissão Iustitia et Pax, ex-colega de estudos do jovem Pe. Karol Wojtyla no Angelicum e depois, naturalmente, também cardeal) revelou a heresia fundamental que estava na base deste encontro ecumênico de oração: “A presença comum (de representantes de várias religiões) baseia-se, em última análise, no reconhecimento e no respeito mútuo do caminho percorrido por cada um, e da religião à qual pertence, como via de acesso a Deus “[1]. E, de fato, é somente aceitando esse indiferentismo religioso (para o qual uma religião é essencialmente tão boa como outra), repetidamente condenado pela Igreja[2], é possível aceitar o encontro de Assis  e as suas agora incontáveis repetições em todos os níveis (incluindo o diocesano e até mesmo paroquial).

Na manhã do dia 26 de outubro, João Paulo II, antes de entrar na Basílica de Santa Maria dos Anjos, apresentou o programa do encontro aos participantes: “Daqui iremos para os nossos locais de oração separados. Cada religião terá tempo e a oportunidade para se expressar no seu próprio rito tradicional. Depois, do local de nossas respectivas orações, iremos em silêncio até a praça inferior de São Francisco. Uma vez reunidas naquela praça, cada religião terá novamente a oportunidade de apresentar a sua oração, uma após a outra”[3]. Continuar lendo

OUTRA MEDITAÇÃO PARA O XVI DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O HOMEM HIDRÓPICO E O VÍCIO DE IMPUREZA

hidropAcesse a leitura clicando na imagem.

Você pode acompanhar diariamente as Meditações de Santo Afonso em nossa página exclusiva no blog clique aquipelo nossa página no Facebook ou por nosso Canal no Telegram

ENTREVISTA DE D. MAURO TRANQUILLO, FSSPX: O SEDEVACANTISMO NÃO É A SOLUÇÃO DA CRISE

Segue abaixo uma série de nossas publicações complementares ao vídeo sobre o assunto:

CARTA A UM FIEL SOBRE O SEDEVACANTISMO

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DEPOR O PAPA?

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BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO

Introdução

O sedevacantismo

O conciliarismo e a questão do “papa herético”

O galicanismo

O magistério

Magistério e revelação

A infalibilidade do magistério

Os lugares teológicos e o magistério

Magistério, intérprete da tradição

As quatro condições da infalibilidade do magistério extraordinário e ordinário

Conclusão

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PEGANDO O TOURO PELOS CHIFRES: O DILEMA SEDEVACANTISTA

Aspectos – parte 1

Aspectos – parte 2

Refutações

A igreja é visível

La salette

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ONDE O SEDEVACANTISMO E NEOCONSERVADORISMO SE ENCONTRAM

VERDADEIRA E FALSA MISERICÓRDIA

Desde várias décadas, uma noção errônea da misericórdia, que prescinde da justiça, tem se propagado na teologia. Essa “misericórdia” deformada é um elemento central do pensamento do Papa Francisco, e causa uma profunda confusão no povo cristão.

Fonte: La Porte Latine – Fonte: Dominus Est

O QUE É MISERICÓRDIA?

De acordo com a etimologia, misericórdia é o sentimento de um coração (cor, cordis, em latim) comovido por uma miséria. Pela misericórdia, entristecemo-nos pelo desfortúnio do próximo como se fosse nosso: “O homem misericordioso considera como sua a miséria de outrem, e se aflige como se ela lhe fosse pessoal”, escreve São Tomás de Aquino.

A misericórdia não é somente um movimento da sensibilidade: enquanto virtude, ela é um movimento da vontade pautada pela razão. Essa virtude visa um justo meio entre a insensibilidade ou a severidade, e uma paixão que seria incomensurável nos temperamentos deveras afáveis.

Quando nasce da caridade, a misericórdia é uma virtude sobrenatural, que tem em vista os bens naturais do próximo, e, mais ainda, os bens sobrenaturais.

AS ETAPAS DA MISERICÓRDIA

Descrevamos as etapas da virtude sobrenatural de misericórdia, aquela que é um efeito da caridade. Continuar lendo

JULGAR OBJETIVAMENTE

Muitas de nossas dificuldades cotidianas decorrem da falta de discernimento. O que isso significa?

Fonte: Apostol n° 188 – Tradução: Dominus Est

Não apreciamos a realidade dos fatos tal como eles são objetivamente. Deixamos de julgar corretamente uma determinada situação. Não se trata de erros, que afetam o nosso conhecimento sobre Deus, a humanidade ou do mundo material: erros que poderíamos chamar de “teóricos”. Mas trata-se de interpretar mal o comportamento do próximo; interpretar mal uma mensagem escrita ou oral, atribuindo-lhe um significado que ela não possui; não compreender as reações emocionais dos outros; fazer conexões – sem base alguma – entre dois fatos independentes; atribuir uma causa extraordinária a um fenômeno que pode ser explicado de forma mais simples pelas leis da natureza… Nosso olhar, fascinado pelos detalhes ou aspectos da realidade, esquece-se de considerá-la em sua totalidade: uma visão superficial que leva a um mal-entendido parcial ou até mesmo total.

Esses erros práticos de julgamento podem ter consequências mais ou menos graves, por vezes dramáticas. Na medida em que agimos de acordo com a maneira como avaliamos a realidade, é evidente que um erro de julgamento pode levar a decisões insensatas que vão contra nosso bem e nossa felicidade. Infelizmente, isso não é incomum… e o único objetivo deste artigo é apontar o dedo para um problema frequentemente encontrado. Continuar lendo

O PROBLEMA DA CREMAÇÃO – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX

Revmo. Sr. Pe. Carlos Mestre, Priorado S. Pio X, Lisboa no XV Domingo depois de Pentecostes com uma reflexão sobre o problema da cremação.

Mais sobre o assunto, clique nos links abaixo:

O QUE DIZER DA CREMAÇÃO DOS CORPOS?

O SEPULTAMENTO, UM RITO DESEJADO POR NOSSO SENHOR

SEPULTURA CATÓLICA: QUANDO CONCEDÊ-LA OU NEGÁ-LA?

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:

CARTA DE MARCEL DE CORTE A JEAN MADIRAN “SOBRE A MISSA NOVA” – 1970 – “PAULO VI É UM HOMEM CHEIO DE CONTRADIÇÕES”

Fonte: Blog Rorate Caeli – Tradução: Dominus Est

Marcel De Corte

Devo confessar-lhe, meu caro Jean Madiran, que mais do que uma vez me senti tentado a abandonar a Igreja Católica em que nasci. Se não o fiz, dou graças a Deus e ao bom senso de camponês com que Ele me abençoou. A Igreja — murmuro para mim mesmo neste momento — é como um saco de trigo infestado de carunchos. Por mais numerosos que sejam os parasitas — e, à primeira vista, estão enxameando! — não afetaram todos os grãos. Alguns, por muito poucos que sejam, permanecem férteis. Estes brotarão e os carunchos morrerão depois de terem devorado todos os outros. Bon appétit, meus senhores, estão comendo a vossa própria morte.

Enquanto isso, sofremos de fome, de fome de sobrenatural. O número de padres que nos distribuem o pão da alma diminui a um ritmo alarmante. Na hierarquia, a situação é ainda pior. E no topo, de onde se poderia esperar algum consolo, é desastroso.

Confesso que, durante muito tempo, me deixei enganar por Paulo VI. Pensava que estava tentando preservar o essencial. Repetia para mim próprio as palavras de Luís XIV ao Delfim: “Não receio dizer-lhe que, quanto mais elevada é a posição, mais coisas há que não se podem ver ou saber senão quando se a ocupa”. Não sendo papa, nem sequer clérigo, disse a mim mesmo: “Ele vê o que eu não posso ver, devido à sua posição. Por isso, confio nele, mesmo que a maior parte dos seus atos, atitudes e declarações não me agradem e que as suas constantes (aparentemente constantes) manobras me deem a volta à cabeça. Pobre homem, é digno de pena, tanto mais que é evidente que não está à altura do cargo… Mas mesmo assim, com a ajuda de Deus…” Continuar lendo

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – SETEMBRO/24

Caros fiéis,

O mundo inteiro ficou chocado com a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris. A profanação da Última Ceia não passou despercebida. O demônio sabe como atingir o que é importante. Ele não tem fronteiras. Mal havia retornado ao Brasil, fui visitar a cidade histórica de Ouro Preto com dois membros da minha família que vieram conhecer nosso belo país. Na praça principal da cidade está o Museu da Inconfidência, instalado na antiga prisão. O museu é dedicado a um movimento de rebelião fracassado contra a coroa portuguesa em 1789. Além desse passado revolucionário, o museu apresenta muitas peças interessantes, inclusive religiosas. Mas a surpresa não era a que se esperava. Assim como as metástases de um câncer, horríveis “obras de arte” contemporâneas haviam sido espalhadas entre as peças históricas do museu. E, além de serem horríveis, eram blasfemas. Na grande escadaria central, havia um quadro sangrento da Última Ceia, caricaturando Nosso Senhor. Em uma sala, Nossa Senhora com óculos quebrados nas mãos. Mais adiante, bonés adornados com palhaços demoníacos dispostos entre relicários. Em uma cadeira, um esqueleto infantil. Diante de um tabernáculo, uma mão articulada agitava um saquinho de pó branco. Nas vitrines que exibiam objetos religiosos, haviam colado papéis: “Catequizar é doutrinar”. E para saber de onde vinha esse movimento artístico, era só ler os papéis espalhados por todo lado: “Burguesia criminosa”.

Hoje em dia, o satanismo se apresenta descaradamente. Podemos nos perguntar por que. Na França, como no Brasil, não há mais nenhuma pressão para ser católico. A Igreja praticamente não tem influência e ninguém é impedido de viver publicamente no pecado. Muito pelo contrário! Esses indivíduos, então, não teriam mais nada a reivindicar, poderíamos pensar. Continuar lendo

O ESTADO DE NECESSIDADE – PELO PE. JEAN-MICHEL GLEIZE, FSSPX

Dom Marcel Lefebvre | Permanência

Numa carta datada de 8 de julho de 1987, Dom Lefebvre escreveu ao cardeal Ratzinger: “Uma vontade permanente de aniquilamento da Tradição é uma vontade suicida que autoriza, por si mesma, os católicos verdadeiros e fiéis a tomar todas as iniciativas necessárias à sobrevivência e à salvação das almas”. E no dia das sagrações, 30 de junho de 1988, Dom Lefebvre repetiu essa constatação, apoiando-se nela para legitimar os argumentos em defesa das sagrações episcopais: “Estamos persuadidos de que ao fazer esta sagração, estamos obedecendo a um desígnio de Deus”.

CLIQUE AQUI PARA LER O TEXTO COMPLETO DO PE. GLEIZE

CARTA A UM FIEL SOBRE O SEDEVACANTISMO

Roma sedia Encontro Internacional de Párocos em preparação ao Sínodo da Sinodalidade

Fonte: Le Pescadou nº235 – Tradução: Dominus Est

Pelo Pe. Patrick de La Rocque.

Prezado Senhor,

Por carta, o Sr. compartilhou comigo seus questionamentos relativos ao sedevacantismo.

Com efeito, para quem aceita abrir os olhos com isenção e espírito sobrenatural, a situação que a Igreja, em geral, e o papado, em particular, atravessam desde meio século é terrivelmente desconcertante. Ao passo que o “Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para revelar uma nova doutrina, mas para, com a sua assistência, guardar santamente e expor fielmente a revelação transmitida pelos apóstolos, ou seja, o depósito da fé” (Vaticano I, Const. Pastor æternus), é patente que os papas recentes, infelizmente, se servem de sua posição não para este objetivo, mas, ao contrário, para promover uma doutrina humanista e liberal repetidamente condenada por seus predecessores. E não hesitam em levar essa utopia até as suas consequências mais dramáticas. Assim, vimos João Paulo II beijar o Corão e invocar São João Batista para que ele proteja o Islã, ou o papa Francisco celebrar a Pachamama no Vaticano. Da mesma forma, os mais consagrados princípios morais são atualmente enfraquecidos ao ponto de legitimar a comunhão dos divorciados recasados e dos protestantes, ou de provocar a quase dominação dos lobbys LGBT+ na linguagem oficial da Igreja. Tudo isso acontece sobre as cinzas da Tradição católica, renegada em muitos pontos, inclusive em sua liturgia. Esses papas, aliás, baniram oficialmente a Tradição bimilenar da Igreja quando condenaram aqueles que, ao rejeitarem esses princípios errôneos e suas consequências blasfematórias, quiseram permanecer fiéis ao depósito da fé que o ofício pontifício tem, precisamente, a missão de defender.

À luz dessas traições romanas, surgiram o que denominamos de teses sedevacantistas. Plurais, todas se recusam, de um modo ou de outro, a reconhecer o(s) papa(s) atual(ais) como sucessor(es) de Pedro. Um papa, dizem seus defensores, não pode ensinar o erro e promovê-lo permanecendo papa. Assim, consideram “vacante” a “Sé” de Pedro, de onde o termo sedevacantismo. Continuar lendo

O PRANTO DE SÃO JOÃO BOSCO E A HORA DA VERDADE

El llanto de Don Bosco y la hora de la verdad

Fonte: Adelante la Fe – Tradução: Dominus Est

Entre os milhares de viajantes que se aglomeram na estação Termini de Roma todos os dias, alguns passam pela adjacente Basílica do Sagrado Coração, na Via Marsala, antes de partir. Essa igreja foi construída por vontade de Pio IX, que, em 1870, lançou a primeira pedra do templo, mas as obras foram interrompidas quase imediatamente devido à anexação de Roma ao reino de Itália. Em 1880, Leão XIII, que tinha a mesma estima e devoção por São João Bosco (1815-1888) que seu antecessor, chamou-o e confiou-lhe a difícil tarefa de levantar fundos para concluir a construção da igreja. Apesar da idade avançada, do delicado estado de saúde e das graves dificuldades financeiras que a sua congregação atravessava, D. Bosco não desistiu. Há quem imagine que os santos estão imersos nas coisas de Deus e alheios aos problemas materiais. Não é assim. Os santos desafiam dificuldades aparentemente intransponíveis com um abandono à Divina Providência que lhes permite superar todas as dificuldades. Graças à tenacidade de São João Bosco, o arquiteto Francesco Vespignani pôde retomar as obras, concluídas em 1887.

Durante a sua vigésima e última estadia na Cidade Eterna, entre 30 de abril e 18 de maio de 1887, por ocasião da dedicação do templo do Sagrado Coração de Jesus, D. Bosco hospedou-se em pequenos quartos nos fundos do edifício, atualmente conhecidas como aposentos de D. Bosco. Vale a pena visitá-los, são muito evocativos. Em seu tempo, o espaço que atualmente ocupa um único cômodo, se dividia em dois ambientes separados por uma divisória. O primeiro era utilizado por D. Bosco como escritório e ali recebia todos os que desejavam visitá-lo. A sala adjacente servia de dormitório e possuía um altar para que o santo, já muito exausto e com precárias condições de saúde, pudesse rezar missas privadas. Dom Bosco realizou dois milagres ali que, enquanto ainda estava vivo, contribuíram para confirmar sua reputação de santidade: libertou um seminarista da surdez, cuja vocação havia sido comprometida por seu defeito físico, e curou instantaneamente uma mulher que havia perdido o movimento de um braço muitos anos antes.

Mas o que queríamos falar era outro milagre: Continuar lendo

FALAM DE PAZ, MAS NÃO É A PAZ

Entendendo a Festa de Cristo Rei | Arquidiocese de Uberaba

A paz do mundo procura sua plataforma entre os homens, no que eles têm de parecido e de comum. Constrói sobre fundamentos da igualdade.

Procede por concessões e por silêncios. Faz concessões ao erro e ao mal, envolve no silêncio a verdade e o bem, coloca o verdadeiro e o falso, o bem e o mal no mesmo pé de igualdade e lhes concede os mesmos direitos. Assim pensa apaziguar todas as reclamações e reinar sem problemas.

Há homens religiosos que rezam e procuram servir a Deus, mas que contestam ou a divindade de Cristo ou a autoridade da Igreja. Não reconhecem nem as verdades que a Igreja ensina, nem os sacramentos sobre os quais ela tem gestão, nem a hierarquia que é sua armadura. No entanto são irmãos; desejamos estender-lhes a mão, estabelecer algum acordo com eles, organizar alguma colaboração. O que se faz então? Volta-se para os filhos da Igreja, pede-se para que se consintam, guardando para si suas convicções íntimas, calando-as, escondendo-as num profundo silêncio para não entristecer ou alienar os irmãos dissidentes. Põe-se todas as confissões no mesmo pé de igualdade, propõe-se-lhes um trabalho comum, a elaboração de um CREDO de onde serão riscados todos os artigos contestados por uma ou outra confissão, e na profissão de fé desse CREDO todos se encontrarão. CREDO paupérrimo e que logo se evapora como se dissipam as brumas da manhã sob a ação dos raios do sol do verão.

Ora, logo se verá que além desses homens religiosos, existem outros que se convencionou chamar homens de bem e que não crêem em Deus.

Não professam nenhum culto e não experimentam nenhum sentimento religioso. Esses também são irmãos, nós os amamos, queremos estender-lhes a mão, entrar em algum acordo ou colaboração com eles. Então nos voltamos para os homens religiosos. Pedimos para que consintam, guardando para si suas convicções íntimas, calando-as, envolvendo-as em profundo silêncio para não afastar ou contristar nossos irmãos incrédulos. Continuar lendo

TRÊS DICAS DE ORAÇÃO AOS SACERDOTES, PELO PAPA PIO XII

Discurso de Sua Santidade o Papa Pio XII aos párocos e pregadores quaresmais de Roma, proferido na Sala do Consistório no sábado, 13 de março de 1943. Depois de discursar longamente a necessidade da oração, ele concluiu com uma tríplice exortação.

Fonte: FSSPX Ásia – Tradução: Dominus Est

1. Se desejais que os fiéis rezem de boa vontade e com devoção, conduza-os pelo exemplo na igreja, rezando perante seus olhos. Um padre, ajoelhado diante do tabernáculo com uma postura digna e profunda reverência, torna-se um modelo de edificação, uma admoestação silenciosa e um convite convincente para que o povo imite sua conduta de oração.

2. Se os fiéis perguntarem como podem aprender, rápida e seguramente, a rezar bem, diga-lhes que a oração encontra seu apoio mais eficaz na abnegação, na penitência e na misericórdia para com os demais. Essa verdade é tão clara quanto o fato de que as boas ações são um alicerce essencial para uma oração digna e poderosa.
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INICIA-SE HOJE A NOVENA PELAS VOCACÕES PARA A FESTIVIDADE DE SÃO PIO X

São Pio X – Grande Papa na História, grande Santo na Igreja – Revista  Arautos do Evangelho

A pedido dos Superiores da FSSPX, convidamos todos os fiéis a se unirem a esta novena, que do dia 25 de agosto até 2 de setembro será rezada pela nossa Fraternidade em todas as capelas do Brasil, a fim de pedir pelo florescimento e pela perseverança das vocações sacerdotais e religiosas. Todos os dias se rezará pelo menos uma dezena do Terço, se possível em família, e depois a seguinte oração:

“Senhor Jesus, Bom Pastor, que viestes buscar as ovelhas desgarradas a fim de salvá-las, e instituístes o sacerdócio para continuar a vossa obra até o fim dos tempos, a Vós insistentemente pedimos: Enviai operários à vossa messe! Concedei santos sacerdotes à vossa Igreja, e enviai-lhe também religiosos e religiosas. Enchei as famílias católicas do amor ao sacerdócio e do espírito de sacrifício, para que todos aqueles que Vós escolhestes respondam fielmente ao vosso chamado. Sustentai todos os sacerdotes, religiosos e religiosas na sua árdua missão. Concedei que sejam fiéis à Tradição católica pela oração, por suas palavras e por seu exemplo, para estender o vosso Reino sobre as sociedades e sobre os corações dos homens, e assim levar à vida eterna o maior número possível de almas. Amém.”

Senhor, dai-nos sacerdotes.

Senhor, dai-nos santos sacerdotes.

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes.

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas.

Maria, Mãe do Sacerdócio, rogai por nós.

São José, Padroeiro das vocações, rogai por nós.

São Pio X, rogai por nós.

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Para saber sobre a vocação ao sacerdócio, clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Mais sobre as Irmãs da FSSPX e a vocação religiosa feminina clique aquiaquiaqui, aqui aqui.

Sobre a vocação de Irmão da FSSPX clique aqui, aqui, aqui e aqui. 

DEPOR O PAPA?

Papa defende leis que regulamentem união civil entre homossexuais - Hora  Brasília

Fonte: Si Si No No, ano XLV, n. 8, de 30 de abril de 2019 – Tradução: Dominus Est

INTRODUÇÃO

Em uma “Carta Aberta aos Bispos da Igreja Católica”, datada de maio de 2019, alguns estudiosos leigos e eclesiásticos acusaram o Papa Francisco de heresia(1).

Além disso, os autores acreditam que um Papado herético não pode ser tolerado ou ignorado com a ideia de assim evitar um mal pior, até mesmo um cisma semelhante ao Grande Cisma do Ocidente (século XV), no qual haviam simultaneamente três “Papas” na Igreja, dois dos quais eram antipapas. Um papado como o de Francisco deve ser submetido à correção por parte dos Bispos.

Por esta razão, o estudo contido nesta “Carta” conclui com o convite aos Bispos:

1°) a admoestar o Papa Francisco negar as suas heresias

2°) se ele se recusar obstinadamente, a depô-lo e nomear outro Papa.

Apresentaremos os principais argumentos contidos na “Carta Aberta” sob a forma de “Objeções” e tentaremos refutá-los na forma de “Respostas”.

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OBJEÇÕES E RESPOSTAS

Objeção nº. 1 da “Carta Aberta”: o Decreto de Graciano (dist. XL, can. 6)

“O cânon que primeiro considerou explicitamente a possibilidade da heresia de um Papa encontra-se no Decreto de Graciano. O Cânon 6 da distinção XL do Decreto afirma que um Papa não pode ser julgado por ninguém, a menos que se descubra que ele se desviou da fé”. Continuar lendo

A FORMAÇÃO DA VONTADE: A DURAÇÃO NA DECISÃO E NO ESFORÇO

Filhos Obedientes | Silêncio e Palavras
A DURAÇÃO NA DECISÃO

Que é preciso para praticar esta primeira forma da perseverança: a duração na decisão?

É preciso resguardarmo-nos e proteger as crianças das más influências que possam exercer-se sobre a vontade.

Quais são as influências más de que é preciso resguardarmo-nos e das quais é necessário proteger as crianças?

Todas as que são capazes de desanimar a vontade, de enfraquecer a energia, ou arruinar a perseverança:

1º- A inconstância natural;

2º – O mau exemplo;

3º – O temor das dificuldades.

A inconstância é, portanto, natural no homem?

Cremos que sim; e, na generalidade dos casos, o homem carece dum certo esforço para chegar a manter uma decisão um pouco onerosa.

Entregue às suas naturais inclinações, o homem seria, em breve, uma imagem do tipo do inconstante traçado por Boileau:

“Vai dum extremo ao outro, sem a menor pena,

o que louva de dia, à noite já o condena,

pra todos maçador, a si próprio incomoda.

Muda constantemente a opinião e a moda.

O menor vento o vira; os golpes menos crus

o fazem despenhar, andando muito à roda.

Hoje, num capacete; amanhã, num capuz”.

(Boileau, Sátiras, VIII)

É preciso advertir as crianças dos maus exemplos que estão expostas a encontrar no mundo?

Sim, a seu tempo, a criança deve saber que no mundo há loucos, mentirosos, enganadores, malévolos, covardes, homens que se vendem, homens que são vítimas dos respeitos humanos, etc.; que existem desgraçados, pessoas mal educadas, que se devem lastimar, mas nunca imitar.
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